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10 de março de 2012

Ilusão





Ela sabia iludir como ninguém... mas em seu coração se ocultava a verdade. 


Lady Isabella jamais imaginou que as coisas chegariam a tal ponto. 
Não bastasse o risco de ser presa por dívidas que não contraiu, ainda precisa se casar às pressas com Marcus, conde de Stockhaven, o homem que amou e perdeu tantos anos atrás... e que jamais a perdoou por partir. 
Agora, ele pretende se vingar exigindo que seu casamento seja consumado! 


Enquanto as más línguas de Londres observam em busca de diversão, Isabella luta para manter um educado distanciamento em seu casamento. 
Contudo, quanto mais desafia a determinação de Marcus, mais forte se torna sua paixão. 
Dessa vez, serão ambos consumidos pelo desejo... mas deixarão nascer um amor maior do que ousariam sonhar? 


Capítulo Um 


Londres, junho de 1816. 
Era um inferno de lugar para procurar um marido. 
A maioria das mulheres ajuizadas, tendo uma escolha no mercado casamenteiro, preferiria sem pestanejar a familiaridade polida do Almack's às qualificações mais duvidosas de Fleet Prison. 
A princesa Isabella Di Cassilis não podia se dar a tal luxo. A princesa Isabella estava desesperada. 
Ela explicara para o carcereiro que tinha exigências muito específicas. 
Precisava se casar com um homem que devesse tanto dinheiro que assumir seu compromisso financeiro de vinte mil libras representaria apenas uma gota no oceano das dívidas dele. Precisava de um sujeito pobre, porém que fosse forte, visto que não queria que ele morresse e deixasse para ela as próprias dívidas, assim como as dela, e precisava dele agora. 
Não importava para Isabella que ficaria arruinada se esta escapadela viesse a público. 
Já estava além da ruína. 
Os membros mais exigentes da elite da sociedade já haviam fechado as portas para ela; portanto, que mal faria um pouquinho mais de escândalo? 
Ela poderia até ser bem-sucedida na notável façanha de se ver arruinada duas vezes durante a mesma vida. 
Sem dúvida, uma conquista considerável para uma dama de apenas 29 anos de idade. Isabella Standish não nascera para ser a princesa de um país europeu, nem mesmo um tão insignificante quanto Cassilis. 
Seu pai havia sido um membro de pouca importância da elite da sociedade, que tinha aspirações de vir a ser importante, mas que jamais fora capaz de alcançar suas ambições.
 O avô havia sido o peixeiro do rei George III, nobilitado pelo monarca em um de seus rompantes de loucura, após provar um pedaço de truta arco-íris excepcionalmente saboroso. 
Sendo assim, o título da família não só era recém-criado como, também, era motivo de piada, para a grande humilhação do segundo lorde Standish, o pai de Isabella. 
Para o azar de Isabella, aos 17 anos, passeando pela Bond Street, na véspera de seu casamento, ela chamara a atenção do experiente príncipe Ernest Rudolph Christian Ludwig Di Cassilis, que se encantara com sua beleza e seus modos impecáveis. 
O príncipe Ernest, na mesma hora, fizera uma contraproposta pela mão dela em casamento. 
Fora uma proposta que o pai dela se viu pouco inclinado a recusar, visto que estava à beira da falência graças às suas extravagâncias. 
A chegada do príncipe Ernest foi muito oportuna para lorde Standish, embora não para a filha deste. 
O casamento, celebrado alguns dias mais tarde, não fora o que Isabella idealizara. 
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