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2 de janeiro de 2011
Aprendendo a Seduzir
A única prova de que Tommy dispunha – o desenho no verso das cartas parecia estranho e ele nunca perdera daquela maneira – não era convincente.
“Ele havia tido sorte de ter escapado com vida”, pensou.Parecia que meter uma bala na cabeça de um jogador era coisa que o tal duque fazia todo dia.
Levar um tiro na cara talvez fosse preferível àquilo que Tommy sabia que estava reservado para ele: tentar conseguir mil libras para pagar o que devia.
É claro que não poderia pedir a um banco.
A fortuna que o pai lhe deixara, ao morrer havia pouco mais de um ano, só chegaria a suas mãos quando completasse vinte e um anos, e ainda faltavam dois anos.
Não poderia tocar naquele dinheiro.Mas sabia que podia pegar um empréstimo,dando‑o como garantia.
A dificuldade era: a quem pedir?
Capítulo Um
Londres, Inglaterra
Maio de 1870
Não havia no aposento outra luz senão a que vinha das chamas da lareira de mármore decorado. Havia pouco fogo, mas sua luz era suficiente para desenhar a silhueta do casal no divã.
Mesmo assim, Caroline conseguiu ver suas feições.
Sabia quem eram eles. Sabia realmente muito bem.
Afinal, ela reconhecera a risada de seu noivo através da porta fechada e foi por isso a primeira que abriu.
Lamentavelmente, pareceu que devia ter batido antes, já que ela obviamente interrompeu um momento de extrema intimidade.
E embora soubesse que devia sair dali – ou no mínimo denunciar sua presença–percebeu que não conseguia se mover.
Ficou paralisada ali, em pé, fixando os olhos, a contragosto, nos seios de Lady Jacquelyn Seldon, que, fora do decote de seu vestido, balançavam vigorosamente para cima e para baixo, no ritmo dos impulsos do quadril do homem estendido entre suas coxas.
Parada, com uma das mãos enluvadas na maçaneta e a outra agarrada ao batente da porta, ocorreu a Caroline que seus próprios seios nunca haviam saltado com uma entrega tão selvagem.
Naturalmente, seus seios nem de longe eram tão grandes como os de Lady Jacquelyn. Isso poderia explicar por que era Lady Jacquelyn, e não ela, que estava de pernas abertas sobre o marquês de Winchilsea.
Caroline não tinha sido previamente avisada pelo seu noivo da predileção dele por seios grandes, mas, aparentemente o Senhor Winchilsea tinha encontrado alguém para substituí-la nessa categoria, em particular.
E tinha, portanto, procurado alguém mais apto ao seu gosto. Que era certamente, de seu direito, evidentemente.
Apenas pensou que ele poderia ter tido a cortesia de não fazê-lo em um dos quartos de Dame Ashforth, no meio de uma jantar festivo.
Suponho que ele seja fraco, Caroline pensou, e agarrou a maçaneta com mais força, caso o chão se precipita à sua frente, como muitas vezes aconteceram com as heroínas dos romances dela. Que na verdade, eram das empregadas, mas que por muitas vezes, Caroline pegou e leu.
É claro que ela não iria desmaiar.
Caroline nunca havia desmaiado em toda a sua vida.
Nem mesmo na vez que ela caiu de seu cavalo, quebrando o braço em dois lugares. Mas ela desejava ter desmaiado.
Porque assim, ela poderia ter sido poupada, pelo menos, de ver Lady Jacquelyn inserir o dedo na boca de Hurst.
Por que ela fez isso? - perguntou-se Caroline.
Será que os homens sentiam prazer com mulheres que metiam dedos em suas bocas?
Evidentemente que não, porque o marquês, por sua vez começou a chupar escandalosamente o dedo colocado sobre a boca dele.
Por que ninguém nunca mencionou isso para ela?
Se o marquês queria que Caroline colocasse o dedo em sua boca, ela com certeza teriam feito isso, se o tivesse deixado feliz.
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