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22 de maio de 2011

Cativos Do Destino





Inglaterra, 1148. O reino está mergulhado na anarquia da morte de Enrique I.

Sua filha Matilde e seu sobrinho Stephen de Blois disputam o trono há uma década.
Adrian de Lancey era apenas um rapaz quando recebeu no monastério a notícia de que toda sua família tinha sido assassinada por um barão rival.
Ocorreu faz dez anos e ele, que tinha sido destinado por seus pais à vida monástica, rompeu os votos e jurou não descansar até ter vingado aos seus.
Agora é o novo conde de Shropshire: que fora um adolescente ascético e espiritual se transformou em um senhor poderoso e guerreiro implacável, anjo e demônio ao mesmo tempo.
Lady Meriel de Vere viveu separada deste mundo de batalhas e morte.
Irmã de um nobre normando aliado à causa do rei Stephen, não pode confessar quem é quando, por acidente, encontra-se com a caçada de Adrian, partidário da rainha Matilde.

Comentário Revisora Caroline Alves: Literalmente li, comi o livro, a revisão inicial estava esplêndida,raras correções foram feitas, o que me proporcionou poder literalmente comer o livro, sem ter trabalho algum.
Realmente,gostei do livro, a autora nos mostra traços psicológicos fortes dos personagens, principalmente do mocinho, que já pelo nome me cativou.
Embora seu comportamento fosse injusto no princípio, tentou fazer tudo ao seu alcance para se redimir de suas culpas.
A mocinha, que passa todo o livro julgando os atos do mocinho, que são contraditórios aos olhos dela e aos meus também, acaba por fim descobrindo um outro lado dele, sua bondade e amor absoluto por ela fazem com que ela se apaixone por ele.
Espero que gostem deste livro tanto quanto eu. Boa leitura.

Capítulo Um

Convento de Lambourn, Wiltshire, julho de 1143
Era um glorioso dia do verão. Meriel de Vere se deteve no topo da colina e tirou o capuz do cernículo antes de lançá-lo ao ar e contemplar com regozijo como a pequena ave levantava voo.
Com o mesmo deleite, desfez-se do véu e da touca e, cheia de alegria, fechou os olhos por um momento enquanto o vento sacudia seu negro e liso cabelo.
Tinha realizado com presteza a primeira parte da missão a fim de poder atrasar-se no caminho de volta, e tinha a intenção de desfrutar de cada instante de liberdade.
Não temia que a madre Rohese lhe chamasse a atenção por atrasar-se; a superiora sempre tinha sido muito tolerante com sua rebelde noviça.
Meriel suspirou ao recordar uma vez mais quão rápido passava o tempo.
Tinha ingressado no convento de Lambourn aos dez anos como estudante e, nos cinco anos transcorridos após, tinha passado mais tempo com as irmãs beneditinas que com sua própria família em Beaulaine.
Sir William de Vere tinha enviado a sua filha ao convento com a ideia de que tomasse o véu algum dia e no ano anterior Meriel tinha começado o noviciado.
Lambourn era um convento pequeno, daí a razão de ser um convento e não uma abadia; entretanto, era um lugar feliz e Meriel adorava as irmãs e seu modo de vida.
Mesmo assim, quanto mais se aproximava o dia no que teria que pronunciar os votos finais, mais difícil era imaginar o resto de sua vida confinada no claustro.
A mera ideia era asfixiante.
Esse era o motivo pelo que a madre Rohese a elegia tão frequentemente para cumprir tarefas no povoado e no feudo, como uma forma de aliviar a inquietação que a embargava.
Não obstante, sentir-se-ia tão inquieta se os votos finais não estivessem tão perto?
Ao dar-se conta de que seus pensamentos se dispersavam, Meriel os deixou a um lado, negava-se a nublar um dia perfeito com tribulações.