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17 de julho de 2011

Coração Dividido





Ele era um nômade de sangue real, ela uma dama virgem.

Gavin Fitzjohn era escocês, e filho bastardo de um príncipe inglês.
Um rebelde sem país e com espírito sombrio. Clare Carr, a filha de um nobre da fronteira escocesa, conhecia a fundo as normas da cavalaria, e também sabia que Gavin tinha infringido todas.
Mesmo assim, sentia-se dominada pelo desejo por aquele rebelde de sangue real, seria ele quem descobrisse tudo o que tinha tentado esconder com tanto esforço?
Esses desejos tão tentadores que tinham estado adormecidos… até esse momento.

Comentário da Revisora Bea: Gostei do livro, apesar de achar muito fraco o desenrolar é bom, apesar de ficar com raiva da mocinha ser uma besta e cabeça-dura, mas tudo se encaixa e se desenvolve brem, poderia ter mais luta, etc e tal, mas valeu...

Capítulo Um

Haddington, Escócia. Fevereiro de 1356.
Ele havia retornado depois de passar dez anos fora e a guerra havia retornado com ele.
A névoa, o frio e a umidade obscureciam a pouca luz que ficava de um dia de fevereiro e rastejou ao redor das esquinas da igreja que tinham adiante.
As argolas de aço da cota de malha estavam gélidas e os cavalheiros ingleses que o acompanhavam tiritavam sobre suas montarias.
O inverno era um mau momento para ir à guerra.
Gavin Fitzjohn olhou a seu tio, o rei Eduardo, um leão orgulhoso no topo de sua perícia militar.
Fazia mais de vinte anos, esse mesmo rei tinha encabeçado os ingleses em uma incursão parecida em Escócia.
Dessa vez, o irmão do rei tinha um filho bastardo de mãe escocesa.
Nesse dia, Gavin, o filho, cavalgava junto a seu tio como tinha feito durante no ano anterior na França.
Ali tinham aniquilado indistintamente e sem vacilar soldados e camponeses até que o aroma de sangue e fumaça tinha impregnado seus sonhos.
Entretanto, tinha feito porque era um cavalheiro e estava em guerra.
Nesse momento, o rei achava é obvio, que Fitzjohn estava plenamente ao seu lado. Entretanto, já não estavam na França.
Nas duas semanas que tinham passado desde que chegaram ao Berwick, seu exército tinha devastado e queimado o pouco que os escoceses tinha deixado em pé em sua retirada.
O cavalo de Gavin sacolejou com inquietação.
O coro da igreja resplandecia pela janela como um sinal de chamada.
Era uma igreja tão bonita e estilizada como qualquer uma das que tinha visto do outro lado do Canal da Mancha.
Os aldeãos se concentraram diante de seu centro espiritual sem saber o que os aguardava.
Gavin olhou para um homem com os punhos apertados, os olhos fechados e os lábios movendo-se ao rezar.
O homem abriu os olhos e se encontrou com os de Gavin.
Tinha tanto medo que quase podia cheirar.
Sentiu uma náusea.
Estava farto de matar.

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