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2 de julho de 2011
A Deusa Selvagem
Valda não podia fazer o que o padrasto lhe pedia.
Casar com um homem que achava repulsivo? Nunca!
Mas o que mais a irritou foi o argumento dele para lhe impor o casamento:
" Minha querida, você não é capaz de escolher nem um vestido, sozinha, quanto mais um marido!"
Bem, ela lhe mostraria do que era capaz.
Disfarçada de cigana, Valda fugiu do castelo da família para procurar seu destino nas planícies agrestes da França.
Agora, era uma mulher sem passado, livre e indomável como os cavalos selvagens da Camargue.
Quem sabe, um dia, encontraria o homem certo. Valda só não pensou que, se esse homem aparecesse, nunca se interessaria por uma simples cigana
Capítulo Um
1899
— O senhor não pode estar falando sério, beau-père! — exclamou Valda.
— Claro que estou — respondeu o conde de Merlimont.
— Sua mãe e eu discutimos o assunto cuidadosamente, Valda, e chegamos à conclusão de que já está na hora de você casar.
Valda reprimiu um suspiro e disse:
— Beau-père, não tenho intenção nenhuma de casar com um francês que nunca vi e que não está interessado em mim. Só casarei por amor!
Valda olhava para o padrasto com uma expressão de desafio que a deixava ainda mais bonita. Era muito bela e, por isso, não era de se estranhar que tanto o padrasto quanto sua mãe se preocupassem com seu futuro.
Além de cabelos ruivos como uma vienense, Valda tinha olhos azuis tipicamente ingleses e os cílios negros e longos, que denunciavam algum ancestral irlandês.
De uma coisa o conde estava certo: era claramente perceptível que Valda não tinha nada de francesa, e talvez justamente por este fato os franceses não a elogiaram muito, quando estivera em Paris.
Mas como se a natureza não tivesse sido bastante generosa em dar à moça um rosto lindo, um corpo gracioso e elegante, além de uma mente inteligente, ela era extremamente rica.
Ao morrer, o pai lhe deixou uma grande fortuna, e o conde, homem muito consciencioso, se preocupava bastante com o futuro da enteada.
— Valda, você sabe tão bem quanto eu que na França os casamentos são arranjados — disse ele.
— Então, não vou querer um marido francês!
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