Série Cavaleiros Infernais
Quando Nash Renfrew acorda na cama da adorável Maddy Woodford, ele não tem memória.
Nos dias seguintes ao acidente, ele fica encantado pela visão clara dela sobre a vida, mas ele vive para as noites, quando ela se junta a ele castamente, mais ou menos, em sua cama.
Quando a memória dele volta, Nash pede apenas mais uma noite antes de ir embora. Mas essa noite é demais e cria um escândalo que não lhe deixa outra alternativa senão pedi-la em casamento. Com cinco meio-irmãos órfãos aos seus cuidados, Maddy precisa da segurança que Nash a oferece e não pode resistir à promessa de paixão que experimentara em seu abraço. Bem nascida, mas na pobreza, Maddy sabe que não é a esposa que ele planejou ter, mas ele é tudo que ela sempre sonhou. Mas a paixão será o suficiente? Ele é um diplomata que conhece czares, príncipes e grão-duques e ela é apenas uma garota do interior que nunca foi sequer a um baile. Será que o amor deles recém-descoberto poderá sobreviver, ou será que este casamento acidental irá destruir os sonhos dela e a carreira dele?
Capítulo Um
O cavaleiro apareceu no cume, uma silhueta escura cauterizada contra nuvens cor de prata inertes. Ele permaneceu imóvel por um segundo ou dois, inspecionando a cena abaixo, então começou a descer a colina em um passo lento, controlado. Enquanto se movia, um raio ondulou pelos céus assustadoramente.
—Que apocalíptico— Maddy Woodford comentou da entrada de sua cabana. —Seja quem for, sabe como fazer uma entrada.
Lizzie Brown seguiu o olhar dela.
—Cavalheiro— ela pronunciou, abotoando o casaco.
Maddy riu.
—Como você pode saber? Fazendeiros e comerciantes podem montar bons cavalos, também. Você o conhece?
Lizzie sorriu amplamente e agitou a cabeça.
—Nunca o vi antes, mas ele está atravessando o país, não é? E é uma terra particular. — Ela encolheu os ombros e revirou os olhos. —Apenas um cavalheiro faria isto. Nós do povo não invadimos simplesmente as terras dos outros. As pessoas são exiladas por menos.
—Suponho que sim.
—Com rumo ao Solar Fonthill ou a Whitethorn, creio. — Lizzie acrescentou com um sorriso, — Talvez ele passe direto por você. Você podia ficar no caminho dele, senhorita. Um cavalheiro teria que parar. Nunca se sabe, você pode conseguir um marido bom e rico.
Maddy bufou.
—Com a minha sorte, ele seria o tipo que passaria sobre mim e nem olharia, e eu ficaria lá estendida...
—Como uma porcaria qualquer no chão!— Lizzie terminou, e ambas riram. —Não, ele pararia, com certeza, especialmente ‘pra’ você, tão bonita e com o cabelo ‘tudu’ arrumado. — Lizzie deu ao cabelo de Maddy um olhar crítico. — Acho que fiz um bom trabalho nele.
Maddy pôs uma mão em seu cabelo recentemente ajeitado. Lizzie a estava usando para praticar.
—Você fez um belo trabalho, Lizzie. Será uma ótima dama de companhia.
—É o que eu espero, Senhorita Maddy. Estou cheia de ficar ordenhando vacas. E a senhora seria uma adorável esposa de um cavalheiro.
—Se ele não descobrisse que eu não tenho um centavo no meu nome. — Maddy riu. —Além disso, não estou certa de que um marido valha à pena tanto trabalho.
O riso morreu no rosto de Lizzie.
—A senhora ‘tá’ certa.
Maddy a atirou um olhar culpado.
—Oh, Lizzie, sinto muito. Eu não quis dizer — ela falara sem pensar. Lizzie esteve casada por apenas quatro meses quando o marido foi para a cidade com toda a poupança dela e nunca mais voltou.
Lizzie colocou um cachecol ao redor da cabeça e disse com a voz dura:
— Não se importe comigo; a senhora está certa. Gato por lebre, é isso que é o casamento. Nunca se sabe, até que é tarde demais. Homens são problemas, mas se forem problemas ricos, aí sim, vale a pena se viver com eles.
Maddy anuiu com a cabeça em acordo superficial. Ela não concordava. Problema com dinheiro era o pior tipo. E fugir dele era a razão pela qual ela estava aqui, vivendo em uma cabana aos pedaços. Mas Lizzie não sabia disso.
Ninguém sabia. Maddy não ousava dizer a ninguém.
Série Cavaleiros Infernais
1 - A Princesa Roubada
2 - A Lady Cativa
3 - Para Pegar Uma Noiva
4 - Casamento Acidental
5 - Noiva por Engano
Série Concluída