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22 de agosto de 2011

Inocente Feiticeira



Um encontro inesperado... Um desafio ao perigo...
Uma paixão avassaladora!

Lançada ao mar durante um naufrágio, Moira vai parar numa praia rochosa da Escócia, apenas com a roupa do corpo e a companhia do misterioso desconhecido que a ajudou a se salvar.
Apesar do ambiente hostil, Moira não consegue resistir ao charme daquele homem, que lhe desperta uma atração poderosa e um desejo avassalador.
Mas será prudente confiar sua vida... e seu coração... àquele sedutor que ela mal conhece?
Tavig MacAlpin é um homem condenado.
Acusado de um crime que não cometeu, sua fuga é frustrada quando seu caminho cruza com o da bela Moira Robertson.
Tavig precisa levar adiante a busca por justiça, mas o destino o uniu àquela linda jovem escocesa que despertou seu desejo...
Um desejo que poderá colocá-lo frente a frente com o perigo, pois Moira tem poderes paranormais e é considerada suspeita de praticar bruxaria... Tavig, porém, também tem seus próprios poderes, e sabe, sem sombra de dúvida, que aquela mulher é o seu futuro...

Capítulo Um

Costa noroeste da Escócia, agosto de 1400
— Minha ousadia não merece um sorriso seu, bela jovem?
Moira relanceou o olhar ao homem que se dirigia a ela, sem pedir licença.
Andava espreitando-a desde que subira ao navio, três dias antes.
A perversa Annie, sua guardiã, havia resmungado algo contra o cavalheiro e prevenido Moira de que deveria evitá-lo.
O que não era fácil, numa embarcação relativamente pequena e abarrotada.
Ele a inquietava com seus cabelos negros estriados por faixas grisalhas.
A cintura, longe de ser fina, repuxava o gibão, e o casaco curto como era usado pelos homens em geral.
Além disso, exibia uma cerrada barba negra e, na cabeça, um chapéu de aba tão baixa que quase velava os olhos.
Tudo nele indicava uma pessoa além da meia-idade e pouco asseada.
Contudo Moira notara alguns detalhes que contradiziam tal imagem.
As mangas justas do rico gibão escuro revelavam braços fortes.
A calça preta, sugeria pernas longas e bem proporcionadas.
A voz soava firme e profunda, como a de um jovem, e ele se movia com uma graça que desmentia tanto a possível maturidade quanto o excesso de peso.
Ao ser abordada, convenceu-se de que ele não era quem aparentava.
Tal percepção apenas a tornou mais nervosa.
Olhou ao redor, em busca de Annie, e ficou aborrecida ao ver a enrugada mulher conversando com um marinheiro igualmente envelhecido.
— Ela se cansará de repreender você e logo a deixará livre. — comentou o cavalheiro.
— Creio que vou me juntar a ela. — Moira suspirou com suavidade e foi tomada de espanto quando o homem segurou-lhe a mão.
— Veja, senhorita, não acredito que queira arruinar a chance de a velha megera praticar um pouco de amor, certo?
Moira chocou-se com essas palavras.
A idéia de Annie fazendo amor era quase tão perturbadora quanto o toque forçado daquele estranho.
Ele começou a rir, depois franziu a testa.
Parecia perceber o temor que ela tentava esconder.
A preceptora a havia ensinado a ter medo dos homens.
Era injusto, mas no momento em que o estranho prendeu-lhe a mão, ela teve vontade de desferir um tapa como reação.
— Ah, minha pobre criança, você nada tem a temer do velho George Fraser.
Desagradou-a ser chamada de criança. Por isso, livrou seus dedos com um puxão.
— Uma criança, sr. Fraser, há de ficar preocupada quando um homem com o triplo da idade dela lhe pega na mão.
— O triplo da idade?— George respirou, esticou a frente do gibão sobre a cintura e por fim deu de ombros. — O avanço dos anos não me impede de apreciar a visão de uma bela mulher.
— Talvez sua esposa goste dessa atitude.
— Gostaria, sem dúvida, mas ela já não está entre nós.