Mostrando postagens com marcador Joanne Rock. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Joanne Rock. Mostrar todas as postagens

29 de junho de 2014

Retorno do Guerreiro







Necessitando de um protetor e acompanhante, a princesa irlandesa Sorcha não tem escolha a não ser aceitar a presença de Hugh, um mercenário sem memória. 

Vítima de uma ilusão e condenada ao exílio, ela não confia nos homens. 
Apesar disso, existe algo naquele guerreiro que a faz desejar ser tocada por ele. 
Sob as ordens do rei, Hugh deve aniquilar os inimigos de Sorcha sem piedade. Embora ele não tenha intenção de se casar, a cada dia que passa é consumido por um desejo pela princesa ruiva.

Capítulo Um

Norte de Londres, 1169.
Andar se provava tarefa difícil para uma pessoa cujos olhos estavam fechados.
Sentindo-se tonto, o homem, de sua posição no duro colchão de palha, moveu os músculos do rosto. Tentou, sem sucesso, forçar as pálpebras a se abrir, de modo que ele pudesse ver o mundo ao seu redor. Os aromas que o assaltavam eram familiares e estranhos ao mesmo tempo. Estrume de ovelha. Feno. Restos queimados de alguma refeição pobremente cozida. 
Ao contrário dos cheiros, os sons não proporcionavam nenhuma pista. Ele ouvia crianças rindo e berrando. A voz de uma mulher gritando. Animais grunhindo e resfolegando.
O efeito era desagradável, e não era um a que ele estava acostumado. Ou estaria?
A preocupação o fez enrugar a testa, e ele se esforçou para visualizar uma manhã normal. Um dia normal? Não tinha certeza do horário, muito menos do lugar.
— O estranho parte esta manhã, Meg. — A voz profunda de um homem veio de algum lugar próximo. — A doença dele é um fardo para esta família, pois rouba comida de nossas crianças.
— Você não tem caridade cristã, marido? — A doce voz feminina parecia música no cômodo frio.
Ele era o tópico da discussão? Era óbvio que sua saúde não estava boa, uma vez que não conseguia sequer abrir os olhos. O corpo doía com a fraqueza, os membros estavam muito pesados para que conseguisse levantá-los.
— Você não é esposa de um lorde, Meg. Se quiser que esse farrapo humano desmaiado coma e beba, leve-o para uma família que tenha condições de sustentá-lo. Entendeu? Ele vai embora hoje, ou eu o levo para a praça do vilarejo para ficar com os outros dementes incapazes de se alimentar.
Algo o espicaçou. Seu orgulho percebeu. Não era um demente. Apenas um homem em sofrimento.
— Mas, John, e se ele for alguém importante? O jovem Harold diz que o estranho trouxe um cavalo, e não tem a aparência de um ajudante de estábulo. — A mulher continuava tentando convencer o marido.
No entanto, a conversa deles parou quando outra voz soou mais perto do ouvido do homem:
— Você precisará ir embora, se não quiser tornar-se comida para os porcos do vilarejo, na próxima semana — sussurrou um menino, perto de sua cama.
Com muito esforço, o homem abriu um olho, e depois o outro.
Viu-se num pequeno barracão de madeira com chão de terra. Animais andavam tão livremente pelo lugar quanto os quatro seres humanos na residência. Bem, quatro sem contar com ele. Não tinha certeza se se sentia muito humano, e o consenso parecia colocá-lo num nível de importância bem abaixo, tanto das pessoas quanto dos animais.
Um garoto o olhou, o rosto coberto de poeira, o cabelo sujo emplastrado no rosto. Todavia, os olhos estavam iluminados com interesse. Como se comida de porco fosse fascinante.
— Meu irmão diz que é isso o que se faz com os dementes se eles não trabalharem — continuou o menino.
O homem tocou a têmpora e estremeceu. O cabelo fora cortado, a testa estava suturada com pontos. Ele soube imediatamente que os pontos haviam sido trabalho da mulher de voz doce. Sem dúvida, devia sua vida àqueles estranhos.
— Qual é o seu nome? — perguntou o garoto cutucando-lhe o ombro.
O homem tornou a fechar os olhos, mal ouvindo a conversa tempestuosa do outro lado do cômodo. Por Deus, ele se levantaria e iria embora se fosse capaz.
— Você nem sabe o próprio nome? — o menino soou exasperado, a entonação imitando a do pai em cadência.
— Hugh — o homem respondeu sem pensar, mas aquele nome solitário foi tudo o que conseguiu.
Agora que o nome pairava no ar entre os dois, ele desejou acrescentar alguma coisa. Declarar sua família e seu legado com algum título.
 Hugh, filho de alguém Hugh de York. Hugh de Black Garter. Mas não foi capaz de encontrar nenhuma pista de um segundo nome no caos de seus pensamentos confusos. Sua cabeça estava limpa do passado, como se não tivesse retido nada que antecedera esse momento.
Entrando em pânico, Hugh bateu nas coxas da calça e na cintura da túnica, procurando por objetos pessoais. Não havia espada. Nem uma faca com uma insígnia de família que pudesse identificá-lo. Nenhuma bolsa de couro com pertences ou o lenço com o nome de alguma lady bordado.
E por que um homem usando calça de lã áspera e uma túnica de algodão surrada teria a recordação de alguma mulher? A ideia parecia incongruente, todavia.
Quem era ele?
— Eu não me importo que você coma meu mingau, Hugh. — O menino fungou, então esfregou a manga da camisa no rosto para limpar o nariz molhado. — Mas meu pai diz que você tem de ir embora, porque, apesar de ter chegado ao meu estábulo conduzindo um cavalo, talvez não passe de um ladrão comum.



8 de janeiro de 2012

Cortesão E Cavaleiro











O amor casto e cortês começava a parecer muito menos sedutor do que a ideia de se deixar levar pela paixão... 


Uma moça tranquila e estudiosa como lady Ivy Rutherford estava feliz observando de fora as intrigas e os escândalos da corte da rainha Leonor. 


Mas então a rainha decidiu que Ivy era a mentora ideal para o renomado conquistador Roger Stancliff. 
Qual era sua incumbência? 
Transformar aquele vigarista em um perfeito cavalheiro. Deveria ser fácil para uma dama refinada como Ivy. 
Mas assim que começaram as lições, Ivy começou a se questionar sobre quem estava educando quem... 


Nota revisora Rosangela: Eu gostei muito do livro.
É leve, ela tenta ensinar o mocinho como se deve respeitar uma dama e não só pensar em sexo e quem acaba só pensando naquilo é ela. Vale a pena ler! 


Capítulo Um 


Poitiers, França Primavera de 1174 
Casou-se por dinheiro, para criar os herdeiros, Chorava entre as sombras, aflita por tantos olhares. 
Ivy Rutherford leu seu novo poema em voz alta com a esperança de que aquelas palavras recém-escritas, tocassem os corações das aborrecidas cortesãs que ocupavam o caramanchão do jardim da rainha Leonor. Respirou fundo para se acalmar antes de continuar recitando. Até que chegou um cavalheiro de comprovada honra, 
Que observou suas lágrimas e sentiu que comovia sua alma. A lança do amor logo penetrou em seu coração. 
Lady Gertrude resmungou enquanto acariciava a cabeça do seu repugnante mascote. — Aposto que isso não foi tudo o que a lança do amor penetrou. 
Um falatório feminino percorreu a corte de Leonor, que estava reunida à sombra do caramanchão passando à tarde. Ivy cravou a vista no pergaminho. 
As palavras que escrevera tremiam ligeiramente sob seu punho fechado, enquanto as cortesãs da rainha riam. 
Desejava que terminasse o esforço de ler sua nova criação, então continuou assim que o ruído acabou. E Vênus revelou a beleza de sua arte... Mais risadas. 
— Já é suficiente! Marie, condessa de Champagne, levantou-se de seu assento entre os botões das flores e sossegou a audiência, franzindo o cenho. 
Alta e elegante, Marie também escrevia poesia e talvez compreendesse a dificuldade dos trabalhos artísticos melhor que suas companheiras. 
— Ivy teve a amabilidade de nos entreter esta tarde. O mínimo que podemos fazer é cumprimentá-la com a cortesia do silêncio. 
Embora agradecesse os esforços da condessa, Ivy sentira durante sua breve estadia na corte, que as damas da rainha se lançariam como abutres sobre qualquer criatura o suficientemente fraca que precisasse que a defendessem. 
Seu silencioso desdém ecoou nos ouvidos de Ivy tão claramente, como o gorjeio do solitário rouxinol que revoava no beiral do caramanchão: 
«Como se atreve ela, a filha de um comerciante, se dar esses ares de nobreza?» 
Da primeira fila, a corpulenta e esnobe lady Gertrude apelou à rainha. 
— Desde quando, nós, membros da ilustre corte de sua majestade, temos que fingir que nos entretém uma arte inferior? Ivy sentiu a crueldade — e a verdade — daquele golpe e lamentou a sua vulnerabilidade ante aquela crítica. 
Seus poemas significavam um mundo para ela. 
A vida na corte da rainha Leonor proporcionava-lhe uma oportunidade de satisfazer o que era mais importante na sua vida: sua arte. 
A rainha arqueou uma sobrancelha em um gesto de censura em direção a Gertrude. 
— Não tente me agradar. Não há desculpa para comportar-se de modo vulgar em minha corte. Ivy inclinou a cabeça para esconder um sorriso. 
Não porque a importasse muito que colocasse Gertrude em seu lugar, mas sim, porque adorava ver a rainha em ação. 
Poucos podiam enfrentar Leonor de Aquitania. 
Aquela mulher era tudo o que Ivy desejava ser: independente, segura de si mesma e inteligente. Além disso, aos cinquenta e dois anos, depois de ter passado a metade desse tempo como rainha de um território ou de outro, Leonor nunca derramou uma só lágrima em público, nem sequer quando fofocavam que seu marido estava tendo uma aventura diante de seu próprio nariz. 
  DOWNLOAD









2 de outubro de 2011

Quase Uma Cigana




Sir. Tristan Carlisle, nascido ilegítimo, lutou para abrir caminho até chegar a ser um cavaleiro.

E agora, a ponto de ganhar riquezas e poder não permitirá que nada o impeça de conseguir seu objetivo final.

Até que, nas profundezas do bosque Bohemian, encontra-se com uma mulher de inesquecíveis olhos verdes.

Jamais esperou vê-la de novo...
Mas, a cigana chega à corte como dama de honra.


Convencido de que é uma ambiciosa impostora, Tristan se dedica a seduzi-la para descobrir a verdade de Arabella... Caso ela resista ao poder de seus encantos...

Comentário Leitura Final Cleria: O desenrolar da trama é mais lento, mas as cenas de amor são lindas e as de aventura compensam o tempo a mais que dedicamos para concluir a leitura.

Capítulo Um

— Nos Deteremos aqui. — Gritou Tristan Carlisle puxando as rédeas de seu corcel negro.
Desceu do cavalo para que sua companhia pudesse descansar durante a noite.
Odiava aquela viagem, embora tivesse vontade de desfrutar daquela última parada antes de chegar a Praga e às mulheres amalucadas que ali o esperavam.
A maior comitiva que jamais se organizou para acompanhar a uma princesa para suas núpcias.
Uma honra bastante duvidosa para um guerreiro.
— Escolta. — Murmurou enojado pela palavra.
Quinze anos ao serviço dos reis da Inglaterra e aquela era a missão que tanto trabalho duro lhe tinha reportado?
A guerra entre Inglaterra e França estava em pleno auge e o encarregavam um assunto da corte.
Considerariam que sua destreza com a espada já não era tão boa?
Brigava melhor que a metade dos homens do rei Ricardo só com sua adaga, pois, a maioria dos homens do rei, não era mais do que crianças que tinham visto poucos combates.
Ricardo tinha se desculpado ante a importância de proteger sua prometida, argumentando uma recente ameaça a corte de Boêmia.
Mas, para Tristan aquela missão e a preocupação do rei lhe pareciam vazias, apesar de que Ricardo lhe tivesse prometido há muito uns terrenos, se fosse bem sucedido.
O cavalo negro relinchou enquanto saciava sua sede, enfatizando a opinião de Tristan.
—Não poderia estar mais de acordo, amigo.
Nenhum guerreiro em seu juízo perfeito deveria aceitar um trabalho na corte, entretanto, aqui estamos.
Se Ricardo não me entregar os terrenos desta vez... —Tristan enfrentaria uma vida mercenária se o rei não reconhecesse seus esforços depois daquilo.
—Tris? — seu amigo, Simón Percival, chamou-o a uns metros de distância.
A presença de Simón na viagem, um cavalheiro quase tão experiente como Tristan em seus trinta anos, era uma das coisas que faziam suportável aquela viagem interminável. — Paramos aqui para passar a noite ou prefere seguir um pouco mais? Podemos chegar a Praga amanhã se ganharmos velocidade.
— Não tenho pressa. Diga aos homens que descarreguem e eu inspecionarei a zona.
— Tristan voltou a subir no cavalo, sentindo a necessidade de espairecer sua cabeça para poder cumprir aquela missão.
Cavalgou devagar para inspecionar o assentamento enquanto se aproximava o pôr-do-sol.
A solidão do terreno refletia seu estado de ânimo.
Os bosques escuros davam espaço às colinas inclinadas, proporcionando esconderijos para cavalheiros estrangeiros em território desconhecido.
Enquanto as vozes de seus homens se diluíam na distância com os últimos raios de sol, ouviu um claro pranto que provinha de dentro do bosque.
Deteve-se, estando quase seguro de que o som era de um animal.
Embora parecesse estar na metade de um território remoto, talvez houvesse um caminho perto e algum viajante topou com ladrões.

DOWNLOAD


4 de setembro de 2011

Segredos De Alcova


Nenhum homem seria seu dono.

Elysia Rougemont jurou a si mesma que não pertenceria a nenhum homem, embora soubesse que uma promessa como essa não era para uma mulher nobre como ela.

E apesar do destino ter lhe proporcionado umas bodas não desejadas, o tempo a faria descobrir que estava unida a Conon St. Simeon por seu valor, seu cavalheirismo… e uma paixão secreta que tudo consumia.

Conon St. Simeon, cavalheiro de legendária valentia, acabaria oferecendo seu coração, sua alma e seu poderoso braço a Elysia, condessa de Vannes, uma mulher independente envolta em muitos segredos…

Capítulo Um

Bretanha, França
Primavera de 1345

«O jardim resulta mais prometedor que o noivo». Elysia Rougemont estava diante da torre de Vannes admirando a profusão de plantas dispostas em perfeitos arriates, com a esperança de distrair-se de seu iminente matrimônio.
Tomilho e romeiro cresciam ombro a ombro junto a ervas mais frívolas como a lavanda e a manjerona.
De pouco lhe serviriam a lavanda e a manjerona.
Aquele fragrante pedaço de terra era a única característica aduladora de Vannes, o monstruoso castelo que a partir daquela noite se converteria em seu lar após suas bodas com o amadurecido conde de Vannes, Jacques St. Simeón.
Voltou-se para contemplar a enorme massa de pedra que era mais que uma simples residência fortificada.
Em realidade seu novo lar só podia ser chamado fortaleza, construída para a guerra e a defesa com sua abundância de portas e frestas nas paredes.
Seu futuro esposo tinha declarado ser um homem de paz, mas sua casa não refletia suas palavras.
Deslizou um pé por cima do terreno.
Tinha uma agradável qualidade, fértil e cheio de vida, e não como o tronco seco que era seu futuro esposo.
Se fechasse os olhos, podia sentir-se como em sua casa na Inglaterra. Não importava que sua mãe e ela tivessem ficado a mercê do senhor depois da morte de seu pai, acontecida seis anos atrás. Desfrutava de seu modo de vida.
Tinha organizado um pequeno, mas próspero negócio de malhas com a ajuda de sua mãe, uma aventura que lhe reportava orgulho e prazer, um modo de distinguir-se num mundo que apreciava muito pouco as artes femininas.
E embora agora sua fortuna pudesse rivalizar com as das herdeiras mais solicitadas do continente, não podia tocar um centavo dela.
Esse era direito exclusivo de seu senhor, o conde de Arundel, e logo passaria a ser o de seu marido.
Se seu irmão não tivesse morrido no outono anterior sem ter disposto sobre seu matrimônio, bem poderia ter permanecido em sua casa controlando os progressos de seus campos de linho em lugar de estar ali contemplando os possíveis usos das ervas que se cultivavam em Vannes.
Sua lembrança se desvaneceu ao escutar a voz de um homem:
— Se alegre, milady. É muito afortunada, já que o conde está a um par de passos da tumba.
Voltou-se sobressaltada procurando quem havia dito semelhantes palavras e o fôlego lhe gelou na garganta. Não podia ser aquele homem que mais parecia um deus grego.
— Me desculpe...

DOWNLOAD

27 de julho de 2011

Votos Do Coração










Poucas semanas antes dos votos finais como freira, Melissande Deverell encontrava-se nos braços de Lucian Barret, seu amigo de infância.

Agora ele se tornou um guerreiro de muitas façanhas e um homem sensual e muito atraente que desperta no coração enclausurado de Melissande sentimentos proibidos!



Capítulo Um

Primavera de 1250

Se Lucian Barret fosse um homem honrado e temente a Deus, poderia ter hesitado ao pensar em seqüestrar uma freira.
Felizmente, sua fé em Deus morrera dois anos antes, junto com seu pai adotivo, em um sujo leito de morte.
Seqüestrar Melissande Deverell não lhe causava nenhum dilema moral agora.
Lucian respirou fundo o ar da montanha e puxou de sua bolsa um lenço de musselina branca para amarrar em volta do rosto.
Não queria que ela o reconhecesse logo e traísse sua identidade inadvertidamente.
Após passar dias observando os rituais das habitantes do convento, Lucian concentrara-se em Melissande.
A graciosa mulher no hábito de corte severo não carregava nenhuma similaridade com a menina desordeira de que ele se lembrava da infância.
A postura dela radiava contentamento e completude, como se tivesse sido chamada de forma divina para a vida atrás dos muros silenciosos.
A Melissande Deverell de dez anos atrás gritara até ficar rouca quando seus pais anunciaram que ela entraria para um convento.
Disseram que ela soluçou metade do caminho até a França depois que partiu da Inglaterra.
A confirmação da identidade dela veio quando o jogo começou.
Lucian observava sua presa brincar com três crianças no jardim ensolarado.
Imagens de sua velha amiga travessa apareceram quando a jovem rolou de rir no chão ao ataque alegre de suas pequenas crianças.
Uma mecha de cabelo ruivo escapou de baixo da touca preta quando ela estatelou-se na grama de primavera.
Melissande.
Não havia como errar a mulher que Roarke, irmão de Lucian, mandara resgatar do convento escondido nos Alpes franceses.
A mesma mulher cuja chegada pagaria o débito que Lucian tinha há muito tempo com o irmão.
Uma donzela tão linda como nunca vira antes,
Melissande florescera e se transformara em um prêmio que merecia ser roubado.
Se Lucian fosse digno de carregar o nome da família Barret, aproveitaria a chance de possuir tal esposa para gerar seus herdeiros.
Mas essa tarefa deixaria para Roarke. Lucian continuaria pagando sua penitência pela vida que tirara com sua espada.
Apesar de as pessoas dizerem que havia sido um acidente, ele se culpava.

DOWNLOAD

23 de abril de 2009

Amante e Inimigo





Estavam acostumados a lutar. Mas não podiam lutar contra o que sentiam um pelo outro!



Vendo nada mais que aquela beleza na almena, empunhando um arco,, Malcolm McNair pensou que tinha sido enfeitiçado por uma poderosa bruxa. Mas Rosalind de Beaumont só era uma mulher e uma dama de caráter disposta a tudo para defender seu lar da invasão.
Rosalind jamais tinha visto um guerreiro como Malcolm McNair, por isso parecia difícil esconder a atração que sentia pelo forte escocês.Mas ela era inglesa, por isso o máximo que poderia esperar dele era uma trégua.. por que então sentia que o olhar de Malcolm lhe prometia muito mais que isso ? 


Capítulo Um

Agosto de 1307
As mulheres casadas nuncam enfrentavam esses problemas.
Os bárbaros se aproximavam do lado fronteiriço do castelo Beaumont Keep e a filha solteira era a única que podia fazer levantar um dedo para detê-los . Rosalind de Beaumont bateu com o punho com frustração, fazendo que todos os objetos sob a mesa pulassem.
Onde estava Gregory Evandale e sua proposta de casamento, quando ela mais precisava de um homem que guiasse o seu povo para a batalha ?
O mordomo de Rosalind entrou na estadia, tirando- a de seus pensamentos. A rápida carreira de John desmentia seus cinqüenta anos. Deteve-se bruscamente a meio metro dela.
—Os selvagens exigem falar com o senhor de Beaumont, minha senhora.
—É uma lástima que Beaumont Keep não tenha senhor —disse Rosalind enquanto massageava as palpitantes têmporas, desejando que algo lhe ocorresse.
Era um segredo escrupulosamente guardado que o governador de Beaumont Keep não era um filho, a não ser uma filha.
Depois de que o fogo tivesse devastado suas terras três anos atrás, os leais vassalos de Rosalind a tinham ajudado a perpetuar a crença de que seu irmão não tinha perecido nas chamas junto a seus pais. O engano tinha sido uma questão de segurança até que algum dia pudesse solicitar ao rei que a casasse com o escudeiro de seu pai e tudo voltasse ao normal. E agora isto.
Para agravar ainda mais seus problemas, aquela manhã se despertou com febre e dor de cabeça.
—Temos quase vinte cavaleiros preparados —lhe recordou John, inclinando-se sobre a mesa para endireitar uma urna que se derrubou pelo murro de Rosalind.
—Cavaleiros? —repetiu ela com um bufido—. A maioria desses homens aos que chama cavaleiros nunca presenciou uma batalha. E o que podem fazer vinte cavaleiros contra uma horda de pagãos? Quantos podem ser?
—Mais de uma centena, minha senhora —respondeu John, secando com sua túnica a água que se derramou das flores.
—O que podem fazer vinte cavaleiros contra mais de cem escoceses?
Voltou-se para sua audiência, que em questão de segundos tinha aumentado na metade do pessoal de sua casa. O povo de Beaumont tinha sido atacado pelos escoceses com antece-dência, e todos se aterrorizavam em enfrentar outro massacre. Que os Santos a protegessem. Não podia permitir que sua gente voltasse a sofrer.
John limpou garganta.
—Quem falará com os invasores?
Uma só resposta cruzou a mente de Rosalind. Só uma pessoa podia falar com os escoceses em lugar do lorde. Suspirou ao pensar em Gregory, tão longe quando mais precisava dele. Filho de um nobre vizinho, Gregory tinha sido como um irmão para ela durante os anos que tinha servido ao pai de Rosalind.
Nas semanas que seguiram ao incêndio, Gregory tinha jurado que se casaria com ela assim que obtivesse a bênção do rei, e então poderiam devolver a Beaumont seu antigo esplendor. Até então, uniu-se às guerras e campanhas do rei Eduardo I, e tinham concordado em fingir na corte que seu irmão ainda vivia para proteger os habitantes de Beaumont de um senhor tirânico e cruel a escolha do rei.
A ficção não tinha sido difícil de manter, já que o rei tinha estado muito ocupado com suas campanhas pela Escócia até a sua morte recente. Mesmo assim, Rosalind desejava a segurança que lhe proporcionaria ser a esposa de Gregory após três anos e meio de luto. Por que seu herói não estava ali agora para defendê-la da ameaça?

Rosalind estava cansada de liderar sozinha todas suas batalhas. Até que tivesse a palavra de Gregory, precisava proteger o castelo por ela mesma. Não tinha protegido tanto tempo a amada propriedade de seu pai para perdê-la para as hordas escocesas que arrasaram tudo o que a rodeava uns poucos verões atrás.
—Gerta, venha até o quarto de meu pai —lhe disse para à donzela que esquentava as mãos junto ao fogo—. John, nos acompanhe e espeea junto à porta.
—Mas... —começaram a protestar John e Gerta em uníssono.
—Eu falarei com os escoceses como o senhor de Beaumont —os sossegou Rosalind, elevando o queixo em um gesto desafiante.
Sua segurança lhe falhou vários minutos depois quando subiu às almenas das muralhas exte-
riores, embelezada com a velha túnica de seu pai. Assaltada pelas dúvidas, perguntou-se como poderia dissimular sua voz feminina quando gritasse o inimigo. Talvez sua garganta rouca e áspera o fosse útil naquela ocasião, ao menos. O que faria se o chefe exigisse um encontro cara a cara?