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26 de dezembro de 2015

O Maior Pecado

Série Pecador e Santo

Sabe o amor, os pecados que escondem os olhos dos enamorados? Nós sim, porque sabemos muito e podemos lhe assegurar que não há pecado mais grave que o que não se pode cometer. 

Entregar-se à tentação seria a ruína de todos eles!
Tendo passado anos acreditando em uma mentira sobre seu nascimento, o Dr. Samuel Hastings foi condenado a um inferno pessoal feito dos seus desejos - seus pensamentos pecaminosos da única mulher que ele nunca pode tocar condenaria a sua alma pela eternidade.
Lady Evelyn Thorne está comprometida com o muito apropriado Duque de St. Aldric quando uma verdade chocante é revelada - e agora Sam vai fazer o que for preciso para seduzir a mulher que ele achava que seria sempre negada a ele!

Capítulo Um

Sam voltara para casa!
Era incrível o efeito que poderiam causar tais simples palavras. Evelyn Thorne pôs a mão sobre o coração, sentindo apenas o ritmo frenético que evocava seu nome. 
Há quanto tempo esteve esperando por seu retorno? Quase seis anos. Sam tinha ido para Edimburgo quando ela ainda estava na escola e, desde então, não havia deixado de esperar esse dia.
Ela tinha certeza de que Sam voltaria para buscá-la. Que um dia ouviria seus passos ligeiros e apressados no chão do vestíbulo. 
Que o ouviria saudar calorosamente Jenks, o mordomo, e perguntar alegremente por seu pai. E de que a resposta chegaria ao mesmo instante do alto da escada, pois seu pai estaria tão ansioso quanto ela para ver o que o seu protegido havia feito com sua vida.
Depois de concluídas as saudações de praxe, as coisas voltariam ao normal. Sentar-se-iam juntos na sala de estar ou jardim. 
Ela o forçaria a acompanhá-la a bailes e festas, e eles seriam muito menos tediosos por ter Sam para falar com ela, para dançar com ele... e para protegê-lo das ambições maritais das outras meninas.
E no final da estação em Londres, voltaria com eles para o campo. 
Ali passeariam pela horta e pelo jardim; percorreriam o caminho que levava ao pequeno lago onde contemplariam os pássaros e outros animais; estenderiam as mantas que ele teria levado para a ocasião. E ela iria partilhar o piquenique que ela mesma teria preparado com suas próprias mãos, já que não confiava que seu cozinheiro reservasse as melhores guloseimas para alguém que não era um “verdadeiro Thorne”
Como para reforçar aquele pensamento, a senhora Abbott pigarreou, de pé no umbral às suas costas.
- Lady Evelyn não ficaria mais confortável no salão matutino? No vestíbulo faz frio. Se vierem convidados...
- Não seria mais elegante recebê-los ali? – Eve terminou por ele, com um suspiro.
- Se Sua Excelência vier...
- Mas não é ele quem esperamos, Abbott, como já deves saber bem.
A governanta soltou um ligeiro muxoxo de desaprovação.
Evelyn voltou-se para ela, deixando de lado seu entusiasmo pueril. Ainda que tivesse somente vinte anos, era a dona da casa e devia ser obedecida.
- Não quero ouvir nenhum protesto, nem de ti e nem de outro criado. O doutor Hastings é tão membro da família quanto eu. Inclusive, talvez mais. Meu pai o resgatou do orfanato três anos antes que eu nascesse. Ele fez parte desta casa desde que me lembro e é o único irmão que terei.
Claro que havia passado muito tempo desde a última vez que havia pensado em Sam como um irmão. Inconscientemente tocou os lábios. Abbot apertou ligeiramente os olhos quando percebeu o gesto.
Por um instante, Eve pensou em fazer uma retirada diplomática ao salão matinal. Ali seu comportamento seria menos obvio para os criados. Mas.. Que mensagem estaria enviando a Sam se o recebesse ali como se fosse uma visita comum?
Inclinou a cabeça, como se reconhecesse o acerto da sugestão de Abbott e disse:
- Tem razão. Aqui está frio. Se pudesse ser amável de trazer-me um chá estaria perfeito. E não passarei diante da janela: será muito mais cômodo que me sente no banco atrás da escada. – dali poderia vigiar muito bem a porta principal, permanecendo invisível para quem entrasse. Desse modo, sua aparição seria uma súbita e agradável surpresa.
Quando passou, mirou-se no espelho do vestíbulo, ajeitando o cabelo e o vestido, encaracolou os cachos e alisou as rugas do vestido. Sam a acharia bonita agora que havia crescido? 
 

Série Pecador e Santo
1-   O Maior Pecado 

2 de outubro de 2015

Seduzindo um Estranho

Série Radwell
Embora o tenente Godfrey nunca tivesse conhecido Victoria Paget, ele a desejava. As histórias do falecido capitão Paget sobre sua esposa - e seu retrato - foram suficientes para despertar sua inveja... e sua luxúria. Agora Tom voltou da península - e nunca esperou encontrar a jovem viúva em uma casa obscena!
A necessidade levara Victoria à casa de má reputação: era o único lugar em que ela podia confrontar Tom, que ela suspeitava ser responsável pela morte do marido. Mas quando ela encontra o soldado viril, sua bravura e a resposta apaixonada de seu corpo a tomam completamente de surpresa.
O que começou como uma sedução de uma noite pode levar a muito mais... mas eles ainda terão um futuro quando todos os seus segredos forem revelados?

Capítulo Um

A dona do bordel recebeu Victoria Paget na porta do mesmo, dando-lhe as boas-vindas sem dizer uma só palavra. Não pediu a Victoria que declinasse o nome nem o motivo pelo qual procurava um determinado homem. 
Não demonstrou nenhuma lealdade pelo cliente, tampouco demonstrou preocupação pelo que a desconhecida senhora que estava à porta do bordel ia fazer com o próprio tempo nem com a própria reputação.
Victoria desconfiou que o Conde de Stanton tivesse pagado muito bem à mulher para assegurar essa falta de curiosidade.
E daí se ela se via obrigada a bancar a prostituta para descobrir a verdade?
Valeria a pena qualquer sacrifício se isso significasse que podia superar a morte do marido. A traição de um subordinado havia provocado o fim dele e ela sabia disso, e já que sabia, como é que não ia fazer nada? Então ela teria falhado com ele, como viúva e como esposa. Até que se certificasse de que o pobre Charles descansava em paz, não teria paz ela mesma.
A mulher a conduziu através do salão principal e por um corredor enfeitado com cortinas vermelhas e arte obscena, e abriu a porta de um dos muitos quartos.
— Conheço o homem que você está procurando, e conheço também as preferências dele. – Virou-se para Victoria, olhando-a com olho crítico, como se estivesse inspecionando a mercadoria antes de mostrá-la. – Não haverá nenhuma dificuldade para conseguir que ele lhe procure, se você tem coragem suficiente para se encontrar com ele. – Esperou para ver se Victoria expressava abalo ou hesitação. Ao não ver nada, disse: – As meninas reconhecem que Tom Godfrey é limpo e é cavalheiresco. Você não correrá perigo se passar uma noite na companhia dele. –A mulher deu um pequeno sorriso de satisfação. – De fato. Há algumas que até ficarão com ciúmes da sua boa sorte.
Victoria duvidava disso sinceramente, mas não disse nada.
A madame lhe mostrou com um gesto o pequeno quarto diante delas. Depois se virou para uma cortina de seda junto à porta e a afastou para revelar um olho mágico de latão. A mulher não deu nenhuma explicação, mas Victoria podia adivinhar o que se esperava dela. O Tenente Godfrey iria pelo corredor até o quarto. A madame afastaria para o lado um retrato ou uma cortina para que ele pudesse dar uma olhada na mulher que ali aguardava. Ela deveria seduzi-lo com movimentos insinuantes, fingindo que não sabia que estava sendo observada.
Ela assentiu com a cabeça para a dona do bordel.
A mulher lhe respondeu assentindo também com a cabeça.
— Espere aqui que eu vou me encarregar de que ele lhe procure.
Em seguida se foi, fechando a porta atrás de si. Victoria examinou o quarto, surpresa de ver que não diferia de um quarto comum. As paredes eram forradas de seda cor creme, mas não havia quadros nem nenhum tipo de enfeite. O quarto estava vazio, exceto por um armário, um pequeno toucador com espelho e uma grande cama macia com lençóis imaculadamente brancos.
Ela se perguntou se o quarto tinha um propósito específico: a perda da virgindade. Sem dúvida, esse não era o caso dela, já que a havia perdido fazia muito tempo. E, no entanto, quando pendurou a capa sentiu um calafrio que não tinha nada a ver com a temperatura ambiente.

Série Radwell
1 - A Duquesa Rebelde
2 - Uma Proposta Imprópria
3 - Uma Relação Perigosa
4 - Seduzindo um Estranho
Série Concluída

24 de junho de 2015

A Duquesa Rebelde

Série Radwell
De plebeia a duquesa em um dia!

Lady Miranda noivou e casou com Marcus Radwell, o duque de Haughleigh em um único dia! 
Não tardou para descobrir que a vida de casada não era bem o paraíso… 
Uma mansão decadente e um marido reservado não faziam parte dos sonhos de nenhuma mulher.
Mas toda vez que olhava para seu taciturno marido sentia-se compelida e obstinada a não só conquistar o coração dele, mas também a transformar a união em um casamento feliz… e bastante sensual!

Capítulo Um

— É claro, você sabe que estou morrendo. — Sua mãe retirou os dedos magros debaixo das cobertas e bateu suavemente na mão que ele lhe oferecia.
Marcus Radwell, quarto duque de Haughleigh, manteve o rosto impassível, vasculhando a mente por uma resposta apropriada.
— Não. — O tom de voz era neutro. — Teremos, sem dúvida, esta conversa novamente no Natal, quando você se recuperar dessa doença momentânea.
— Só você usaria a teimosia como um modo de me animar no meu leito de morte.
E somente você usaria a morte como palco para um melodrama teatral. Ele não proferiu as palavras, lutando por decoro, mas observou cuidadosamente a cena arranjada. Ela escolhera tapeçarias de veludo cor de vinho para as paredes e luz difusa para acentuar sua já pálida pele. O cheiro enjoado dos lírios sobre a penteadeira deixava o ar fúnebre.
— Não, meu filho, não teremos esta conversa outra vez. As coisas que tenho para lhe revelar serão ditas hoje. Não tenho forças para contar duas vezes e, certamente, não estarei aqui no Natal para forçar outra promessa sua. — Gesticulou para o copo de água sobre o criado mudo.
Ele o encheu e lhe ofereceu, apoiando-a enquanto bebia.
Sem forças? Ainda assim, a voz dela parecia firme o suficiente.
Esta nova doença fatal não devia ser mais real do que a última. Ou a penúltima. Marcus olhou firme para o rosto da mãe, procurando por alguma indicação da verdade. O cabelo ainda tinha o mesmo tom loiro delicado sobre o travesseiro, mas seu rosto era cinzento sob a pele com aparência de porcelana que sempre lhe dera um falso ar de fragilidade.
— Se você estiver fraca demais… talvez mais tarde…
— Talvez mais tarde eu esteja fraca demais para dizer as palavras, e você não terá de ouvir. Boa tentativa, mas eu esperava mais.
— E eu esperava mais de você, mamãe. Pensei que havia deixado claro, na minha última visita a seu leito de morte — As palavras eram pesadas com uma ironia que ele não conseguia mais disfarçar — , que eu estava cansado de bancar o bobo nestes pequenos dramas que você insiste em encenar. Se quer algo de mim, poderia pelo menos ter a cortesia de estabelecer isso claramente numa carta.
— Para que você pudesse recusá-la pelo correio e livrar-se da viagem a nossa casa?
— Nossa casa? Esta é sua casa, seu lar. Não o meu.
A risada dela foi melancólica e terminou numa tosse áspera.
Velhos instintos o fizeram estender a mão, mas logo percebeu e a deixou cair para o lado. A tosse terminou abruptamente, como se a falta de compaixão fizesse com que ela repensasse a estratégia usada.
— Este é seu lar, Vossa Graça, mesmo que você escolha não morar aqui.
Desse modo, se o medo pela saúde dela não o movia, talvez a culpa por sua omissão sim. Ele deu de ombros.
A mão dela tremeu enquanto gesticulava em direção ao criado-mudo. Ele alcançou a garrafa de água para tornar a encher o copo.
— Não o copo. A caixa sobre a mesa.
Marcus passou a caixa trabalhada para ela, que a abriu e retirou um maço de cartas, afagando-as.
— Como meu tempo de vida é curto, trabalhei para reparar os erros do meu passado. Para acertar os erros que pude. Para fazer paz.
Para ficar bem com Deus antes do inevitável julgamento Dele, acrescentou Marcus para si mesmo.
— E, recentemente, recebi uma carta de uma amiga da juventude. Uma velha companheira que foi tratada muito mal.

Série Radwell
1 - A Duquesa Rebelde
2 - Uma Proposta Imprópria
3 - Uma Relação Perigosa
4 - Seduzindo um Estranho
Série Concluída

24 de março de 2013

Um Segredo Perigoso

Serie Ladies Em Desonra

Uma proposta que ela terá de recusar...

Geniosa e temperamental, lady Priscilla é a única mulher em Londres que não se dispõe a dar sorrisinhos tolos para Robert Magson. 

Como Duque de Reighland, ele precisa de uma esposa, e Priscilla é, sem dúvida, uma escolha interessante. 
Com ela, a vida de casados jamais seria um tédio. 
Embora exista uma atração irresistível entre ambos, lady Priscilla não tem a menor intenção de se casar. Ela esconde um segredo que poderia arruinar sua reputação. 
Certamente, um duque tão importante precisava encontrar uma mulher de bem. Porém, quando Robert sé encanta por uma beleza, não há nada que o impeça de conquistá-la!

Capítulo Um 

Robert Magson, duque de Reighland, lidava com cada novo salão de bailes como se fosse uma selva indiana cheia de armadilhas, não para tigres, mas para homens descuidados. 
Havia tantas mães e filhas em Londres que ele não teria ficado surpreso ao vê-las espreitando atrás dos móveis no clube de cavalheiros Whites.
E estavam todas ansiosas para chamar a sua atenção, mesmo que apenas por um momento.
Era como se elas pensassem que ele poderia escolher uma noiva com base em um único olhar dentro de um salão repleto de pessoas. 
Robert passava mais tempo do que isso comprando um cavalo. Nunca gastava dinheiro sem checar a dentição, sentir os boletos do animal e questionar sobre seu pedigree. 
Certamente, a escolha de uma esposa deveria ser feita com o mesmo cuidado.
Ele franziu o cenho e observou duas ou três damas jovens fazerem uma cortesia quando seu olhar passou por elas. 
Aquela súbita deferência era uma sensação estranha, como se seu menor olhar fosse o brilho ofuscante do sol do meio-dia num jardim cheio de flores delicadas. 
As mesmas garotas não o teriam olhado duas vezes um ano atrás. Então seu primo morreu. 
E subitamente Robert passou a ser o bom partido da Estação de Bailes.
Suas sobrancelhas se uniram enquanto ele observava a multidão se abrir para lhe dar mais espaço.
Não era que ele não pretendesse se casar com uma delas, mas muitas mulheres alimentavam esperanças na sua direção. 
Uma pessoa não podia parecer muito receptiva se não tinha sequer um momento de paz em suas noites.
Para ser justo, a multidão desta noite estava surpreendentemente alegre. 
E Robert não tinha motivo para suspeitar que seu anfitrião, o conde de Folbroke, estivesse tramando contra ele. 
O homem era muito jovem para ter filhas na idade de se casar, e, pelo que Robert sabia, não tinha irmãs.
— Eu ouvi dizer que você está pensando em oferecer casamento para a filha de Benbridge — disse Folbroke de seu lugar ao lado de Robert.
Robert surpreendeu-se que aquela notícia em particular tivesse viajado tão rapidamente. 
Embora ele estivesse cortejando diversas jovens, sem muito ânimo ou entusiasmo, a questão da filha de Benbridge havia sido introduzida em conversa apenas recentemente. 
Mas parecia que aquilo já era de conhecimento geral.
— O que pode ter lhe dado essa ideia? — perguntou ele em tom de voz entediado. — Eu ainda nem conheci a garota.
— Segundo minha esposa, lady Benbridge está falando para todo o mundo que você caiu na armadilha do casamento. — O conde sorriu. — E que a candidata favorita é sua enteada. Mas não me surpreende que você não a tenha conhecido. Nenhum de nós a vê por algum tempo. É claro, eu não notaria nem se ela estivesse aqui. — Folbroke ajustou seus óculos escuros.
Era um espanto contínuo para Robert que o conde fosse tão casual em chamar atenção para a própria cegueira. 
Ele supunha que isso impedisse as pessoas de tratá-lo como inválido, quando não havia razão para isso.

Série Ladies Em Desonra
1 - Amor Errante
2 - Um Caminho Perigoso
3 - Um Segredo Perigoso
Série Concluída

11 de fevereiro de 2013

Uma Proposta Imprópria

Série Radwell 
Ele seria sua perdição… Ou sua redenção.

O brutal pai da senhorita Esme Canville estava decidido a casá-la; mas ela não se submeteria docilmente a seus intuitos.
Em lugar disso, ofereceu-se a um famoso mulherengo, St. John Radwell, para desfrutar da liberdade de ser sua amante.
Entretanto, St. John estava tentando se reformar e se negou a seduzir uma virgem.
Mas Esme era decidida, bela e extraordinariamente tentadora.

Comentário revisora Waléria : O livro é uma gracinha, quase um florzinha. Mostra uma mulher que apesar de sofrer muito com seu pai que tentou de todas as formas mostrar que ela era inferior, mas ela não se deixou vencer, superou as dificuldades e tentou uma forma de conseguir recuperar a sua dignidade.

Encontrou um TDB cheio de problemas e de bolsos vazios, mas o amor acabou vencendo entre outras coisas que ocorreram para juntar os dois.
O livro é uma delícia, não dá vontade de para de ler. Espero que gostem como eu gostei.

Capítulo Um

—Se estiver com frio, senhorita Esme, posso pedir a um lacaio que avive o fogo.
Esme Canville resistiu ao impulso de fechar o xale um pouco mais.
—Não, Meg, estou cômoda. Não necessito de nada. Me encontro perfeitamente bem.
A criada seguiu andando pelo quarto, ordenando coisas que estavam ordenadas há várias horas antes.
—Está segura, senhorita? Faz um pouco de frio…
A resposta de Esme foi firme, mas não tanto para despertar sua curiosidade.
—Estou segura. Já pode ir. Dedicarei a manhã para ler.
Esme se perguntou por que a criada a olhava com tanto interesse, mas não tinha como saber.
Meg era nova e completamente leal ao senhor da casa; não podia considerá-la uma aliada, mas esperava que tampouco fosse sua inimiga.
Além disso, se seu pai pediu que o informassem sobre qualquer comportamento incomum, seria melhor que não levantasse suspeitas.
Sentou-se no sofá e pegou um livro.
Meg duvidou antes de falar outra vez.
—Se é o que deseja… Mas faz frio de verdade.
Esme reagiu com tanta altivez como pôde. Não podia permitir que uma criada tomasse decisões por ela.
—Eu o encontro tonificante, e muito econômico. Sei que meu pai desaprovaria que esbanjasse carvão pela manhã quando a tarde esquentará as estadias.
Meg assentiu sempre disposta a aprovar qualquer das decisões da senhorita Canville.
—Se for o desejo de seu pai… Mas se precisar de mim, só têm que chamar.
—Assim farei, certamente. Pode ir, Meg.
A donzela saiu do quarto. Esme suspirou, aliviada, e correu à lareira. Meg tomava suas responsabilidades novas com excesso de zelo.
Esme preferia que Bess seguisse em seu posto, mas seu pai considerava que as duas mulheres se levavam muito bem; assim, quando o serviço a sua senhora entrou em contradição com a obediência devida a seu senhor, a despediu. E agora, a muita mais cooperativa Meg se empenhava em avivar o fogo quando ninguém o pedia.
Esme tirou o xale, jogou-o sobre os restos apagados da lareira e se ajoelhou, dando graças aos criados pela limpeza do chão.
Sabia que o xale se mancharia de cinza, mas era de cor cinza e não se notaria.
Depois, abriu a grade, apertou bochecha contra os tijolos do fundo e ouviu vozes no escritório de seu pai, que se encontrava justo debaixo e compartilhava a lareira apagada com seu quarto.
Fechou os olhos e tentou concentrar-se.
—Agradeço que veio. Não duvido que encontraremos um acordo satisfatório para todas as partes —dizia seu pai nesse momento.
—Mas, sem manter um só encontro? Está seguro de que…?
A voz do visitante se apagou quando se afastou da lareira.
Esme chiou frustrada. Se não ficavam quietos, não poderia ouvir.
—Esse encontro seria desnecessário. Ela fará o que eu mande. Além disso, já viu seu retrato em miniatura, não é certo? Asseguro que é fidedigno.
Esme levou uma mão ao cabelo. Seu pai tinha razão ao afirmar que o retrato fazia justiça; mas o pintaram tempos atrás e agora, a seus vinte anos, já não era aquela jovenzinha de olhos inocentes de antes.
—Sim, é encantador — disse o homem, que se aproximou outra vez à lareira— E devo acrescentar que de acordo com meu gosto…

Série Radwell
1 - A Duquesa Rebelde
2 - Uma Proposta Imprópria
3 - Uma Relação Perigosa
4 - Seduzindo um Estranho
Série Concluída




27 de janeiro de 2013

Um Caminho Perigoso

Série Ladies em Desonra
Uma corrida desenfreada para alcançar sua irmã!

Considerada uma solteirona, lady Drusilla Rudney tem apenas uma função na vida: ser dama de companhia de sua irmã.
Então quando ela foge, Dru sabe que deve trazê-la de volta! Por isso, contrata a ajuda de um companheiro de viagem, um homem que parece bem inofensivo, o ex-capitão do Exército John Hendricks. 
No início, ele ficou intrigado com o sofrimento daquela dama. 
Mas, durante o percurso, descobre que Dru não é uma mulher tão tímida quanto parece. 
E suas atitudes anticonvencionais fizeram com que ele esquecesse sua conduta de cavalheiro... e partisse para a conquista!

Capítulo Um

John Hendricks deu um gole no cantil e recostou-se em seu canto da carruagem-correio, que levava correspondência para o norte, estendendo as pernas num esforço de usar o máximo possível do espaço antes que outro passageiro o invadisse. 
Depois da semana que tivera, não estava no humor de ser espremido por estranhos. Sr. Hendricks, se há mais alguma coisa que você tenha a dizer sobre suas esperanças para o meu futuro, saiba que eu decidi a questão desde o primeiro momento em que pus os olhos em Adrian Longesley. 
Nada que alguém disser irá mudar minha decisão sobre o assunto. As palavras ainda soavam em seus ouvidos três dias depois. 
E a cada repetição delas, o calor de seu embaraço se renovava. A mulher era casada, pelo amor de Deus, e estava acima de sua posição. 
Ela deixara bem clara sua falta de interesse nele. Se ele tivesse sofrido em silêncio, como fizera por três anos, poderia ter mantido seu emprego e seu orgulho. 
Em vez disso, havia sido tão óbvio em sua paixão cega que a forçara a falar a verdade em voz alta. John deu outro gole no cantil. 
Se o rubor em suas faces estivesse visível no escuro, era melhor deixar os outros pensarem que se devia à embriaguez, e não à vergonha de amor não correspondido. 
Adrian soubera o tempo todo, é claro. E teria permitido que John continuasse fazendo parte da casa se ele não tivesse feito papel de tolo. 
Todavia, uma vez que aquilo fora exposto, não havia mais nada a fazer, exceto desistir de sua posição e fugir de Londres. 
Os sentimentos de John por seu velho amigo surgiram num misto de ciúme, piedade e vergonha de seu próprio comportamento. 
Apesar de tudo o que tinha acontecido, ele gostava de Adrian o respeitava e apreciara trabalhar para ele. Mas o que isso dizia sobre seu próprio caráter, já que ele, até mesmo, considerara roubar a esposa de um homem que necessitava do apoio e do amor dela enquanto perdia o restante de sua visão? 
E como John pudera ser tolo ao pensar que Emily deixaria um conde cego por um homem que era filho bastardo? 
Ele podia ter se igualado ao lorde Folbroke em aparência e temperamento, mas não possuía posição social ou fortuna. E embora sua visão fosse melhor que a de Adrian, ele não poderia, considerá-la perfeita.
John guardou o cantil no bolso e removeu os óculos para limpá-los, vigorosamente. 
Não havia uma única mulher na face da Terra que abandonaria o marido por um homem cuja única vantagem era uma visão um pouco melhor.

Série Ladies em Desonra
1 - Amor Errante
2 - Um Caminho Perigoso
3 - Um Segredo Perigoso
Série Concluída

Amor Errante

Série Ladies em Desonra

Casamento por interesse... ou paixão? 

Emily Longesley casou-se com o amor de sua vida e tinha esperança de que ele pudesse amá-la com o tempo. 
Ao invés disso, ele abandonou subitamente a bela casa em que moravam no campo e partiu para Londres. 
Emily suportou o desprezo com dignidade, mas três anos já haviam sido suficientes para ela! 
Ao enfrentar seu marido errante, Emily percebeu que Adrian, conde de Folbroke, havia, perdido a visão. 
Ele sequer a reconhecia! No entanto, ela anseia seu toque... 
Se Emily fingisse ser uma amante, será que Adrian finalmente aprenderia a amar sua esposa? 

Capítulo Um 

Embora Emily Longesley pudesse dizer com sinceridade que não antipatizava com muitas pessoas, tinha começado a suspeitar que detestasse Rupert, o primo de seu marido. 
Havia alguma coisa na maneira como olhava para a mansão quando a visitava que a fazia pensar que queria tirar as medidas da mobília. 
Era ainda mais irritante saber que tinha direito aos sentimentos de posse. 
Se ela não tivesse filhos, o título iria para Rupert. E, com o passar dos anos, desde que o marido a abandonara, as visitas dele eram cada vez mais frequentes, mais intrusivas, e se tornava cada vez mais confiante na possibilidade de sua herança.
Ultimamente, dava um sorriso irritante quando perguntava da saúde de seu marido, como se guardasse alguma informação secreta que ela não soubesse. 
Era ainda mais perturbador suspeitar que isso pudesse ser verdade. Embora o secretário de seu marido, Hendricks, insistisse que o conde estava bem, também insistia que Adrian não tinha desejo de se comunicar com ela. Uma visita dele era improvável. 
Uma visita para ele não seria apenas indesejável, como estava fora de questão. 
Escondiam alguma coisa, ou o desgosto de seu marido por ela era tão transparente quanto parecia? Hoje, não podia agüentar mais aquilo. 
— Rupert, qual é o significado dessa expressão no seu rosto? Quase parece que duvida de minha palavra. Se suspeita que Adrian esteja doente, então pelo menos poderia fingir ser solidário.
Olhou-a com um sorriso presunçoso que parecia significar que a pegara, finalmente. 
— Não desconfio de uma doença de Folbroke tanto quanto começo a duvidar da sua existência. 
— Que pretensão. Sabe muito bem que ele existe, Rupert. Conhece-o desde que era criança. Esteve em nosso casamento. 
— Foi há quase três anos. — Olhou ao redor, como se o ambiente vazio fosse uma descoberta recente.
 — Não o vejo aqui, agora. — Porque ele reside em Londres a maior parte do ano. 
— O ano inteiro, na verdade, mas falar aquilo não ajudaria. 
— Nenhum dos amigos de Adrian o viu por lá. Quando o Parlamento está reunido, o assento dele na Câmara dos Lordes fica vago. Não vai a festas ou teatro. E quando visito seus aposentos, Adrian nunca está lá ou voltará em breve. 
— Talvez não queira vê-lo — disse Emily. Se assim fosse, ela encontraria alguma coisa em comum com seu esposo ausente. 
— Também não desejo encontrá-lo, particularmente — disse Rupert. — Mas pela segurança desta sucessão, exijo ver alguma evidência de que o homem ainda respira. 
— Que ainda respira? De todas as coisas ridículas que falou, acho que essa é a pior. É o parente vivo mais próximo de Adrian. E seu herdeiro. Se o conde de Folbroke tivesse morrido, você teria sido notificado imediatamente. 
— Se pretendesse me contar. — Olhava-a com uma expressão desconfiada, como se tivesse certeza de que, se a encarasse um pouco mais, admitiria um corpo enterrado sob o piso de tábuas. — É claro que eu lhe contaria se alguma coisa tivesse acontecido com Adrian. Que motivo teria para esconder de você? 
— Todos os motivos do mundo. Acha que não posso ver como ficou no comando desta fazenda, uma vez que ele está ausente? Os servos aceitam suas ordens. Vi o mordomo e o administrador pedindo-lhe instruções. E a vi lendo os livros contábeis como se tivesse alguma idéia do que fazer com eles. 
Depois de todo tempo que Emily passara lendo-os, sabia perfeitamente o que fazer com as contas. 
E seu marido não se opunha que cuidasse daquilo, até mesmo expressando concordância com sua gestão, nas curtas comunicações que lhe chegavam através de Hendricks. 
— Uma vez que ainda não é o conde, por que deveria lhe importar?

Serie Ladies Em Desonra
1 - Amor Errante 
2 - Um Caminho Perigoso
3 - Um Segredo Perigoso
Série Concluída

7 de outubro de 2012

Um Sopro De Ar Fresco


A senhorita Penelope Winthorpe, uma tímida herdeira, só tentava escapar do déspota de seu irmão

Nunca pretendeu casar com um lorde e menos ainda ter a bigorna de um ferreiro como altar. 
Adam Felkirk, Duque de Bellston, não tinha intenção de se casar, mas a situação de Penelope o comoveu. 
Então, o triste célebre libertino se encontrou com um objetivo novo: impressionar e seduzir sua afetada esposa. Entretanto, o duque aprenderia uma boa lição quando a senhorita Winthorpe se convertesse na sedutora duquesa… 

Comentário revisora Irany : Não sou muito boa pra resenhas...mas gostei.Podia ter mais ação um defecho mais explicadinho. 

Capítulo Um 

Penelope Winthorpe estava na biblioteca quando ouviu que batiam na porta de casa. 
Deixou cuidadosamente o livro, subiu um pouco os óculos no nariz, alisou a discreta saia, levantou e se dirigiu para o saguão. 
Não tinha motivos para se apressar porque o resultado seria o mesmo. 
Seu irmão a tinha acusado de ser impulsiva. E vê-la correr ao saguão a cada vez que se abrisse a porta confirmaria sua opinião de que o excesso de solidão e estudo estava lhe afetando os nervos. 
Entretanto, o pacote levava um atraso de dois dias e era difícil conter a ansiedade. 
Levantava-se com inquietação a cada vez que batiam na porta e sempre esperava que fosse a entrega que tinha estado esperando. 
Já se imaginava com o pacote nos braços e segurando a corda que atava o papel marrom que o envolvia. 
O cortaria com as tesouras na mesa do saguão e por fim teria o livro entre as mãos. 
Poderia cheirar a tinta e o papel, acariciá-lo e sentir as letras douradas do título sob as pontas dos dedos. Logo, chegaria o melhor. Voltaria com ele à biblioteca, folhearia as páginas e as olharia sem ler para não estragar a surpresa embora soubesse a história quase de cor. 
Por fim, pediria um chá, se sentaria em sua poltrona favorita junto à lareira e começaria a lê-lo. 
Seria o paraíso. 
Quando chegou ao saguão, seu irmão estava repassando umas cartas. 
Tinha chegado o correio, mas não havia nem traço do pacote do livreiro. 
- Hector, não trouxeram nada para mim? Já deveria ter chegado e pensei que, ao melhor, o carteiro o havia trazido. 
- Outro livro? - perguntou ele com um suspiro. 
- Sim. A última edição de A Odisseia. Seu irmão fez um gesto de desdém com a mão. 
- Chegou ontem, mas o devolvi à loja.
- O quê…?
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26 de maio de 2012

Uma Relação Perigosa

Série Radwell
Ela era uma dama convencional, ele um ladrão singular...

Constance Townley, a duquesa de Wellford, sempre tinha tido um comportamento impecável. Assim, por que de repente sentia um selvagem desejo de rebelar-se? 
Anthony de Portnay Smythe era uma figura misteriosa. 
Um cavalheiro de dia que roubava segredos para o governo de noite. Quando Constance encontrou um homem em seu dormitório no meio da noite, seu primeiro instinto foi pedir ajuda, mas algo a deteve. 
O ladrão se desculpou e se despediu elegantemente, lhe roubando um beijo... E Constance soube que essa não seria a última vez que veria aquele fascinante pilantra... 

Comentário revisora M Emilia: Gostei deste livro. Nunca tinha lido nada desta autora antes e me surpreendi. Um livro leve, com enredo. Bons diálogos, situações interessantes e saiu da situação padrão dos livros da regência: a mocinha é viúva e o mocinho um ladrão! 

Capítulo Um 

Anthony de Portnay Smythe estava sentado em sua mesa habitual no canto mais escuro do pub Blade and Scabbard. 
A lã cinza de sua jaqueta se fundia com as sombras que o rodeavam, fazendo com que fosse virtualmente invisível para o resto. 
Dissimuladamente, já que o contrário seria tremendamente grosseiro, podia observar os outros clientes: batedores de carteira, ladrões, criminosos mesquinhos e receptadores de bens roubados. Desordeiros e, pelo que lhe dizia respeito, assassinos. Claro que teve muito cuidado. 
A habitual sensação de encontrar-se cômodo em um lugar, como em sua casa, resultou anormalmente desconcertante. 
Deixou cair o trabalho de uma boa semana sobre a mesa e o empurrou para seu velho amigo, Edgar. 
«Sócio de negócios», recordou-se. 
Embora fizesse anos que se conheciam, seria um engano qualificar como «amizade» sua relação com Edgar. 
—Rubis — Tony remexeu as gemas com o dedo, fazendo com que resplandecessem sob a luz da vela que cintilava sobre a mesa— Pedras soltas. É mais fácil comercializar com elas. Nem sequer tem que arrancá-las do engaste. Já fizeram o trabalho. 
—Lixo — respondeu Edgar— Daqui posso ver que as pedras têm defeitos. Cinquenta pelo lote. Aí era onde Tony tinha que apontar que as pedras eram um grande investimento, roubadas do escritório de um marquês. 
O homem havia sido péssimo julgando personalidades, mas excelente julgando joias. 
Depois, Tony lhe faria uma contra oferta de cem, e Edgar tentaria convencê-lo do contrário. 
Mas de repente, ele cansou-se de todo esse assunto e empurrou as pedras sobre a mesa. 
—Cinquenta. Edgar o olhou com receio. 
—Cinquenta? O que você sabe que eu não sei? 
—Mais do que posso contar em uma noite, Edgar. Muito mais. Mas não sei nada sobre as pedras com o que deva preocupar-se. Agora, me dê o dinheiro. 
O jogo não consistia nisso e, portanto, Edgar se negou a admitir que tivesse ganhado. 
—Sessenta então. 
—Muito bem. Sessenta — Tony sorriu e estendeu a mão para receber o dinheiro. 
Edgar apertou os olhos e o olhou, como se tentando descobrir a verdade. 
—Você se rendeu com muita facilidade. 
Foi como uma larga e dura batalha no bando de Tony. 
Os entendimentos dessa noite não eram mais que uma batalha no final de uma guerra. Suspirou. 
—Tenho que regatear? Muito bem. Setenta e cinco e nenhum penny a menos. —Não poderia te oferecer mais de setenta. 
—Feito

Série Radwell
1 - A Duquesa Rebelde
2 - Uma Proposta Imprópria
3 - Uma Relação Perigosa
4 - Seduzindo um Estranho
Série Concluída