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23 de maio de 2011

Armadilha Da Paixão



Para conquistar um coração...

Antonie Ramirez sabe cavalgar e atirar melhor do que a maioria dos homens.

Agora, ela está de volta ao Texas para cumprir o derradeiro desejo de seu pai: encontrar o fazendeiro chamado Royal Bancroft e recompensá-lo por ter salvado a vida deles anos antes.
Royal Bancroft não sabe quem está por trás dos fora-da-lei que estão tentando
afastá-lo de sua fazenda, mas ele prefere lutar até a morte do que perder suas terras.
No entanto, com a irmã e o irmão sequestrados, Royal sente a derrota mais próxima do que gostaria...

Até que uma linda e corajosa jovem de cabelos dourados, com uma incrível habilidade para manejar armas, entra em sua vida...
Antonie usa uma carapaça para proteger seu coração machucado, e do momento em que a conhece, Royal sabe que, se tentar domar aquela mulher, aniquilará sua natureza livre.
Em vez disso, ele deixará que ela cavalgue a seu lado, lute com ele por um futuro e finalmente venha para seus braços como uma mulher apaixonada...

Capítulo

Texas, Março de 1861

Royal Bancroft não tinha ideia do perigo que o cercava.
Aos vinte e um anos de idade, sentia-se atraído por cidades de fronteira, onde o preço das bebidas e dos serviços das prostitutas era baixo.
Além disso, gostava do ar de temeridade típico daqueles lugares.
Seus olhos, de um verde que lembrava o jade, desviaram-se da mulher de formas generosas a seu lado, para ir pousar sobre alguém que não esperava encontrar numa taverna de fronteira.
A menina que avistara mais parecia uma boneca de porcelana, a despeito do traje e da aparência descuidados.
Os cabelos de um loiro muito claro ultrapassavam a altura dos quadris, presos apenas por um lenço que o chapéu de abas largas escondia quase por inteiro.
O negro da calça e da camisa realçava o tom claro da pele.
O nariz pequeno e reto, os lábios carnudos e os delicados traços da face continham a promessa de uma beleza feminina incomum, cheia de sensualidade e paixão.
Ao observar o corpo que as roupas escuras ocultavam, concluiu que as formas quase adolescentes guardavam a mesma promessa.
Ele não gostava de ver uma garota tão jovem naquele tipo de lugar.
Se ela ainda fosse inocente, o provável era que essa inocência não durasse muito mais tempo.
Não pôde deixar de pensar na irmã, Patrícia, que devia ter a mesma idade daquela linda menina.
Não era correto que ela estivesse numa taverna, e ele decidiu que faria algo a respeito.
Aproximando-se da pequena, ficou assombrado pela beleza dos olhos grandes e expressivos.
Estava prestes a falar com ela quando um absoluto silêncio tomou conta do lugar seguido pelo ruído de pistolas sendo sacadas. Erguendo os braços, Royal deu
meia-volta.
— Você é jovem, gringo, por isso vou permitir que se explique. Então, vou atirar em você. — Juan deu de ombros. — Ou talvez não.
— Não pretendia fazer mal algum a esta criança — Royal declarou, enquanto tentava imaginar o que dizer para aliviar a tensão que tomava o ambiente.
— Então por que se aproximou de minha filha?
Embora tentasse evitar, Royal não conseguiu esconder a surpresa. O mexicano alto e moreno não poderia ser o pai daquela menina tão clara.
— Estava apenas preocupado com a presença de uma garota da idade dela num lugar como este — Royal respondeu com honestidade.

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