Trilogia Irmãs Royle
Impossível resistir…
Por que será que o duque de Blackstone está tentando arruinar os planos de Mary de se casar com o irmão dele, o atraente visconde Wetherly?
Basta ela virar uma esquina que lá está ele, a provocá-la... E quanto mais Mary tenta ignorá-lo, mais insistente ele se torna.
Mary sabe que precisa fazer um bom casamento, mas Blackstone está longe de ser o noivo ideal!
Ou não?
Blackstone está determinado a impedir que seu irmão se deixe levar pelo charme de uma pretendente astuta, mesmo que se trate de uma dama tão encantadora quanto Mary Royle.
Mas até Mary aparecer, mulher nenhuma havia resistido ao seu poder de sedução...
Será possível que ele esteja apaixonado por aquela jovem enervantemente bela e encantadora?
Capítulo Um
Berkeley Square, Londres, Maio de 1814
Sob o véu da noite, três estátuas humanas se postavam atrás de uma moita de azevinhos, as vozes reduzidas a meros murmúrios.
— Ele está bem ali. — Mary, a mais velha das irmãs Royle, apontou o dedo branco pelo vão entre os galhos. — Pode vê-lo? É o loiro diante da fonte. Não é extraordinário?
— Não consigo enxergar nada além da parte de trás de uma cabeça.
Anne não achava a aventura tão divertida quanto Mary.
Desde o momento em que haviam saído da mansão da tia, não parava de reclamar sobre o absurdo de terem invadido a festa no jardim do vizinho.
Contudo, ficar escondida junto à sebe era perfeitamente lógico, segundo a maneira de pensar de Mary.
Não haviam sido convidadas para a festa... mas o visconde, sim.
Até então, Mary só o vira cinco vezes, e de passagem.
E embora fosse excelente para julgar o caráter das pessoas, precisava de mais tempo para avaliá-lo melhor... só para certificar-se.
Observando-o às escondidas, confirmaria sua opinião inicial sobre o visconde: a de que o jovem era absolutamente perfeito.
Anne manifestou sua ansiedade para que Mary saísse da frente.
— Não precisa ser tão impaciente. Darei um passo para o lado, se você tirar a mão de mim com cuidado.
Anne ergueu um dedo de cada vez e, depois, a palma da mão.
Mary torceu-se para espiar o dano ao disfarce.
— Eu sabia! Seus dedos deixaram marcas em mim.
— Vocês duas querem, por favor, baixar o tom de voz? — Elizabeth, a mais nova das trigêmeas, pestanejou, zangada. Tinha os cílios cobertos de pó branco.
— E se formos pegas? Nossa família ficará arruinada. Sou eu apenas a levar isso em consideração?
— Está escuro, Lizzie. Ninguém pode nos ver aqui. — Anne tropeçou na barra da túnica grega, mandando uma nuvem de pó branco para o ar.
— Anne tem razão. Mas também não podemos ver nem ouvir o que se passa lá. Acho que precisaremos chegar mais perto. — Mary fez um sinal para as irmãs.
Então, viu Anne e Elizabeth trocarem olhares de soslaio. Oh, não. Não iriam desistir agora. Tinham de continuar com o plano. Afinal, haviam prometido ir até o fim!
— Nem pensem em ir embora! Era esse o combinado: vestir branco e nos cobrir de pó, depois invadir a festa, fingindo sermos estátuas do jardim. Elizabeth bufou.
— Um plano absurdo. Mas admito que, com o luar, a aparência de mármore é de fato incrível. Anne se encolheu.
— Sinto como se formigas estivessem passeando por meu corpo. Mary, não sei como nos convenceu a participar. E o motivo? Paixão por um soldado galante?
Concordo com Lizzie, isso é um absurdo sob todos os aspectos. — Existe um oceano de diferença entre um simples soldado e um herói de guerra. Já mencionei que o título de visconde foi recentemente concedido a ele pelo próprio Regente? Como uma grande recompensa por seu valor em batalha. — Um movimento atraiu a atenção de Mary.
— Oh, não! O visconde está indo embora. Vamos, temos de alcançá-lo. Elizabeth sacudiu a cabeça com veemência.
— Vou é pular o muro, voltar para casa e tomar um banho para tirar de cima de mim essa camada de pó branco. — Segurou a mão de Anne para se firmar. — Por favor! Não até que pelo menos o veja. Vamos nos casar, você sabe.
— É o que você diz. — Anne limpou as folhas secas grudadas no vestido.
— Mas não precisa casar-se com o sujeito só para assegurar nosso futuro. Temos a temporada inteira... e mais, para encontrar a prova de que precisamos. Mary bufou.
— Sou realista, e vocês deveriam fazer o mesmo. — Observou o visconde levar um cálice à boca, e um suspiro escapou-lhe dos lábios. Oh, está bem, mostre-me!
Trilogia Irmãs Royle
1 - Como Seduzir um Duque
2 - Como Conquistar um Conde
3 - Como se Casar com um Príncipe
Trilogia Concluída