Uma barganha com o viking demoníaco.
A vida que Wulfgar Ragnarsson conhecia fora totalmente destruída.
Agora ele apenas vive o momento, enganando a morte e enriquecendo cada vez mais como mercenário.
Talvez seu coração tenha se tornado uma pedra de gelo, mas seu desejo arde por lady Anwyn, uma corajosa viúva que precisa de sua proteção...
Para preservar seu filho, Anwyn arriscará tudo o que for preciso.
Até mesmo se entregar a um guerreiro viking que irá ensiná-la que nem todos os homens são monstros.
Ainda que Wulfgar não dê sinais de estar preparado para amar novamente.
Capítulo Um
Ânglia Oriental — 894 D.C.Em pé na proa do navio, Wulfgar olhou para a praia de areias claras e as dunas mais adiante. O lugar era deserto, a não ser pelas gaivotas que voavam com as correntes de ar. As nuvens escuras ainda estavam próximas, um resquício da tempestade da noite anterior.
O vento enchia as velas da embarcação e as ondas, que quebravam na praia, levando restos de madeira que comprovavam a tempestade.
— Aqui está bom — disse ele. — Vamos atracar.
— Sabe onde estamos, milorde? — perguntou Hermund, postando-se ao lado dele.
— Provavelmente estamos na costa anglicana, mas é difícil ter certeza.
— Bem, está quieto demais, milorde.
Os únicos sons vinham das rajadas de vento.
— Mesmo assim, enviaremos um grupo de homens para verificar.
— Milorde está certo.
Assim que a ordem foi dada, a quilha do navio encostou-se à areia. Wulfgar e uma meia dúzia de marinheiros desembarcaram e, com dificuldade, passaram a rebentação e chegaram em terra firme. Correram pela praia e subiram nas dunas. De lá de cima vislumbraram uma planície acarpetada pela relva com uma vegetação esparsa de arbustos amarelos. Mais ao longe havia linhas de árvores cultivadas.
— Aqui está bom — anunciou Wulfgar.
Hermund perscrutou a paisagem, contraindo o rosto vincado; os olhos de águia não perdiam nenhum detalhe.
Aos 33 anos de idade, ele era seis anos mais velho do que seu companheiro e já tinha mechas acinzentadas nos cabelos castanhos, mas tratava Wulfgar com uma deferência que os posicionava no mundo.
— Aye, milorde. Esses campos devem pertencer a alguém.
— Deixaremos soldados vigiando.
— Os habitantes locais devem ser amigáveis, claro.
— Pode ser — respondeu Wulfgar. — Mas meu plano não é ficar tempo suficiente para conhecê-los. Temos um encontro marcado.
— Rollo não vai se esquivar. Ele precisa de guerreiros e quer os melhores.
— Ele os terá se pagar uma boa quantia pelo privilégio.
— Naturalmente. — Hermund sorriu.
Os dois voltaram em direção ao navio, que já estava sendo puxado para a praia pelos outros homens.
— Nós fizemos tudo certo nesses últimos seis anos — Hermund continuou. — Se a sorte estiver do nosso lado, teremos renda suficiente para nos aposentar logo.
Wulfgar não respondeu. Não que não estivesse prestando a atenção, pois tinha ouvido muito bem e reconheceu a verdade daquelas palavras. Sob seu comando estavam guerreiros cuja reputação chegava antes deles: qualquer preço que dissessem seria pago sem contestação. Além disso, a sorte também sempre esteve do lado deles. O líder podia dizer que tinha muita sorte na vida, pois sempre saíra ileso dos conflitos. Ele não tinha medo de morrer. Houve um tempo em que ele procurava onde lutar. Mesmo assim, a morte lhe rondava o tempo inteiro, atormentando-o no calor do combate, mas permanecendo sempre fora de alcance. Ele já tinha se conformado com isso, observando com certo cinismo sua fortuna crescer.
Sem saber por onde andavam os pensamentos de Wulfgar, Hermund avaliou os estragos no navio.
— Velas rasgadas, remo rachado... Mas, no geral, não sofremos muito. Apenas três homens se feriram.
— Aye, podia ter sido pior.
— Em algumas batalhas, achei que viraríamos comida para os peixes.
— Se não arrumarmos os estragos, é o que vai acontecer — disse Wulfgar. — Organize os homens para começarem o trabalho, enquanto vou verificar como estão os feridos.
Minutos depois, ouviram-se os gritos de Hermund:
— Thrand! Beorn! Asulf! Baixem as velas! Dag e Frodi, ajudem-nos a soltar os cabos. Os outros, venham aqui.
Logo havia marinheiros correndo por toda parte.
A vida que Wulfgar Ragnarsson conhecia fora totalmente destruída.
Agora ele apenas vive o momento, enganando a morte e enriquecendo cada vez mais como mercenário.
Talvez seu coração tenha se tornado uma pedra de gelo, mas seu desejo arde por lady Anwyn, uma corajosa viúva que precisa de sua proteção...
Para preservar seu filho, Anwyn arriscará tudo o que for preciso.
Até mesmo se entregar a um guerreiro viking que irá ensiná-la que nem todos os homens são monstros.
Ainda que Wulfgar não dê sinais de estar preparado para amar novamente.
Capítulo Um
Ânglia Oriental — 894 D.C.Em pé na proa do navio, Wulfgar olhou para a praia de areias claras e as dunas mais adiante. O lugar era deserto, a não ser pelas gaivotas que voavam com as correntes de ar. As nuvens escuras ainda estavam próximas, um resquício da tempestade da noite anterior.
O vento enchia as velas da embarcação e as ondas, que quebravam na praia, levando restos de madeira que comprovavam a tempestade.
— Aqui está bom — disse ele. — Vamos atracar.
— Sabe onde estamos, milorde? — perguntou Hermund, postando-se ao lado dele.
— Provavelmente estamos na costa anglicana, mas é difícil ter certeza.
— Bem, está quieto demais, milorde.
Os únicos sons vinham das rajadas de vento.
— Mesmo assim, enviaremos um grupo de homens para verificar.
— Milorde está certo.
Assim que a ordem foi dada, a quilha do navio encostou-se à areia. Wulfgar e uma meia dúzia de marinheiros desembarcaram e, com dificuldade, passaram a rebentação e chegaram em terra firme. Correram pela praia e subiram nas dunas. De lá de cima vislumbraram uma planície acarpetada pela relva com uma vegetação esparsa de arbustos amarelos. Mais ao longe havia linhas de árvores cultivadas.
— Aqui está bom — anunciou Wulfgar.
Hermund perscrutou a paisagem, contraindo o rosto vincado; os olhos de águia não perdiam nenhum detalhe.
Aos 33 anos de idade, ele era seis anos mais velho do que seu companheiro e já tinha mechas acinzentadas nos cabelos castanhos, mas tratava Wulfgar com uma deferência que os posicionava no mundo.
— Aye, milorde. Esses campos devem pertencer a alguém.
— Deixaremos soldados vigiando.
— Os habitantes locais devem ser amigáveis, claro.
— Pode ser — respondeu Wulfgar. — Mas meu plano não é ficar tempo suficiente para conhecê-los. Temos um encontro marcado.
— Rollo não vai se esquivar. Ele precisa de guerreiros e quer os melhores.
— Ele os terá se pagar uma boa quantia pelo privilégio.
— Naturalmente. — Hermund sorriu.
Os dois voltaram em direção ao navio, que já estava sendo puxado para a praia pelos outros homens.
— Nós fizemos tudo certo nesses últimos seis anos — Hermund continuou. — Se a sorte estiver do nosso lado, teremos renda suficiente para nos aposentar logo.
Wulfgar não respondeu. Não que não estivesse prestando a atenção, pois tinha ouvido muito bem e reconheceu a verdade daquelas palavras. Sob seu comando estavam guerreiros cuja reputação chegava antes deles: qualquer preço que dissessem seria pago sem contestação. Além disso, a sorte também sempre esteve do lado deles. O líder podia dizer que tinha muita sorte na vida, pois sempre saíra ileso dos conflitos. Ele não tinha medo de morrer. Houve um tempo em que ele procurava onde lutar. Mesmo assim, a morte lhe rondava o tempo inteiro, atormentando-o no calor do combate, mas permanecendo sempre fora de alcance. Ele já tinha se conformado com isso, observando com certo cinismo sua fortuna crescer.
Sem saber por onde andavam os pensamentos de Wulfgar, Hermund avaliou os estragos no navio.
— Velas rasgadas, remo rachado... Mas, no geral, não sofremos muito. Apenas três homens se feriram.
— Aye, podia ter sido pior.
— Em algumas batalhas, achei que viraríamos comida para os peixes.
— Se não arrumarmos os estragos, é o que vai acontecer — disse Wulfgar. — Organize os homens para começarem o trabalho, enquanto vou verificar como estão os feridos.
Minutos depois, ouviram-se os gritos de Hermund:
— Thrand! Beorn! Asulf! Baixem as velas! Dag e Frodi, ajudem-nos a soltar os cabos. Os outros, venham aqui.
Logo havia marinheiros correndo por toda parte.
Série Vikings Vitoriosos
1 - Noiva Desafiadora
2 - Toque de Coragem
3 - Entre a Vingança e o Desejo
4 - Redenção Total
Série Concluída
Estou adorando esta série.....parabéns!!
ResponderExcluirTerminei esse.....é o filho do casal do 1º livro, muito legal!!!
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