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10 de maio de 2013

A Melhor Companhia

Série Escândalos da Sociedade 





O Capitão Lewis Brabant não achava nenhuma graça em abandonar a vida no mar para voltar para Hewly Manor, junto a Steepwood, em busca de uma noiva, mas seus amigos tinham sugerido que talvez encontrasse a solução para suas toscas maneiras se casasse.

Em Hewly vivia uma prima que também queria ver Lewis casado…Com ela.
Mas não era por sua bonita e ardilosa prima que Lewis sentia uma atração irresistível, e sim por sua amiga, a enigmática Caroline Whiston.


Capítulo Um 

A Senhorita Caroline Whiston deixou o livro de sonetos de Shakespeare e soltou um suspiro romântico. 
Ninguém a tinha comparado nunca com um dia do verão, e se alguém o tivesse feito é certo que teria sido com intenções desonestas. 
Conhecia muitas mulheres que cometeram o engano de acreditar no romantismo e que acabaram se arrependendo. 
Mesmo assim, seria maravilhoso conhecer um homem, a um tão somente, que não fosse um libertino nem um distinto e respeitável Cavalheiro. 
Desde que se convertera em preceptora, dez anos atrás, Caroline classificara nesses dois grupos a todos os homens que conhecera. 
O grupo de libertinos era o mais numeroso, pois continha pais, irmãos, parentes e amigos que se consideravam irresistíveis. 
A todos eles Caroline tratava com uma mescla de dureza e prepotência, e só recorria à violência física quando tinha que deter seus excessos de confiança. Nenhum deles voltava a insistir. 
Caroline não era o bastante bonita para merecer o tempo e o esforço de ninguém, e sempre se assegurava de ocultar seus traços mais chamativos.
Levava recolhida em um sério coque sua formosa cabeleira castanha, e suas maneiras inspiravam um profundo respeito em suas alunas e nos pais das mesmas. 
— A Senhorita Whiston é muito cortante — se queixou o irmão mais velho de suas últimas discípulas — Antes beijaria a uma serpente que tentar me aproximar dela! Depois estavam os Cavalheiros. 
Não eram tão perigosos como os libertinos, mas também teria que ter muito cuidado com eles. Podia ser um tutor ou um pároco que vissem Caroline como uma possível criada. 
Com eles se mantinha amável, mas firme. Não tinha a menor intenção de trocar o fatigante trabalho de uma preceptora por trabalhar sem cobrar como criada em uma paróquia, nem sequer por uma aliança de casamento. Voltou a suspirar. 
Nem sequer sua capa de inverno podia protegê-la da gélida manhã de novembro, e seu vestido de veludo escarlate, presente da mãe de uma aluna, foi idealizado para mostrar mais que para cobrir. 
Caroline sabia que era um exagero vestir um vestido de noite quando saía para passear pelo bosque ao amanhecer, mas tampouco havia alguém que pudesse vê-la, e era a única ocasião em que podia se permitir um pequeno capricho. Mas de todos os modos deveria retornar. 
Fazia frio, e se atrasasse muito, Julia seria tão mordaz como só ela podia ser. Guardou o livro no bolso, recolheu a cesta e se pôs a andar pelo atalho. 
Os raminhos cobertos de geada rangiam sob suas botas e as teias de aranhas reluziam como fios de prata sob o sol. Tudo estava em silêncio. 
Aquelas manhãs eram os únicos momentos de solidão que Caroline podia desfrutar, já que o resto do dia tinha que estar à inteira disposição de Julia, e também as noites, se à Senhora Chessford afligiam ataques de insônia. 
Caroline tinha interpretado o oferecimento de Julia para ficar em Hewly como o convite de uma amiga, mas não tinha demorado a descobrir que não era mais que uma criada. 
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Série Escândalos da Sociedade
1-Um Casamento conveniente
2- Falsas Aparências
3- Dívida de Amor
4- A Melhor Companhia

10 de março de 2012

Ilusão





Ela sabia iludir como ninguém... mas em seu coração se ocultava a verdade. 


Lady Isabella jamais imaginou que as coisas chegariam a tal ponto. 
Não bastasse o risco de ser presa por dívidas que não contraiu, ainda precisa se casar às pressas com Marcus, conde de Stockhaven, o homem que amou e perdeu tantos anos atrás... e que jamais a perdoou por partir. 
Agora, ele pretende se vingar exigindo que seu casamento seja consumado! 


Enquanto as más línguas de Londres observam em busca de diversão, Isabella luta para manter um educado distanciamento em seu casamento. 
Contudo, quanto mais desafia a determinação de Marcus, mais forte se torna sua paixão. 
Dessa vez, serão ambos consumidos pelo desejo... mas deixarão nascer um amor maior do que ousariam sonhar? 


Capítulo Um 


Londres, junho de 1816. 
Era um inferno de lugar para procurar um marido. 
A maioria das mulheres ajuizadas, tendo uma escolha no mercado casamenteiro, preferiria sem pestanejar a familiaridade polida do Almack's às qualificações mais duvidosas de Fleet Prison. 
A princesa Isabella Di Cassilis não podia se dar a tal luxo. A princesa Isabella estava desesperada. 
Ela explicara para o carcereiro que tinha exigências muito específicas. 
Precisava se casar com um homem que devesse tanto dinheiro que assumir seu compromisso financeiro de vinte mil libras representaria apenas uma gota no oceano das dívidas dele. Precisava de um sujeito pobre, porém que fosse forte, visto que não queria que ele morresse e deixasse para ela as próprias dívidas, assim como as dela, e precisava dele agora. 
Não importava para Isabella que ficaria arruinada se esta escapadela viesse a público. 
Já estava além da ruína. 
Os membros mais exigentes da elite da sociedade já haviam fechado as portas para ela; portanto, que mal faria um pouquinho mais de escândalo? 
Ela poderia até ser bem-sucedida na notável façanha de se ver arruinada duas vezes durante a mesma vida. 
Sem dúvida, uma conquista considerável para uma dama de apenas 29 anos de idade. Isabella Standish não nascera para ser a princesa de um país europeu, nem mesmo um tão insignificante quanto Cassilis. 
Seu pai havia sido um membro de pouca importância da elite da sociedade, que tinha aspirações de vir a ser importante, mas que jamais fora capaz de alcançar suas ambições.
 O avô havia sido o peixeiro do rei George III, nobilitado pelo monarca em um de seus rompantes de loucura, após provar um pedaço de truta arco-íris excepcionalmente saboroso. 
Sendo assim, o título da família não só era recém-criado como, também, era motivo de piada, para a grande humilhação do segundo lorde Standish, o pai de Isabella. 
Para o azar de Isabella, aos 17 anos, passeando pela Bond Street, na véspera de seu casamento, ela chamara a atenção do experiente príncipe Ernest Rudolph Christian Ludwig Di Cassilis, que se encantara com sua beleza e seus modos impecáveis. 
O príncipe Ernest, na mesma hora, fizera uma contraproposta pela mão dela em casamento. 
Fora uma proposta que o pai dela se viu pouco inclinado a recusar, visto que estava à beira da falência graças às suas extravagâncias. 
A chegada do príncipe Ernest foi muito oportuna para lorde Standish, embora não para a filha deste. 
O casamento, celebrado alguns dias mais tarde, não fora o que Isabella idealizara. 
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9 de abril de 2011

Sedução Por Vingança


Lorde Hawksmoor é uma personalidade célebre entre milionários e miseráveis!

Escandaloso e sedutor, Ben Hawksmoor é um notório caçador de fortunas, um homem que desperta o desejo das mulheres... e o desprezo dos homens.
Agora que conheceu a mulher de seus sonhos, Catherine Fenton, ele fará qualquer coisa para torná-la sua.
Herdeira milionária e inflexível, Catherine está confinada a uma prisão de marfim, e o dever a prende a um homem que detesta.
A alta sociedade teceu em torno de Ben uma fantasia à qual qualquer mulher acharia difícil resistir, mas ela sente que ele é mais do que sua polida fachada.
Ela acredita que Ben pode resgatá-la, mas terá ela encontrado o amor... ou cometido o maior erro de sua vida?
Em Sedução por vingança, Nicola Cornick leva você em uma jornada pelo glamoroso mundo da Regência inglesa!

Capítulo Um

Janeiro de 1814
Jamais olhe para homens desconhecidos quando estiver se aproximando deles ao passar, pois, às vezes, homens atrevidos e impertinentes podem se aproveitar de um simples olhar.
Normalmente é culpa da própria moça quando falam com ela, e, sendo assim, é uma desgraça para ela da qual deveria se envergonhar de falar.
— Sra. Eliza Squire, Bom Comportamento para Damas.
Estava um lindo dia para um enforcamento público.
Sobre o cadafalso de Newgate, o céu estava azul claro e límpido.
O laço balançava à brisa fria do inverno.
A nobreza lotava o pavilhão atrás do patíbulo.
A vítima era um cavalheiro, e isso sempre atraía uma boa multidão.
Era a execução da temporada: Ned Clarencieux, jogador, aventureiro, cujo azar nas cartas o levara a passar dinheiro falsificado para pagar suas dívidas e a assassinar seu banqueiro, em uma vã tentativa de cobrir seu rastro.
As damas que lotavam a tribuna haviam dançado com Clarencieux em bailes da alta sociedade por toda Londres.
Agora, elas vieram para lhe assistir à morte.
Abaixo das fileiras da aristocracia amontoava-se a multidão, acotovelando-se ao pé da tribuna, rindo, fazendo piadas, bem-humorada devido ao gim e à expectativa. Pessoas escalavam calhas de chumbo até os telhados das casas vizinhas, na esperança de conseguir uma vista melhor.
Elas se empurravam, gritavam, brindavam em homenagem a Clarencieux, e apostavam quanto tempo o jogador fracassado levaria para morrer.

13 de fevereiro de 2009

Cativa Da Paixão








Anos atrás, ele foi ao Solar Grafton para pedir a mão da linda e inocente Lady Anne.

Uma doce promessa quebrada com a chegada da guerra.
Agora Simom, Lorde Greville, retornou...como inimigo cercando a propriedade e tomando Anne como refém.
Com a devoção à sua causa abalada pelo desejo, ele não conquistará apenas a propriedade, mas também sua senhora...e seu coração.

Capítulo Um

Grafton, Oxfordshire, Inglaterra Fevereiro de 1645
Nevara o dia todo. Agora uma mortalha branca se estendia entre o sitiado Solar de Grafton e o exército que o cercava. 
O sino da igreja anunciou a meia-noite, concedendo à escuridão um aspecto sobrenatural que arrepiou as espinhas dos soldados. 
Eles iriam atacar ao amanhecer, mas agora estavam alojados em estábulos e celeiros, encolhidos de frio diante de fogueiras.
Quando a batida soou na porta, Simon Greville julgou tê-la imaginado. 
Ele já se reunira com seus capitães para combinar a estratégia do ataque. Querendo dormir um pouco, dera instruções específicas de que não deveria ser incomodado. 
Ainda assim, a batida soou de novo, suave, mas insistente. Simon abriu com violência a porta do celeiro.
— O que foi? — perguntou, deparando-se com o mais jovem de seus capitães, um homem recém-saido da adolescência, chamado Guy Standish, que parecia aterrorizado.
Peço-lhe perdão, meu senhor. Um mensageiro chegou do Solar de Grafton.
Simon devia ter previsto que a guarnição monarquista que ocupava o solar iria empreender esta última tentativa de implorar por uma rendição e evitar um massacre. 
Simon esperara o dia inteiro para que eles tentassem negociar uma trégua. 
Era típico da covardia do general do rei, Gerard Malvoisier, tentar barganhar por sua vida miserável.
Duas semanas antes, Malvoisier assassinara o irmão caçula de Simon, que fora enviado ao solar empunhando a bandeira de trégua dos adeptos do parlamento. 
Malvoisier mandara Henry de volta completamente desfigurado.
Contudo, agora parecia disposto a implorar por sua vida.
Mais uma vez Simon sentiu aflorar a fúria que o atormentava desde que soubera da morte tio irmão.
Quatorze dias não eram suficientes para permitir que tamanha dor começasse a sarar. 
Ele também tinha de cumprir o doloroso dever de enviar uma carta.
Uma triste notícia para seu pai.
Fulwar Greville, conde de Harington, apoiava o rei enquanto seus filhos foram leais à causa do Parlamento.
E agora Simon escrevera para contar ao seu pai que um de seus filhos morrera lutando por uma causa que traia sua lealdade.