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17 de dezembro de 2023

As Crónicas de Natal de Lady Osbaldestone

1- Lady Osbaldestone e o Gansos de Natal: Três anos depois de ficar viúva, Therese, Lady Osbaldestone finalmente se instala em sua propriedade de dote de Hartington Manor, na vila de Little Moseley, em Hampshire. Ela está em dúvida se a vida na pequena vila gerará interesse o suficiente para mantê-la entretida durante os meses em que ela não estivesse em Londres ou visitando amigos em todo o país. Mas ela veria. É dezembro de 1810, e Therese está ansiosa para seu Natal habitual com sua família em Winslow Abbey, com sua filha mais nova Celia. Mas então uma carruagem chega trazendo os três filhos mais velhos de Celia. O pai deles contraiu caxumba e a mãe enviou os três — Jamie, George e Lottie — para passar o Natal com a avó em Little Moseley. Therese nunca teve que cuidar de crianças pequenas, nem mesmo as dela. Ela supõe que as crianças vão se divertir, mas logo descobre que o que diverte três jovens curiosos e confiantes não é compatível com a paz da aldeia. Justamente quando parece que terá que pensar em inventar alguma coisa, ela e as crianças descobrem que, faltando apenas doze dias para o Natal, o bando de gansos da aldeia desapareceu. Todas as famílias da aldeia, agora estão perdendo a peça central de sua festa de Natal. Mas como um bando inteiro poderia desaparecer sem o menor rastro? As crianças estão tão confusas e curiosas quanto Therese — e ela se apodera do mistério como a distração perfeita para as três crianças, assim como para ela mesma. Mas enquanto procura os gansos, ela e seus três ajudantes se deparam com dois moradores que, é claro, precisam urgentemente de ajuda para resolver suas vidas. Nunca se esquivando de um pouco de casamenteira, Therese se compromete a guiar a senhorita Eugenia Fitzgibbon para os braços do recluso Lord Longfellow. Para sua grande surpresa, ela descobre que seus netos herdaram habilidades e talentos tanto de seu falecido marido quanto de si mesma. E com todos os eventos habituais da aldeia realizados antes do Natal, ela e seus três ajudantes têm muitas oportunidades para sutilmente cutucar e dirigir. No entanto, embora sua combinação pareça estar dando certo, nem eles, nem ninguém encontraram sequer uma pena dos gansos da aldeia. O furto é descartado; um bando daquele tamanho não poderia ter sido retirado da área sem que alguém percebesse. Então, onde poderiam estar as aves? E com os dias passando e, o Natal se aproximando inexoravelmente, eles encontrarão as malditas aves à tempo?

2 - Lady Osbaldestone e os cânticos Natalinos Perdidos:  Therese, Lady Osbaldestone e sua gente ficam encantados quando os três filhos de sua filha mais nova, Jamie, George e Lottie, insistem em voltar para a casa de Therese, a Mansão Hartington, no povoado de Little Moseley, para passar as duas semanas previas ao Natal, nos eventos tradicionais do povoado. Então, inesperadamente, uma das netas mais velhas de Therese, Melissa, chega à sua porta. Sua mãe, a filha mais velha de Therese, implora a Therese que fique com Melissa até a reunião familiar no Natal, pois do contrário, Melissa não terá onde ficar. Apesar de não ter experiência na convivência com adolescentes rebeldes, como Melissa, Therese lhe dá calorosas boas-vindas. As crianças menores ficam felizes em incluir a prima em seus planos e, apesar de sua atitude distante, Melissa descobre que não é muito velha para desfrutar das delícias simples do Natal em um pequeno povoado. No ano anterior, Therese aprendera o truque para manter seus convidados inesperados longe das travessuras. Ela observa e descobre que o novo organista, que toca de maneira excelente, tem um estranho costume. Ele exige ter a música escrita à sua frente antes de poder tocar uma peça, mas o livro de canções da igreja está desaparecido. Therese oferece voluntariamente seus serviços e os dos seus netos, que estão muito felizes de se lançarem na busca do livro de cânticos que está faltando. Seu desaparecimento ameaça uma das tradições natalinas mais valorizadas da aldeia, o Serviço de Cânticos, mas como o livro sempre foi emprestado livremente dentro da aldeia, ninguém imagina que ele não seja encontrado após uma pequena pesquisa. Mas quando os quatro intrépidos netos de Therese seguem a trilha do livro de casa em casa, o mistério de onde o livro desapareceu só vai se aprofundando. O organista ouve as crianças cantarem e as convida a formar um coral especial. As crianças adoram cantar e, desde que encontrem o livro a tempo, poderão prestar um serviço especial ao povoado. Porém, à medida que o Natal se aproxima, surgem as perguntas: Os quatro conseguirão desvendar o tortuoso caminho do livro perdido a tempo para salvar o Serviço de Cânticos do povoado? Terão êxito em empurrar o organista e a harpista, que encontraram para que trabalhem juntos, e mantenham os paroquianos, que se debruçam diante deles, acordados?


 3 - Lady Osbaldestone e os Pudins de Ameixas: Therese, lady Osbaldestone e sua família novamente dão as boas-vindas aos filhos de sua filha mais nova, Jamie, George e Lottie, além de suas primas Melissa e Mandy, que insistiram em passar as três semanas antes do Natal na casa de Therese, na Mansão Hartington, no povoado de Little Moseley. As crianças estão ansiosas pelos eventos tradicionais da aldeia, e neste ano, Therese organizou uma nova distração: os pudins de ameixa que ela e seu pessoal estão fazendo para toda a aldeia. Porém, enquanto limpam as moedas doadas como fichas de boa sorte nos pudins, as crianças descobrem que três delas não são moedas do reino. Quando o consultam, o reverendo Colebatch convoca um amigo, um erudito arqueólogo de Oxford, que confirma que as moedas são romanas, o que aumenta a possibilidade de um tesouro romano enterrado em algum lugar próximo. O professor Webster junto com sua sobrinha Honor, ficam na aldeia, escrevendo, e disponíveis para as consultas se as crianças e seus ajudantes descobrirem mais tesouros. Logo fica claro que descobrir a fonte das moedas, ou mesmo qual aldeão as doou, não é um assunto simples. Então, as crianças se encontram com um cavalheiro agradável que sabe muito sobre antiguidades romanas. Apresenta-se como Callum Harris, e o grupo concorda em permitir que ele os ajude, e os encaminhem em sua procura. Porém, enquanto os cinco da mansão, assistidos pelos jovens cavalheiros de Fulsom Hall, percorrem o povoado em busca das moedas a procura de sinais de escavação no campo e Harris percorre as bibliotecas da casa de campo do povoado acumulando evidencias de um complexo romano em algum lugar próximo, de onde as moedas realmente vieram, na verdade ele permanece frustrantemente evasivo. Então Therese reconhece Harris, que é mais do que pretende mostrar. Também observa o romance florescente entre Harris e Honor Webster, e como a jovem não sabe o nome completo de Harris, e muito menos sua tensa relação com seu tio, Therese intervém. Porém, enquanto pode imaginar uma resolução bem sucedida para um romance da temporada, além de uma reconciliação que já deveria ter sido realizada há muito tempo, sente a incapacidade de lidar com outro romance que chega muito mais perto da sua casa. Enquanto isso, a procura da fonte das moedas continua, mas o tempo está se acabando. Os netos de Therese e seus ajudantes de Fulsom Hall tentam localizar a vila do comerciante romano que Harris tem certeza que se encontra próxima, antes que todos deixem o povoado para passar o Natal com suas famílias.
 




As Crónicas de Natal de Lady Osbaldestone
1- Lady Osbaldestone e oe Gansos de Natal
2 - Lady Osbaldestone e os cânticos Natalinos Perdidos
3 - Lady Osbaldestone e os Pudins de Ameixas

27 de agosto de 2019

A Mulher para o Capitão Jack

Série Bastion Club
Eles se encontram em um confronto de espadas, banhados pela luz do luar da costa leste da Grã-Bretanha: o Capitão Jack, com seus belos traços esculpidos em prata e sombra, e seu poderoso físico obrigaram "Kit" Cranmer a se render. 

Ele era seu amante ideal que se transformava em realidade, e o comando dele sobre a gangue de contrabandista era absoluto. O seu olhar sagaz penetrou seu disfarce como o “rapaz” líder de uma gangue rival com facilidade alarmante, e a "punição" dele veio com beijos que deixou sua modéstia de donzela vir por terra. De repente, Kit descobre que está muito satisfeita em explorar com Jack os prazeres convencionalmente reservados para mulheres casadas... sem saber que forças perigosas ela está desencadeando. Pois, mesmo enquanto Kit se deleita em galopes à meia-noite e encontros na cabana, o Capitão Jack está montando uma armadilha sutil que colocará fim a sua liberdade... para atá-la a ele com um anel, uma promessa... e laços de devoção e desejo.

Capítulo Um

Maio de 1811, Oeste de Norfolk
Kit Cranmer estava sentada com o nariz na janela da carruagem, banqueteando-se com os marcos da memória. O pináculo no topo da Alfândega em Kings Lynn e a antiga fortaleza do Castelo Rising ficaram para trás deles. Adiante estava a curva para Wolferton; Cranmer estava finalmente perto. Flâmulas de vermelho crepuscular e dourado coloriam o céu em boas-vindas; a sensação de voltar para casa ficou mais forte a cada milha. Com um suspiro triunfante, Kit sentou contra as almofadas e deu graças mais uma vez por sua liberdade. Ela permaneceu habitada, presa e confinada em Londres por muito tempo.
Dez minutos depois, a entrada para o parque surgia à frente no anoitecer, o brasão Cranmer estendia-se em cada poste. Os portões estavam abertos; a carruagem girou completamente. Kit endireitou e balançou a velha Elmina acordando-a que, em seguida, sentou-se, de repente tensa.
O cascalho se esmagou sob as rodas; a carruagem embalou até parar. A porta foi aberta.
Seu avô estava diante dela, sua cabeça erguida orgulhosa, sua cabeleira leonina posta em relevo pelas tochas que ladeavam as grandes portas. Por um momento suspenso, entreolharam-se um para o outro, amor, esperança e lembrança da dor refletido repetidamente entre eles.
— Kit?
E os anos revertidos. Com um sufoco.
— Vovô! — Kit lançou-se nos braços de Spencer Cranmer.
— Kit. Oh, Kit! — Lorde Cranmer de Cranmer Hall, com sua neta amada presa contra seu peito, não conseguia encontrar outras palavras. Durante seis anos ele esperou que ela voltasse; ele mal podia acreditar que ela era real.
Elmina e a governanta, a Sra. Fogg, conduziram o par emocionado para o interior, deixando-os no sofá da sala, diante do fogo ardente.
Eventualmente, Spencer se endireitou e enxugou os olhos com um lenço grande.
— Kit, menina querida, estou tão feliz em te ver.
Kit olhou para cima, sem vergonha das lágrimas suspensas em seus longos cílios castanhos. Ela ainda não tinha recuperado a sua voz, então sorriu sua resposta.
Spencer devolveu o sorriso.
— Eu sei que é egoísmo da minha parte desejar você aqui, suas tias salientaram anos atrás, quando você decidiu ir para Londres. Eu tinha desistido de esperar que voltasse. Eu tinha certeza de que casaria com algum cavalheiro elegante e esquecesse tudo sobre Cranmer e seu velho avô.
O sorriso de Kit desapareceu. Franzindo a testa ligeiramente, ela se contorceu para se sentar reto.
— O que quer dizer, vovô? Eu nunca quis ir para Londres, minhas tias me disseram que eu tinha que fazê-lo. Afirmaram que você queria que eu conseguisse uma boa união e como sou a única garota da família, era o meu dever honrar o nome Cranmer e, mais ainda, para os meus tios. — O último foi dito com desprezo.
O olhar pálido de Spencer aguçou. Suas espessas sobrancelhas brancas se encontraram em uma expressão estrondosa.
— O quê?
Kit estremeceu.
— Não grite. — Ela tinha esquecido o seu temperamento. De acordo com Dr. Thrushborne, sua saúde dependia de não o perder com muita frequência.
Levantando-se, ela foi até a lareira e puxou o cordão da campainha.
— Deixe-me pensar. — Seu olhar sobre as chamas, ela franziu a testa, os eventos há muito tempo repetindo em sua mente. — Quando vovó morreu, você se trancou, e eu não estava com você. Tia Isobel e tia Margery conversaram com você. Então, elas vieram e me disseram que eu tinha que ir com elas, que os meus tios deveriam ser os meus guardiões e eles me preparariam e me apresentariam e assim por diante. — Ela olhou diretamente para Spencer. — Isso era tudo o que eu sabia.
O brilho zangado nos velhos olhos, segurando os dela tão atentamente era toda prova que Kit precisava da dissimulação de suas tias.
— Aquelas coniventes cadelas! Aquelas bruxas vestidas de sedas e peles. Essas harpias infernais! As duas não são nada mais...

21 de junho de 2016

Domada Por Amor

 Série Bastion Club


Os solteiros mais cobiçados e aventureiros de Londres se uniram para formar o Clube Bastion, uma sociedade de elite para cavalheiros dedicada a determinar o futuro de seus membros no referente ao casamento.

Os homens do Clube Bastion demonstraram seu valor lutando secretamente por seu país.
Agora seu líder enfrenta a mais perigosa de todas as missões: encontrar uma noiva.
Agindo como o misterioso líder do Clube Bastion conhecido como «Dalziel», Royce Henry Varisey, X duque do Wolverstone, serviu a seu país durante décadas, enfrentando a inomináveis perigos.
Mas, como possuidor de um dos títulos de nobreza mais augustos da Inglaterra, agora deve cumprir com o trabalho mais crucial de todas: o casamento.
Não obstante, as jovens e as grandes damas que poderiam ser apropriadas são previsivelmente aborrecidas.
Muito mais tentadora resulta a teimosa e distante governanta de seu castelo, Minerva Chesterton.
Sob seu sereno exterior se esconde uma mulher de ardente sensualidade, que encheria seus dias de comodidades e suas noites de puro prazer.
Decidido a reclamá-la, embarca-se em uma sedução para demonstrar sua mestria sobre cada centímetro de seu corpo… e cada fibra de seu coração.

Comentário revisora Ana Mayara: Finalmente o livro do Daziel, aquele cara sinistro que assustou muita gente nos livros anteriores. Logo pela sinopse o livro promete: o malvadão é um duque! Um duque, minha gente!!! E a mocinha da vez ninguém menos que a governanta dele. Quando eu vi isso, tive certeza que o livro seria dos bons. E foi. Royce (ex-Dalziel) é um fofo bastante safadinho. Ele e a Minerva ficaram lindos juntos. Ela tenta fugir do malvadão, mas quem resiste? Adorei a história, o suspense foi diferente dos livros que já li da autora, pois neste temos a visão do vilão. E as cenas hot foram bem legais, esse casalzinho tem bastante amor para dar. Detalhe para o trecho nas muralhas...

Capítulo Um

Setembro, 1816, Coquetdale, Northumbria
Isto não teria de ser assim.
Envolto em sua capa, sozinho no assento de sua bela carruagem, Royce Henry Varisey, o décimo duque de Wolverstone, virou o último par na sucessão de cavalos de posta que tinha posto ao galope pela estrada de Londres até o caminho secundário que levava a Sharperton e Harbottle. 

Os contrafortes ligeiramente arredondados das colinas Cheviot o rodearam como os braços de uma mãe; o castelo Wolverstone, o lar de sua infância e sua recém-herdada propriedade, estava perto da vila de Alwinton, além de Harbottle.
Um dos cavalos rompeu o ritmo; Royce o examinou, conteve o outro até que estiveram ao mesmo tempo, e depois os incitou. Estavam desfalecendo. 
Seus próprios puro sangues negros o levaram até St. Neots na segunda-feira; a partir de então, havia pegado um par novo cada quinze milhas aproximadamente.
Agora era quarta-feira pela manhã, e estava muito longe de Londres, entrando de novo, depois de dezesseis longos anos, nos terrenos de sua propriedade. Naqueles terrenos ancestrais. 
Em Rothbury e as escuras clareiras de seus bosques; a frente das extensas planícies sem árvores de Cheviot, salpicadas aqui e ali com as inevitáveis ovelhas, pulverizadas sobre as ainda mais baldias colinas, até a fronteira com a Escócia, mais adiante.
As colinas, e essa fronteira, desempenharam um papel vital na evolução do ducado. Wolverstone fora criado depois da Conquista como um senhorio para proteger a Inglaterra da depredação dos escoceses que rondavam por ali. 
Os sucessivos duques, popularmente conhecidos como os Lobos do Norte, desfrutaram durante séculos de privilégios reais no interior de seus domínios.
Muitos afirmavam que ainda os tinham.
Certamente, seguiam sendo um clã extremamente poderoso, cuja riqueza aumentara graças a sua valentia no campo de batalha e fora protegida por seu êxito ao convencer os sucessivos soberanos de que era melhor deixar em paz os tão ardilosos e politicamente poderosos fazedores de reis, para que dirigissem o Middle March como tinham feito desde que, pela primeira vez, posassem seu elegantemente calçado pé normando em terra inglesa.
Royce estudou os arredores com um olho aguçado pela ausência. Lembrando-se de seu pai, perguntou-se de novo se sua tradicional independência (pela qual originalmente lutaram e ganharam, que lhes foi reconhecida por costume e garantida por um foro real, mais tarde legalmente rescindido, mas nunca realmente retirado, e inclusive menos realmente renunciado) não tinha escorado distanciamento entre seu pai e ele.

11 de abril de 2016

O Limite do Desejo

Christian, preciso da sua ajuda. Não há ninguém mais a quem eu possa recorrer...Letitia

Quando Christian Allardyce, o marquês de Dearne, leu estas palavras, seu mundo virou de pernas para o ar.
Lady Letitia Randall é uma mulher especial, como nenhuma outra, e o dia em que ele a deixou para ir lutar pelo rei e por seu país foi o mais difícil de sua vida.
Ele nunca esqueceu a sensação dos lábios de Letitia sobre os seus, mas nunca esperara voltar a vê-la.
Agora, porém, ela pede sua ajuda, e Christian sabe que será impossível resistir ao chamado...
Letitia acredita que Christian a abandonou quando ela mais precisava dele, e a ideia de pedir-lhe ajuda a contraria profundamente.
Mas ela jurou usar todas as armas ao seu alcance para limpar o nome do irmão, mesmo que isso signifique seduzir o ex-amante.
Mal sabe ela que Christian irá travar uma batalha pessoal, uma campanha de puro prazer e doce vingança que os levará além dos limites do desejo...

Capítulo Um

Agosto de 1816, Londres.
Devia fazê-la esperar. Perdido em pensamentos e conjecturas, Christian Michael Allardyce, sexto marquês de Dearne, desceu lenta¬mente a escada do Clube da Resistência.
Tomava um conhaque e refletia na biblioteca, quando Gasthorpe, mordomo do clube, aparecera com uma mensagem.
Um bilhete que o chamava de volta ao passado.
E o passado o aguardava no salão. O aposento que ele e os outros seis proprietários do clube — todos ex-agentes de um dos mais secretos e seletos braços dos serviços de Sua Majestade, homens que haviam estabelecido o clube como um esconderijo onde se proteger das damas inconvenientes da sociedade — haviam estabelecido como sendo o único lugar onde era permitido o acesso de mulheres.
Nos meses seguintes à inauguração do clube, essa regra havia, incidente após incidente, caído por terra, mas Gasthorpe encaminhara essa dama em particular ao grande salão.
Devia fazê-la esperar.
Ela tinha dito que esperaria, doze anos atrás, mas outro homem aparecera, e enquanto ele se arriscava na Europa de Napoleão, ela esquecera rapidamente a promessa e se apaixonara por um certo sr. George Randall, com quem se casara.
Agora ela era lady Letitia Randall.
Não era a marquesa de Dearne.



Série Bastion Club
0.5 - A Mulher do Capitão Jack - tradução
1 - A Noiva Perfeita
8 - Domada por amor

19 de janeiro de 2016

Paixão Inesperada

Série Bastion Club


Os homens do Clube Bastion são poderosos, leais e não avessos a superar um perigo se for necessário.


Agora, depois de anos de lealdade em serviços prestados a rainha, cada um deles - um a um - precisa enfrentar o maior perigo de todos... o amor.
O último deles, Jack, Barão de Warnefleet, fugiu de Londres após quase ficar comprometido em um casamento com uma terrível mulher. 
Virando as costas totalmente contra o conceito de casamento, ele volta para o local onde não é visto por anos, determinado a por em prática um plano alternativo para sua vida. Mas então um pouco antes de sua descida, Jack resgata uma surpreendentemente bela dama de um cavalo sem controle. Entretanto, enquanto ele começa a tomar comando a dama continua a segurá-lo. Lady Clarice Altwood não é mansa nem delicada. Ela é a própria antítese das moças com cabeça vazia que ele havia rejeitado. Clarice é notavelmente atraente, inegavelmente capaz e completamente inesquecível. Por que raios ela não está vivendo no campo?
Este enigma é composto por mistério e rapidamente fica claro que Clarice está em perigo. Jack precisa usar cada milimetro de sua astúcia e inteligencia para proteger esta dama altamente independente e apaixonante... que tão rapidamente roubou seu coração.

Capítulo Um

Princípios de maio Povoado de Avening, condado de Gloucester
Flores de maçã na primavera. Julius
—Jack— Warnefleet, barão Warnefleet de Minchinbury, parou seu cavalo sobre uma das colinas que levavam ao vale e contemplou as nuvens brancas e rosadas que envolviam a mansão Avening.
Era a primeira vez que via seu lugar em sete anos; tempo demais. As flores de maçã sempre lhe recordavam as noivas e enquanto as observava com receio, soltou as rédeas e fez seu cavalo cinza, Lutador descer a longa colina.
Parecia que tudo conspirava para recordar-lhe seu fracasso, sua incapacidade de encontrar uma esposa. A mansão Avening estava sem uma senhora desde que a mãe de Jack morreu, quando ele tinha seis anos; seu pai nunca voltara a se casar.
Jack havia passado os últimos treze anos atrás das linhas inimigas na França, lutando pelo rei e a pátria. A morte de seu pai, sete anos atrás, o trouxera de volta ao lugar, mas só durante dois breves dias, o tempo suficiente para assistir ao funeral e deixar a administração de Avening em mãos do velho Griggs, o antigo administrador de seu pai.
Logo, de imediato, o dever voltou a reclamá-lo no outro lado do Canal, de volta aos diversos papéis que representara para desbaratar o transporte marítimo e os contatos comerciais franceses e para debilitar desse modo o Estado francês.
Não era o tipo de batalhas que a maioria das pessoas imaginava que lutaria um comandante da Guarda Real. Junto a um seleto grupo de colegas, também oficiais, o puseram as ordens de um homem muito reservado conhecido como Dalziel, o responsável por todas as operações encobertas inglesas no solo estrangeiro. Nem Jack nem nenhum de seus outros seis colegas sabiam quantos agentes tinha Dalziel sob seu comando, nem o amplo que era o alcance de suas atividades.
O que se sabia era que estas contribuíram diretamente — de fato, foram cruciais — na derrota definitiva de Napoleão.

Um Amor Surpreendente

Série Bastion Club
Os senhores do Clube Bastion têm provado a sua coragem enquanto lutam contra os inimigos da Inglaterra, mas nada os preparou para lidar com o mais formidável dos desafios: o sexo oposto.

Deverell, Visconde Paignton, necessita desesperadamente de uma esposa.
Sem se abalar pelo rebanho casamenteiro, ele procura a ajuda de sua tia, que o direciona a uma dama que ela promete ser perfeita para ele.
Despachado para uma festa no campo para olhar a dama, ele descobre que ela não desfila por entre os convidados, mas fica com o nariz enterrado num livro na biblioteca.
Phoebe Malleson está tentada para se distrair com Deverell, mas casar com ele não é parte de seu plano. Movida por um incidente em seu passado, Phoebe tem uma causa secreta para evitar compromisso.
Infelizmente, dizer a Deverell para ir embora não funciona, e ele rapidamente descobre seu segredo. Mas alguém poderoso que é alvo da sua causa de destructição e está na sua mira.
Phoebe deve aceitar a ajuda de Deverell... embora o custo para os dois pode ser encantador e mortal.

Capítulo Um

Londres, finais de abril de 1816 
— Querido Deverell, acredito que sei exatamente qual a dama adequada para você. — Audrey Deverell ergueu a cabeça e se jogou para trás no banquinho no qual estava sentada, apertando os olhos enquanto olhava fixamente o lenço que pintava, antes de aplicar-lhe uma leve pincelada. Aparentemente satisfeita, tornou a jogar-se para frente e abaixou as vistas para a paleta que segurava em sua mão.
— O que me surpreende é porque demorou tanto para me perguntar. Jocelyn Hubert Deverell, sétimo visconde de Paignton, conhecido por todos simplesmente como Deverell, observou como Audrey escolhia outro tom para sua obra, uma paisagem que ele supunha ser um grande carvalho.
Estava sentado em uma poltrona macia, junto às amplas janelas através das quais o sol vespertino banhava o estúdio de sua tia. Na última vez que a tinha visitado, poucos meses atrás, aquela sala era destinada a cestaria.
Quando, ao chegar, o tinham acompanhado até ali e descobriu a Audrey sentada em um banquinho alto diante de um lenço, com seu esbelto corpo coberto por uma bata de cor parda e uma boina negra sobre seus cachos cinza, Deverell teve de reprimir um sorriso; pois vê-lo sorrir teria sido algo ofensivo e ela não teria gostado porque sempre levava cada um e todos seus extravagantes passatempos a sério.
Audrey, sua única tia paterna e muito mais jovem que seus três irmãos, dos quais o pai de Deverell era o mais velho, se aproximava dos cinqüenta anos e era uma solteirona convicta, com certa tendência à extravagância. Apesar de tudo, sendo como era, uma Deverell e uma mulher endinheirada, sua excentricidade não lhe causava nenhum problema e era um membro aceito da alta sociedade.
Ainda que suas amigas, mais convencionais e casadas há muito tempo, com freqüência manifestavam certa inveja por sua liberdade. Audrey era muito solicitada, no mínimo para dar um toque de cor e brio às festas dessas matronas.
Sua audaz extravagância atraíra Deverell desde pequeno e se sentia muito mais próximo dela que de qualquer outra de suas tias, três por parte de mãe e duas tias políticas. Por essa razão, nesse momento em que estava claro que necessitava o tipo de apoio que as tias proporcionavam aos cavalheiros como ele, recorreu a ela.
Sem dúvida, não esperava uma resposta tão contundente. A cautela o fez hesitar, mas ao recordar sua situação, perguntou: 
— Essa dama...?

Não é só Sedução

Série Bastion Club


Em um momento de descuido, Gervase Tregarth, 6º conde de Crowhurst, jura que vai se casar com a próxima dama elegível que cruzar seu caminho.

Enclausurado em seu castelo que outrora fora de seus ancestrais, em Cornwall, sem nenhuma mulher adequada por milhas de distância, ele jamais espera ter de cumprir sua promessa, não pelo menos até a temporada de Londres começar. 
Mas, então, ele conhece sua vizinha, a muito atraente Madeline Gascoigne. Anos de serviço secreto à Coroa ensinaram a Gervase o valor de ter sempre uma brecha - não haverá casamento se ele e Madeline forem incompatíveis de alguma forma.
Assim, ele se propõe a provar que eles fariam o mais terrível dos casamentos... , atraindo-a nos braços e, finalmente, sua cama.
Desde o primeiro beijo, Gervase descobre que e a teimosa e independente Madeline não é a dócil moça do campo... e que o fogo entre eles vai queimar muito além daquela primeira sedução.

Capítulo Um

Princípios de Julho de 1816 Castelo de Crowhurst, Cornualha
— Como diabos destruíram o moinho? — Gervase Tregarth, sexto conde de Crowhurst, passeava nervoso em frente à lareira, no elegante salão do castelo de Crowhurst. A exasperação de um homem empurrado até os limites da frustração estava em seu rosto, seu tom e cada passada de suas longas pernas. — E tenho que pensar que elas também estavam atrás de tudo o mais? — As valas quebradas, as embarcações arruinadas, a confusão com os grãos, a inexplicável vibração dos sinos da igreja à meia noite? Virou-se e dirigiu o olhar claramente interrogativo a sua madrasta, Sybil, com os duros olhos cor de avelã.
A mulher, sentada no divã com um xale de seda sobre os ombros, olhou-o por sua vez com expressão vazia, como se não compreendesse tudo o que Gervase queria dizer, ainda que ele soubesse que não era assim.
Na realidade, Sybil pensava como poderia responder-lhe, porque sabia que ele estava a ponto de perder a paciência e preferia evitá-lo. Gervase apertou mais ainda os olhos.
— Foram elas, não? Claro que foram elas. Sua voz se tornara um grunhido; os últimos meses de inúteis viagens a Londres para ser chamado de volta à Cornualha ao fim de poucos dias para solucionar alguma inexplicável calamidade, passaram por sua mente crispando ainda mais seus nervos.
— Que demônios acreditam que estão fazendo? Não gritou, mas a força que havia atrás de suas palavras bastaria para fazer soçobrar uma mulher mais forte que Sybil. Gervase respirou forte e tentou reprimir a fúria que brotava em seu interior. Com ― elas se referia as suas três meias-irmãs, as filhas de Sybil, que, nos últimos tempos, se converteram em sua cruz. Belinda, Annabel e Jane puxaram ao pai, assim como Gervase, razão pela qual Sybil, a dócil e afável Sybil ruiva e delicada, era totalmente incapaz de controlá-las.
As três eram mais inteligentes, astutas e agudas do que ela e também mais enérgicas, atrevidas e extrovertidas, em definitivo, mais seguras de si mesmas. Gervase, por sua parte, tinha um caráter similar ao das três jovens, pelo que sempre foram muito unidos.
Como todas adoravam seu único irmão mais velho, ele se acostumara que estivessem sempre ao seu lado, ou ao menos que agissem seguindo uma lógica própria dos Tregarth que ele podia compreender.
Porém, nos últimos seis meses passaram de adoráveis, ainda que travessas jovens descaradas e buliçosas as quais queria tanto, a umas harpias inspiradas pelo demônio, cujo principal objetivo na vida era deixá-lo louco. Sua última pergunta fora retórica.
Se ele não podia compreender o que empurrara suas queridas irmãs a perpetrar aqueles seis meses de tumulto, não acreditava que Sybil pudesse fazê-lo. Mas, para sua surpresa, a doce mulher abaixou os olhos e brincou com as franjas de seu xale.
— Na realidade... — alongou a palavra e o olhou, — creio que é pelo que aconteceu com as jovens Hardesty.
— As jovens Hardesty? — Gervase parou e franziu o rosto, enquanto se esforçava para lembrar-se delas. — AS Hardesty de Helston Grange? Sybil concordou. — Robert Hardesty, lorde Hardesty agora que seu pai faleceu, foi a Londres em setembro e regressou com uma esposa. A recordação que Gervase tinha de Robert Hardesty era a de um imaturo jovem, mas essa imagem datava de doze anos atrás.
—Robert deve ter... Quantos? Vinte e cinco anos?
— Vinte e seis, acredito.
— Um pouco jovem para o casamento, talvez. Ainda assim, suponho, tem que dar uma posição a suas irmãs, uma esposa parece uma incorporação razoável a seu lugar.
— O futuro de suas próprias irmãs era uma das muitas razões pelas quais ele mesmo se sentia obrigado a casar-se.

2 de dezembro de 2015

Primeiro e Único Amor

Série Bastion Club
Os sete membros do Bastion Clube serviram lealmente à Coroa durante missões perigosas. Agora juntos devem apoiar um deles na missão mais arriscada: casar.

Quando Charles St. Austell retorna a casa para reclamar seu título como conde e decide rapidamente a procurar uma boa esposa, descobre que os anos o tornaram impaciente para suportar todas as jovens que competem para obter sua atenção, exceto Lady Penelope Selborne.
Anos atrás ambos consumaram seu ardor juvenil em uma inesquecível tarde. Charles segue ainda enfeitiçado por aquele interlúdio, mas Penny rechaça ter qualquer outra relação com ele.
Se controlar suas emoções já foi difícil no passado, com o coração endurecido pela batalha de estar por perto, é impossível. 
Até agora Penelope jurou que não voltará a cometer o mesmo engano, nem se casará sem amor; mas quando traidores conspiram contra eles e os ameaçam, Penny descobrirá que Charles é seu verdadeiro protetor, seu primeiro e único amor.

Capítulo Um

Abadia do Restormel Lostwithiel, Cornualha, Abril de 1816
Crac!
Um tronco estalou na lareira; as faíscas crepitaram e saíram voando. As chamas saltaram e lançaram dedos de luz que dançaram sobre as lombadas de couro alinhadas nas paredes da biblioteca.
Charles St. Austell, conde de Lostwithiel, elevou a cabeça da poltrona e se assegurou de que nenhuma brasa tivesse alcançado a desgrenhada pelagem de seus cães, Cassio e Bruto. A seus pés, nenhum dos dois animais se alterou; nenhum ardia. 
Charles sorriu e voltou a apoiar a cabeça no desgastado couro. Bebeu da taça que sustentava na mão e retornou a suas reflexões. Sobre a vida, suas vicissitudes e sua evolução às vezes inesperada.
Lá fora, o vento assobiava, tênue e constante, sobre os altos muros de pedra. A noite estava relativamente tranquila, cheia de vida, mas não turbulenta, o que nem sempre era o caso na costa sul da Cornualha. No interior da antiga abadia, tudo estava aprazível e calmo. 
Passava de meia-noite e, além dele, não havia nenhum outro ser humano acordado. Era um bom momento para avaliar a situação.
Estava ali em uma missão, mas isso era o de menos. Descobrir se havia algo de certo nos rumores sobre uma infiltração de segredos do Ministério de Assuntos Exteriores por meio dos canais de contrabando locais não era uma tarefa que fosse exigir muito, certamente, não no pessoal. 
Aproveitou a desculpa que o antigo comandante lhe brindou para retornar à abadia, o lar de seus antepassados que agora era dele, com o principal objetivo de conseguir perspectiva para examinar, e rogava que também para resolver, seu crescente conflito interior relativo à desesperada necessidade de uma esposa e o pessimismo, cada vez mais profundo que sentia a respeito de que fosse encontrar uma dama adequada para isso.
Em Londres, viu-se rodeado de candidatas que não tinham nada a ver com o tipo de mulher que ele precisava. Naquela espécie de purgatório pessoal, viu-se acossado por jovens amalucadas, com mais cabelo que inteligência na cabeça, que só o viam como um belo e rico nobre com o estímulo extra ser um misterioso herói de guerra. 
Não retornaria à vida social até que não tivesse uma ideia firme e definitiva da dama que desejava para si.
O certo era que a intensidade de sua necessidade de encontrar esposa, a esposa adequada, turvava-o. Em um primeiro momento, quando retornou de Waterloo, tinha sido capaz de reconhecer que essa necessidade era algo natural. Sua associação com outros seis homens, tão parecidos com ele, todos eles na mesma situação, e a camaradagem que tinha fluido entre os sete a partir da criação do Bastion Clube, seu último bastião contra as casamenteiras da boa sociedade, tinha atenuado sua impaciência e acalmado sua inquietação durante alguns meses.
Mas agora Tristan Wemyss e Tony Blake haviam encontrado esposa, enquanto ele, com sua necessidade cada vez mais forte, e mais desesperado e inquieto, ainda aguardava que aparecesse sua dama.
Teve que passar aquelas últimas semanas em Londres, consumido pela agitação dos preparativos para os intensos meses da Temporada, para fazer uma verdadeira ideia do porquê de sua impaciência. 
Durante treze anos, esteve afastado, isolado da sociedade em que nasceu. Passou treze tensos anos oculto em território inimigo, sem relaxar nunca e sempre alerta. E, embora agora soubesse que estava em casa e que a guerra havia terminado, ainda se descobria nas festas, baile e em qualquer outro grande evento, isolado mentalmente. Sentia-se ainda como o intruso que observava, que estudava, sem ser capaz em nenhum momento de baixar a guarda e relacionar-se livremente.

19 de abril de 2015

Uma Esposa a Sua Medida

Saga da Família Lester






Philip Augustus Marlowe, sétimo Barão de Ruthven, começou a sentir que algo faltava em sua ordenada vida, depois de passar as festas com seus primos do lado Lester da família. 

Ele descobriu que sua dificuldade era onde encontrar uma jovem que não fosse tola, coquete e insípida. Antonia Mannering uma jovem órfã que passara anos, isolada no norte de Yorkshire, mas extremamente determinada, vai à luta de seu maior sonho e esse é ter Philip Augustus Marlowe, o sétimo Barão de Ruthven.





Saga da Família Lester
1. As Razões do Amor
2. Um Futuro de Esperança
3. Armadilha de Amor
4- Uma Esposa a Sua Medida
Série Concluída

18 de abril de 2015

O Sabor da Inocência

Saga Familia Cynster
Apesar de Charles Morwellan, o oitavo Conde de Meredith, ver o êxito que os matrimônios de seus camaradas Cynster tiveram, também foi testemunha das obsessões de seu pai que quase levam a destruição de sua família e sorte, e esse é um erro que não queria repetir. 

Apesar disso, devido a sua posição nobiliária, não tem outro jeito senão se casar e fixou o olhar em Sarah Conningham, a filha de seus vizinhos. 
Ela é inteligente para se desenvolver adequadamente em Sociedade, bela parafazê-lo sentir certa atração e mais velhapara valorizar o lado positivo de sua oferta matrimonial.
Para a maior parte das damas da Sociedade, o matrimônio com o homem apropriado é a culminação de anos de esforço e dedicação, mas para uma mulher independente, como é Sarah, o matrimônio, salvo que seja por autêntico amor só supõe restrições a sua liberdade. Mas Charles é um homem acostumado a conseguir o que quer e convence Sarah, para quedê duas semanas para conquistá-la. E desta maneira começa um intenso cortejo.
Durante o dia, são os modelos do perfeito decoro,  formais passeios, educadas conversas e bailes aonde mantêm uma distância adequada... Mas pelas noites se deixam levar pela luxúria e se abandonam a apaixonados beijos que os fazem desejar algo mais. E depois das bodas, apesar das tórridas noites de paixão que compartilham, Charles, durante o dia, mantém-se afastado dela, como se o que acontece quando o sol se põe fosse um sonho. 
Agora, Sarah terá que lutar para demonstrar que o verdadeiro amor não pode ser contido, mas se verá envolvida em uma série de misteriosas circunstâncias, que a colocarão em perigo e que obrigará Charles não só a protegê-la, mas também tê-la para si.

Capítulo Um

Fevereiro de 1833.
Noroeste de Curve Florey, Somerset.
Tinha que se casar e o faria. Sob suas condições.
Estas últimas palavras ressonaram na mente de Charlie Morwellan ao compasso do ruído surdo dos cascos de seu cavalo, enquanto se dirigia a meio galope para o norte. O dia era frio e limpo. Perto dele, as exuberantes colinas verdes ao pé da face ocidental dos Montes Quantocks se ondulavam brandamente. Nascera nesse lugar, em Morwellan Park, seu lar, que agora se encontrava a um par de quilômetros atrás dele. Contudo, prestava muito pouca atenção a impressionante paisagem que o rodeava, pois sua mente implacável se achava enfocada em outros assuntos.
Era o dono e Senhor dos campos que o rodeavam, do vale que havia entre os Quantocks ao este e os Montes Brendon ao oeste. Suas terras se estendiam para o sul e limitavam com as de seu cunhado Gabriel Cynster. O limite norte se estendia diante dele, além da colina. Quando seu castrado manchado cinza, Tormenta coroou o topo, Charlie puxou as rédeas e se deteve, olhando para frente, mas sem ver na realidade.
O ar frio acariciou suas faces. Com a mandíbula tensa e a expressão impassível, voltou a pensar nas razões que o conduziram até ali.
Herdara o condado de Meredith depois da morte de seu pai, vários anos atrás. Essa data marcara um antes e um depois na vida de Charlie. A partir de então tivera que escapar das infrutíferas tentativas das damas para capturá-lo. Aos trinta anos era um rico Conde solteiro que fazia babar às implacáveis casamenteiras. Mas depois de uma década alternando com a flor e nata da Sociedade, conhecia todos os truques. Uma e outra vez escapava das redes que as damas estendiam algo que, além disso, desfrutava fazendo-o.
Mas inclusive para Lorde Charles Morwellan, oitavo Conde de Meredith, o matrimônio era um destino que não podia escapar. Embora não fosse isso o que finalmente o fizera tomar uma decisão.
Fazia quase dois anos que seus melhores amigos, Gerrard Debbington e Dillon Caxton, se casaram. Nenhum dos dois estivera procurando esposa, nem tinham necessitado se casar urgentemente, mas o destino jogara suas cartas e os dois acabaram em frente ao altar. O próprio Charlie estivera ali com eles e sabia que seus amigos estiveram felizes de se casar.
Agora, tanto Gerrard como Dillon eram pais.
Tormenta se remexeu inquieto. Charlie bateu no pescoço com ar distraído.
Vinculados ao poderoso Clã Cynster, Gerrard e Dillon junto as suas esposas, Jacqueline e Priscilla, e ele mesmo se reuniram como sempre tinham feito depois da Véspera de natal em Somersham Place, a residência principal dos Duques de St. Ives e lar ancestral dos Cynster. 
A numerosa família Cynster e suas muitas amizades se reuniam ali duas vezes ao ano, em agosto na chamada Celebração do verão e de novo nas férias de Natal, quando se juntavam por ocasião destas festas.
Charlie sempre desfrutara da cálida atmosfera dessas reuniões, mas não nesta ocasião. E não foi pela presença dos filhos de Gerrard e Dillon, e sim pelo que estes representavam. Dos três, amigos durante mais de uma década, ele era o único que tinha a obrigação de se casar e ter um herdeiro. Embora em teoria pudesse deixar o dever de procriar para seguinte geração de Morwellan, ao seu irmão Jeremy, que agora tinha vinte e três anos, fazia muito tempo que Charlie aceitou que não poderia escapar daquele dever familiar em particular. 
Carregar sobre os ombros de Jeremy uma das principais responsabilidades vinculadas ao título de Conde, não era algo que pudessem permitir sua consciência, sua natureza nem seu sentido de dever.
Por essa razão se dirigia a Conningham Manor.
Continuar tentando o destino, deixar que essa perigosa divindade fosse a que organizasse sua vida e buscasse uma esposa, igual fez com Gerrard e Dillon, seria uma completa estupidez, pelo que ia sendo hora de escolher a sua prometida. 
Agora, antes que começasse a temporada, assim poderia escolher à dama que melhor conviesse, sem deixar nenhum fio solto, antes que a Sociedade tivesse notícias disso.
Antes que o destino tivesse a oportunidade de por o amor em seu caminho.
Tinha que agir com rapidez para ter o absoluto e completo controle sobre seu destino, algo que ele considerava uma necessidade e não uma opção.
Tormenta saltou, transmitindo a Charlie parte de sua impaciência. Controlando ao poderoso castrado, Charlie concentrou a atenção na paisagem que tinha diante de si. A um par de quilômetros, no mais profundo do vale, viam-se os telhados de ardósia de Conningham Manor, por cima dos ramos nus das árvores. Os fracos raios do sol nascente se refletiam nas janelas do edifício, uma brisa fresca arrastava a fumaça que emergia das altas chaminés isabelinas, dissolvendo-o com rapidez. Conningham Manor tinha existido quase tanto tempo como Morwellan Park.
Charlie ficou olhando a Mansão durante outro minuto, saiu de seu devaneio, afrouxou as rédeas de Tormenta e desceu a colina a galope.
 







Saga Familia Cynster
1-  Diabo
2- O Juramento de um libertino
3- Seu Nome é Escândalo
4- A Proposta de um libertino
5-.Um Amor Secreto
6. Tudo sobre o amor
7- Tudo sobre a paixão
7,5- A Promessa em um Beijo
8- Uma Noite Selvagem
9- Sombras ao Amanhecer
10- A Amante Perfeita
11- A Noiva Ideal
12-  A Verdade Sobre o Amor 
13-  Sangue Puro
14- O Sabor da Inocência
15- As Razões do Coração - em revisão
16- O sabor da Tentação -    idem
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1 de março de 2015

Armadilha de Amor

Saga da Família Lester







Harry Lester interessado em cavalos era um libertino confesso.

Depois de que na juventude teve seu coração menosprezado pela mulher a quem amava, não tinha intenção de voltar a apaixonar-se e, muito menos, de deixar-se apanhar nas teias do matrimônio.
Pouco depois de que por pura sorte sua família teve uma drástica mudança em sua situação financeira, tornou-se um alvo das casamenteiras decidiu abandonar Londres fugindo para Newmarket, lugar que se notabilizavam pelas famosas corridas hípicas.
Estava chegando quando encontrou acidentalmente com Lucinda Babbacombe, uma bela viúva de sólida situação financeira.





Saga da Família Lester
1. As Razões do Amor
2. Um Futuro de Esperança
3. Armadilha de Amor
4- Uma Esposa à sua Medida
Série Concluída

28 de janeiro de 2015

Sangue Puro

Saga Familia Cynster
Apesar de sua aparência perigosa, Dillon Caxton agora é um homem com uma reputação excelente. Mas nem sempre foi assim. 

Faz anos, um estratagema ilícito se converteu num vil fraude e só com a ajuda de sua prima Felicity e seu marido Demônio, conseguiram salvar Dillon da ruína. 
Agora totalmente honesto, com sua reputação zelosamente guardada, é o Guardião do Registro de todas as corridas de cavalos da Inglaterra, o Grande 
Registro, que Lady Priscilla Dalloway está desesperada por ver. Ela chegou a Newmarket com a decisão de resgatar seu irmão, que é um apaixonado pelos cavalos, das más companhias.
Juntos, Dillon e Priscilla descobrem uma fraude enorme nas apostas. Ajudados por Demônio, Felicity e Barnaby Adair, embarcam em uma viagem infestada de perigos e paixão inegável, em que procuram desmascarar os culpados. E durante o processo descobrem a resposta à velha pergunta: que preço tem o amor?

Capítulo Um

Setembro de 1831 Newmarket, Suffolk
— Esperava que pudéssemos desfrutar de um pouco de intimidade. - Fechando à suas costas a porta do Twig & Bough, a cafeteria da Rua Maior de Newmarket, Dillon Caxton desceu à calçada acompanhado de Barnaby Adair. — Por desgraça, o bom dia tem feito sair em massa às matronas com suas filhas.
Observando as carruagens que passavam pela Rua Maior, Dillon se viu forçado a sorrir para duas matronas, cada uma com um par de filhas. Puxando do braço de Barnaby, começou a caminhar.
— Se ficarmos aqui parados, elas não demorarão a tomar como um convite.
Rindo entre dentes, Barnaby acomodou seus passos aos de Dillon.
— Parece ainda mais desencantado com essas doces jovenzinhas que o próprio Gerrard.
— Você que vive em Londres, sem dúvida está acostumado ao pior, mas não seria demais se pensasse naqueles que apreciamos uma existência campestre e tranqüila. Para nós, inclusive a temporada de baile é um aviso de algo que desejamos evitar ardentemente.
— Ao menos, com este último mistério tem algo para distraí-lo. Uma boa desculpa para estar em outra parte, fazendo outras coisas.
Ao ver que uma matrona dava instruções a seu cocheiro para deter a carruagem junto à calçada uns metros mais adiante, Dillon xingou baixo.
— Por desgraça, este mistério deve permanecer no mais estrito segredo. Temo que Lady Kershaw vá ser a primeira em fazer sangue.
A dama, uma reconhecida e influente matrona local, fazia gestos imperiosamente para que eles se aproximassem. Não havia escapatória, Dillon se aproximou da carruagem agora parada. Trocou as saudações de rigor com Lady Kershaw e sua filha, Margot, e logo apresentou Barnaby. 
Permaneceram ali em pé conversando cinco minutos. Pela extremidade do olho, Dillon notou muitos olhares fixos neles e que outras damas estavam manobrando para conseguir uma posição vantajosa na calçada.
Olhou Barnaby, que estava à altura das expectativas da Senhorita Kershaw, e fez uma careta para si mesmo.
Podia imaginar a imagem que ofereciam, ele era moreno, com certo ar dramático, ao mais puro estilo byroniano, e Barnaby, um Adônis de cabelos dourados e frisados, e brilhantes olhos azuis, era o contraponto perfeito.
Ambos eram altos, musculosos e vestiam de maneira elegante. Em uma Sociedade tão restrita como Newmarket não era de estranhar que as damas ficassem em fila para acossá-los. Era uma pena que seu destino, o Jóquei Clube, estivesse ainda a mais de cem jardas, ainda ficavam muitos obstáculos para ultrapassar.
Procederam a fazê-lo com a habilidade adquirida nas intermináveis festas da aristocracia. Apesar de sua preferência pelo campestre, durante a última década e graças a sua prima Flick, Felicity Cynster, Dillon passara boa parte de seu tempo, imerso no torvelinho da temporada, fosse em Londres ou em qualquer outro lugar onde Flick dispusesse e, portanto podia considerar um perito.
Só havia uma pergunta para a que não tinha resposta. Antes de cair em desgraça e de que o escândalo sacudisse sua vida, sempre assumiu que se casaria, teria família e todo o resto. Mas depois de ter passado a última década pondo em ordem sua vida, pagando suas dívidas tão sociais como morais, e restabelecendo sua honra diante dos olhos de todos aqueles que importavam se acostumou a uma existência solitária, à vida de um cavalheiro sem cargas afetivas.
Dirigindo um sorriso a lady Kennedy, a terceira matrona que pretendia detê-los, tomou Barnaby pelo braço e o obrigou a seguir caminho. Lançou um olhar à longa fileira de carruagens e suas belas ocupantes. Nenhuma delas despertava seu interesse. Nenhuma dessas doces jovens estimulava sua curiosidade.
Infelizmente, parecer um cavalheiro de coração duro, um não suscetível às tentações femininas, só servia para avivar o interesse das damas. 
A maioria delas o considerava agora uma provocação, um homem recalcitrante ao que tinham intenção de meter em vereda. Para não falar de suas mães. Cada ano que passava se via forçado ir com pés de chumbo, a manter os olhos bem abertos para não cair nas armadilhas sociais que as matronas estendiam aos desprevenidos.
Inclusive essas seletas damas com as que, em ocasiões, paquerava discretamente na capital tinham suas próprias aspirações. Sua última amante tentara convencê-lo dos múltiplos benefícios que obteria se casasse com sua sobrinha.
Benefícios, claro, que também desfrutaria ela.