Trilogia Bruxas de Mayfair
Ele ansiava pela magia e doçura dos beijos daquela mulher...
Ela é a mulher mais fascinante de Londres, conhecida por seu sorriso discreto e comportamento recatado.
Porém, Maddy Fallon, não é uma simples donzela tímida. Abençoada com um talento extraordinário, ela está determinada a descobrir a verdade por trás de uma série de misteriosos raptos.
E embora isso signifique arriscar a própria vida, ela não se deixará deter por ninguém, nem mesmo pelo atraente Jasper Reeves...
Jasper se une a Maddy nas investigações, alegando que sua única preocupação é protegê-la.
Mas seus motivos não são desinteressados.
Dominado pelo desejo, e ansiando por satisfazer sua paixão, ele fará qualquer coisa para ficar perto da encantadora Maddy.
Ele está enfeitiçado e seduzido pela poderosa magia daquela mulher, e jurou guardar segredos que não devem ser revelados, e que podem ameaçar esse amor recém-descoberto...
Capítulo Um
— Lady Redcomb. Lorde Weatherby saudou Maddy com um sorriso afável, as mãos estendidas. Maddy Fallon retribuiu o sorriso e se conteve para não fazer nenhum gesto suspeito.
Afinal, era uma bruxa apenas do ponto de vista técnico.
Para todos, no geral, não passava de uma boa pessoa de voz macia, suave e bem-educada.
Mas, pensando bem, o que isso lhe trouxera de bom?
— Está linda esta noite — continuou Weatherby. Ergueu-lhe as mãos e roçou os lábios em seus dedos. Maddy sorria com modesta feminilidade, embora no íntimo estivesse ciente de sua aparência maravilhosa. Era linda desde o dia em que nascera, quando surgira já com os cabelos bem penteados e ar impecável.
Ou pelo menos assim dizia sua irmã. Naquele momento, porém, pouco se importava com isso.
Abanando-se de modo gracioso, fitou seu admirador sobre a borda rendada do leque. Era um homem atraente, alto, rico e seguro de si.
Mesmo assim ela não se sentia atraída e, ao contrário, desejava com todas as suas forças que ele fosse embora.
O que queria era poder passear o olhar pelo enorme salão de baile na vã tentativa de avistar o único homem que devia ignorar.
— Lorde Weatherby... — Brincou com o leque e endereçou-lhe o mais sedutor dos sorrisos. — O senhor me lisonjeia
— De jeito nenhum — protestou o admirador, aproximando-se mais um pouco. — Deve ser a mulher mais fascinante nesta sala. Maddy corou de maneira modesta, e lançou um breve olhar para sua esquerda, porém Jasper Reeves ainda não chegara ao baile anual de lady Sedum.
Na certa estava engendrando planos e concedendo as missões mais importantes para outras participantes da confraria Les Chausettes.
Talvez para Faye ou Shaleena. Maddy conteve um resmungo de frustração.
Atitudes do gênero não deviam ser muito apropriadas em uma festa da elite, refletiu. Weatherby prosseguiu com os elogios.
— A mais fascinante e, portanto, a mais cobiçada também.
— Que exagero, milorde — murmurou Maddy, sem graça. Arrancada dos próprios pensamentos, voltou a dar atenção a Weatherby, e ergueu o leque rendado para cobrir o queixo, deixando à mostra com cuidado apenas o lábio superior.
Quem fora o gênio que decretara que as mulheres deviam ter sempre um leque nas mãos?
Sem dúvida os leves acessórios eram indispensáveis, e ajudavam a ocultar centenas de emoções, ao mesmo tempo em que revelavam outras tantas.
Além disso, os leques constituíam uma arma eficaz, e com um gesto elegante e um pouco de força física, a dama podia atingir a traqueia de um cavalheiro inoportuno.
E também...
Trilogia Bruxas de Mayfair
1 - Under Your Spell
2 - O Encanto de Maddy
3 - Charming the Devil
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3 de setembro de 2012
23 de outubro de 2011
A Farsa Da Princesa
Teleere, 1817.
Adorável impostora.
Megan O'Shay é muitas coisas: uma atendente de bar, uma mulher linda e esperta, e uma notória ladra.
Ela obtém, no entanto, muito mais do que esperava no dia em que surrupia de um certo cavalheiro o seu relógio de bolso, e o atraente lorde sai em sua perseguição!
Mas não é na jóia roubada que Nicol está interessado... é em Megan.
Nicol Argyle, o visconde de Newburn, finalmente encontrou o que estava procurando: uma mulher tão parecida com sua suserana, a princesa Tatiana, que Sua Alteza poderá se ausentar por algum tempo numa missão secreta, enquanto a falsa princesa ocupa seu lugar.
Antes, porém, ele terá de transformar uma astuta ladra em uma perfeita monarca, ministrando-lhe aulas de etiqueta, protocolo e dança, ao mesmo tempo que tenta resistir ao brilho apaixonado nos olhos dela e à tentação de seus lábios sensuais.
Porque Megan é uma mestra em sua arte... e Nicol suspeita fortemente que ela pretende roubar seu coração...
Capítulo Um
Somershire, nas colinas do sul de Teleere,
Megan estava cansada. Seus dedos doeram quando os enfiou nas mangas do capote esfarrapado, e seu olho roxo ainda estava ardendo.
Costurar nunca a tinha entusiasmado.
Era tedioso e, ainda por cima, ela tinha de atravessar um bairro perigoso para entregar as roupas.
Porém, aceitava todo e qualquer emprego honesto que conseguisse encontrar.
Também fazia trabalhos desonestos.
Não era algo de que se orgulhasse, mas podia conviver com a falta de orgulho.
Já com o estômago vazio, não conseguiria sobreviver.
E Megan queria viver. Era isso o que fazia: sobrevivia. Era forte. Era assim que sua mãe costumava descrevê-la.
“Vai dar tudo certo”, dizia ela com voz fraca, na escuridão do casebre em ruínas. “Vai dar tudo certo, meu amor, porque você é uma menina forte... forte e esperta, como seu pai.”
Ela acariciara o rosto de Meg com os olhos afogados em lágrimas.
Até na hora da morte, Megan pudera vê-los reluzir. “Vai dar tudo certo”, ela dissera mais uma vez antes de expirar, silenciosamente, sem lamentos, do jeito como tinha vivido.
Megan engoliu em seco. Era melhor se apressar, ou chegaria atrasada na estalagem. Trabalho pesado.
O tempo todo em pé, e seus pés já estavam doendo por causa da corrida através da cidade.
O calçamento ressoava sob seus passos.
Seu hálito se transformava em arabescos de fumaça no ar frio do inverno, e seu estômago roncava alto, mas ela ignorava, fosse a agressividade do frio, fosse o tormento da fome, para se concentrar nas moedas que ganharia.
Talvez não devesse deixar de jantar.
Tinha emagrecido desde que haviam lhe quebrado as costelas, mas se não comesse, economizaria cada uma de suas novas e encantadoras moedas.
Ela as tinha embrulhado num pano e escondido no sapato, depois de ter aprendido a não conservá-las na bolsinha.
Bolsinhas podiam ser perdidas. Ou roubadas.
Algumas escoriações e o salário de um dia perdido haviam lhe ensinado isso, alguns anos antes.
Mas, naquela época, ainda não tinha superado os doze anos e tinha sarado rapidamente. O último incidente, porém, não tinha sido tão agradável; mas, pelo menos, seus atormentadores estavam bem-vestidos.
Megan olhou para os lados, nervosa, e estremeceu.
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Sedonia
1. The Princess and Her Pirate
2. A Farsa da Princesa
3. Seducing A Princess
5 de outubro de 2010
Anjo Negro
Lois Greiman
Um tesouro mais valioso que ouro...
Keelan despertou de um sono profundo numa outra era, em outro lugar, e ainda assombrado pelos demônios do passado.
Determinado a recuperar o tesouro que causou a ruína de sua família, ele chega ao magnífico cenário do interior da Escócia, e fica conhecendo uma jovem encantadora, que desperta uma paixão ardente em seu coração...
A misteriosa chegada do guerreiro escocês quase faz com que Charity abandone seus planos, mas ela já representou por tempo demais o papel de criadinha dedicada para desistir a esta altura dos acontecimentos e permitir que outra pessoa se apodere do tesouro, mesmo sendo Keelan uma tentação tão grande quanto o tesouro em si.
No entanto, quando os dois são forçados a fugir, Charity descobre que o escocês é mais irresistível do que ela imaginou a princípio, e que negar o desejo entre ambos é impossível... pois uma gloriosa promessa de amor espera por ela nos braços fortes e nos beijos sensuais de Keelan...
Escócia 1653
— Era eu quem deveria estar aqui — Keelan disse por entre os dentes. Tentou ser forte, mas sua voz soou fraca e estranha em meio aos lamentos dos habitantes escondidos na prisão de Old Bailey.
Sua mãe estendeu a mão através das barras da cela no calabouço. Os braços estavam magros, pálidos e manchados de sujeira.
Ele tomou-lhe as mãos e sentiu os ossos, finos e salientes por baixo da pele fria e ressequida.
— Você não tinha como saber dos nossos problemas, Ange.
E era verdade. Ninguém o havia informado ou enviado qualquer tipo de mensagem ou correspondência.
O único aviso que tivera foram os sonhos repetitivos que sugeriam problemas em casa. Somente os sonhos...
— Quem fez isso com a senhora? — perguntou ele, agora com a voz mais firme. Era a voz do homem que sua família tinha contribuído para que se tornasse.
— Não importa — respondeu lona.
Keelan cerrou os dentes, sentindo na língua o gosto da morte, o gosto amargo da bile se revolvendo em seu estômago.
— Eu soube... Me contaram que... — A voz dele falhou. — Eles mataram papai.
Iona apertou as mãos, segurando com mais firmeza as de Keelan, fincando as unhas quebradas na pele dele.
— Não... Não, filho, eles não o mataram — assegurou, mas havia medo em sua voz e lágrimas em seus olhos fundos. — Ele morreu por causa dos ferimentos, meu amor. Não foi culpa de ninguém...
A raiva se misturou às inúmeras emoções que borbulhavam no peito de Keelan, fazendo com que sua pele ficasse úmida e a cabeça zonza.
— Onde está o Sr. Kirksted? Por que não está aqui, defendendo a senhora? — Keelan quis saber.
— Ele esteve aqui, claro, mas como imediato de seu pai, também ficou muito doente enquanto estava no mar — informou lona. — Mesmo assim, tentou convencê-los de minha inocência.
— Inocência! — A voz de Keelan soou esganiçada como a de um adolescente. — Isso é loucura! A senhora não é uma... — Não conseguiu fazer a palavra passar por seus lábios congelados.
— Não se preocupe com isso, tudo há de ficar bem. Volte para Paris, volte para seus estudos!
— Voltar?! — Teria aquele lugar hediondo deixado sua mãe tão perturbada a ponto de perder o juízo? — Não posso deixá-la aqui, neste... nesta...
Keelan calou-se, com medo de começar a chorar.
Chorar e soluçar, como a criatura aterrorizada que sentia ser naquele momento.
— Sim, é uma loucura, exatamente como disse. — As mãos de lona se apertaram, assim como sua voz. — Por isso mesmo, tenho certeza de que vão me libertar.
— Mamãe, eles a acusaram de bruxaria... — Keelan sussurrou, como se pudesse manter aquilo em segredo, como se tudo o que ouvira tivessem sido mentiras horríveis —...quando tudo que a senhora fez foi tentar salvá-lo.
— Eu sei, meu filho, eu sei. Tudo não passou de um grande engano. Eles vão me libertar, com certeza.
Keelan desejava desesperadamente acreditar naquilo, mas o tremor na voz e o terror nos olhos da mãe abalaram sua determinação.
— Eu vou libertá-la, mamãe. — Suas palavras eram uma promessa solene, feita em voz baixa. Vou falar com o sr. Kirksted. Ele ainda tem influência com o...
— Não! — A voz de lona ficou estridente de repente.
— Não faça isso. Volte para a universidade. Volte!
— Mas Kirksted...
— Fique longe dele! — ordenou lona, desesperada.
— Ouviu o que eu disse? Longe!
Keelan balançou a cabeça, tentando enxergar a verdade por trás de todo aquele medo que via em sua mãe.
— Mamãe, por acaso ele foi responsável por...
— Não! Claro que não — afirmou ela, veemente.
— Mas se você criar problemas, eles vão pensar que estamos agindo em conluio, você e eu. — Lágrimas grossas rolaram por sobre o rosto sujo, deixando duas trilhas cintilantes.
— A senhora não é uma bruxa!
— Não, não sou... Mas isso não importa para eles.
— Por que, então, estão fazendo isso? — perguntou Keelan, enquanto a mãe apenas balançava a cabeça.
— O que esperam ganhar? Dinheiro? Acham que papai saqueou o grande tesouro do qual falava? Acham que o tesouro não estava perdido de volta ao mar como...
— Filho, isso não importa...
Keelan se ergueu. O medo ainda estava lá, embora controlado.
— De fato, não importa, pois vou detê-los, eu juro.
— Não! Por favor... — implorou lona. Parecia tão pequena, tão pálida e frágil atrás daquelas barras.
— Prometa que não irá fazer isso!
Keelan apertou a mão da mãe e fitou-a nos olhos.
— A senhora acha que sou covarde a ponto de não fazer nada?
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Um tesouro mais valioso que ouro...
Keelan despertou de um sono profundo numa outra era, em outro lugar, e ainda assombrado pelos demônios do passado.
Determinado a recuperar o tesouro que causou a ruína de sua família, ele chega ao magnífico cenário do interior da Escócia, e fica conhecendo uma jovem encantadora, que desperta uma paixão ardente em seu coração...
A misteriosa chegada do guerreiro escocês quase faz com que Charity abandone seus planos, mas ela já representou por tempo demais o papel de criadinha dedicada para desistir a esta altura dos acontecimentos e permitir que outra pessoa se apodere do tesouro, mesmo sendo Keelan uma tentação tão grande quanto o tesouro em si.
No entanto, quando os dois são forçados a fugir, Charity descobre que o escocês é mais irresistível do que ela imaginou a princípio, e que negar o desejo entre ambos é impossível... pois uma gloriosa promessa de amor espera por ela nos braços fortes e nos beijos sensuais de Keelan...
Escócia 1653
— Era eu quem deveria estar aqui — Keelan disse por entre os dentes. Tentou ser forte, mas sua voz soou fraca e estranha em meio aos lamentos dos habitantes escondidos na prisão de Old Bailey.
Sua mãe estendeu a mão através das barras da cela no calabouço. Os braços estavam magros, pálidos e manchados de sujeira.
Ele tomou-lhe as mãos e sentiu os ossos, finos e salientes por baixo da pele fria e ressequida.
— Você não tinha como saber dos nossos problemas, Ange.
E era verdade. Ninguém o havia informado ou enviado qualquer tipo de mensagem ou correspondência.
O único aviso que tivera foram os sonhos repetitivos que sugeriam problemas em casa. Somente os sonhos...
— Quem fez isso com a senhora? — perguntou ele, agora com a voz mais firme. Era a voz do homem que sua família tinha contribuído para que se tornasse.
— Não importa — respondeu lona.
Keelan cerrou os dentes, sentindo na língua o gosto da morte, o gosto amargo da bile se revolvendo em seu estômago.
— Eu soube... Me contaram que... — A voz dele falhou. — Eles mataram papai.
Iona apertou as mãos, segurando com mais firmeza as de Keelan, fincando as unhas quebradas na pele dele.
— Não... Não, filho, eles não o mataram — assegurou, mas havia medo em sua voz e lágrimas em seus olhos fundos. — Ele morreu por causa dos ferimentos, meu amor. Não foi culpa de ninguém...
A raiva se misturou às inúmeras emoções que borbulhavam no peito de Keelan, fazendo com que sua pele ficasse úmida e a cabeça zonza.
— Onde está o Sr. Kirksted? Por que não está aqui, defendendo a senhora? — Keelan quis saber.
— Ele esteve aqui, claro, mas como imediato de seu pai, também ficou muito doente enquanto estava no mar — informou lona. — Mesmo assim, tentou convencê-los de minha inocência.
— Inocência! — A voz de Keelan soou esganiçada como a de um adolescente. — Isso é loucura! A senhora não é uma... — Não conseguiu fazer a palavra passar por seus lábios congelados.
— Não se preocupe com isso, tudo há de ficar bem. Volte para Paris, volte para seus estudos!
— Voltar?! — Teria aquele lugar hediondo deixado sua mãe tão perturbada a ponto de perder o juízo? — Não posso deixá-la aqui, neste... nesta...
Keelan calou-se, com medo de começar a chorar.
Chorar e soluçar, como a criatura aterrorizada que sentia ser naquele momento.
— Sim, é uma loucura, exatamente como disse. — As mãos de lona se apertaram, assim como sua voz. — Por isso mesmo, tenho certeza de que vão me libertar.
— Mamãe, eles a acusaram de bruxaria... — Keelan sussurrou, como se pudesse manter aquilo em segredo, como se tudo o que ouvira tivessem sido mentiras horríveis —...quando tudo que a senhora fez foi tentar salvá-lo.
— Eu sei, meu filho, eu sei. Tudo não passou de um grande engano. Eles vão me libertar, com certeza.
Keelan desejava desesperadamente acreditar naquilo, mas o tremor na voz e o terror nos olhos da mãe abalaram sua determinação.
— Eu vou libertá-la, mamãe. — Suas palavras eram uma promessa solene, feita em voz baixa. Vou falar com o sr. Kirksted. Ele ainda tem influência com o...
— Não! — A voz de lona ficou estridente de repente.
— Não faça isso. Volte para a universidade. Volte!
— Mas Kirksted...
— Fique longe dele! — ordenou lona, desesperada.
— Ouviu o que eu disse? Longe!
Keelan balançou a cabeça, tentando enxergar a verdade por trás de todo aquele medo que via em sua mãe.
— Mamãe, por acaso ele foi responsável por...
— Não! Claro que não — afirmou ela, veemente.
— Mas se você criar problemas, eles vão pensar que estamos agindo em conluio, você e eu. — Lágrimas grossas rolaram por sobre o rosto sujo, deixando duas trilhas cintilantes.
— A senhora não é uma bruxa!
— Não, não sou... Mas isso não importa para eles.
— Por que, então, estão fazendo isso? — perguntou Keelan, enquanto a mãe apenas balançava a cabeça.
— O que esperam ganhar? Dinheiro? Acham que papai saqueou o grande tesouro do qual falava? Acham que o tesouro não estava perdido de volta ao mar como...
— Filho, isso não importa...
Keelan se ergueu. O medo ainda estava lá, embora controlado.
— De fato, não importa, pois vou detê-los, eu juro.
— Não! Por favor... — implorou lona. Parecia tão pequena, tão pálida e frágil atrás daquelas barras.
— Prometa que não irá fazer isso!
Keelan apertou a mão da mãe e fitou-a nos olhos.
— A senhora acha que sou covarde a ponto de não fazer nada?
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3 de junho de 2009
Enigma de uma Paixão
Inglaterra, 1790
Uma paixão que transcendeu o tempo!
A bela e vivaz Fleurette Eddings, deleita-se com uma vida de liberdade e faz a sociedade torcer o nariz ao seu independente modo de viver.
Mas a extravagância de comprar a estátua de um guerreiro celta, se afigura como um excesso até mesmo para ela. Sobretudo quando um vigoroso e excitante desconhecido, de feições estranhamente familiares, surge misteriosamente em sua vida...O toque suave e caloroso de uma linda dama desperta Killian Hiltsglen, o lendário "Celta Melancólico", de um encantamento que durou séculos.
Com o fim da maldição que aprisionou seu espírito à pedra fria, o destino de Killian agora está ligado ao da mulher sensual e tentadora que o libertou...
Uma mulher que guarda um segredo obscuro e que lhe provoca um desejo ardente e primitivo...
Um desejo que poderá fazer renascer das brumas do passado uma paixão proibida que o tempo não conseguiu abalar...
Capítulo Um
— Eu? Casar novamente?
— Fleurette Eddings, lady Glendowne, tombou a cabeça de lado enquanto afagava as acetinadas pétalas de uma rosa.
A flor pela qual ela passava a ponta do dedo era amarela como a plumagem de um pássaro e se sobressaía em meio às folhas muito verdes que brotavam dos caules espinhentos. Intensas e maduras, as fragrâncias que permeavam o Jardin de Jacques faziam cócegas no nariz, despertando sentidos adormecidos.
Para Fleurette, que usava um vestido de um tom idêntico ao da rosa, o sol que lhe aquecia o pescoço e o colo fazia lembrar uma carícia sensual.
Era início de verão, e a baronesa, acompanhada por quatro de seus amigos mais próximos naquela viagem de férias a Paris, não via por que se preocupar com o decote um pouco acentuado de seu traje: a moda o justificava, assim como o fato de ela ser uma viúva que já contava com vinte e quatro anos de idade.
— Não, não pretendo me casar outra vez — declarou Fleur com convicção.
— Você só pode estar brincando! — O tom de Frederick Deacon exprimia profunda admiração. Baixinho e franzino, ele era conhecido por flertar com quem quer que usasse saias. E a bem da verdade, não raro se cochichava que tais flertes se estendiam a quem usasse calças também.
— Não — insistiu Fleurette. — Não é brincadeira. Meu marido era como a lua e as estrelas para mim, como vocês bem sabem, mas, apesar de ter sido feliz no matrimônio, não tenho intenções de voltar a me casar.
Erguendo uma sobrancelha, Deacon pegou na mão dela e curvou-se em excessiva mesura antes de dizer:
— Minha caríssima dama, se ainda não se deu conta das vantagens do laço matrimonial, então creio que é meu dever ajudá-la a... conhecer os prazeres nupciais.
Fleurette sorriu, permitindo que ele depositasse um beijo cortês sobre seus dedos antes de recolher a mão.
Não era nenhuma puritana, mas tampouco se considerava uma mulher vulgar a ponto de achar graça num comentário deselegante.
— Você é muito gentil — observou ela —, porém o que acabou de dizer não é nada respeitável.
— O decoro tem sido superestimado hoje em dia — opinou distraidamente Lucille, lady Anglehill, enquanto examinava uma estátua perto dali.
O Jardin de Jacques era famoso por suas flores magníficas, por suas esculturas antiquíssimas e pela ausência de preconceito contra a nudez artística. Não necessariamente nessa ordem.
— Pouco me importa — respondeu Fleurette, passando os dedos pela superfície ondulada da estátua a que Lucille os conduzira. — Faz tão pouco tempo que Thomas se foi e...
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