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18 de agosto de 2009

Coração de Guerreira

Série De Burgh


Dama, guerreira, amante!

Era essa a ladainha repetida por Simon de Burgh, toda vez que punha os olhos em Bethia Burnel.
Dotada de grande habilidade em lutas, capaz de enfrentar qualquer um de seus
cavaleiros, Bethia capturou o coração de Simon durante uma batalha!

Simon de Burgh era irritante, com seu poder e convicções machistas, mesmo quando
Bethia o mantinha com pés e mãos amarrados, em seus domínios, no coração da floresta.

Mas ela estava determinada a provar àquele arrogante que era capaz de derrotá-lo de
novo… apesar do refrão repetido por seu coração, de que ela finalmente havia
encontrado um homem à sua altura!



Capítulo Um

Simon de Burgh queria lutar. Embora houvesse negado, caso questionado, Simon
escolhera deliberadamente seguir pela estrada que cortava a floresta, como se estivesse desafiando bandidos a atacar seu grupo. Sentia-se entediado e desbaratar um bando de salteadores, se fossem tolos o bastante para tentar um assalto, seria o melhor remédio para aquele mal.
Quando aceitara a missão proposta pelo irmão, Dunstan, acreditara haver encontrado uma boa maneira de fugir da paz excessiva que reinava nas propriedades de seu pai. Porém, depois de dias intermináveis na estrada, sem ter se deparado com qualquer incidente, Simon começava a ficar inquieto.
Embora seu destino, o castelo Baddersly, não estivesse muito longe, a perspectiva de administrar as terras do irmão não era das mais atraentes.
Durante toda a sua vida, Simon sentira-se em constante competição com os seis
irmãos. Especialmente, Dunstan, o mais velho, que servira o rei Edward, no país de Gales e, assim, recebera suas próprias terras.
Embora a necessidade de provar seu valor houvesse diminuído nos últimos dois anos, à medida que Simon passara a assumir responsabilidades maiores, ele ainda esperava, impaciente, por desafios, como se em sua vida existisse a falta de algum tipo de glória.
Tal necessidade não encontraria satisfação em uma simples incursão pela floresta,
Simon pensou, enquanto seu corcel adentrava a mata.
Os homens que o seguiam ficaram em silêncio.
Durante algum tempo, os únicos sons eram produzidos pelo roçar do couro nas armaduras flexíveis, confeccionadas em malha de fio metálico, bem como dos cascos
das montarias batendo contra a terra seca da estrada.
Simon tinha certeza de que seus irmãos não teriam escolhido aquele caminho.
Na verdade, podia ouvir o sensato Geoffrey lembrá-lo de que não estava conduzindo um exército, mas sim um pequeno grupo de guardas montados.
Como podia ser tão imprudente com respeito à vida de seus homens?
Tal pensamento só fez piorar o humor de Simon, que fincou os calcanhares no cavalo.
Porém, era tarde demais para se arrepender da decisão tomada, pois um pouco adiante, à sombra escura que as árvores lançavam sobre a estrada, havia um tronco
enorme caído, atravessado.
Certo de que não se tratava de um acidente, Simon concluiu que chegara o momento da esperada luta.
Em silêncio, ergueu uma das mãos, em um gesto de advertência para aqueles que o seguiam. Então, desembainhou a espada.
— Pare e identifique-se — gritou uma voz, de trás do tronco.
Naquele momento, Simon desejou poder trocar um de seus cavaleiros por um bom
arqueiro. Estreitando os olhos, observou o dono da voz subir no tronco.
Muito esperto, de fato, o sujeito vestia túnica e braies, ambas de um marrom escuro, de maneira a ser facilmente confundido com a paisagem.
Não empunhava nenhuma arma, mas plantou os pés separados e colocou as mãos na cintura, assumindo uma postura petulante, que fez Simon ranger os dentes.
Tinha uma pequena espada na bainha e usava uma espécie de armadura encurtada.
A última, provavelmente, roubada de algum cavaleiro cativo, ou morto, Simon pensou, furioso.
— Saia do caminho, pois nego-me a responder a bandidos.
— Diga seu nome, a quem presta obediência e qual o seu propósito nesta floresta
— o assaltante replicou, mostrando-se impassível.
Parecia ser muito jovem e tolo, também.
A menos que as árvores ocultassem um grande número de homens, melhor equipados do que ele, o rapaz não teria a menor chance de vencer a disputa com um bando de guerreiros experientes.
— Sou Simon de Burgh, leal a meu pai, conde de Campion, e a meu irmão, barão
de Wessex. Meu propósito não é da sua conta. Não cometa o erro de desafiar-me. Agora,
desapareça, ou será morto.


Série De Burgh
1 - O Lobo Domado
2 - O Anel de Noivado
3 - Coração de Guerreira
4 - Uma Visita Inesperada
5 - Um Lorde para Amar
6 - Noviça De Burgh
7 - O Cavaleiro Sombrio/ Reynold De Burgh
8 - O Último De Burg
Série Concluída