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27 de agosto de 2019

A Mulher para o Capitão Jack

Série Bastion Club
Eles se encontram em um confronto de espadas, banhados pela luz do luar da costa leste da Grã-Bretanha: o Capitão Jack, com seus belos traços esculpidos em prata e sombra, e seu poderoso físico obrigaram "Kit" Cranmer a se render. 

Ele era seu amante ideal que se transformava em realidade, e o comando dele sobre a gangue de contrabandista era absoluto. O seu olhar sagaz penetrou seu disfarce como o “rapaz” líder de uma gangue rival com facilidade alarmante, e a "punição" dele veio com beijos que deixou sua modéstia de donzela vir por terra. De repente, Kit descobre que está muito satisfeita em explorar com Jack os prazeres convencionalmente reservados para mulheres casadas... sem saber que forças perigosas ela está desencadeando. Pois, mesmo enquanto Kit se deleita em galopes à meia-noite e encontros na cabana, o Capitão Jack está montando uma armadilha sutil que colocará fim a sua liberdade... para atá-la a ele com um anel, uma promessa... e laços de devoção e desejo.

Capítulo Um

Maio de 1811, Oeste de Norfolk
Kit Cranmer estava sentada com o nariz na janela da carruagem, banqueteando-se com os marcos da memória. O pináculo no topo da Alfândega em Kings Lynn e a antiga fortaleza do Castelo Rising ficaram para trás deles. Adiante estava a curva para Wolferton; Cranmer estava finalmente perto. Flâmulas de vermelho crepuscular e dourado coloriam o céu em boas-vindas; a sensação de voltar para casa ficou mais forte a cada milha. Com um suspiro triunfante, Kit sentou contra as almofadas e deu graças mais uma vez por sua liberdade. Ela permaneceu habitada, presa e confinada em Londres por muito tempo.
Dez minutos depois, a entrada para o parque surgia à frente no anoitecer, o brasão Cranmer estendia-se em cada poste. Os portões estavam abertos; a carruagem girou completamente. Kit endireitou e balançou a velha Elmina acordando-a que, em seguida, sentou-se, de repente tensa.
O cascalho se esmagou sob as rodas; a carruagem embalou até parar. A porta foi aberta.
Seu avô estava diante dela, sua cabeça erguida orgulhosa, sua cabeleira leonina posta em relevo pelas tochas que ladeavam as grandes portas. Por um momento suspenso, entreolharam-se um para o outro, amor, esperança e lembrança da dor refletido repetidamente entre eles.
— Kit?
E os anos revertidos. Com um sufoco.
— Vovô! — Kit lançou-se nos braços de Spencer Cranmer.
— Kit. Oh, Kit! — Lorde Cranmer de Cranmer Hall, com sua neta amada presa contra seu peito, não conseguia encontrar outras palavras. Durante seis anos ele esperou que ela voltasse; ele mal podia acreditar que ela era real.
Elmina e a governanta, a Sra. Fogg, conduziram o par emocionado para o interior, deixando-os no sofá da sala, diante do fogo ardente.
Eventualmente, Spencer se endireitou e enxugou os olhos com um lenço grande.
— Kit, menina querida, estou tão feliz em te ver.
Kit olhou para cima, sem vergonha das lágrimas suspensas em seus longos cílios castanhos. Ela ainda não tinha recuperado a sua voz, então sorriu sua resposta.
Spencer devolveu o sorriso.
— Eu sei que é egoísmo da minha parte desejar você aqui, suas tias salientaram anos atrás, quando você decidiu ir para Londres. Eu tinha desistido de esperar que voltasse. Eu tinha certeza de que casaria com algum cavalheiro elegante e esquecesse tudo sobre Cranmer e seu velho avô.
O sorriso de Kit desapareceu. Franzindo a testa ligeiramente, ela se contorceu para se sentar reto.
— O que quer dizer, vovô? Eu nunca quis ir para Londres, minhas tias me disseram que eu tinha que fazê-lo. Afirmaram que você queria que eu conseguisse uma boa união e como sou a única garota da família, era o meu dever honrar o nome Cranmer e, mais ainda, para os meus tios. — O último foi dito com desprezo.
O olhar pálido de Spencer aguçou. Suas espessas sobrancelhas brancas se encontraram em uma expressão estrondosa.
— O quê?
Kit estremeceu.
— Não grite. — Ela tinha esquecido o seu temperamento. De acordo com Dr. Thrushborne, sua saúde dependia de não o perder com muita frequência.
Levantando-se, ela foi até a lareira e puxou o cordão da campainha.
— Deixe-me pensar. — Seu olhar sobre as chamas, ela franziu a testa, os eventos há muito tempo repetindo em sua mente. — Quando vovó morreu, você se trancou, e eu não estava com você. Tia Isobel e tia Margery conversaram com você. Então, elas vieram e me disseram que eu tinha que ir com elas, que os meus tios deveriam ser os meus guardiões e eles me preparariam e me apresentariam e assim por diante. — Ela olhou diretamente para Spencer. — Isso era tudo o que eu sabia.
O brilho zangado nos velhos olhos, segurando os dela tão atentamente era toda prova que Kit precisava da dissimulação de suas tias.
— Aquelas coniventes cadelas! Aquelas bruxas vestidas de sedas e peles. Essas harpias infernais! As duas não são nada mais...