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3 de junho de 2009

Enigma de uma Paixão





Inglaterra, 1790

Uma paixão que transcendeu o tempo!

A bela e vivaz Fleurette Eddings, deleita-se com uma vida de liberdade e faz a sociedade torcer o nariz ao seu independente modo de viver.
Mas a extravagância de comprar a estátua de um guerreiro celta, se afigura como um excesso até mesmo para ela. Sobretudo quando um vigoroso e excitante desconhecido, de feições estranhamente familiares, surge misteriosamente em sua vida...
O toque suave e caloroso de uma linda dama desperta Killian Hiltsglen, o lendário "Celta Melancólico", de um encantamento que durou séculos. 
Com o fim da maldição que aprisionou seu espírito à pedra fria, o destino de Killian agora está ligado ao da mulher sensual e tentadora que o libertou...
Uma mulher que guarda um segredo obscuro e que lhe provoca um desejo ardente e primitivo...
Um desejo que poderá fazer renascer das brumas do passado uma paixão proibida que o tempo não conseguiu abalar...


Capítulo Um

— Eu? Casar novamente?
— Fleurette Eddings, lady Glendowne, tombou a cabeça de lado enquanto afagava as acetinadas pétalas de uma rosa.
A flor pela qual ela passava a ponta do dedo era amarela como a plumagem de um pássaro e se sobressaía em meio às folhas muito verdes que brotavam dos caules espinhentos. Intensas e maduras, as fragrâncias que permeavam o Jardin de Jacques faziam cócegas no nariz, despertando sentidos adormecidos.
Para Fleurette, que usava um vestido de um tom idêntico ao da rosa, o sol que lhe aquecia o pescoço e o colo fazia lembrar uma carícia sensual.
Era início de verão, e a baronesa, acompanhada por quatro de seus amigos mais próximos naquela viagem de férias a Paris, não via por que se preocupar com o decote um pouco acentuado de seu traje: a moda o justificava, assim como o fato de ela ser uma viúva que já contava com vinte e quatro anos de idade.
— Não, não pretendo me casar outra vez — declarou Fleur com convicção.
— Você só pode estar brincando! — O tom de Frederick Deacon exprimia profunda admiração. Baixinho e franzino, ele era conhecido por flertar com quem quer que usasse saias. E a bem da verdade, não raro se cochichava que tais flertes se estendiam a quem usasse calças também.
— Não — insistiu Fleurette. — Não é brincadeira. Meu marido era como a lua e as estrelas para mim, como vocês bem sabem, mas, apesar de ter sido feliz no matrimônio, não tenho intenções de voltar a me casar.
Erguendo uma sobrancelha, Deacon pegou na mão dela e curvou-se em excessiva mesura antes de dizer:
— Minha caríssima dama, se ainda não se deu conta das vantagens do laço matrimonial, então creio que é meu dever ajudá-la a... conhecer os prazeres nupciais.
Fleurette sorriu, permitindo que ele depositasse um beijo cortês sobre seus dedos antes de recolher a mão.
Não era nenhuma puritana, mas tampouco se considerava uma mulher vulgar a ponto de achar graça num comentário deselegante.
— Você é muito gentil — observou ela —, porém o que acabou de dizer não é nada respeitável.
— O decoro tem sido superestimado hoje em dia — opinou distraidamente Lucille, lady Anglehill, enquanto examinava uma estátua perto dali.
O Jardin de Jacques era famoso por suas flores magníficas, por suas esculturas antiquíssimas e pela ausência de preconceito contra a nudez artística. Não necessariamente nessa ordem.
— Pouco me importa — respondeu Fleurette, passando os dedos pela superfície ondulada da estátua a que Lucille os conduzira. — Faz tão pouco tempo que Thomas se foi e...