Roger Bennett, o futuro marquês de Riderland, define-se a si mesmo como um cavalheiro disposto a ajudar as pobres infelizes carentes de prazeres sexuais.
Gosta tanto da sua vida que deseja continuar assim até o final de seus dias. Entretanto, uma pessoa truncará essa vida de libertinagem que tanto anseia manter. Resignado por ter que viver com uma esposa a quem não conhece nem ama, decide enfrentar com integridade o seu futuro.
Mas quando seus azulados olhos se cravam em Evelyn, descobre que tudo aquilo que desejou se evaporou. Mas o amor terá que trabalhá-lo e para um homem a quem foi fácil romper corações, resultar-lhe-á incrível ver como o seu se faz em pedacinhos como o cristal.
Capítulo Um
Suas mãos percorreram de novo as costas. A suavidade do tato o encantava até tal ponto que perdia o pouco controle que tinha. Era a mulher perfeita: bela, ardente, carinhosa, apaixonada e, sobretudo… viúva. Roger aproximou sua boca da dela para aplacar a intensidade de seus gemidos. Nunca tinha escutado uma amante soluçar com tanta força ao ser penetrada.
Gemia, retorcia-se sob seu corpo, pedia-lhe mais e ele o oferecia. Fechou os olhos ao perceber como seu sexo começava a palpitar. Estava a ponto de explodir. Aferrou com força a cintura da mulher e, justo antes que brotasse sua semente, separou-a de seu corpo.
Sem levantar as pestanas e satisfazendo-se ele mesmo, deixou que Eleonora soltasse os acostumados impropérios ante tal ação. Odiava que seus encontros passionais finalizassem sempre iguais, mas ele era incapaz de ejacular dentro de uma mulher.
Apesar de seus insistentes comentários sobre as medidas que tomava para não ficar grávida, Roger não acreditava. Desde que William descobriu que lady Juliette não era a viúva que dizia ser e sofrera as consequências de um engano, ele se cuidava muito com as afirmações de qualquer mulher. O que faria com um filho? Nada. Nem sequer pensou em têlo.
Não podia permitir que um momento de prazer alterasse o resto de sua vida. Embora, se o pensava melhor, não seria o primeiro Bennett que engendraria filhos bastardos. Bom exemplo disso era seu respeitável pai, aquele que o acusava de não ser o homem adequado para possuir o título de marquês de Riderland. Quantos tinha? Vinte, trinta ou talvez quarenta? Tinha perdido a conta quando apareceu a última criada pedindo clemência. Veementemente, ele não ia se converter no que tanto odiava.
― Deixa-me fria como um iceberg! ― Exclamou Eleonora agarrando os lençóis para cobrir seu corpo. ― Mon amour… ― Roger a olhou de esguelha e sorriu.
― Não se zangue com este pobre apaixonado…
― Basta, não me olhe assim! ― Disse ofuscada.
― Quer que eu vá? Quer que eu não volte mais? ― Levantou-se com rapidez da cama e sem ocultar sua nudez se aproximou da poltrona onde estava sua roupa.
― Faça o que quiser! ― Continuou elevando a voz. Deulhe as costas e, como uma menina zangada, começou a resmungar.
Não queria que partisse. Se o fizesse não conseguiria seu objetivo e não era justo que depois de comprar daquela cigana todo tipo de beberagens para ficar grávida não o obtivesse. Eleonora respirou fundo tentando captar a atenção do homem.
Queria que acreditasse que se sentia ferida por suas dúvidas e assim eliminar, de uma vez por todas, a desconfiança que a impedia de alcançar seu propósito: deixar de ser a viúva de um vulgar comerciante e converter-se na futura marquesa de Riderland.
― Não se zangue, mon amour ― respondeu Roger com voz melosa. Abotoou a camisa, ajustou bem a calça e antes de terminar de vestir-se, caminhou para a moça, levantou seu queixo com um dedo e lhe deu um terno beijo. ― Amanhã retornarei e voltará a me amar como tem feito durante estes dois meses.
― E se não o fizer? ― Perguntou desafiante.
― Ce n'est rien…
Série Os Cavalheiros
1 - A Solidão do Duque
2 - A Surpresa do Marquês
3 - A Tristeza do Barão
4 - O Coração do Inspetor O'Brian
2 - A Surpresa do Marquês
3 - A Tristeza do Barão
4 - O Coração do Inspetor O'Brian