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8 de fevereiro de 2015

Bandido Sedutor







Sequestrada por impiedosos bandidos, Vanda estava sendo mantida prisioneira nas ruínas de uma antiga capela. 

Pelo que ouvira falar a respeito da ganância e crueldade do chefe do bando, temia que ele não se contentasse apenas com a soma exigida por seu resgate. 
Foi com horror, então, que viu suas suspeitas confirmadas ao ser entregue a um homem que, incógnito por uma máscara, lhe ordenou: "Venha! É inútil resistir, paguei um preço elevado por você e, antes que a noite termine, vou torná-la minha".

Capítulo Um

1817
Vanda atravessava o bosque refletindo que há muito não fazia um dia tão lindo como aquele.
As primaveras estavam floridas, violetas desabrochavam à sombra das árvores. Uma profusão de pássaros enchia o ar com seus trinados.
Sempre gostara de cavalgar no grande parque que circundava a mansão Wyn. O sr. Rushman, o administrador da propriedade, durante a guerra lhe dera permissão para passear à vontade por ali sempre que quisesse.
O velho conde de Wynstock, nessa época, estava enfermo e preso ao leito, e o filho dele lutava contra Napoleão.
— Será bom ter alguém jovem circulando por aqui dissera-lhe o administrador -, e não é preciso se fazer acompanhar por um cavalariço.
Isso para Vanda era mais importante que qualquer outra coisa. Seu pai sempre insistira para que levasse um acompanhante quando saísse de casa para cavalgar. Eles moravam nas proximidades de Wyn Park, no fim da aldeia. Bastava apenas cruzar a estrada, sob as árvores, para se sentir, como ela própria definia, livre, e um acompanhante tolheria boa parte dessa sensação de liberdade.
Vanda refletiu então que seria muito frustrante se, agora que a guerra terminara, o conde voltasse e a impedisse de usar a propriedade para seus passeios. Não imaginava como ele iria se comportar quanto a isso. Ela mal se lembrava dele. E o jovem conde tomara posse do título há três anos por intermediação legal.
Soubera que se distinguira na Batalha de Waterloo e recebera condecoração por atos de bravura. Juntara-se, então, à equipe do duque de Wellington servindo no Exército de Ocupação.
Agora os soldados haviam sido desmobilizados e centenas deles começavam a voltar para a Inglaterra. Contudo, não haviam tido notícias do novo conde de Wynstock.
— Talvez ele resolva não voltar — Vanda pensou triste. Assim devaneando, encaminhou-se para o centro do bosque, onde sabia que ninguém além dela ia.
Lá, em meio às árvores, havia as ruínas de uma antiga capela, construída por um monge que se afastara do mundo civilizado para viver como ermitão. Era um homem muito religioso, quase um santo, e naquela região corriam lendas sobre seu dom de curar animais.
As raposas que caíam em armadilhas só escapavam da morte porque ele as tocava. Crianças levavam-lhe gatos e cachorros doentes, pássaros com asas quebradas. O monge fazia uma prece e, colocando a mão sobre os animais, curava-os.
A pequena capela, no entanto, desgastada pela ação do tempo e por falta de conservação, acabara destruída. Os aldeões acreditavam que o fantasma do monge assombrava o bosque e temiam ir até aquele lugar.
— Como é que a senhora pode ter medo de alguém que foi um santo? — Vanda perguntou a uma mulher idosa, certa vez.
— Pode ser que seja santo, mas mesmo assim é horripilante a ideia de ver alguém que já morreu!
Ninguém da aldeia se atrevia a pôr os pés no bosque do monge. Apenas alguns rapazes invadiam esporadicamente a propriedade para caçar e pescar, já que, com o conde ausente, havia abundância de faisões, pombos e outros tipos de caça.
Para Vanda, entretanto, aquele bosque era quase mágico. Gostava de ficar ali sozinha, sem ninguém para perturbá-la, ouvindo o zumbido das abelhas e o farfalhar causado pelo vento passando por entre ás folhas das árvores. Ela procurava fixar na mente esses sons harmoniosos para tentar mais tarde reproduzi-los ao piano.
A mãe de Vanda fora uma excelente pianista e isso a estimulava a seguir-lhe os passos. Estava naquele momento pensando em compor uma melodia que evocasse a primavera e buscava inspiração nas árvores floridas ao seu redor.
Foi então que, de repente, ouviu um som estridente que interrompeu seus devaneios e quebrou a harmonia do bosque.
O barulho se repetiu e ela refreou o cavalo.
O pai de Vanda possuía animais de excelente qualidade. Seu favorito era o que ela estava montando naquele momento, um garanhão chamado Kingfisher.
O animal obedeceu imediatamente ao comando e parou. Vanda percebeu que, bem no meio do bosque, onde nunca encontrara ninguém antes, havia alguns homens.
O som que ouvira era de uma gargalhada debochada.

4 de dezembro de 2011

Bandido Sedutor





Atrevido e ardiloso ele roubava os corações das mulheres.

Sequestrada por impiedosos bandidos, Vanda estava sendo mantida prisioneira nas ruínas de uma antiga Capela.
Pelo que ouvira falar a respeito da ganância e crueldade do chefe do bando, temia que ele não se contentasse apenas com a soma exigida por seu resgate.
Foi com horror, então, que viu suas suspeitas confirmadas ao ser entregue a um homem que, incógnito por uma máscara, ordenou,
"Venha! É inútil resistir, paguei um preço elevado por você e, antes que a noite termine, vou torná-la minha".

Capítulo Um


1817

Vanda atravessava o bosque refletindo que há muito não fazia um dia tão lindo como aquele.
As primaveras estavam floridas, violetas desabrochavam à sombra das árvores. Uma profusão de pássaros enchia o ar com seus trinados.
Sempre gostara de cavalgar no grande parque que circundava a Mansão Wyn.
O Senhor Rushman, o administrador da propriedade, durante a guerra dera permissão para passear à vontade por ali sempre que quisesse.
O velho Conde de Wynstock, nessa época, estava enfermo e preso ao leito, e o filho dele lutava contra Napoleão.
— Será bom ter alguém jovem circulando por aqui —dissera o administrador — e não é preciso se fazer acompanhar por um cavalariço.
Isso para Vanda era mais importante que qualquer outra coisa. Seu pai sempre insistira para que levasse um acompanhante quando saísse de casa para cavalgar. Eles moravam nas proximidades de Wyn Park, no fim da aldeia. Bastava apenas cruzar a estrada, sob as árvores, para se sentir, como ela própria definia, livre, e um acompanhante tolheria boa parte dessa sensação de liberdade.
Vanda refletiu então que seria muito frustrante se, agora que a guerra terminara, o Conde voltasse e a impedisse de usar a propriedade para seus passeios. Não imaginava como ele iria se comportar quanto a isso. Ela mal se lembrava dele. E o jovem Conde tomara posse do título há três anos por intermediação legal.
Soubera que se distinguira na Batalha de Waterloo e recebera Condecoração por atos de bravura. Juntara-se, então, à equipe do Duque de Wellington servindo no Exército de Ocupação.
Agora os soldados haviam sido desmobilizados e centenas deles começavam a voltar para a Inglaterra. Contudo, não haviam tido notícias do novo Conde de Wynstock.
— Talvez ele resolva não voltar — Vanda pensou triste. Assim devaneando, encaminhou-se para o centro do bosque, onde sabia que ninguém além dela ia.
Lá, em meio às árvores, havia as ruínas de uma antiga Capela, construída por um monge que se afastara do mundo civilizado para viver como ermitão.
Era um homem muito religioso, quase um santo, e naquela região corriam lendas sobre seu dom de curar animais.
As raposas que caíam em armadilhas só escapavam da morte porque ele as tocava. Crianças levavam-lhe gatos e cachorros doentes, pássaros com asas quebradas. O monge fazia uma prece e, colocando a mão sobre os animais, curava-os.
A pequena Capela, no entanto, desgastada pela ação do tempo e por falta de conservação, acabara destruída. Os aldeões acreditavam que o fantasma do monge assombrava o bosque e temiam ir até aquele lugar.
— Como é que a Senhora pode ter medo de alguém que foi um santo? — Vanda perguntou a uma mulher idosa, certa vez.
— Pode ser que seja santo, mas mesmo assim é horripilante a idéia de ver alguém que já morreu!
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