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14 de abril de 2012

Amor Eterno

Um amor pode transcender o tempo? 


O Duque não saberia dizer por que queria visitar o Templo de Luxor sozinho. 
Desde sua chegada um estranho impulso, uma espécie de predestinação, o fazia seguir pelo Rio Nilo, na direção das ruínas. 
Agora, ali estava, entre os altos pilares banhados pelo sol poente. 
E a mulher a sua frente parecia uma visão. 
Dasher aproximou-se dela e disse, 
— Quando a vi, pensei que não fosse real, mas um rosto esculpido na pedra da coluna em que estava recostada. 
O rosto de alguém que havia vivido aqui milhares de anos atrás. A moça levantou para ele os olhos incrivelmente azuis e respondeu, com voz suave e musical, 
— Sei que vivi. E o Senhor... também! 


Capítulo Um 


1892 
 — Tenho algo a dizer. O Duque de Darleston, que se preparava para voltar para o quarto, virou-se e perguntou, 
— O quê? — Edward Thetford me pediu... Em casamento. Houve um breve silêncio antes do Duque dizer, — Acho que devia aceitar Myrtle. Ele é um tanto pomposo, mas rico e um bom homem. 
Lady Garforth hesitou por alguns instantes antes de fazer a pergunta, — Imagino que você não se casaria comigo, não é? O Duque sorriu. 
— Não me lembro se foi Oscar Wilde ou Lillie Langtry quem disse que bons amantes são péssimos maridos. 
— Foi o Príncipe de Gales, e é bem verdade, no que diz respeito a ele. 
— E também seria no que me diz respeito. 
— Mas temos sido tão felizes, Dasher — disse ela, com um pequeno soluço — E você sabe que eu o amo. — Thetford é o marido ideal para você. Ele sabe sobre nós? 
— Tenho quase certeza de que suspeita de alguma coisa, mas nunca tocou no assunto. É Cavalheiro demais para me fazer perguntas embaraçosas. 
O Duque riu. — Se conheço bem Thetford, ele só sabe daquilo que o agrada e ignora o resto. Case com ele, Myrtle. Vai satisfazer todos os seus caprichos, e, além do mais, os diamantes da família ficarão muito bem em você. 
— Oh, Dasher! — Chorosa Lady Garforth escondeu o rosto no ombro dele. 
O Duque abraçou-a com carinho. Myrtle, sem dúvida, era uma doce mulher, e ele gostava muito dela. Tinham desfrutado uma relação apaixonada e ao mesmo tempo amigável nos últimos cinco meses. 
Mas se havia uma coisa que ele sempre evitava era ficar preso demais a qualquer mulher. 
— O que quer da vida, Dasher? — Myrtle perguntou. 
— Tudo, menos casamento. 
— Mas terá de se casar, cedo ou tarde. Não se esqueça de que seu pai teve quatro filhas antes de você nascer. 
— Meus pais nunca me deixam esquecer isso. 
Não era de admirar que a família o tivesse mimado desde pequeno. 
Dasher era bastante honesto para reconhecer que tantos cuidados o haviam estragado. 
As quatro irmãs o adoravam, e o pai acreditava que o sol e a lua só nasciam e se punham por causa de seu amado filho. Lembrava-se da mãe dizendo ao marido, 
— Não deve fazer todas as vontades dele. Senão, quando crescer ficará insuportável. 
O que salvou o Duque de tal destino foi o fato de ser muito inteligente. 
Na verdade, o único problema na vida de Dasher, se é que se podia chamar de problema, era evitar o casamento com uma das inúmeras damas ambiciosas decididas a agarrá-lo para si mesmas ou para as filhas. — Um dia você vai se apaixonar, Dasher — disse Myrtle. 
Ele pareceu surpreso. — Está insinuando que nunca me apaixonei? 
— Não é uma insinuação, é um fato. 
O Duque ia zombar de uma declaração tão absurda, mas, de repente, percebeu que era verdade. 
Nunca tinha sido capaz de resistir a um rosto bonito, a olhos cheios de convites e lábios provocantes. Nessas ocasiões, dizia a si mesmo que estava loucamente apaixonado. 
Agora, no entanto, pensando na curta duração de seus tórridos romances, chegava à conclusão de que Myrtle estava certa.
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18 de março de 2012

Amor Eterno

Série Sherring Cross
Kimberly Richards, rica herdeira inglesa que encontra-se no limite da idade aconselhável para se casar, é abandonada por quem pensava seria seu marido.
Órfã de mãe, seu pai decide confiá-la aos cuidados dos duques de Wrohston para não ter que se responsabilizar por ela - já que sua atual mulher não quer conviver com uma enteada - e introduzi-la no ambiente da aristocracia, onde, em meio de festas e noitadas propícias para os escarcéus amorosos, supostamente encontrará uma bom partido. 
De sua parte, Lachlan MacGregor, parente dos Wrohston e chefe de um rude clã escocês degradado, esforça-se para manter a margem as calamitosas finanças de sua família depois do desastre provocado por sua madrasta, que após a morte de seu pai fugiu com toda a fortuna familiar. 
A situação é tão crítica que Lachlan e seus homens se vêm obrigados a realizar pilhagens para abastecer o castelo de provisões. 
A única solução é que o arrogante e bonito Lachlan se case com uma mulher rica que livre o clã das penúrias. 
Assim, ambos formam o par ideal para um casamento de conveniência. Entretanto, a atraente e recatada jovem sente uma profunda aversão pelos caça dotes e ainda mais pela triste necessidade de comprar um marido...

Nota revisora Alcimar Silva: O livro é ótimo. Vocês vão adorar a história do Lachlan "Gigante" que é terrível. Sério! 
Ele perturba várias pessoas na história com a ideia fixa de que está apaixonado pela Megan, que não é o seu par romântico na história. 
Até se convencer que não a ama, vai arrumar muitas confusões, principalmente com a mocinha que verdadeiramente o interessa. 
Mais depois... é melhor ler para saber do que estou falando. Vocês vão adorar o livro. 
Beijos e até o próximo livro.

Capítulo Um

- Ainda vive, moço?
Parecia duvidoso. E pouco desejável, nesse momento. Mas a dor era mais irritante que aguda, e Lachlan MacGregor, enquanto jazia ensanguentado, descobriu que a ferida mortal era em seu orgulho. Triste era que o senhor do clã MacGregor se visse reduzido à condição de simples ladrão de estradas, mas ser tão néscio para deixar que o ferissem...
- Lachlan? - apressou seu parente.
- Acredito que, se não estou morto, deveria estar. De maneira que não pense em levar meu corpo para casa para enterrá-lo, Ranald.  Deixe-o aqui para que apodreça como merece.
Do outro lado de Lachlan se ouviu uma risada abafada.
- Não disse que não terá que afligir-se, Ranald? - disse Gilleonan MacGregor - É necessário mais que uma miserável bola de chumbo de uma pistola inglesa para acabar com um corpo tão grande.
Lachlan respondeu com um bufo. Ranald, que o sacudia em busca de sinal de vida, suspirou.
- Ah! Isso eu já sabia - disse com uma estranha mistura de suficiência e alívio - O que me preocupava era como colocá-lo no cavalo. Porque se não puder montar sozinho, terá que apodrecer aqui, que nós, nem mesmo entre os dois poderíamos içá-lo.
- Pois a mim isso não preocupa. Recordo que, quando moleque, acendíamos fogo junto a seus pés. Assombra que um grande homem como MacGregor possa mover-se como o azougue quando... 

Série Sherring Cross
1 - O Homem dos Meus Sonhos
2 - Amor Eterno
3 - Amor Incompreendido
Série Concluída

6 de fevereiro de 2011

Amor Eterno

Trilogia Sherring Cross
Ainda de luto pela morte de sua mãe, Kimberly Richards fica irritada com a determinação de seu pai, o conde de Amburough, em casá-la o mais rápido possível - apenas para agradar a amante ciumenta com quem planeja se casar. E, como Kimberly nutre uma antipatia profunda por oportunistas a toda a situação pouco correta, a jovem herdeira já despreza o "pretendente digno" que encontra na Propriedade de Sherring Cross: Lachlan MacGregor, o destemido e recém-empobrecido Laird do Clã Macgregor.
Um acordo com o bonito e arrogante Lachlan parece duvidoso na melhor das hipóteses - especialmente desde que este planeja casar com a Duquesa de Wrothston. Mas reviravoltas estranhas e circuntâncias ultrajantes prometem levar um par totalmente incompatível a um destino inesperadamente selvagem - onde um coração duro e resistente pode se abrir para as verdadeiras glórias do amor.

Nota da Revisora Cleia: “Gostei muito do enredo.
Uma história envolvente, cheio de paixão e um pouco de drama!!
Recomendo até para quem não gosta de regência.”

Capítulo Um

— Ainda vive, rapaz?
Parecia duvidoso, e pouco desejável, nesse momento.
Mas a dor era mais irritante que dolorida, e Lachlan MacGregor, enquanto jazia ensanguentado, descobriu que a ferida mortal estava em seu orgulho.
Triste era que o senhor do clã MacGregor se visse reduzido à condição de vulgar assaltante de estradas, mas ser tão estúpido para deixar que o ferissem…
— Lachlan? — A persistente pergunta veio de seu primo.
— A fé diz que, se não estiver morto, deveria estar. De maneira que não pense em levar meu corpo para casa para enterrá-lo, Ranald. Deixa-o aqui para que apodreça como merece.
Do outro lado de Lachlan se ouviu uma risada sufocada.
— Não te disse que não devia se preocupar, Ranald? — disse Gilleonan MacGregor.
— Necessita-se mais que uma miserável bala de chumbo de uma pistola inglesa para acabar com um corpo tão grande.
Lachlan respondeu com um sopro. Ranald, que o tinha sacudido em busca de sinais de vida, suspirou.
— Ah! Isso eu já sabia — disse com uma estranha mescla de confiança e alívio.
— O que me preocupava era como colocá-lo em cima do cavalo. Porque se ele não puder montar sozinho, terá que apodrecer aqui, que nós, nem mesmo entre os dois, poderíamos levantá-lo.
— Pois a mim isso não preocupa. Lembro que, quando era um rapazinho, acendíamos fogo junto a seus pés. Assombra que um homem tão grande quanto MacGregor possa mover-se tão rápido quando…
Lachlan resmungou baixinho, porque também ele recordava o episódio.
Gilleonan voltou a rir entre dentes. Ranald fez estalar a língua e disse muito sério:
— Eu não o faria, primo. O fogo revelaria aos ingleses onde estamos, se forem tão tolos para andar nos buscando ainda.
— Tem razão, o fogo não faria falta se, para cair do cavalo, nosso senhor tivesse esperado que chegássemos aos nossos lares. Mas, como não esperou e está em terra, já me dirá o que faremos.
— Direi eu — interrompeu Lachlan, mal-humorado — retorço o pescoço dos dois e apodrecemos aqui os três.
Os dois primos sabiam que Lachlan era muito suscetível no que se referia a seus mais de dois metros de altura, e se agora o mencionavam era para que o furor lhe desse forças para levantar-se, embora não tantas para lhes quebrar a cabeça, ou ao menos nisso confiavam.
Não havia maneira de saber até que ponto estava furioso seu primo nesse momento, por isso Ranald disse:
— Se não se importa, Lachlan, eu preferiria não apodrecer tão perto da fronteira inglesa. Morrer em nossas terras altas não me desagradaria tanto, mas aqui nas terras baixas… Não senhor, eu não gosto de sua idéia.


Trilogia Sherring Cross
1 - Man of My Dreams
2 - Amor Eterno
3 - The Pursuit

25 de abril de 2009

Série Lion's

1 - Coração de Leão


A sombra de um assassinato pairava sobre um grande amor!

Forçado, por decreto do rei, a se casar com Megan Sutherland, Ross Carmichael jurou que não se renderia aos encantos dessa formosa escocesa. Contudo, não podia prever que logo iria arriscar sua vida por uma paixão indesejada!
Megan já idolatrava Ross antes mesmo de vê-lo. Pois ele era o perfeito cavalheiro, o herói de seus sonhos. Mas ela teria de aprender a conquistar-lhe o vingativo coração...

Capítulo Um

Terras Baixas Escocesas Castelo Carmichael
Lorde Lionel voltou — comunicou de­licadamente Owain de Llangollen a seu senhor, que mesmo assim ergueu a cabeça rápido do livro que estivera estudando.
— Meu pai está ferido? — perguntou Ross Carmichael, os olhos azuis brilhantes de repente obscuros.
— Está inteiro — Owain deu mais um passo no escritório. — Mas não está tão altivo quanto quando saiu para caçar.
— Caçar. Meu pai não foi atrás de veados vermelhos quando seguiu para o norte — grunhiu Ross. — Foi atrás de Sutherland.
— É provável — concordou o galés.
— Que droga. E se o rei ficar sabendo disso?
— Ainda não. Leva umas duas semanas em marcha for­çada das terras Sutherland até Edimburgo.
— Mas só quatro dias de navio... o meio utilizado por meu pai, já que foi e voltou tão rápido. — A expressão de Ross ficou sombria. — Por que ele não desiste dessa vin­gança?
— Atirou o livro sobre a mesa e pulou da cadeira em rara demonstração de raiva. — Ele prometeu a mim e à minha mãe que não iria lá de novo.
Olhando pela fresta construída para atirar flechas e que servia de janela para a sala, Ross pousou a mão na parede de pedra. Os últimos raios do sol poente banharam seu semblante orgulhoso, testa ampla, nariz aristocrático, ma­xilar determinado. Seu corpo alto e musculoso estremecia na tentativa de controlar a raiva.
O jovem senhor era frio e lógico — para um Carmichael. Por isso Owain deixara o País de Gales para servir a Ross. Mas a obsessão de Lorde Lionel em punir os Sutherland pela morte de Lion, seu primogênito e herdeiro, tirava a paciência de Ross mais que tudo.
— Um pai tem o direito de vingar a morte do filho — opinou Owain, com sabedoria galesa.
Mas Ross não concordava.
— Se o rei souber disso, vai punir a todos nós... como já ameaçou da última vez que meu pai foi caçar Sutherland.
Owain grunhiu em concordância. Não temia por si mes­mo, mas pela mãe, seis irmãos e os membros do clã. Ross assumira suas responsabilidades como herdeiro muito se­riamente, sem se importar por tê-las recebido de forma ines­perada, à morte de Lion, dez meses antes, no castelo Curt­hill, aonde fora para se casar com Siusan Sutherland.
— Talvez se for ao rei... e explicar-lhe que...
— Explicar o quê? — ralhou Ross, voltando-se para o as­sistente, lembrando os rompantes de raiva do pai. — Que meu pai não acredita que foi acidente? Que, apesar do que as testemunhas dizem, ele acha que Eammon Sutherland ma­tou Lion e não vai descansar enquanto o mar não ficar ver­melho com o sangue Sutherland? Mesmo que isso signifique banir todo o clã Carmichael? — Suspirou profundamente, pas­sando a mão pelos grossos cabelos negros que herdara do pai.

2 - Leão do Norte

Ele só descansaria quando consumasse sua vingança!

Escócia, 1367.
A mulher que, no passado, Lucas Sutherland amara e perdera para um odiado rival, estava de volta à Escócia, trazendo consigo a mácula de sua aliança com os inimigos e a ameaça de uma antiga maldição!
Mesmo livre do pesadelo que havia sido seu casamento, Elizabeth Carmichael tornou-se prisioneira de Lucas. E no coração do valente líder do clã Sutherland ardia o desejo de vingança: apoderar-se não apenas do castelo de Elizabeth, mas também dos recantos mais secretos de sua alma e de seu coração!

Capítulo Um

Castelo Carmichael. Junho de 1367.

Mesmo no meio da manhã, daquele dia cálido e ensolarado, o interior da capela era frio e escuro. Porém, foi a apreensão que fez com que lady Elizabeth Carmichael Munro tremesse, assim que adentrou o templo.
— Coragem — disse para si mesma. A pulsação estava muito rápida e as mãos suavam frio, sinais evidentes de um nervosismo que lutava para esconder, sob o porte altivo e cheio de determinação.
De repente, um movimento sutil, na frente da nave da capela, chamou a atenção de Elizabeth.
O padre Patrick ergueu-se e fez o sinal-da-cruz, dirigindo-se ao corredor principal. Apesar da idade avançada, ainda era o guardião das almas dos Carmichael.
Elizabeth aproximou-se daquela figura ligeiramente curvada, que caminhava com certa dificuldade.
— Padre, um momento, por favor. — Ela cravou os olhos naquele rosto marcado pelo tempo, piscando os espessos cílios negros várias vezes. Ele sempre conseguira saber o que se passava em sua alma com um só olhar.
— Sim? — Padre Patrick a fitou demoradamente, sem esboçar nenhuma reação.
De fato, como sua mãe dizia, ele parecia estar ficando cego.
— Sou eu, Elizabeth. Elizabeth Carmichael… Munro — acrescentou o último sobrenome sentindo uma dor lancinante no peito.
— Deus seja louvado! — Padre Patrick afagou as mãos de Elizabeth. — Que problemas a afligem, minha filha? — indagou, formulando a pergunta que ela evitava responder desde que voltara ao seio de sua família, quinze noites atrás.
Um silêncio constrangedor tomou conta da capela. Por fim, o ancião deu um sorriso piedoso e disse:
— Venha, vamos orar juntos. ' Elizabeth ajoelhou-se ao lado dele.
“Oh! Padre! As orações não poderão ajudar-me. Nada poderá…”, pensou, angustiada. Sentiu os olhos encherem-se de lágrimas, de amargura, medo e culpa.
O padre Patrick fungou. Seus olhos pareciam tristes e lacrimejantes, como se também estivesse prestes a chorar.
— Indaguei-me, diversas vezes, por que não tem vindo me visitar desde que voltou para casa. Talvez, após viver todos esses anos na corte, tenha se tornado importante demais para pessoas como eu. — Enxugou uma lágrima furtiva no rosto de Elizabeth. — Acalme-se, criança. As coisas não podem ter sido tão ruins.
“Ah! Podem, sim!”, pensou, sem coragem de expressar com palavras a amargura e o arrependimento que lhe dominavam a alma.


3 - Feitiço da Paixão


Kieran Sutherland não perdoava a traição de seu clã, que o levara a renunciar ao amor em nome da vingança — até que conheceu lady Laura: uma mulher com o poder de inflamá-lo mais que qualquer grito de batalha.

Com seu dom, Laura previra a chegada de um guerreiro orgulhosos e dominador. E quando Kieran veio, ela teve medo. Mas também sentiu a solidão que corroía a alma do bravo cavaleiro. E soube que era seu destino curar aquele coração torturado!


Capítulo Um

Torre de Edin, Junho de 1381

Perigo!
A palavra chegou-lhe aos ouvidos através do sussurro do vento, que gemia num lamento por entre as árvores, vergando-as contra o disco impassível e prateado da lua. O coração de Laura parou por alguns instantes, para logo em seguida disparar em louca correria. Muito devagar, assustada, ela se virou e perscrutou o silêncio da floresta, um silêncio permeado de murmúrios misteriosos e quase inaudíveis, que ela costumava chamar de som invisível.
— Quem está aí? — perguntou baixinho, a voz saindo num sopro da garganta travada.
Não houve resposta. Contudo ela podia sentir alguma coisa à sua volta, esperando, observando. Algo à espreita, escondido na floresta escura, que lhe eriçava os cabelos e fazia seu coração disparar feito um cavalo indomado.
Continuou a avançar, sempre alerta ao menor ruído, os nervos tensos. Foi quando, por trás das copas mais altas, divisou a silhueta negra e imponente da torre Edin recortando-se contra a cortina cinzenta da neblina. Estava em casa!
Uma única luzinha tremulava na janela mais alta, brilhante pontinho avermelhado que lhe trazia mensagens de conforto e segurança. Devia ser tia Nestta à sua espera, aflita, sem saber onde se achava a sobrinha. Querida tia Nestta!
Súbito, o vento calou-se e toda a floresta pareceu petrificar-se à sua volta. No silêncio sinistro que se seguiu, ela ouviu um som estranho, como que um gemido ou um sussurro lamentoso.
— Quem está aí? — repetiu. Um calafrio percorrendo sua espinha de alto a baixo.
Nenhuma resposta. Laura não se moveu, atenta, o coração tamborilando agitado, pedindo para saltar pela boca. Aquele silêncio, longe de acalmá-la, vinha com presságios sinistros de perigo iminente. Sob a tênue claridade da lua, Laura tentou adivinhar o que se escondia por trás da folhagem. Testou o cheiro do ar, imóvel. E sentiu o perigo, denso como a floresta, camuflado pelo inocente aroma de ervas e terra úmida. De repente, escutou o estalido assustador de um galho se quebrando e o ruído de passos macios que se aproximavam.
Um grito silencioso saiu de seu peito, ao mesmo tempo que se virava de chofre.
Os galhos se abriram com súbito fragor, dando passagem a um cavalo, tão negro quanto a noite que o protegera dos olhos experientes de Laura. O animal estacou, como que obedecendo a um comando sem voz, as patas escarvando nervosamente o chão de terra, as narinas dilatadas expelindo vapor. Uma mão enluvada puxou os arreios e Laura, entre aterrada e fascinada, ergueu os olhos para o cavaleiro. Era incomumente alto, os ombros largos e o peito maciço encaixados em brilhante armadura de metal.

— Quem... quem é você? — conseguiu perguntar, a voz saindo-lhe num fio.
Se ele a ouviu, disso não deu sinal. Limitou-se a tirar o elmo e fixar a vista na torre Edin, os raios leitosos da lua iluminando-lhe as feições de modo quase fantasmagórico.
Deus todo-poderoso, era ele! Ele, o homem que vinha assombrando seus sonhos havia dias, sem lhe dar trégua. Toda a noite era a mesma coisa: a imagem desse cavaleiro ora atravessava um campo de batalha ensangüentado, ora surgia à proa de um barco, enfrentando a tempestade, o mar agitado alteando-se em ondas enraivecidas. Nos primeiros dias, ele aparecia ao longe e logo depois sumia.. À medida que as noites se sucediam, porém, Laura podia senti-lo cada vez mais perto.
E agora ele estava ali, quase ao alcance de sua mão.

— Quem é você? — repetiu, sentindo o medo tomar conta de si. O homem se voltou devagar para encará-la, e Laura precisou se conter para não sair dali correndo. O luar revelou-lhe um rosto moreno e quadrado, emoldurado pelos cabelos mais negros que ela já vira. Poderia ser classificado de bonito apesar das feições rudes, quase selvagens. Mas o que a cativou logo no primeiro instante, e de modo irremediável, foram os olhos, brilhantes e claros, duas lágrimas de prata derramadas pela lua, que revelavam uma sede implacável, mais ameaçadora que a lâmina fria do aço que rebrilhava em sua cintura.
Laura deu um passo incerto para trás, o chão fugindo,lhe dos pés.
— Por que veio até aqui? O que quer?
— Tudo — murmurou ele num tom baixo, a voz tão sombria quanto a aura de perigo que agora os cercava, num manto sufocante. — Tudo o que você é e ainda vai ser.
Recuou mais um passo, os olhos assustados fixos no cavaleiro, depois outro passo. E, sem mais outra pergunta, deu-lhe as costas e disparou para o castelo, o coração em louco tropel.
Ele foi em seu encalço, o chão da floresta tremendo sob o pesadas patas poderosas do enorme cavalo negro.



4 - Amor Eterno

Uma promessa quebrada... 
Um voto sagrado!


Escócia, 1384

Rowena Gunn sabia que o passado não podia ser esquecido, mas ela tentava torná-lo apenas uma lembrança longínqua, que não a fizesse sofrer.
Mas agora o passado a envolvia na forma muito presente de Lion Sutherland, o senhor de Highland, que sozinho podia tomar de assalto suas defesas e sitiar seu coração enclausurado
Embora aclamado como um bravo guerreiro, Lion Sutherland quase sucumbiu quando sua linda Rowena casou-se com outro.Porém, o destino os reuniu novamente, e ele não deixaria que nada, nem mesmo o protesto da própria Rowena, destruísse a nova chance no amor que acabavam de receber !!

PRÓLOGO

Highlands, julho de 1384.

Rowena MacBean fechou os olhos, a cabeça inclinada por uma dor tão aguda que chegava a ser física. A mão delicada tocou de leve a barriga. Ainda estava lisa, mas se a velha Meg estivesse certa, e a parteira costumava acertar tudo sobre esses assuntos, não continuaria assim por muito tempo.
Rowena esperava um filho de Lion Sutherland. A alegria que sentira ao ouvir a novidade havia se transformado em medo, e, por fim, pânico, enquanto as horas passavam e Lion não chegava. Um arrepio fez estremecer o corpo jovem, ao imaginar o que teria de enfrentar ao voltar para casa.
— Tola! — a mãe gritaria. — O que pensou ao se entregar a ele? Sabe que não vai se casar com você. O herdeiro do todo-poderoso clã dos Sutherland vai escolher uma garota tão rica e nobre quanto ele, e não uma pobre MacBean. E por que deveria, já que cedeu com tanta facilidade?
Não era difícil imaginar a dor refletida nos olhos de John, seu irmão mais velho, e os risos dos jovens solteiros que sempre rejeitara.
— Lion não é assim, mamãe — sussurrou, apoiando as costas no velho pinheiro, em busca de forças.
Por dois meses, desde quando haviam se conhecido,na reunião dos clãs, em maio, tinham se encontrado ali na floresta, a meio caminho entre Tarbert, a propriedade dos MacBean, e o lindo castelo dos Sutherland, em Kinduin.
Ele viria, Lion sempre vinha. Mesmo nascido na riqueza, e cercado de privilégios, era um homem que colocava a honra acima de tudo. Dissera que a amava, prometera casar-se com Rowena dentro de três anos, quando voltasse da França, depois de completar os estudos, conforme o desejo do pai, Lucais Sutherland.
— Você ficará a meu lado — dissera Lion, apertando-a contra o corpo nu, enquanto as batidas de seus corações se acalmavam. — Juntos governaremos do alto de minha torre, em Glenshee.
A lembrança desse amor aqueceu Rowena, trazendo-lhe um sopro de esperança.
Lion a amava. Ele viria. Apenas estava atrasado.
No entanto, Lion jamais se atrasara. Nem uma única vez, em dois meses. Costumava encontrá-la no caminho, tão logo se via fora de Tarbert, ansioso demais para esperar que ela chegasse ao local do encontro. Se Rowena tivesse permitido, Lion viria ter com ela no portão principal, mas, temendo a reação da mãe, insistira para que se encontrassem em segredo.
Os preparativos para a viagem à França com certeza tinham-no atrasado, já que deveria partir dentro de quinze dias.
O que faria ao saber que Rowena estava grávida?
A confiança de Rowena diminuiu, mas logo tornou-se forte outra vez, ao lembrar a expressão do rosto de Lion ao beijá-la, os lábios curvando-se num sorriso caloroso, os brilhantes olhos escuros, com um tom especial de âmbar, refletindo todo o amor que sentia. Jamais a abandonaria o seu forte e destemido Lion, com seus longos cabelos negros, mais parecendo uma juba sedosa e selvagem, como a do poderoso animal cujo nome carregava. Lion, o seu forte e corajoso leão.
Ele convenceria os pais a permitir o casamento e a levaria para a França. A corte seria, com toda certeza, ainda maior do que o salão de Kinduin. Mas, com Lion a seu lado, Rowena enfrentaria os olhares dos nobres estrangeiros. Costuraria para si vestidos de veludo, como os que lady Elspeth, a mãe de Lion, usava. E também domaria os rebeldes cabelos loiros num penteado formal, preso no alto da cabeça, como usavam as mulheres da nobreza. Faria tudo para tornar-se uma verdadeira lady, e Lion nunca se envergonharia dela.
O seu Lion...



5 - Orgulhosa e Destemida


Um feudo sangrento arrasava suas terras havia mais tempo do que poderia lembrar...

Fronteira da Escócia, 1381.
Allisun Murray, cabeça de seu clã, não descansaria até que os parentes mortos fossem vingados. Porém ao ver Hunter Carmichael surgir de entre seus inimigos, hesitou. Ele provara coragem diante da própria morte e capturara seu coração desavisado. Allisun Murray acelerava o pulso de Hunter de uma maneira que mulher alguma o fizera antes. Com sua beleza magnífica, ela era a prova viva de que rainhas guerreiras da antiguidade haviam percorrido as montanhas da Escócia. Porém uma mulher tão obcecada pela vingança deixaria a espada, de boa vontade, para entregar-se a paixão que nascia entre eles?

Capítulo Um

Fronteira Escocesa Agosto de 1393

A lua, em quarto crescente, iluminava as co­linas Cheviot que se estendiam até o hori­zonte, entremeadas por vales estreitos. No topo da mais alta ficava a fortaleza de Luncarty, cujas muralhas de pedra confundiam-se com a escarpa íngreme.
Deitada de bruços no capim, Allisun Murray observava a fortaleza do clã de seu mais odiado inimigo. Os ancestrais de Jock McKie tinham escolhido bem o local.
A única entrada era por uma trilha tortuosa até a ponte levadiça sobre um fosso profundo. Nas duas extremidades ha­via guaritas altas cujas portas sólidas estavam bem fechadas.
— Não vai ser fácil entrar e sair trazendo nosso gado — resmungou Owen Murray.
Allisun suspirou e mexeu-se um pouco no chão duro. Os músculos e os ossos ressentiam-se da longa cavalgada do es­conderijo em Tadlow até ali. Embora a morte do irmão, Daniel, a tivesse feito o cabeça de seu pequeno clã, nenhum escocês seguiria uma mulher no campo de batalha. Estava ali apenas porque havia insistido e Owen, o capitão de Daniel, a apoiara.
— Temos de descobrir uma maneira — ela disse.
— Proponho usar nossos ganchos de escalação na mura­lha de trás, subir e lutar pelo que é nosso — opinou Black Gilbert.
Um murmúrio de aprovação foi a resposta dos trinta Mur­ray reunidos no topo da colina. Estavam armados para a batalha e as feições expressavam fúria e frustração.
Allisun compreendia os dois sentimentos. Durante doze anos, a contenda entre os Murray e os McKie tinha grassado. Ela havia perdido, primeiro o pai, depois a casa e, final­mente, os dois irmãos, Sandie e Daniel, nos ataques furiosos de Jock McKie. A morte de Daniel fora a mais sentida, pois ele tinha apenas vinte anos e era uma criatura pacífica.
— Isso mesmo. Vamos forçá-los a provar um pouco da justiça da fronteira — murmurou ela.
Owen segurou-a pelo braço.
— Cuidado, menina. Sei como se sente, mas seria suicídio entrar lá. Isso não ressuscitaria Daniel.
— Já se esqueceu de como aquele velho nojento e tapeador induziu Danny a se encontrar com ele, prometendo-lhe uma trégua? E só para torturar e matá-lo?
Ela estremeceu ao pensar no irmão, amante da paz, lar­gado morto e ensanguentado numa campina a uns trinta quilômetros dali.
— Não. Jamais esquecerei um único crime de Jock McKie contra nós. Cada morte está gravada em meu coração. Mas Danny suportou a brutalidade de Jock por nosso bem.
Allisun concordou com um gesto de cabeça. Sabia que Jock havia torturado seus irmãos a fim de descobrir o es­conderijo do clã e terminar o que começara anos atrás.
— Não podemos deixar que o sacrifício tenha sido em vão. Lembre-se das últimas palavras de Danny ao vir para cá — Owen acrescentou.
Ela fitou o homem que passara a ser seu pai desde o assassinato do verdadeiro, pelos McKie, cinco anos atrás. Antes de partir para o encontro com Jock, Danny tinha ordenado que não vingassem qualquer mal feito a ele.
— Não posso deixar de retaliar — ela disse.
— Mas deve. Você e sua irmã são o que resta de sua família. O que acontecerá a ela e aos outros que nos esperam em Tadlow Mountain? Quem caçará para eles? Quem os protegerá se algo nos acontecer? — Owen indagou em tom ríspido.
O senso de dever amainava um pouco a sede de vingança que a atormentava. Danny havia insistido para que ela, levando Carina, fosse embora da fronteira caso o matassem. Não poderia atendê-lo.

6 - Leão Indomável

A honra dos Sutherland foi deixada em suas mãos

Ross Sutherland tinha uma última esperança para salvar suas propriedades e isso significava roubar de Lady Catlyn Boyd. No entanto, ele não tinha escolha, pois o inimigo comum deles estava chantageando-o. Mas, quando Ross começou a desejar a dama encantadora, ele sabia que não importaria o custo, nunca a trairia.
Catlyn pagara uma vez um alto preço por confiar em um homem. Ainda assim, a força mal controlada nos olhos azuis crepitantes de Ross fazia estragos em seus sentidos, e ela desejava ser a fama do trapaceiro indomável até descobrir que o homem em quem ela confiava a sua proteção não era nada além de um peão do seu inimigo mais mortal!

Prólogo

Stirling, Escócia
10 de agosto de 1407


Hakon Fergusson parou à entrada da Running Fox. Através da fumaça das tochas, observou o ambiente com olhar crítico.
A taverna dava a impressão de ser superior às outras visitadas naquela noite. Mesas e bancos, em fileiras ordenadas e apesar de marcadas pelo uso, não tinham a camada de sujeira tolerada por fregueses embriagados e proprietários negligentes. As moças, que circulavam servindo comida e bebida, vestiam-se bem, mas sem exibicionismo.
Em último lugar, Hakon estudou os fregueses. Embora fosse sábado e mal passasse das nove da noite, muitas mesas estavam ocupadas. Os homens conversavam e riam de maneira comedida. A luz das tochas refletia nas jóias de ouro e nas roupas de soda e veludo. Obviamente eram pessoas que apreciavam qualidade e estavam dispostas a pagar por ela.
Este é o lugar — Hakon murmurou para o homem atrás dele.
— Já não era sem tempo — Seamus reclamou ao mudar o barrilete de uísque de um ombro para o outro.
— Isto aqui está pesado demais. Não sei por que não vendemos logo na primeira hospedaria.
— Aqui vão nos pagar um preço melhor. Hakon precisava de todo dinheiro em que pudesse pôr as mãos a fim de realizar certos planos.
Quatro meses antes, ele tinha recebido a notícia da morte do tio e dos dois primos, envenenados com carne estragada, servida numa festa da igreja. Isso o tornava herdeiro da propriedade nas Terras Altas. Hakon considerava fim muito triste para um Fergusson. Todos os membros mortos de seu lado do clã e moradores de Fronteira, haviam perecido empunhando a espada ou na forca.
Todavia, a perspectiva de ter a própria fortaleza, embora isso significasse abandonar sua Fronteira agitada, mas querida, o atraía. Especialmente nessa época, quando o encarregado de lá o procurava a fim de enforcá-lo. Por isso, ele havia reunido seu bando de lutadores ferrenhos e partido para o norte, caçoando de lorde Hunter Carmichael.
A herança provocara desapontamento. Dun-Dubh não passava de uma fortaleza em ruínas, de poucas terras pedregosas e de duzentas bocas famintas. Hakon tinha pensado em vender as roupas e móveis dos parentes, deixar as duzentas pessoas entregues à própria sorte e voltar para a Fronteira com seu bando. Contudo, mudara de idéia ao saber que os Boyd, moradores da região, possuíam uma destilaria próspera.
Infelizmente, Thomas Boyd tinha se mostrado mais persistente e esperto do que outras vítimas que Hakon tentara ludibriar. Este havia gasto meses de planejamento para chegar até ali. Com uma ponta de sorte, sairia da Running Fox com os recursos para vencer.
— Bem, vamos ver quanto poderemos ganhar com o uísque dos Boyd — disse ele ao entrar na taverna, exibindo um largo sorriso.
Ao chegar perto do balcão, perguntou, em tom cordial, ao atendente:
— Por acaso você é Brann of the Side?
— Sou. E você, quem é?
Homem atarracado, Brann franziu o rosto ao observar Hakon.
— Robert Dunbar — foi a resposta mentirosa, pois o nome verdadeiro tinha péssima fama. — Ouvi dizer que você tem a melhor taverna de Stirling.
— Verdade — Brann respondeu.
— Concordo plenamente.
Hakon correu os olhos em volta e fez uma série de elogios. Disfarçou um sorriso ao ver Brann relaxar. O pai se sentiria orgulhoso se presenciasse a cena. O velho ladrão sempre dissera que a aparência do filho era sua melhor arma. Alto, loiro, com feições bem-feitas e olhos castanhos, jamais revelava sua natureza verdadeira.
— Esta é sua primeira visita à cidade? — Brann indagou. Ele o tomava por aldeão.
Hakon sorriu. Antes de sair, naquela noite, havia tomado cuidado com as roupas. Estava usando uma túnica azul e meias pretas e compridas do tio. As peças tinham remendos nos cotovelos e nos joelhos e, sem dúvida, eram de um homem pobre, mas esmerado. Davam-lhe um ar de honestidade, o tipo de pessoa em quem se podia confiar.


Série Lion's
1 - Coração de Leão
2 - Leão do Norte
2.5 - Kara's Gift
3 - O Feitiço da Paixão
4 - Amor Eterno
5 - Orgulhosa e Destemida
6 - Leão Indomável