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4 de maio de 2021

A Princesa

Saga Montgomery

O nome dela é Aria... uma linda e arrogante princesa de um pequeno reino europeu.

Encalhada em uma tempestade de intrigas perto de Florida Keys, ela é levada para a costa e para os braços de J.T. Montgomery, um oficial da Marinha Americana. Desdenhoso a princípio, Aria é secretamente atormentada pela independência impetuosa do tenente... e, por baixo de sua reserva orgulhosa, J.T. descobre uma mulher de fogo sensual. Para escapar de seus inimigos, eles retornam ao seu domínio real - com Aria posando como uma noiva americana. Mas se a ousada farsa for bem-sucedida, Aria deve escolher - entre o reino que ela nasceu para governar e o homem que ela estava destinada a amar!

Capítulo Um

Key West, Florida — 1942

J.T. Montgomery esticou suas longas pernas no barco, apoiando a panturrilha ferida sobre um dos caixotes que cobriam o fundo. Ele era o lindo produto de várias gerações muito semelhantes. Na Marinha, seu cabelo escuro fora cortado demais, mas isso não diminuía sua beleza: olhos azuis e brilhantes; lábios que podiam ser frios como o mármore ou suaves e doces como o ar balsâmico que o rodeava; uma pequena covinha no queixo e um nariz que em um homem menos corpulento teria sido muito grande. Sua mãe dizia que era o nariz dos Montgomery, colocado ali por Deus em uma tentativa de proteger o rosto de todos os punhos apontados por aqueles que não gostavam da teimosia da família.
— Ainda não faz sentido para mim — dizia Bill Frazier enquanto manobrava o leme do motor. Bill era totalmente oposto ao J.T. Ele era quinze centímetros mais baixo e seu cabelo já começava a rarear embora só tivesse vinte e três anos; além disso, parecia ser feito de blocos de cimento. Parecia uma sorte ser amigo de J.T. porque, onde quer que esse jovem estava, as mulheres bonitas estavam atrás dele. Seis meses antes, Bill tinha se casado com a melhor de todas. J.T. não se incomodou em lhe responder. Fechou os olhos por um momento e inspirou o ar salgado e limpo. Era maravilhoso poder se afastar do cheiro do óleo, do barulho das máquinas e da responsabilidade de mandar nos outros, responder às perguntas e...
— Se eu fosse solteiro como você — insistiu Bill, — estaria na rua Duval me divertindo como nunca. Não compreendo que alguém queira se isolar em uma ilha abandonada às mãos de Deus. J.T. abriu um olho para olhá-lo. Logo se virou para observar as diferentes ilhas de mangues que os rodeavam. Não podia explicar seus sentimentos para Bill, que crescera em uma grande cidade. Ele, no entanto, provinha do Maine, onde tinha crescido longe do ruído e da confusão de gente e máquinas. E sempre tinha estado perto do mar. Aos dezesseis anos, quando outros rapazes compravam o primeiro automóvel, ele ganhou um veleiro. Aos dezoito já era capaz de fazer viagens de três dias sozinho na embarcação. Até sonhava em dar a volta ao mundo desse modo. Mas então os japoneses bombardearam Pearl Harbor, assim começou a guerra e...
Ei! — o chamou Bill. — Não desista deste mundo ainda. Tem certeza de que tem provisões suficientes? Me parece que não há muito para comer. Dolly diz que você está magro demais. J.T. sorriu com a menção da bonita esposa de seu amigo.
— Será suficiente — assegurou. E voltou a fechar os olhos. As pessoas da cidade não eram capazes de ver no mar uma grande mesa de banquetes. J.T. tinha consigo uma rede, uma vara para pescar, anzóis, um par de panelas, um caixote de verduras e suas ferramentas do exército. Pensava viver como um rei por alguns dias. Com o simples pensamento do silêncio, da solidão e da falta de responsabilidades, moveu-se de ansiedade no duro assento. Bill enrugou em uma gargalhada seu rosto tão comum. Esse homem poderia ter sido um excelente espião pela forma em que se perdia na multidão.
— De acordo. Aceito sua palavra. Mas mesmo assim me parece que está louco. Claro que é problema seu. O comandante quer que você se apresente na próxima segunda-feira, assim virei te buscar. E Dolly me encarregou de dizer que se você não aplicar essa pomada para queimaduras, virá amanhã mesmo para lhe aplicar isso pessoalmente. Bufou ao ver a expressão de horror de J.T.
— Vê? Se eu decidisse passar uns dias em uma ilha, seria assim — ele comentou, — deitado em uma rede, com duas... não, três belas damas que me alimentavam com mangas. — Mulheres não — protestou J.T., os olhos azuis escurecidos.
Mulheres não, por favor. Bill voltou a rir.
— O que ocorreu com aquela moça do Corpo Auxiliar Feminino foi sua culpa. Qualquer pessoa percebia que não pensava em outra coisa a não ser em casar-se. E por que não se casou com ela? O casamento é um passo que posso recomendar calorosamente.
— Aquela é minha ilha — indicou J.T., sem prestar atenção aos comentários








Série Montgomery Saga
1- O Leão Negro
2- A Donzela
3- A Herdeira
4- O Corsário
5- A Duquesa e o Capitão
6- Eternidade
7- A Duquesa
8- A Sedutora - este e anteriores tradução independente
9- Desejos
10- O Despertar
11- O Convite
A Princesa 


5 de fevereiro de 2012

A Princesa

Série Príncipes do Mar
A formosa e sensual princesa Serafina está apaixonada por Darius Santiago, seu protetor e homem de máxima confiança do rei, desde que era uma menina, mas Darius, que foi resgatado da orfandade pelo rei para se tornar um espião, não se acha merecedor do amor da jovem embora também a ame e, durante anos esconde seus sentimentos. 

Assim, quando o rei decide que Serafina deve casar-se com o príncipe russo Tyurinov para que seu país proteja à pequena ilha de Ascensão do ataque de Bonaparte, Darius se desespera e, para evitar o matrimônio, prepara um complô 

contra 
Napoleão que suporá um desafio a seu amor e uma ameaça para suas vidas e a sobrevivência do reino. 
O jovem demonstrou ser capaz de arriscar sua vida por amor, mas será capaz de desvelar seus mais profundos segredos e de abrir seu coração à pessoa que durante anos amou em silêncio? 

Capítulo Um 


Maio de 1805 

O som de seus rápidos e enérgicos passos invadiu o estreito espaço entre as paredes do labiríntico jardim. 
As sebes se inclinavam sobre ela, como se quisessem lhe fechar o passo, e o coração pulsava tão forte que pensou que agora sim a ouviriam. 
Percorreu lentamente a estreita vereda, seus pés nus deslizando silenciosamente pela fresca e verde grama, seu peito palpitando. 
Tremia-lhe todo o corpo e sangrava sua mão, talvez machucada depois do murro no rosto que havia dado em Philippe com o cortante fio de seu anel de diamante. 
Ao menos tinha conseguido desfazer-se dele e esconder-se no labirinto. 
Não se atrevia a pedir ajuda, pois sabia que só os três homens a ouviriam. 
Nessa noite, não havia ninguém mais fora. As gotas de chuva se espalhavam em um céu azul escuro coberto de nuvens. 
As cigarras cantavam em uníssono enquanto o vento, que soprava primeiro de um lado e depois do outro, trazia consigo fragmentos de um minueto interpretado nos jardins reais, o minueto de um baile: o de sua festa de compromisso. 
Seu noivo tinha sido incapaz de participar. Inclinou a cabeça para a esquerda ao ouvir movimentos do outro lado da frondosa sebe. 
 Ele estava ali. Um sabor ácido do vinho que tinha bebido lhe subiu pela garganta. 
Podia ver sua silhueta, alta e elegante. 
Podia ver a silhueta de uma pistola em sua mão. 
E soube que da mesma forma, ele poderia ver seu vestido de seda clara através dos ramos. Ficou de cócoras e se afastou com cautela.
—Não tenha medo, Alteza. —Ouviu a melíflua voz de Henri a vários passos de distância.— Não vamos machucá-la. Saia, não há nada que possa fazer. 
O francês se afastou de seu companheiro para cercá-la. 
Reprimiu um soluço, dominando sua fragilidade enquanto tratava de decidir o melhor caminho. Embora tivesse brincado de correr pelo labirinto desde que era menina, o medo a fazia agora duvidar de seu sentido de orientação. 
Escutou o pausado murmúrio que provinha da fonte do centro do labirinto e tratou de guiar-se por seu som. 
Encolheu-se contra o arbusto e dali inspecionou palmo a palmo o caminho, fechando com tanta força os punhos que as unhas se cravavam na palma da mão. 
Ao final, apertou as costas contra os espinhosos arbustos, muito assustada para superar a curva do caminho. 
Esperou, tremendo, em um esforço vão por conter os nervos e o nó que lhe oprimia o estômago. Ela não sabia o que queriam. 
Tinha recebido outras vezes propostas dos presunçosos e famintos cortesãos do palácio, mas nenhum deles nunca tinha tratado de retê-la pela força. 
E muito menos, tinham usado armas. 
"Deus, por favor." Queria gritar, mas tinha muito medo. 
O vento soprou de novo: trazia aroma de grama, jasmim, homens. "Já vêm."
—Alteza, não tem nada que temer. Somos seus amigos.

Série Príncipes do Mar
1 - O Príncipe Pirata
2 - A Princesa
3 - O Príncipe Azul
Série Concluída