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8 de janeiro de 2012

Cortesão E Cavaleiro











O amor casto e cortês começava a parecer muito menos sedutor do que a ideia de se deixar levar pela paixão... 


Uma moça tranquila e estudiosa como lady Ivy Rutherford estava feliz observando de fora as intrigas e os escândalos da corte da rainha Leonor. 


Mas então a rainha decidiu que Ivy era a mentora ideal para o renomado conquistador Roger Stancliff. 
Qual era sua incumbência? 
Transformar aquele vigarista em um perfeito cavalheiro. Deveria ser fácil para uma dama refinada como Ivy. 
Mas assim que começaram as lições, Ivy começou a se questionar sobre quem estava educando quem... 


Nota revisora Rosangela: Eu gostei muito do livro.
É leve, ela tenta ensinar o mocinho como se deve respeitar uma dama e não só pensar em sexo e quem acaba só pensando naquilo é ela. Vale a pena ler! 


Capítulo Um 


Poitiers, França Primavera de 1174 
Casou-se por dinheiro, para criar os herdeiros, Chorava entre as sombras, aflita por tantos olhares. 
Ivy Rutherford leu seu novo poema em voz alta com a esperança de que aquelas palavras recém-escritas, tocassem os corações das aborrecidas cortesãs que ocupavam o caramanchão do jardim da rainha Leonor. Respirou fundo para se acalmar antes de continuar recitando. Até que chegou um cavalheiro de comprovada honra, 
Que observou suas lágrimas e sentiu que comovia sua alma. A lança do amor logo penetrou em seu coração. 
Lady Gertrude resmungou enquanto acariciava a cabeça do seu repugnante mascote. — Aposto que isso não foi tudo o que a lança do amor penetrou. 
Um falatório feminino percorreu a corte de Leonor, que estava reunida à sombra do caramanchão passando à tarde. Ivy cravou a vista no pergaminho. 
As palavras que escrevera tremiam ligeiramente sob seu punho fechado, enquanto as cortesãs da rainha riam. 
Desejava que terminasse o esforço de ler sua nova criação, então continuou assim que o ruído acabou. E Vênus revelou a beleza de sua arte... Mais risadas. 
— Já é suficiente! Marie, condessa de Champagne, levantou-se de seu assento entre os botões das flores e sossegou a audiência, franzindo o cenho. 
Alta e elegante, Marie também escrevia poesia e talvez compreendesse a dificuldade dos trabalhos artísticos melhor que suas companheiras. 
— Ivy teve a amabilidade de nos entreter esta tarde. O mínimo que podemos fazer é cumprimentá-la com a cortesia do silêncio. 
Embora agradecesse os esforços da condessa, Ivy sentira durante sua breve estadia na corte, que as damas da rainha se lançariam como abutres sobre qualquer criatura o suficientemente fraca que precisasse que a defendessem. 
Seu silencioso desdém ecoou nos ouvidos de Ivy tão claramente, como o gorjeio do solitário rouxinol que revoava no beiral do caramanchão: 
«Como se atreve ela, a filha de um comerciante, se dar esses ares de nobreza?» 
Da primeira fila, a corpulenta e esnobe lady Gertrude apelou à rainha. 
— Desde quando, nós, membros da ilustre corte de sua majestade, temos que fingir que nos entretém uma arte inferior? Ivy sentiu a crueldade — e a verdade — daquele golpe e lamentou a sua vulnerabilidade ante aquela crítica. 
Seus poemas significavam um mundo para ela. 
A vida na corte da rainha Leonor proporcionava-lhe uma oportunidade de satisfazer o que era mais importante na sua vida: sua arte. 
A rainha arqueou uma sobrancelha em um gesto de censura em direção a Gertrude. 
— Não tente me agradar. Não há desculpa para comportar-se de modo vulgar em minha corte. Ivy inclinou a cabeça para esconder um sorriso. 
Não porque a importasse muito que colocasse Gertrude em seu lugar, mas sim, porque adorava ver a rainha em ação. 
Poucos podiam enfrentar Leonor de Aquitania. 
Aquela mulher era tudo o que Ivy desejava ser: independente, segura de si mesma e inteligente. Além disso, aos cinquenta e dois anos, depois de ter passado a metade desse tempo como rainha de um território ou de outro, Leonor nunca derramou uma só lágrima em público, nem sequer quando fofocavam que seu marido estava tendo uma aventura diante de seu próprio nariz. 
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