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20 de abril de 2018

A Sedutora

 Série Montgomery Saga

 

Com o ardoroso espírito de uma verdadeira Montgomery, a herdeira Christiana Montgomery Mathison desafia com coragem os dois homens que a seqüestram. 

Obrigada a viajar pelos primitivos bosques do território de Washington, vê-se envolta em uma emocionante aventura. Entre conspirações de cobiça e intrigas, a audaz beleza resiste aos assédios de um de seus seqüestradores e utiliza toda sua sedução para tentar ao outro, o misterioso Tynan: um herói moreno que a deseja... mas que deve rechaçar seu amor a todo custo.
Christina Montgomery é uma rica herdeira que até agora viveu sua vida com total liberdade e independência exercendo a profissão de jornalista sob pseudônimo. Seu pai, cansado de que ande sempre metida em problemas, contrata dois homens para que a tragam de volta para casa mesmo que seja à força.
A garota é seqüestrada e conduzida de retorno à casa ao longo da selva pluvial. Um dos homens planeja cortejá-la pelo caminho com a intenção de casar-se com ela e obter sua fortuna. O outro homem, chamado Tynan, foi contratado como guia. É um homem de caráter selvagem e indômito e de misterioso passado que vela por sua segurança e deve manter-se afastado dela, e então se converte no objeto de seu desejo.
Para Christina devido sua inata vocação jornalística faz com que observe Tynan, e no intento de descobrir o passado que ele esconde e a razão de seu rechaço para com ela fazem que indevidamente se sinta atraída por ele.

Capítulo Um

Christiana Montgomery Mathison afundou a mão na tina para verificar a temperatura da água, e só depois começou a despir-se. Seria agradável tomar um banho depois de ter passado o dia montada a cavalo e muitas horas encurvada frente a escrivaninha, escrevendo. Mas tinha o artigo terminado; amanhã empreenderia a dura viagem de volta para casa.
Quando estava nua se deu conta de que não tinha pegado sua bata e se aproximou do grande armário de duas portas para procurá-la.
Ao abrir a porta da direita seu coração se deteve por um instante. Dentro do armário havia um homem, de pé, com os olhos e a boca arregalados; olhava com fixidez o bonito corpo de Chris, nu. A jovem, chicoteada por sua longa prática de jornalista, fechou violentamente a porta e virou a chave. O homem começou a golpear de dentro, mas com suavidade; Ao que parecia não desejava que o descobrissem.
Chris tinha dado um passo para a cama, pois pensava tomar a colcha para cobrir-se, mas as coisas ocorreram muito às pressas, sem lhe dar tempo de reagir.
O lado esquerdo do armário se abriu detrás dela. Dessa porta saiu outro homem, que a tomou nos braços antes que ela tivesse podido sequer tomar fôlego ou ver o rosto. A moça ficou com o rosto apertado contra seu peito e ele a rodeou com os braços, apoiando uma mão nos ombros nus e a outra apenas por sobre a curva das nádegas.
— Quem é você? O que quer? — perguntou ela. Horrorizou-a o medo que revelava sua voz. O homem era corpulento; tentar a fuga seria inútil— Se o que busca for dinheiro... — mas os braços se aferram em volta dela, sem lhe permitir acabar a frase. A mão esquerda do homem começou a lhe acariciar o cabelo, que se pendurava até a metade das costas; os dedos se emaranharam brandamente naquela loira suavidade; apesar do medo, aquilo a tranqüilizou um pouco. Conseguiu virar a cabeça a um lado para respirar com mais facilidade, mas não lhe permitiu mover o corpo.
— Me deixem sair daqui — gritou o homem encerrado no armário.
Quem segurava Chris não reagiu; limitou-se a lhe acariciar o cabelo, enquanto sua mão direita descia pouco a pouco pelas costas, para as nádegas. Era a primeira vez que Chris sentia o contato de um homem em sua pele nua; aquelas mãos ásperas, calejadas, eram agradáveis.
Em reposta, começou a debater-se, com clara intenção de libertar-se, mas ele a segurou com firmeza, sem lhe fazer dano, e sem dar amostras de soltá-la.
— Quem é você? — insistiu ela. — Me diga o que deseja e tratarei de dar-lhe Não tenho muito dinheiro, mas meu bracelete tem algum valor. O trarei se me soltar.
Como tentasse mover-se uma vez mais, ele a reteve prontamente. Chris soltou um suspiro de frustração e voltou a relaxar-se.
— Se sua intenção é me ter pela força, advirto-lhe que me defenderei como você nem sequer imagina. Arrancar-lhe-ei um pedaço da pele para substituir o que você me tirar.
Tratou de virar a cabeça para olhá-lo, mas não lhe permitiu ver seu rosto. "Estou dizendo o que menos convém?” — perguntou-se ela, considerando que essas palavras podiam excitar a... a um violador. Por fim tinha conseguido articular mentalmente as palavras. E apesar de suas valentes ameaças, pôs-se a tremer. Os braços do homem a estreitaram de um modo que, em outras circunstâncias, para Chris teria parecido protetor.
— Envia-nos seu pai — disse ele. Chris sentiu sua voz através da bochecha. Era muito grave e ressonante. — Somos dois e viemos para levá-la a sua casa.
— Bom, estou disposta a voltar para casa. Mas antes devo...
— Chris



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