Ela acredita que foi contratada para agir como acompanhante de uma mulher moribunda, mas um assalto na estrada e uma recepção hostil da família Chalcroft a fazem se perguntar se ela foi realmente contratada para ajudar alguém a espionar para a França. Um assassinato não resolvido adiciona intriga a esta família já misteriosa, e Sybil reconhece o lindo afilhado da Sra. Chalcroft como um dos infames salteadores de estrada que a roubaram. Sybil deve determinar se o sorriso encantador e os olhos sinceros desse homem falam a verdade ou se ele está simplesmente usando-a como outras pessoas na casa. Todo mundo parece ter algo a esconder, e Sybil deve decidir em quem confiar, ao mesmo tempo que aceita a verdade sobre seu próprio passado.
Capítulo Um
1813 O Campo Inglês
Capítulo Um
1813 O Campo Inglês
Muitas vezes me pergunto como teria sido minha vida se eu na o tivesse conhecido a verdade. Eu na o teria partido como fiz para as Torres Croft. Eu nunca o teria conhecido. E estranho o que me lembro do dia em que deixei Londres. A carruagem do correio estava atrasada; o tempo estava péssimo. O relogio bateu meia-noite muito antes de dois estranhos e eu nos abaixarmos sob o guarda-chuva aberto do agente dos correios para embarcar no Correio Real e cruzar as North Downs. Essa difícil jornada para o leste marcou o início de um outono excepcionalmente frio. A chuva gelada batia nas janelas da carruagem. A roda traseira guinchou sob os assentos quando um cheiro metálico percorreu seu caminho entre as tábuas do assoalho. Agarrei o parapeito da janela, me perguntando se o cocheiro pretendia acertar todos os solavancos da estrada.
— Muito para viajar, senhorita? A voz da mulher me assustou. Vestida da cabeça aos pés com cetim vermelho, ela suportou as últimas horas escuras com um punhado de sais aromáticos e uma língua quente para reclamações, mas ela não tinha falado comigo até agora. Não até que o primeiro indício de luz do dia apareceu no horizonte encharcado pela chuva. Baixei meu olhar e brinquei com as fitas do meu gorro.
— Sim, senhora… Bem, não muito longe, espero. A mulher soltou um bufo, sua mandíbula balançando. — Tempo terrível. Implorei ao meu Martin que não me obrigasse a ir hoje. — ela apontou para a janela. — Mas ele faz do seu jeito. Forcei um sorriso morno, mas achei difícil responder. Deixar o Seminário Winterridge pela última vez foi mais difícil do que eu esperava. — Nossa, palavra de honra, se a chuva continuar, não teremos escolha a não ser pernoitar na estrada.
Segurei minha bolsa contra o peito. Com o chá que comprei em Canterbury e o preço exorbitante da passagem, não tinha dinheiro suficiente para pernoitar em lugar nenhum. Por que na o pensei nessa possibilidade? A mulher se inclinou para frente, seu perfume de rosa flutuando ao meu redor como uma cortina de névoa.
— Pobre querida. Sozinha, hein? — Ela me olhou como se pensasse que eu tinha fugido de casa. — Não preocupe sua linda cabeça. Meu irmão e eu nunca fugimos de nosso dever de caridade. Eu me encolhi. — Pior, voce sempre pode dividir um quarto com minha criada. A mulher magra sentada ao lado dela saiu das sombras, voltando seu olhar para mim como se eu fosse um cachorro raivoso. Mas minha autonomeada benfeitora não deu atenção.
— Sim. Sim. Thompkins não se importara nem um pouco. Não e, Thompkins? Envergonhada, me virei para a janela e mordi meu lábio. Minha situação não era tão desesperadora assim. Pelo menos eu esperava que não. Claro, eu tinha que admitir, a manhã cinzenta tinha assumido um brilho amarelo-mostarda. Era como olhar pelo fundo de um copo sujo. Eu respirei fundo.
— Obrigada pela gentil oferta, mas espero que não seja necessário. Tenho que descer em Plattsdale. A mulher ergueu as sobrancelhas.
— Plattsdale? Voce tem família lá? Um minúsculo aperto atingiu meu coração e engoli em seco.