Série Teia
Quando James Purnell entra na sala de estar em Londres e vê Lady Madeline Raine, o tempo para.
Quando James Purnell entra na sala de estar em Londres e vê Lady Madeline Raine, o tempo para.
Uma vez ela foi sua para ser tomada. Agora ela é uma distante, bela desconhecida, determinada a evitar que o nobre diabolicamente bonito a seduza novamente. Mas depois de quatro anos separados, o desejo reacende – rápido, quente, irresistível – culminando em uma imprudente noite de amor. De repente, Madeline é confrontada com uma escolha insuportável: se casar sem esperança de amor ou arriscar a ruína certa. Sua decisão terá consequências que ela nunca imaginou, enquanto ela faz uma chocante descoberta sobre o homem que ela secretamente ama. O que ela não sabe é até que ponto James irá para corrigir os erros do passado, e o quanto ele está disposto a arriscar pela mulher que já o possui... corpo, coração e alma.
Capítulo Um
As falésias da costa sul da Inglaterra eram visíveis a bombordo, a névoa da manhã havia se levantado, embora as nuvens ainda estivessem baixas e pesadas e o mar cinza escuro e agitado. O Adeona, um dos navios pertencentes à Companhia Noroeste do Canadá, estava trazendo peles para os mercados de leilões de Londres.
As falésias da Inglaterra. De casa.
Um funcionário da empresa, um daqueles cuja tarefa era acompanhar as peles através do Atlântico e para realizar os negócios da empresa em Londres, estava na amurada do navio, um braço apoiado contra ela, outro agarrado a uma corda esticada ligado ao apresto, os pés firmemente plantados separados para melhor equilíbrio, e testando o pensamento em sua mente.
Casa.
Logo ele iria colocar seus pés novamente em sua terra natal, o mesmo solo que havia sacudido abaixo dele quatro anos antes, sem um momento de hesitação. Como ele havia dito uma vez para alguém na Inglaterra, embora ele não se importava de lembrar quem, ele tinha gostado da visão do mar porque representava sua fuga da Inglaterra. E ele escapou.
Mas ela disse que talvez fosse dele mesmo que ele desejava escapar e que não isso poderia ser feito. Para onde quer que ele fosse, por mais que ele corresse, ele deveria inevitavelmente levar a si mesmo junto também.
Ela tinha razão. Ele havia se levado para o Canadá – para o sul do Canadá, para ser mais preciso, para Montreal. E desde que fora longe o suficiente de qualquer maneira, ele se tornou um funcionário da North West Company, um grupo de mercadores e comerciantes de peles, e tinha se retirado com uma brigada de canoeiros para além do sul do Canadá, até mesmo além dos limites do norte do Canadá, além dos limites da civilização.
Três mil milhas (4828 km) além de Montreal ele havia viajado. Ele passou três anos lá, no interior do país de Athabasca, com apenas alguns outros comerciantes de peles e os habitantes nativos do país como companhia.
Parecia que ele não poderia ter ido mais longe sem cair completamente fora do fim do mundo, embora alguns homens tivessem cruzado a barreira das montanhas e alcançado o Oceano Pacífico. E, é claro, era verdade que ele tinha levado a si mesmo cada polegada do caminho. A única diferença era que ele veio a gostar um pouco melhor de si mesmo, enquanto estava longe de casa. Embora muito longe de suas memórias.
Mas é claro que ele não poderia escapar das memórias de forma tão eficaz como ele havia escapado de uma ilha. Elas continuavam a incomodar. Elas estavam tão longe quanto sua mente. E então ele estava voltando para casa por alguns meses. Ele poderia ter ficado no interior durante anos, a maioria dos funcionários da empresa faziam, ganhando parceria em graus lentos e trabalho duro. Mas ele havia solicitado e lhe foi concedido uma posição em Montreal por um ano. E porque mesmo ali ele não poderia se libertar de seu passado, ele havia solicitado e lhe foi concedido a tarefa de trazer as peles para leilão.
E agora ele estava quase de volta onde ele tinha começado.
As falésias da costa sul da Inglaterra eram visíveis a bombordo, a névoa da manhã havia se levantado, embora as nuvens ainda estivessem baixas e pesadas e o mar cinza escuro e agitado. O Adeona, um dos navios pertencentes à Companhia Noroeste do Canadá, estava trazendo peles para os mercados de leilões de Londres.
As falésias da Inglaterra. De casa.
Um funcionário da empresa, um daqueles cuja tarefa era acompanhar as peles através do Atlântico e para realizar os negócios da empresa em Londres, estava na amurada do navio, um braço apoiado contra ela, outro agarrado a uma corda esticada ligado ao apresto, os pés firmemente plantados separados para melhor equilíbrio, e testando o pensamento em sua mente.
Casa.
Logo ele iria colocar seus pés novamente em sua terra natal, o mesmo solo que havia sacudido abaixo dele quatro anos antes, sem um momento de hesitação. Como ele havia dito uma vez para alguém na Inglaterra, embora ele não se importava de lembrar quem, ele tinha gostado da visão do mar porque representava sua fuga da Inglaterra. E ele escapou.
Mas ela disse que talvez fosse dele mesmo que ele desejava escapar e que não isso poderia ser feito. Para onde quer que ele fosse, por mais que ele corresse, ele deveria inevitavelmente levar a si mesmo junto também.
Ela tinha razão. Ele havia se levado para o Canadá – para o sul do Canadá, para ser mais preciso, para Montreal. E desde que fora longe o suficiente de qualquer maneira, ele se tornou um funcionário da North West Company, um grupo de mercadores e comerciantes de peles, e tinha se retirado com uma brigada de canoeiros para além do sul do Canadá, até mesmo além dos limites do norte do Canadá, além dos limites da civilização.
Três mil milhas (4828 km) além de Montreal ele havia viajado. Ele passou três anos lá, no interior do país de Athabasca, com apenas alguns outros comerciantes de peles e os habitantes nativos do país como companhia.
Parecia que ele não poderia ter ido mais longe sem cair completamente fora do fim do mundo, embora alguns homens tivessem cruzado a barreira das montanhas e alcançado o Oceano Pacífico. E, é claro, era verdade que ele tinha levado a si mesmo cada polegada do caminho. A única diferença era que ele veio a gostar um pouco melhor de si mesmo, enquanto estava longe de casa. Embora muito longe de suas memórias.
Mas é claro que ele não poderia escapar das memórias de forma tão eficaz como ele havia escapado de uma ilha. Elas continuavam a incomodar. Elas estavam tão longe quanto sua mente. E então ele estava voltando para casa por alguns meses. Ele poderia ter ficado no interior durante anos, a maioria dos funcionários da empresa faziam, ganhando parceria em graus lentos e trabalho duro. Mas ele havia solicitado e lhe foi concedido uma posição em Montreal por um ano. E porque mesmo ali ele não poderia se libertar de seu passado, ele havia solicitado e lhe foi concedido a tarefa de trazer as peles para leilão.
E agora ele estava quase de volta onde ele tinha começado.
Às vezes a névoa e a água se encontravam de forma que ele não podia mais ver as falésias do sul da Inglaterra, mas ele sabia que elas estavam lá. E o Adeona o estava levando com toda certeza para Londres.
Ele não queria estar lá. Ou em qualquer outra parte da Inglaterra. Muito menos em Yorkshire, onde viveu a maior parte de sua vida. Mas ele não iria lá. Ele estaria trabalhando em Londres. Não haveria tempo para fazer a viagem final para casa. E não havia nenhum motivo. Não havia nada a ganhar voltando para lá.
Esse episódio especial em sua vida estava há muito tempo no passado. Há muito tempo na sua juventude, quando era esperado que alguém cometesse erros. Ele tinha feito um - mais de um, talvez - e ele tentou corrigir isso. Tentou até que tinha pensado que estava ficando louco. E falhou. Não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso agora.
Seria melhor ficar longe de lá. Ele estava voltando para a Inglaterra. Certamente isso era suficiente. Não havia necessidade de cutucar a ferida até que ela estivesse em carne viva novamente.
E, no entanto, era esse mesmo episódio de sua juventude que ele às vezes pensava que sempre o impediria de ser inteiramente livre.
Ele não pensaria nisso. O mar estava agitado. Olhou para baixo em suas profundezas cinzentas conforme o navio sob seus pés mergulhava e subia. E ele tirou o chapéu de castor, que tinha sido puxado para baixo da testa, a fim de deixar o vento úmido soprar em seu cabelo escuro e longo.
Ele provavelmente não teria que ir para casa, para Yorkshire, a fim de ver seus pais. Eles, sem dúvida, estariam em Londres para vê-lo, e provavelmente estavam com Alex. Alex! Sim, por anos antes de partir para o Canadá sua irmã tinha sido a pessoa mais importante em seu mundo. Ela havia se casado com o Conde de Amberley depois de sua partida e agora tinha um filho e uma filha. Ele ansiava vê-los e a ela, é claro. Certamente valia a pena voltar para casa só para ver Alex e descobrir se ela tinha encontrado a felicidade que nunca conheceu quando criança.
Ela nunca tinha sido autorizada a ser feliz então. Nem ele. Eles tinham tido a infelicidade de ter um pai cuja as crenças religiosas veemente mantidas levaram-no a eliminar todo o prazer da vida, tanto para si como para sua família. E, claro, houve a briga terrível entre ele e seu pai, não resolvida antes de ele partir e certamente sem solução agora.
James Purnell suspirou e olhou novamente para as falésias vagamente visíveis da Inglaterra. Por que era que seria possível odiar e amar os dois ao mesmo tempo? Como era possível que ele odiasse seu pai e rejeitasse tudo o que ele defendia e se ressentisse com o que seu pai havia feito a sua vida e a de Alex e ainda, ao mesmo tempo, amá-lo e desejar sua compreensão e sua aprovação? Ele era um homem de trinta anos, e ainda assim ele parecia ter a necessidade de uma criança pelo afeto dos pais.
— James?
Uma voz leve e bem-vinda interrompeu seus pensamentos, e ele virou-se para observar a abordagem cuidadosa e um pouco instável de uma menina pequena e magra, cujo cabelo castanho estava bem preso sob a touca e cuja forma bem definida estava escondida por trás das dobras de um manto pesado. Seus lábios sorriram e suas bochechas já estavam rosadas pelo frescor do vento. Seus olhos estavam brilhando.
— Duncan bateu na minha porta para dizer a senhorita Hendricks e a mim que a costa da Inglaterra estava visível — disse ela, enquanto ele tomava seu cotovelo em um aperto firme e a guiava para o parapeito, onde ela teria algo firme e seguro para se agarrar. — E vi imediatamente através da escotilha que era verdade. Eu simplesmente tinha que subir no convés para ver melhor. Inglaterra, James!
Ele não queria estar lá. Ou em qualquer outra parte da Inglaterra. Muito menos em Yorkshire, onde viveu a maior parte de sua vida. Mas ele não iria lá. Ele estaria trabalhando em Londres. Não haveria tempo para fazer a viagem final para casa. E não havia nenhum motivo. Não havia nada a ganhar voltando para lá.
Esse episódio especial em sua vida estava há muito tempo no passado. Há muito tempo na sua juventude, quando era esperado que alguém cometesse erros. Ele tinha feito um - mais de um, talvez - e ele tentou corrigir isso. Tentou até que tinha pensado que estava ficando louco. E falhou. Não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso agora.
Seria melhor ficar longe de lá. Ele estava voltando para a Inglaterra. Certamente isso era suficiente. Não havia necessidade de cutucar a ferida até que ela estivesse em carne viva novamente.
E, no entanto, era esse mesmo episódio de sua juventude que ele às vezes pensava que sempre o impediria de ser inteiramente livre.
Ele não pensaria nisso. O mar estava agitado. Olhou para baixo em suas profundezas cinzentas conforme o navio sob seus pés mergulhava e subia. E ele tirou o chapéu de castor, que tinha sido puxado para baixo da testa, a fim de deixar o vento úmido soprar em seu cabelo escuro e longo.
Ele provavelmente não teria que ir para casa, para Yorkshire, a fim de ver seus pais. Eles, sem dúvida, estariam em Londres para vê-lo, e provavelmente estavam com Alex. Alex! Sim, por anos antes de partir para o Canadá sua irmã tinha sido a pessoa mais importante em seu mundo. Ela havia se casado com o Conde de Amberley depois de sua partida e agora tinha um filho e uma filha. Ele ansiava vê-los e a ela, é claro. Certamente valia a pena voltar para casa só para ver Alex e descobrir se ela tinha encontrado a felicidade que nunca conheceu quando criança.
Ela nunca tinha sido autorizada a ser feliz então. Nem ele. Eles tinham tido a infelicidade de ter um pai cuja as crenças religiosas veemente mantidas levaram-no a eliminar todo o prazer da vida, tanto para si como para sua família. E, claro, houve a briga terrível entre ele e seu pai, não resolvida antes de ele partir e certamente sem solução agora.
James Purnell suspirou e olhou novamente para as falésias vagamente visíveis da Inglaterra. Por que era que seria possível odiar e amar os dois ao mesmo tempo? Como era possível que ele odiasse seu pai e rejeitasse tudo o que ele defendia e se ressentisse com o que seu pai havia feito a sua vida e a de Alex e ainda, ao mesmo tempo, amá-lo e desejar sua compreensão e sua aprovação? Ele era um homem de trinta anos, e ainda assim ele parecia ter a necessidade de uma criança pelo afeto dos pais.
— James?
Uma voz leve e bem-vinda interrompeu seus pensamentos, e ele virou-se para observar a abordagem cuidadosa e um pouco instável de uma menina pequena e magra, cujo cabelo castanho estava bem preso sob a touca e cuja forma bem definida estava escondida por trás das dobras de um manto pesado. Seus lábios sorriram e suas bochechas já estavam rosadas pelo frescor do vento. Seus olhos estavam brilhando.
— Duncan bateu na minha porta para dizer a senhorita Hendricks e a mim que a costa da Inglaterra estava visível — disse ela, enquanto ele tomava seu cotovelo em um aperto firme e a guiava para o parapeito, onde ela teria algo firme e seguro para se agarrar. — E vi imediatamente através da escotilha que era verdade. Eu simplesmente tinha que subir no convés para ver melhor. Inglaterra, James!