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26 de outubro de 2010

Armações do Amor

Georgina Gentry









Henrietta nunca imaginou que teria de cavalgar milhares de quilômetros em campo aberto, disfarçada de rapaz, mas ela faria qualquer coisa para escapar do pretendente indesejável que sua mãe lhe arranjara.

A oportunidade de participar de uma corrida de cavalos seria a chance de ganhar o prêmio e conquistar sua independência.

No entanto, Henrietta não contava com a presença de outro exímio cavaleiro, Jones. E de repente, o anseio pelo prêmio se tornou insignificante em comparação com o desejo por aquele homem...

Capítulo Um

Manhã de 13 de junho de 1893
Se não estivesse tão desesperada, Henrietta Jennings nunca teria fugido.
O trem parou na estação com o maquinista gritando.
— Chadron! Chadron, Nebraska. Desembarque liberado.
Henrietta pegou a sua pequena valise e desceu na plataforma.
Sabia que seu pai, que nunca conhecera, era dono de um rancho enorme nos arredores da cidade.
Ainda não descobrira a razão que a levara a acreditar que ele lhe daria abrigo e a salvaria de um casamento de conveniência, que sua mãe estava determinada a fazê-la celebrar em julho.
— O que está acontecendo? — ela indagou ao bilheteiro, assim que o encontrou em meio à grande aglomeração da estação.
— Uma grande corrida de caubóis começa esta tarde, senhorita. O percurso é daqui de Chadron até Chicago.
— Nossa, devem ser umas mil milhas até lá.
— Acredito que seja mais de mil. Mas, por mil e quinhentos dólares, uma sela Montgomery nova e uma pistola chique como prêmio, até eu tive vontade de entrar na corrida.
Ela ficou intrigada, porém tinha seus próprios problemas para pensar.
— Como chego até o rancho de Rocking J.?
— Siga para o Norte por cinco milhas. Não tem como errar. Henry Jennings deve ter uns cinqüenta mil acres.
— O senhor o conhece? — Foi difícil segurar a curiosidade.
— Tem negócios com Henry? — indagou o homem, só então notando as roupas sofisticadas dela.
Ela achou melhor não contar que era filha dele já que não tinha certeza de em quem podia confiar.
— Não, mas gostaria de saber como ele é.
— Alto, magro, duro como um bife de búfalo. Olhos azuis como o gelo e cabelos claros. É um homem com o qual é melhor não mexer.
— Ele é hospitaleiro com os visitantes? — Henrietta perguntou, depois de sorrir, encontrando uma semelhança com o pai.
Naquele momento a curiosidade passou para o condutor, que a observou com maior atenção.
— Ele não está no rancho. Coloquei seu vagão particular nos trilhos dois dias atrás. Há uma grande convenção de criadores de gado em Omaha.
Deve voltar daqui a uma semana.
O que faria agora? Se esperasse uma semana por ali sua mãe e seu noivo acabariam por descobrir onde estava e viriam em seu encalço.
Além de ter pouca idade, seu dinheiro era escasso. S
ó o desespero a fizera pegar sua égua árabe, Lady Jane, e rumar em busca do pai desconhecido, que nunca se dera o trabalho de responder às suas cartas todos aqueles anos.