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10 de março de 2010

A Tentação Mora ao Lado







Entregando o Coração!

Ferido na guerra, Tristan Llevanth não pode retomar a vida que tinha antes, e que tanto adorava, navegando no oceano.
Para Tristan, a vida perdeu o desafio. Pelo menos é o que ele pensa...
Até seu leal mordomo Reeves insistir em trazer para o convívio de seu lar a jovem linda e petulante que mora na casa vizinha...
Reeves acredita que Tristan precisa de um estímulo para recuperar a alegria de viver. E quem melhor para isso que Prudence Thistlewaite, a adorável dama que mora na casa ao lado?
Prudence quer distância de seu vizinho, um homem perigosamente atraente e mal-humorado.
Mas a quantia que Reeves lhe oferece para suavizar os maus modos de capitão é irrecusável.
Ela será capaz de domar o rebelde capitão, ou ele conseguirá o que mais almeja, conquistar o coração da adorável Prudence?

Capítulo Um

Solar Rochester, Somerset, Inglaterra, 1806.
Manso e límpido, o rio deslizava pelos bosques viçosos, flertando aqui e acolá com o caminho pavimentado por pedras, antes de desembocar suavemente numa enorme lagoa cristalina. As águas azuladas refletiam os contornos impecáveis de uma praça meticulosamente planejada, enfeitada por várias colunas e uma fonte de mármore róseo. No transcorrer dos anos, aquele largo servira como lugar secreto de encontros amorosos não só para nobres como também para plebeus.
Próximo àquele bem orquestrado pedacinho de paraíso erguia-se uma colina. No alto dela, como uma coroa disposta sobre uma almofada de veludo verde, ficava uma sólida e majestosa mansão de tijolos aparentes numa tonalidade que tendia ao dourado.
Suas janelas em painéis cintilavam de um modo encantador ao sol do fim de tarde.
O solar Rochester era tido como um exemplo ideal de refinamento, ilustração e civilidade.
O próprio rei já tinha enaltecido a mansão e seus aprestos, referindo-se a eles como: "os mais seletos e requintados de toda a Inglaterra". O comentário fora feito havia um bom par de anos e, à época, o sexto conde apenas meneara de leve a cabeça como forma de agradecer ao elogio; por dentro se sentia radiante, evidentemente, no entanto demonstrar tal satisfação teria sido um gesto grosseiro. E Rochester podia ser tudo, menos uma pessoa mal-educada.
De qualquer modo, ainda hoje o conde se permitia o prazer de pôr-se a rememorar a afirmação do rei. Quase toda noite, antes de fechar os olhos, recordava-se não somente das palavras elogiosas, mas também da exata expressão do monarca ao proferi-las. Além de ajudá-lo a adormecer, a lembrança lhe propiciava sonhos deliciosos.
Exceto agora, obviamente. No momento Rochester andava ocupado demais com a irritante obrigação de morrer com dignidade. A parte de morrer, calculava, era a mais simples; o que dava trabalho era o complemento "com dignidade".
Como sempre, a compostura tinha seu preço. Isso era algo que ele aprendera muito, muito tempo atrás. A bem da verdade, a morte em si não o preocupava nem um pouco.