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10 de agosto de 2023

O Juramento do Laird


O herói, Cameron, é laird apenas no nome — sua herança está nas mãos de seu tio até Cameron completar trinta anos, ou se casar.

Seu tio está gastando dinheiro como água e nada que Cameron diga irá impedi-lo. Cameron sai furioso, jurando se casar com a primeira mulher elegível que encontrar... Então Cameron sai, seguido por seus dois primos, que apostaram no resultado do voto — e tomaram um pequeno gole ou três do Good Stuff junto a propósito ... Claro, a primeira mulher que Cameron encontra é totalmente inadequada.... na superfície. Não que ele possa ver muito da superfície dela ele jogou-a com suas ovelhas em um pântano, e ela está coberta de lama. Mas um voto é um voto e Cameron nunca faltou com a palavra em sua vida. No entanto, há mais em Jeannie Macleay do que aparenta... e ela não é fácil.

Capítulo um

—Você está deixando a propriedade ruir e deteriorar! — Cameron Fraser trovejou.
— Querido menino, estou trazendo civilização para cá. — respondeu seu tio. — Moro aqui há trinta anos — ele estremeceu —, e finalmente está ao meu alcance fazer algo pelo lugar.
— Fazer algo pelo lugar? Você está deixando cair em pedaços. A grande tempestade ocorreu há mais de dois meses e nenhum telhado dos inquilinos foi reparado, nem deu ordens para começar. O inverno está nos encarando, e o que você faz? Pede cortinas de seda de Paris, seda!
Seu tio disse seriamente:
— Mas, querido menino, a qualidade compensa. Espere para ver a diferença que as cortinas farão neste quarto sombrio. Além disso, os inquilinos podem consertar seus próprios telhados.
As unhas de Cameron se cravaram em suas palmas.
— Não, sem dinheiro para pagar os materiais, eles não podem. Além disso, é nossa responsabilidade —, minha responsabilidade como laird.
Seu tio sorriu.
— Laird? No nome, talvez.
— Sim, sei bem que é apenas no nome. Mesmo assim, carrego toda a vergonha — disse Cameron com amargura. — Se o tio Ian ainda estivesse vivo...
— Eu sei. Quem teria imaginado que ele iria antes de mim, sendo muito mais jovem, mas aí está. — Charles Sinclair disse. — Então você só precisa confiar em mim. Tenho tantos planos... quase cinco anos, não é, antes de você fazer trinta e ganhar o controle?
Cameron apertou a mandíbula. Quando seus dois tios estavam no comando, ele prestou pouca atenção para as finanças imobiliárias. O tio Ian era um Fraser e seu amor pela propriedade e seu povo o dominava até os ossos, assim como em Cameron. Mas agora o tio Ian estava morto e o curador remanescente, tio Charles, poderia fazer o que quisesse. E o que o agradou foi, na opinião de Cameron, totalmente frívolo.
— As pessoas vão congelar no inverno, se esses telhados não forem consertados. —Cameron cerrou os punhos. — Você quer a morte de mulheres e crianças em sua consciência?
Charles Sinclair voltou para as amostras de seda.
— Sua consciência é delicada demais, meu caro. Os camponeses são pessoas resistentes. Agora, olhe para este desenho que fiz para...
— Você não vai gastar mais um xelim da minha herança!
Seu tio ergueu os olhos.
— Querido garoto, como você pretende me impedir?
— Me casando! — A palavra explodiu da boca de Cameron, chocando a si mesmo e a seu tio. Ele não tinha intenção de se casar, não nos próximos anos, mas agora ele viu que era sua única solução. De acordo com as regras do testamento de seu pai, a curadoria de seu tio terminaria no trigésimo aniversário de Cameron ou no dia de seu casamento ­­- o que ocorresse primeiro.
— Casando-se? Com quem? Você não comparece a um evento da sociedade há anos.
Era verdade. Cameron preferia caçar e pescar a dançar e até agora, ele evitara o mercado de casamento de Inverness como uma praga. Como resultado, ele não conseguia pensar em uma única mulher provável. E como metade das mulheres da propriedade era parente dele, oficial ou não oficialmente - vovô era um rapaz e tanto - ele teria de procurar mais longe.
Os punhos de Cameron cerraram-se em frustração.
Seu tio deu uma risadinha.
— Meu caro, os casamentos demoram a ser arranjados. Seu avô e o meu negociaram durante meses o casamento de minha querida irmã com seu pai e, como seu curador, naturalmente tratarei de quaisquer negociações em seu nome. E então você terá uma casa digna de uma noiva. — Ele deu um tapinha em seus projetos.
— Nenhuma negociação será necessária. — Cameron retrucou. — Vou me casar com a primeira mulher elegível que encontrar.
Ele girou nos calcanhares e saiu furioso da sala, quase se chocando contra seus dois primos, Jimmy e Donald, que esperavam do lado de fora. Primos distantes, órfãos e criados na propriedade, eram como irmãos de Cameron. — O que ele...





12 de janeiro de 2012

Noiva por Engano

Série Cavaleiros Infernais

Oito anos atrás, o Tenente Luke Ripton havia feito um casamento precipitado durante a guerra para proteger uma jovem de uma união forçada. Agora, incapaz de obter a anulação, Luke não tem nenhuma escolha a não ser ir buscar Isabella, a esposa ferozmente independente que ele nunca havia procurado.
E enquanto eles permaneciam juntos rumo ao cumprimento de seus votos, nunca imaginaram que a fúria apaixonada que eles compartilhavam poderia se tornar um outro tipo de paixão...

Capítulo Um

Londres, 1819

— Você é louco, Ripton!
Luke Ripton encolheu os ombros e juntou suas rédeas.
— O curricle pode ser consertado, Jarvis. Pelo menos seus cavalos não estão feridos.
— Não graças a você! — Jarvis rosnou. — Passando por mim desse jeito: você quase arrancou as minhas rodas...
— Mas, não o fiz. — Luke interrompeu friamente. O homem dirigia como uma debutante ansiosa. — Não havia necessidade de se mover tão violentamente. Você apenas tinha que controlar os seus nervos.
— Nervos? Eu te mostrarei uma coisa. — Jarvis começou a ir adiante, apenas para ser contido pelos amigos que haviam vindo ser testemunha – e apostar na corrida.
— Fique calmo, Jarvis. Lorde Ripton ganhou de forma justa e limpa. — Disse um de seus amigos.
— Para começo de conversa, você que foi um tolo em desafiá-lo. — Disse outro, um pouco bêbado demais. — Todo mundo sabe que Ripton não se importa se vive ou morre. E isso faz dele – hic! – insuperável.
Luke deu um toque no chapéu como despedida para seu oponente ainda fumegando e foi embora. Era verdade? Ele se importava se vivia ou morria?
Ele considerou a pergunta enquanto dirigia de volta para a cidade. Não era mentira, ele decidiu enquanto virava para a Rua Upper Brook. Ele não tinha certeza de que merecia viver. Ele havia tentado seu destino frequentemente.
Mas o destino, aparentemente, tinha outros planos para ele.
A carta em seu bolso confirmava isto.
Ele parou do lado de fora da casa da cidade de sua mãe. A casa pertencia a ele, claro – veio com o título que ele herdara quando o tio e os primos tinham se afogados dois anos atrás. Mas, por mais que Luke gostasse de sua mãe e de sua irmã mais nova, ele preferia não viver com elas. A mãe dele tinha o costume de ser superprotetora. Luke preferia seu quarto de solteiro, um apartamento limpo na Rua Clarges, onde ninguém questionava aonde ele ia ou vinha.
— Obrigada, meu Deus! — Lady Ripton exclamou quando Luke entrou na sala de visitas. Ela pediu chá e bolinhos frescos.
Ele beijou a bochecha que ela ofereceu.

Série Cavaleiros Infernais
1 - A Princesa Roubada
2 - A Lady Cativa
3 - Para Pegar Uma Noiva
4 - Casamento Acidental
5 - Noiva por Engano
Série Concluída

11 de janeiro de 2012

Casamento Acidental

Série Cavaleiros Infernais
Quando Nash Renfrew acorda na cama da adorável Maddy Woodford, ele não tem memória.
Nos dias seguintes ao acidente, ele fica encantado pela visão clara dela sobre a vida, mas ele vive para as noites, quando ela se junta a ele castamente, mais ou menos, em sua cama.
Quando a memória dele volta, Nash pede apenas mais uma noite antes de ir embora. Mas essa noite é demais e cria um escândalo que não lhe deixa outra alternativa senão pedi-la em casamento. Com cinco meio-irmãos órfãos aos seus cuidados, Maddy precisa da segurança que Nash a oferece e não pode resistir à promessa de paixão que experimentara em seu abraço. Bem nascida, mas na pobreza, Maddy sabe que não é a esposa que ele planejou ter, mas ele é tudo que ela sempre sonhou. Mas a paixão será o suficiente? Ele é um diplomata que conhece czares, príncipes e grão-duques e ela é apenas uma garota do interior que nunca foi sequer a um baile. Será que o amor deles recém-descoberto poderá sobreviver, ou será que este casamento acidental irá destruir os sonhos dela e a carreira dele?

Capítulo Um

O cavaleiro apareceu no cume, uma silhueta escura cauterizada contra nuvens cor de prata inertes. Ele permaneceu imóvel por um segundo ou dois, inspecionando a cena abaixo, então começou a descer a colina em um passo lento, controlado. Enquanto se movia, um raio ondulou pelos céus assustadoramente.
—Que apocalíptico— Maddy Woodford comentou da entrada de sua cabana. —Seja quem for, sabe como fazer uma entrada.
Lizzie Brown seguiu o olhar dela.
—Cavalheiro— ela pronunciou, abotoando o casaco.
Maddy riu. 
—Como você pode saber? Fazendeiros e comerciantes podem montar bons cavalos, também. Você o conhece?
Lizzie sorriu amplamente e agitou a cabeça.
—Nunca o vi antes, mas ele está atravessando o país, não é? E é uma terra particular. — Ela encolheu os ombros e revirou os olhos. —Apenas um cavalheiro faria isto. Nós do povo não invadimos simplesmente as terras dos outros. As pessoas são exiladas por menos.
—Suponho que sim.
—Com rumo ao Solar Fonthill ou a Whitethorn, creio. — Lizzie acrescentou com um sorriso, — Talvez ele passe direto por você. Você podia ficar no caminho dele, senhorita. Um cavalheiro teria que parar. Nunca se sabe, você pode conseguir um marido bom e rico.
Maddy bufou. 
—Com a minha sorte, ele seria o tipo que passaria sobre mim e nem olharia, e eu ficaria lá estendida...
—Como uma porcaria qualquer no chão!— Lizzie terminou, e ambas riram. —Não, ele pararia, com certeza, especialmente ‘pra’ você, tão bonita e com o cabelo ‘tudu’ arrumado. — Lizzie deu ao cabelo de Maddy um olhar crítico. — Acho que fiz um bom trabalho nele.
Maddy pôs uma mão em seu cabelo recentemente ajeitado. Lizzie a estava usando para praticar.
—Você fez um belo trabalho, Lizzie. Será uma ótima dama de companhia.
—É o que eu espero, Senhorita Maddy. Estou cheia de ficar ordenhando vacas. E a senhora seria uma adorável esposa de um cavalheiro.
—Se ele não descobrisse que eu não tenho um centavo no meu nome. — Maddy riu. —Além disso, não estou certa de que um marido valha à pena tanto trabalho.
O riso morreu no rosto de Lizzie. 
—A senhora ‘tá’ certa.
Maddy a atirou um olhar culpado.
—Oh, Lizzie, sinto muito. Eu não quis dizer — ela falara sem pensar. Lizzie esteve casada por apenas quatro meses quando o marido foi para a cidade com toda a poupança dela e nunca mais voltou.
Lizzie colocou um cachecol ao redor da cabeça e disse com a voz dura:
— Não se importe comigo; a senhora está certa. Gato por lebre, é isso que é o casamento. Nunca se sabe, até que é tarde demais. Homens são problemas, mas se forem problemas ricos, aí sim, vale a pena se viver com eles.
Maddy anuiu com a cabeça em acordo superficial. Ela não concordava. Problema com dinheiro era o pior tipo. E fugir dele era a razão pela qual ela estava aqui, vivendo em uma cabana aos pedaços. Mas Lizzie não sabia disso.
Ninguém sabia. Maddy não ousava dizer a ninguém.

Série Cavaleiros Infernais
1 - A Princesa Roubada
2 - A Lady Cativa
3 - Para Pegar Uma Noiva
4 - Casamento Acidental
5 - Noiva por Engano
Série Concluída

10 de janeiro de 2012

Para pegar uma Noiva

Série Cavaleiros Infernais






Era a desculpa perfeita para adiar um temido casamento de conveniência - sair em uma jornada exótica para perseguir uma jovem lady perdida no Egito por seis anos. 


Rafe Ramsey, filho do Conde de Axebridge, fica totalmente obcecado quando finalmente localiza a linda e viva Ayisha, que tomou um novo nome. 
Mas um misterioso passado fez com que se torne impossível a ela retornar à Inglaterra, e ela está se escondendo por algo muito mais sério do que um noivado não desejado.

Capítulo Um

Egito, 1818

—Ele está aí, o homem que eu te disse— Ali disse, apontando com um dedo pequeno, sujo. —Dizem que o nome dele é Rameses. Dizem que veio da Inglaterra para comprar uma menina, e que pagará em ouro.
Rameses? O nome de um grande rei? Das sombras escuras da ruela Ayisha não teve nenhuma dificuldade em ver o estrangeiro que fazia perguntas; ele era em torno de uma cabeça mais alto do que qualquer outro homem na zona comercial.Rameses. Era um nome estranho para um inglês Ele não era como os outros que tinham vindo atrás dela no passado. Para começar, ele era limpo. E bonito. Não como um garoto bonito—Ayisha sabia tudo sobre garotos bonitos—mas com uma elegância dura e afiada, do tipo austera. Como que esculpido em mármore.
A pele estava ligeiramente bronzeada, mas ainda assim mais pálida do que a maioria das pessoas que ela conhecia. Mais como a própria cor dela debaixo das roupas. Ele usava um chapéu de cor clara para proteger o rosto do sol, mas as roupas eram estrangeiras: inglesas e bem justas, sem deixar uma brisa entrar para esfriar o corpo. O casaco azul escuro era cortado apertado e revelava um par poderoso de ombros. Sob o casaco ele usava uma camisa branca com uma gravata ao redor do pescoço amarrada bem apertado e com um laço complicado.
Muitas roupas, muito apertadas e o pano muito pesado.Ainda assim ele não parecia suado, quente e amarrotado do modo como os ingleses recém chegados ao país normalmente ficavam. Esse homem parecia frio e calmo. Duro.
Ela não pôde evitar e olhou para as calças de cor amarelo-acastanhada moldada aos músculos longos e duros, pernas masculinas dentro de botas pretas cintilantes. Elas eram muito… reveladoras.
Os homens que Ayisha via todos os dias usavam roupas soltas, fluidas, batas ou calças e camisas folgadas, soltas, longas. As roupas não mostravam a forma do corpo. Não assim, quase descaradamente: cada ângulo duro e masculino revelado. Ela tragou.
Se eles o fizessem, ela nunca teria conseguido passar como um menino chamado Azhar por todos estes anos. Ela assistiu os músculos flexionarem enquanto o inglês andava a passos largos pelo pó e caos da zona comercial com o poder flexível de um leão. Ela se sentiu de repente mais quente, embora estivesse de pé na sombra fresca. Rameses. O nome combinava com o homem.


Série Cavaleiros Infernais
1 - A Princesa Roubada
2 - A Lady Cativa
3 - Para Pegar Uma Noiva
4 - Casamento Acidental
5 - Noiva por Engano
Série Concluída

9 de janeiro de 2012

A Lady Cativa

Série Cavaleiros Infernais
Sob o exterior resistente, Harry Morant oculta um coração muito cicatrizado. Sendo o filho bastardo de um conde, as damas de nascimento nobre têm apenas um uso para ele – nas suas camas. Agora, depois de oito anos em guerra, Harry está criando cavalos de corrida e planejando um matrimônio prático e sem emoções. Mas, quando ele compra uma nova propriedade, seus planos cuidadosos são ameaçados por uma paixão inesperada - e entre todas as mulheres - pela filha de um conde.

Capítulo Um

Hampshire, Inglaterra
Novembro de 1817.

Ela parecia uma Madona afogada. Harry Morant não pôde fazer nada além de olhar fixamente. O rosto dela estava voltado para o céu, encharcado, a pele aceitando o chuvisco nublado do mesmo modo como uma flor aceita a chuva. Os cabelos escuros estavam agarrados em mechas ao redor do rosto, descendo como cordas úmidas além dos ombros, misturando-se ao oleado escuro jogado ao redor de seus ombros. Sua aparência, pura e cremosa, brilhava como uma pérola na floresta molhada e escura. Era bruxuleante, pálida, quase extraordinária.
Harry diminuiu a velocidade de seu cavalo, Sabre, e montou para mais perto da carroça abrindo passagem lentamente através de New Forest. Ele manteve Sabre na extremidade da estrada, evitando a lama agitada por carroças e carruagens.
Seu companheiro, Ethan Delaney, deu a ele um olhar surpreso e diminuiu a velocidade de seu cavalo também. Harry não percebeu. Ele só tinha olhos para a mulher.
O rosto dela era fino e estreito, com as maçãs do rosto altas. O nariz era longo e reto, mas a boca era luxuriante, suave e vulnerável. Harry olhou fixamente para a boca e engoliu em seco.
Ela se sentou de volta na carroça, se apertou entre barris e caixotes embalados, espremida entre a bagagem que parecia ter sido feita de última hora. Seus pés oscilaram sobre a estrada. Seus sapatos e a bainha de sua saia estavam cobertos de lama. Ao lado dela estava uma pequena bolsa de carpete.
Um movimento chamou a atenção dele. Meio escondido pela lona, apertado contra a saia dela, havia um Spaniel coberto de lama. Observa Harry cautelosamente mas não fazia nenhum som.
A mulher mostrou pouca consciência da estrada que estava embaixo dela assim como os quatro grandes cavalos da carroça que se moviam na lama tentando se esquivar, se esforçando contra a carga. O corpo dela se ajustava sem pestanejar ao balanço da carroça. Ela não parecia ouvir a série constante de obscenidades que fluía da boca do condutor. Ocasionalmente ela vacilou com o som do chicote que ele usava muito livremente.
Ela não tirou os olhos do céu. Nenhuma vez.
Uma ordenhadeira, talvez, a caminho de uma feira para ser contratada, ou alguma jovem empregada viajando para começar um novo trabalho. Talvez a filha de um transportador. Não, ele decidiu, não era isso—ela não estava bem o suficiente para isto. A menos que o transportador fosse um bruto.
Ela parecia exausta. Seus olhos eram grandes, com círculos escuros e cansados contra a pele pálida. As mãos nuas e sem anéis, se embrenharam nas extremidades do oleado, segurando-o junto do corpo, mantendo grande parte da chuva longe.

Série Cavaleiros Infernais
1 - A Princesa Roubada
2 - A Lady Cativa
3 - Para Pegar Uma Noiva
4 - Casamento Acidental
5 - Noiva por Engano
Série Concluída

8 de janeiro de 2012

A Princesa Roubada

Série Cavaleiros Infernais
O estranho filho mais novo de um conde, Gabriel Renfrew, ganhou glória e honra no campo de batalha, mas agora, sem um propósito, encontra-se deliberadamente cortejando o perigo a todo momento.
Então, uma noite, ele corre com seu cavalo ao longo de um penhasco perigoso ao luar - e se depara com uma bela mulher que obviamente precisa de ajuda.
Uma princesa em fuga, Callie se disfarçou e a seu filho, o príncipe herdeiro, como plebeus, na esperança de protegê-lo daqueles com intenção de roubar o trono. Ela não tem escolha a não ser confiar no ex-oficial que veio em seu socorro, mesmo quando ele insiste que apenas um casamento de conveniência lhe proporcionará a melhor proteção. Mas enquanto seu novo marido pode manter Callie e seu filho a salvo de assassinos, o que ele fará ao coração dela?

Capítulo Um

Dorset, Inglaterra, 1816.

“Melhor não ir para casa pela trilha do precipício, Capitão Renfrew. Está para cair uma tempestade, e sem a lua, o caminho é traiçoeiro”.
Gabriel Renfrew, o último dos Dragões da Luz da Décima Quarta Cavalaria, lançou um olhar apressado para o céu que escurecia e encolheu os ombros. “Há tempo suficiente antes da tempestade chegar. Noite, senhor”. Ele saiu da taverna pequena e aquecida e foi até os estábulos.
Uma mulher loira, animada e peituda, empregada da taverna o seguiu para fora e deslizou um braço amigavelmente através do dele. “Por que se arriscar pela trilha do precipício, Capitão, quando eu tenho uma cama no andar de cima aquecida e confortável?”.
Gabe sorriu. “Obrigado, Sally. É uma oferta generosa, mas eu preciso ir”, ele devia estar ficando velho, Gabe decidiu enquanto montava. Para escolher montar um cavalo pela escuridão gelada, até uma casa vazia, quando poderia montar uma loira cheia de curvas no calor confortável da alcova dela…
Apesar de ele desejar um caso descompromissado, uma simples transa não mais o atraía. E quando o demônio da depressão o atingia, como tinha feito novamente esta noite, nenhuma bebida ou mulher poderiam ajudá-lo.
Nada além da escuridão, da velocidade e do perigo poderiam deixar sua mente e coração desanuviados.
Hoje à noite o diabo da depressão estava importunando-o mais do que nunca. A conversa na taverna tinha chegado até o assunto dos homens que não tinham voltado para casa, para as famílias que se esforçavam para continuar sem eles; contemporâneos de Gabe, meninos com os quais ele tinha crescido, garotos que os tinham seguido, a ele e a Harry, para a guerra. “Eu cuidarei deles”, ele tinha dito tão alegremente quando eles tinham partido…
Mas ele não tinha feito isso.
Por que, entre todos, justo ele tinha retornado? Os outros rapazes tinham sido lamentados, tinha recebido o luto, sentiam a falta deles desesperadamente. Eles eram necessários às suas famílias.
Não Gabe.
Ele galopou mais rápido através das sombras passageiras. O caminho estreito, banhado pela lua desapareceu e nuvens espessas obscureceram a lua cheia. As ondas bateram nas rochas abaixo. A névoa de sal salpicou a pele de Gabriel que montava na tênue linha entre a vida e a morte, como tinha feito tão frequentemente antes, dando ao destino uma chance de mudar de ideia.
Provando a si mesmo, novamente, apesar de tudo, que ele ainda estava vivo. Ainda que não soubesse o porquê.

Série Cavaleiros Infernais
1 - A Princesa Roubada
2 - A Lady Cativa
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4 - Casamento Acidental
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Série Concluída

20 de novembro de 2011

O Resgate De Um Homem




Seqüestrada por uma velha aristocrata! 

Inglaterra, 1812 
Kate Farleigh recusara a oferta de ajuda de lady Cahill. 
Surpreendentemente, acabara seqüestrada e conduzida, em uma suntuosa carruagem, para uma cidade distante. 
As razões desse ato tornaram-se claras ao encontrar o enigmático Jack Carstairs, neto de lady Cahill. Jack fora ferido na guerra, deserdado pelo pai e abandonado pela noiva. 
Desiludido, refugiou-se naquela propriedade para distanciar-se de todos. Mas Kate não aceitou tal reclusão, e resolveu arrancá-lo daquele mundo só dele! 
Jack, porém, estava decidido a não permitir que Kate o tirasse de seu mundo particular, onde estava livre de quaisquer sofrimentos e emoções! 

Capítulo Um 

Londres, fim de outono, 1812.

— Meu bom Deus! Está me dizendo que viajou não sei quantos quilômetros para vê-lo e ele não a recebeu? — Lady Cahill fitou a neta. — Por favor, pare de chorar, Amélia, e conte-me a história! Do começo!
Amélia engoliu os soluços.
— A casa está em mau estado. Um horror! Embora os estábulos estejam bem conservados e…
— Não quero saber de cavalos! E meu neto?
— O criado disse-me que Jack não recebe ninguém.
— Como, ninguém?
— Isso mesmo, vovó. Jack mandou dizer que estava indisposto e agradecia por minha preocupação, mas lamentava não poder receber-me. A mim! Sua própria irmã!
Amélia procurou um lenço, enxugou as lágrimas e continuou:
— Insisti em ajudá-lo, mas o homem, um estranho, impediu-me de subir a escada. Entendi que Jack não estava doente, mas apenas bêbado e não queria ver ninguém! Segundo o criado, ele está assim desde que voltou de Kent.
— Kent, hein? Deus poderia ter-me concedido a graça de ele nunca ter posto os olhos naquela pequena Davenport atrevida e venenosa. Então o noivado acabou mesmo!
— Infelizmente, sim, vovó.
— Ótimo! Ele ficou livre daquela interesseira!
— Mas, vovó, ele está arrasado.
— Absurdo! Ele tem um coração forte. Tem meu sangue, não tem? Minha querida, quando chegar à minha idade, verá que tudo isso é bobagem. O corpo tem conserto e o coração também.
— Não é bem assim, não é, vovó? O empregado de Jack disse que a perna dele ainda não sarou e que dói muito, embora ele possa andar.
Lady Cahill pensou na aparência do neto favorito, antes de ir para as guerras da Espanha. Era um jovem alto, atlético. E depois…
— Nunca mais fale uma asneira dessas. Ouviu bem? Nunca! Ele continuará sendo o belo jovem que sempre foi. Pode escrever minhas palavras! Ele tem um espírito combativo.
— Não vi nada disso, vovó.
— Está querendo dizer que meu neto está fugindo do mundo só porque terminou seu noivado com a bela víbora sem coração? Ora! — Lady Cahill bufou. — Absurdo!
— Não só isso. Mas juntando o fato de ele não poder cavalgar, a grande quantidade de amigos que morreram na guerra… E ainda há o fato de papai… não ter-lhe deixado nada.
— Só Deus sabe que maluquice deu na cabeça de seu pai! Deserdou o menino, mas deixou-lhe "tudo o que fosse encontrado em meus bolsos, no dia em que eu morrer". Que loucura! Ele morreu após uma noite de carteado no White's. Se não houvesse deixado a escritura de Sevenoakes, o menino não teria nem um teto para morar!

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27 de março de 2010

Inadequado mas Irresistível

Série Irmãs Merridew 
Nos braços de um libertino!

Inglaterra, 1816
Cansada da tirania do avô, Prudence Merridew foge com suas irmãs para Londres.

Uma delas precisa se casar, e para viajar como acompanhante das irmãs, Prudence simula um noivado secreto com um duque recluso.
Mas quando o duque inesperadamente chega em Londres, ela é obrigada a contar com a ajuda dele para evitar uma situação desastrosa...
Aristocrático, bonito e charmoso, Gideon entra de bom grado no jogo de Prudence, já que a encenação lhe possibilitará roubar alguns beijos da adorável dama. 
Habituada a conviver apenas com as irmãs e com pessoas idosas, Prudence fica fascinada com aquele homem charmoso e sedutor. E então seu plano começa a ir drástica e deliciosamente por água abaixo...

Capítulo Um

Dereham Court, Norfolk, Inglaterra, 1816
― Prue! Prue! Corra! Ele está surrando Grace lá no sótão!
Ao ouvir os gritos de Hope, sua irmã de dezessete anos, Prudence Merridew largou a pena sobre o livro de registros.
O gesto apressado lançou pequeninos borrões de tinta sobre as contas da casa em que ela trabalhava, mas Prudence nem percebeu: já havia disparado porta afora.
No corredor, passou por Hope e também por Faith, irmã gêmea de Hope.
Com os olhos esbugalhados, as duas se puseram nos calcanhares da irmã mais velha.
— O que deu nele desta vez? — perguntou Prudence por sobre o ombro.
— Charity disse que ele encontrou Grace no sótão fazendo um presente para você.
— Hope arquejou. — Charity tentou contê-lo — interveio Faith. — Mas ele bateu nela também. — Eu quis ir lá socorrer Grace, mas como iria ajudar com o braço neste estado? — Hope ergueu a mão esquerda, em cujo punho ainda eram visíveis as marcas deixadas pela corda. — Além do quê, ele trancou a porta.
— Pode deixar, tenho as chaves aqui comigo. James! James!
O robusto e leal criado foi alcançar as três irmãs quando elas já se achavam no segundo piso do casarão.
— Depressa! Lorde Dereham está batendo em Grace lá em cima! — explicou Prudence, antes de se lançar ao terceiro pavimento e dali em direção ao estreito lance de escada que levava ao alojamento dos criados e ao sótão.
Num daqueles degraus estava sentada Charity. Entre soluços, ela quis explicar:
— Oh, Prue, eu tentei...
Com um gesto zeloso, Prudence afastou a mão com que a irmã cobria uma das faces. Dois vergões avermelhados maculavam a pele muito clara da jovem de dezenove anos de idade. Oh, como ele pudera...?
Charity era a meiguice em forma humana!
— Você foi muito corajosa, querida. — Virando-se para Faith, a mais tímida delas e que agora tremia da cabeça aos pés ante mais aquele assomo de fúria do avô, Prudence instruiu: — Faith, leve Charity para o meu dormitório, depois vá pedir um pouco de bálsamo ou ungüento à sra. Burton. Charity cuide dessas marcas no seu rosto e deixe tudo pronto para Grace.
Enquanto as duas mocinhas punham-se escadaria abaixo, Prudence continuou a galgar os degraus em direção ao sótão na companhia de Hope e James. Assim que chegaram ao último piso, ela se deteve.
— Entraremos sem fazer barulho, então deixem que eu me ocupe dele. Vocês cuidam de levar Grace para baixo.
O jovem lacaio fez um gesto afirmativo, porém Hope protestou:
— Mas ele está furioso, Prue! Vai acabar batendo em você também!


Série Irmãs Merridew
1 - Inadequado mas Irresistível
2 - O Homem Perfeito
3 - Um Estranho em Minha Vida
4 - Amante Cigano
Série Concluída

O Homem Perfeito

Série Irmãs Merridew
Ele queria uma noiva... e encontrou o amor!

Londres, 1818
Os salões de baile londrinos não são o ambiente adequado para um pária da sociedade como Sebastian Reyne. 


Mas suas irmãs mais novas precisam urgentemente de alguém que cuide delas, e por isso Sebastian está à procura de uma moça ajuizada e responsável com quem possa se casar. Certamente, não alguém como Hope Merridew, uma jovem linda, mas impetuosa e atrevida!
Hope nota o evidente interesse de Sebastian, e se sente atraída por seu charme sedutor. Para ela, Sebastian Reyne parece um príncipe encantado, o homem que tem tudo para realizar seu sonho de dançar a valsa perfeita! 
Mas quem poderia imaginar que uma simples dança acenderia a chama de uma paixão tão intensa, que os envolveria numa emocionante intriga de sensualidade e desejo?

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, Abril de 1818
— Mas ela não tem seios! Como você pode querer se casar com uma mulher que não tem seios?!
Sebastian Reyne deu de ombros.
— De acordo com o relatório de Black, a fama preenche todos os requisitos necessários. Além do mais, é claro que lady Elinore tem seios. É uma mulher, não é?
— Quem pode ter certeza? — Giles Bemerton meneou a cabeça, sombrio. — Envolta em mil camadas de roupas como costuma andar, quem poderia garantir?
— O que está dizendo é bobagem, Giles.
Os dois conversavam numa sala minúscula que era parte da residência de solteiro que Giles costumava ocupar quando estava em Londres. Era tarde, e o fogo da lareira quase se extinguira.
— Além do mais, Elinore é quase dez anos mais velha que você.
— Apenas seis. — Sebastian tomou um gole de seu conhaque.
— Ela foge das pessoas e do casamento e, apesar da aparência, deve até ter recebido alguns pedidos. O pai da dama deve ter deixado uma boa herança. Por que Elinore iria querer mudar de idéia agora?
— Porque não tem opção. A mãe morreu no ano passado, deixando-a sozinha no mundo, e Elinore só receberá a fortuna paterna depois de três anos de casamento.
— Entendo. Mas você não precisa do dinheiro. Sendo assim, por que se unir a uma solteirona como lady Elinore? Sabia que já dancei com ela? Na ocasião, Elinore fez questão de deixar bem claro que me achou repugnante!
Sebastian conteve o riso. Giles era bem apanhado e costumava fazer muito sucesso com as mulheres.


Série Irmãs Merridew
1 - Inadequado mas Irresistível
2 - O Homem Perfeito
3 - Um Estranho em Minha Vida
4 - Amante Cigano
Série Concluída

Um Estranho em Minha Vida

Série Irmãs Merridew
Eu juro te amar, respeitar e ser fiel... Depois te conhecer!

França, 1818
Com sua natureza livre e espírito aventureiro,
Faith Merridew abriu mão da estabilidade e da segurança pelo homem que acreditava ser o grande amor de sua vida.

Mas tudo o que ele fez foi destruir sua reputação e seus sonhos... Até seu caminho cruzar com o de Nicholas Blacklock, que se ofereceu para salvar o bom nome de Faith com um casamento de conveniência.
Veterano da batalha de Waterloo, Nick guarda um terrível segredo.
Embora seja capaz de comandar uma legião de soldados com a simples autoridade de sua voz, suas ordens são sumariamente ignoradas pela doce e meiga esposa.
E à medida que se conhecem melhor, Faith pouco a pouco consegue despertar em Nick sentimentos que ele julgava soterrados para sempre em seu coração: carinho, alegria... e amor!

Capítulo Um

Calais, França, Setembro de 1818
Vozes de vários homens ecoavam na escuridão.
Faith Merridew se levantou. Uma luz se aproximava do local onde ela se escondia.
— Onde você está, minha pombinha? — O homem parecia embriagado.
— Você tem certeza de que ela está aqui? — Um segundo homem indagou. Eles conversam em francês.
— Eu a vi entrando e sei que não saiu. Está esquentando o nosso ninho. — O sujeito que respondeu soltou uma risada rouca. Mais dois riram também. Talvez três ou mais; não dava para ter certeza.
Faith vestiu seu casaco de lã, calçou as botas e resolveu que não esperaria mais nenhum minuto.
Logo adiante, a cidade repousava. Mas ela não tinha intenção de voltar para lá.
A cidade estava cheia de homens como aqueles. Homens cruéis que queriam se aproveitar dela.
Sua única alternativa era fugir para a direção da praia.
— Lá embaixo! — Eles a avistaram e começaram a perseguição.
Não adiantava mais se preocupar com o barulho.
Faith correu o mais rápido que podia, passando por arbustos e gramados. Sua saia se enrascava em galhos e espinhos, dos quais ela ia se livrando em cego desespero, sem perceber os arranhões em suas pernas.
Atrás dela, seus perseguidores.
Faith tropeçou numa raiz e foi ao chão. Caída, ela buscava pelo ar, que parecia fugir. Finalmente, recuperou o fôlego e no mesmo instante se levantou e retomou sua fuga desesperada.
Nesse momento, o silêncio da noite foi rompido por uma melodia suave e não muito distante.Onde havia música havia pessoas. Pessoas que poderiam ajudá-la. Não havia outra opção.
A música, que já tinha sido seu refúgio, ultimamente era sua ruína.
Arriscando tudo, Faith tomou o caminho da praia. Pedaços de troncos e pedras castigavam seus pés a cada passo.
Não muito distante, seus perseguidores.
Ela correu para salvar sua vida, correu na direção da música.
Era um pequeno acampamento com uma fogueira acesa no centro.
Uma figura solitária, sentada próxima ao fogo, tocava a música suave; o som de cordas espanholas ecoava na noite. Um enorme cachorro se ergueu das sombras. Faith ficou paralisada, temendo o animal.
— Lá embaixo! — As vozes de seus perseguidores se aproximavam cada vez mais e nada seria pior daquilo que planejavam fazer com ela.
— Ajude-me! — Faith suplicava, desesperada. — Ajude-me... eu lhe imploro!
A música parou. Os olhos do imenso cachorro refletiram na noite e ele rosnou.
— Quieto, Wulf!


Série Irmãs Merridew
1 - Inadequado mas Irresistível
2 - O Homem Perfeito
3 - Um Estranho em Minha Vida
4 - Amante Cigano
Série Concluída

Amante Cigano

Série Irmãs Merridew

Inglaterra, 1826

Para salvar a amiga, ela terá de entrar na toca do lobo...
Depois de três anos tentando arrumar namorado, Gracie não conheceu nenhum cavalheiro que fizesse seu coração palpitar. Então começou a sonhar com uma vida de aventuras, como ver o sol se pôr atrás das pirâmides do Egito e dançar em meio às ruínas na Grécia. Antes, porém, ela precisa ajudar uma amiga a se safar de um noivo indesejável...
Melly foi prometida em casamento a Dominic Wolfe, que receberá por herança uma vasta propriedade no dia em que se tornar chefe de família. Quando ela pede ajuda a Gracie para escapar do casamento, esta decide atuar como uma acompanhante enfadonha e insossa, na visita da amiga ao noivo. Mas algumas surpresas aguardam as duas jovens... Para começar, Dominic é o homem mais charmoso e atraente que Grace já viu na vida, e parece estar mais interessado nela do que na noiva! E Grace começa a achar cada vez mais difícil continuar representando seu papel...

Capítulo Um

Shropshire, Inglaterra, 1826
Dominic Wolfe cavalgava para dentro da aldeia levando o coração pesado pelo desejo de vingança. A toda velocidade em seu garanhão branco, chamava a atenção das pes­soas, mas mantinha-se indiferente ao interesse geral. Saltou do animal diante da taverna e para lá se dirigiu. Uma cadela branca, de manchas pretas, o seguiu, exausta.
Três senhores idosos se sentavam no banco do lado de fora, à sombra de uma árvore. Uma criança magra e em farrapos veio atendê-lo aos gritos:
— Posso ajudar, senhor? Pegar-lhe uma cerveja, talvez? Ou água para seu cavalo? Para seu cachorro?
Ele se voltou, deixando ver sua alta estatura.
— Que estrada devo pegar para chegar ao Castelo de Wolfestone?
— O castelo, senhor? Mas o sr. Eades se foi há...
— Ei, Billy Finn, não incomode o cavalheiro com boataria da aldeia! — exclamou um homem corpulento que surgiu e afastou o garoto com um safanão. Abrindo um sorriso ao recém-chegado, ofereceu:—Uma bebida, senhor? Tenho cer­veja boa, fresca. Ou, se preferir, a comida é ótima. Minha mulher faz uma torta de carne deliciosa!
O estranho o ignorou, falando com o menino:
— Qual estrada devo tomar?
O pequeno, que dava água à cadela, olhou para o dono da estalagem e apontou para a bifurcação que se podia ver dali.
— Por ali. Do lado direito. Não há como errar. O dono do lugar olhou feio para o menino.
— Não há ninguém...
Mas o estranho o interrompeu jogando uma moeda de prata ao garoto e se afastou, tornando a montar.
— O que ele pode querer no castelo? — O estalajadeiro cocou a cabeça, vendo-o tomar a direção indicada pela criança.
O mais velho dos dois senhores do banco assentiu.
— Você nunca teve bons olhos para coisa alguma, Mort Fairclough. Não o reconheceu?
— Pois se nunca o vi antes!
— Não notou seus olhos? Castanho-claros e frios. Com olhos assim e cabelos negros como carvão, está claro que só pode ser um Wolfe de Wolfestone!
Algumas pessoas já tinham se aproximado, e um murmú­rio de susto se fez ouvir. Uma moça comentou, ainda vendo o cavalo ao longe, levantando atrás de si uma onda de poeira:
— Ah, ele é, sem dúvida, muito bonito! Adoro homens , grandes, com esse ar de seriedade, de maldade até. Adoraria saber se é assim tão mau de verdade...
— Pois estou mais interessado em que tipo de Wolfe ele é — continuou o ancião. — Tem havido senhores naquele castelo por mais de seiscentos anos, e existem apenas duas espécies deles: bons ou maus. E o destino de nossa aldeia depende disso.
Como naquele momento todos tinham se reunido em tor­no dele, o velhinho continuou, sempre assentindo, muito devagar:
— Só temos tido maus Wolfe desde que a maioria de vocês nasceu, mas quando eu era rapaz... Aquele senhor era bom! O melhor. Por isso fico imaginando como será esse aí.
— Acho que ele vai ser bom. — Billy Finn sorriu, cheio de confiança, apertando com força a moeda em sua palma.
O dono da taverna o olhou de soslaio ao opinar:
— Ser mão aberta não significa ser bom, rapazinho. O velho lorde era perdulário quando lhe interessava, mas ruim como uma cobra. — E, com desprezo, cuspiu para o lado.
Uma idosa que saiu de entre a multidão também teve sua vez de se manifestar:
— Devemos esperar a Dama de Cinza.
Série Irmãs Merridew
1 - Inadequado mas Irresistível
2 - O Homem Perfeito
3 - Um Estranho em Minha Vida
4 - Amante Cigano
Série Concluída