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8 de março de 2011
Bela E Audaz
Na Inglaterra Medieval, pouco depois da conquista normanda, Caryn padece toda o tipo de infâmias por causa de sua origem saxã.
Por sorte, entre as tropas invasoras há também homens justos, e um deles é Raolf de Gere que, para protegê–la declara falsamente que ela é a sua prometida.
Raolf não imagina que sua piedosa mentira se converterá em um compromisso devido as artimanhas de seus rivais.
Raolf e Caryn se casam, e apesar de suas reticências logo compreenderão que a paixão pode salvá–los dos maiores abismos.
Nota da revisora Maristela: Simplesmente Lindo!
Adorei fazer a revisão, os protagonistas não deixam a desejar em momento algum.
O livro tem de tudo: ação, traição, aventura e muita sensualidade, além de uma linda estória de amor. Vocês vão se divertir muito o lendo.
Capítulo Um
Inglaterra, 1069
A menina deveria ter ficado com medo. Muitos guerreiros saxões tinham fugido apavorados ao verem os trajes de batalha, e, entretanto Ral não percebeu temor algum nos resplandecentes olhos azuis que escrutinavam seu rosto.
Sob seu elmo, observou–a dirigir–se a ele, lhe oferecendo um vistoso buquê de flores com sua pequena mão. S
orriu, sem prestar atenção no sangue ressecado que manchava sua cota de malha nem ao feroz dragão negro que aparecia em seu escudo.
Deveria ter tido medo, e, entretanto se aproximou mais, curiosa embora estranhamente serena, interessada, quase ansiosa, como se tivesse encontrado a um novo amigo.
Ral mudou de posição em sua sela, sentindo–se incômodo ante aquele olhar.
O enorme cavalo dava coices e soprava, de repente aguçou as orelhas e voltou à cabeça para a formosa donzela de cabelo negro que não superava em altura seu enorme cavalo.
Raolfe de Gere jamais tinha visto uma mulher mais bela ou um sorriso mais encantador do que aquele que iluminava o rosto da jovem.
Não parecia ter mais do que dezoito anos, com um corpo amadurecido para oferecer a um homem, e umesplendor nas bochechas que dava a entender que possivelmente agradecesse a companhia masculina.
Entretanto, os sentimentos que despertava nele eram completamente distintos.
O fazia pensar em um lar e um final a todo aquele sangue e luta.
Simplesmente levantou o pequeno ramo em silêncio.
Ral estendeu a mão enluvada e agarrou–o.
Quando seus dedos roçaram os da garota, ela sorriu muito, e ele lhe deu um sorriso cansado. Esperou que ela falasse, sentindo curiosidade em escutar o tom de sua voz e ao mesmo tempo relutante em romper o feitiço criado por sua presença.
Perguntou–se de onde viria e qual seria seu nome.
Onde estaria sua irmã? Caryn de Ivesham fez rodar a grande pedra de granito e procurou entre os carvalhos que tinha a sua direita.
Só tinha ausentado um segundo; Gweneth não podia ter ido muito longe.
Caryn observou o prado e depois o monte situado ao outro extremo.
A túnica azul claro que balançava na brisa só podia ser de Gweneth, mas ao seu lado... Mãe bendita!
Caryn cortou a respiração. O Cavalheiro Negro!
Um dragão negro sobre um campovermelho de sangue.
Raolfe, o Desumano! E ali estava Gweneth, lhe oferecendo um buquê com umapatética inocência.
Sentindo no peito os fortes batimentos de seu coração, agarrou a prega de sua túnica verde escura e correu através do campo.
–Gweneth! –gritou –Gweneth!
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