A irmã errada... ou a irmã certa?
Douglas Sherbrooke, o conde de Northcliffe, decidiu que chegou a hora de se casar e ter um herdeiro.
E quem melhor do que a deslumbrante Melissa Chambers para ser sua esposa e mãe de seu filho?
Entretanto, quando surge um imprevisto que o obriga a viajar, ele pede a seu primo, que o ajude a se casar com ela por meio de uma procuração...E qual não é sua surpresa, ao retornar, e encontrar à sua espera, em lugar de Melissa, a irmã dela, Alexandra!
Desde os quinze anos de idade, Alexandra é apaixonada pelo charmoso conde, e sem querer, de repente ela se vê casada com o objeto de seus mais românticos sonhos juvenis!
Embora o casamento tenha sido um engano, uma vez que a intenção de Douglas era casar-se com sua irmã. Alexandra, porém, não perderá a oportunidade de conquistar o coração do teimoso Douglas, e provar ao marido que ele se casou com a irmã... certa!
Capítulo Um
New Romney, Inglaterra Maio de 1803
— Eu a vi ontem à noite! A Noiva Virgem!
— Oh, não! É verdade, Sinjun? Jura que viu o fantasma?
Dois suspiros foram seguidos de gritos de medo e excitação. As vozes diminuíram, mas ele ainda ouvia os risinhos e as exclamações entusiasmadas conforme as moças se afastavam da porta do escritório.
Douglas Sherbrooke, o conde de Northcliffe, fechou a porta com firmeza e caminhou até a escrivaninha.
O maldito fantasma! Até quando os Sherbrooke estariam condenados a suportar as narrativas fantasiosas daquela menina?
Relanceou para a pilha de papéis na mesa, suspirou e sentou-se, olhando para o vazio de cenho franzido.
Vinha repetindo o gesto com freqüência nos últimos tempos, pois era bombardeado todos os dias com lembretes insistentes a respeito do mesmo assunto entediante: precisava se casar e providenciar um herdeiro.
Estava ficando velho e cada minuto representava um peso sobre sua virilidade. Segundo diziam primos, tios e os criados mais antigos, ele completaria trinta anos no dia de São Miguel.
Mas não podiam considerá-lo um ancião!
Fitou o relógio de pêndulo sobre a lareira.
Onde estaria Ryder? Como era possível que seu maldito irmão não se lembrasse das reuniões na primeira terça-feira de cada trimestre, às três horas?
A entrada abrupta de Ryder, somente cinco minutos além do horário, com os cabelos revoltos pelo vento e trazendo o cheiro de cavalos e do mar para dentro do cômodo, apaziguou os ânimos do conde.
Afinal de contas, o pobre tinha vinte e seis anos. Deveriam permanecer como aliados.
— Lindo dia, Douglas! Estava cavalgando com Dorothy nos despenhadeiros... Vou dizer, que espetáculo.
Ryder sentou-se diante do irmão mais velho, cruzou as pernas e escancarou um sorriso satisfeito.
— Conseguiu ficar sobre o cavalo?
Os olhos do rapaz se iluminaram e seu sorriso se alargou.
— Bem, se você insiste em manter estas reuniões trimestrais, Douglas, preciso me ocupar e fazê-las render.
— Com Dorothy Blalock? — Douglas ironizou.
— A viúva Blalock é suave e perfumada, e sabe agradar um homem. Sem falar que também é cuidadosa.
— Devo admitir que ela é uma boa amazona.
— E não são apenas os cavalos que ela monta bem, se é que me entende — Ryder completou, cínico.
Somente devido ao seu autocontrole Douglas conseguiu refrear um sorriso. Afinal, era o conde de Northcliffe, o chefe dos Sherbrooke.
— Vamos começar logo — Douglas pediu, mas Ryder não se deixou enganar, tendo percebido a curva nos lábios do irmão mais velho.
Douglas recusou o conhaque que lhe foi oferecido e passou a ler a papelada diante de si.
— Ao fim deste trimestre, então, você conta com quatro filhos e quatro filhas. O pobre Daniel morreu no inverno e a queda de Amy não parece ter deixado seqüelas. É isso?
— Terei outro filho em agosto. A mãe parece saudável e forte.
Douglas suspirou.
— Muito bem. Qual o nome dela? — Depois que Ryder o forneceu, perguntou: — Está certo agora?
Série Família Sherbrook