A vida libertina do futuro duque de Rutland finaliza após bater-se em um duelo de honra com um marido enganado.
Envergonhado pelas sequelasdo dito desafio, decide abandonar Londres e partir para Haddon Hall, o aprazível lugar onde cresceu, albergando a esperança de encontrar a paz que tanto lhe urge obter, entretanto, a chegada de uma notícia inesperada altera essa suposta calma e provoca que o duque se embebede. Face aos conselhos de seus próximos decide montar a cavalo e galopar por seus domínios. Quando abre os olhos depois de uma desafortunada queda, descobre que uma mulher o esteve cuidando em algum lugar afastado e escondido de suas terras. Seu nome, Beatrice, e seu único desejo, viver em solidão o resto de sua vida.
Capítulo Um
Londres, 1865.
Clube de cavalheiros Reform. ― Desafio-o, senhor! Com essas palavras, um homem de baixa estatura, com um pouco de peso a mais e vestido com um imaculado traje cinza, atirou uma luva sobre a mesa em que se jogava uma partida de cartas. William arqueou as escuras sobrancelhas e olhou a quem o de
― Juliette? A familiaridade com a qual o futuro duque de Rutland falou de sua mulher fez com que o pequeno corpo vibrasse de desespero e fúria. William, sem apartar a vista das cartas que tinha em sua mão esquerda, franziu o cenho e levou a outra palma para a escassa barba que cobria seu rosto. ― Disse-me que enviuvou faz algo mais de um ano ― continuou com voz serena e sem interesse por continuar a conversação. ― Acusa-a também de mentirosa? ― As bochechas do desonrado se encheram de um vermelho intenso.
O homem inclusive se elevou nas pontas dos pés para tentar, em vão, captar a atenção do amante de sua esposa. Entretanto, ninguém fez nada, nem William nem os outros jogadores. Se a cólera que o tinha conduzido até ali era inimaginável, observar que o próximo duque de Rutland continuava com sua pose de tranquilidade enquanto alegava que se deitou com sua esposa por ter sido enganado, provocou-lhe tal demência que esteve a ponto de equilibrar-se sobre este e lhe golpear com força.
― Acredito que sua querida Juliette mentiu a ambos ― disse William após manter-se em silêncio uns minutos. ― O duelo deveria se dirigir a ela. Mas se me permite um conselho, antes de enfrentar uma possível morte, agarraria sua esposa e lhe daria uns bons açoites com o cinturão. Não se pode enganar com falácias a homens como nós, sobretudo porque nestes momentos cavalheiro, encontro-me tremendamente aflito… ― comentou com zombaria e sem subir nenhuma nota em seu tom de voz. Tomou outra intensa imersão do charuto e depois de jogar o ar esperou que o desventurado homem fosse sensato e partisse com a cabeça baixa, mas respirando.
― Amanhã, em Hyde Park, à alvorada. Levarei as minhas testemunhas e um médico, você apareça com quem desejar. ― O homem golpeou suas botas, girou-se e inclinando-se ligeiramente se despediu dos pressente antes de afastar-se.
Capítulo Um
Londres, 1865.
Clube de cavalheiros Reform. ― Desafio-o, senhor! Com essas palavras, um homem de baixa estatura, com um pouco de peso a mais e vestido com um imaculado traje cinza, atirou uma luva sobre a mesa em que se jogava uma partida de cartas. William arqueou as escuras sobrancelhas e olhou a quem o de
― Juliette? A familiaridade com a qual o futuro duque de Rutland falou de sua mulher fez com que o pequeno corpo vibrasse de desespero e fúria. William, sem apartar a vista das cartas que tinha em sua mão esquerda, franziu o cenho e levou a outra palma para a escassa barba que cobria seu rosto. ― Disse-me que enviuvou faz algo mais de um ano ― continuou com voz serena e sem interesse por continuar a conversação. ― Acusa-a também de mentirosa? ― As bochechas do desonrado se encheram de um vermelho intenso.
O homem inclusive se elevou nas pontas dos pés para tentar, em vão, captar a atenção do amante de sua esposa. Entretanto, ninguém fez nada, nem William nem os outros jogadores. Se a cólera que o tinha conduzido até ali era inimaginável, observar que o próximo duque de Rutland continuava com sua pose de tranquilidade enquanto alegava que se deitou com sua esposa por ter sido enganado, provocou-lhe tal demência que esteve a ponto de equilibrar-se sobre este e lhe golpear com força.
― Acredito que sua querida Juliette mentiu a ambos ― disse William após manter-se em silêncio uns minutos. ― O duelo deveria se dirigir a ela. Mas se me permite um conselho, antes de enfrentar uma possível morte, agarraria sua esposa e lhe daria uns bons açoites com o cinturão. Não se pode enganar com falácias a homens como nós, sobretudo porque nestes momentos cavalheiro, encontro-me tremendamente aflito… ― comentou com zombaria e sem subir nenhuma nota em seu tom de voz. Tomou outra intensa imersão do charuto e depois de jogar o ar esperou que o desventurado homem fosse sensato e partisse com a cabeça baixa, mas respirando.
― Amanhã, em Hyde Park, à alvorada. Levarei as minhas testemunhas e um médico, você apareça com quem desejar. ― O homem golpeou suas botas, girou-se e inclinando-se ligeiramente se despediu dos pressente antes de afastar-se.
Série Os Cavalheiros
1 - A Solidão do Duque
2 - A Surpresa do Marquês
3 - A Tristeza do Barão
4 - O Coração do Inspetor O'Brien
2 - A Surpresa do Marquês
3 - A Tristeza do Barão
4 - O Coração do Inspetor O'Brien