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4 de novembro de 2010

Noite de Lua











Quando James St. Bride, se inteira que sua amante cigana ficou grávida decide abandoná-la.

Esta, despeitada, lhe lança uma maldição: o único filho que o Conde gerará em toda sua vida será o que ela leva em seu ventre.
E, efetivamente, a maldição se cumpre.

Anos mais tarde, com o falecimento do antigo Conde, Dominic St. Bride, o filho meio cigano de James e seu único herdeiro, chega a Ravenwood disposto a ocupar o posto que, por direito, lhe pertence.
Dominic é um homem torturado, quem segundo rumores que é um vagabundo e um mulherengo contumaz.
Mas a verdade é que está acostumado a sentir a hostilidade das pessoas e não sabe realmente qual é seu lugar: se com a aristocracia ou com o povo de sua mãe.
Faz um tempo, o pai de Olivia Sherwood foi assassinado por um cigano e sua irmã ficou cega no incidente.
Agora, ela é a responsável pela família e, embora esteja empregada em Ravenwood como criada, necessita mais dinheiro para poder manter sua família.
Dominic e Olivia se encontraram pela primeira vez quando a carruagem do Conde está a ponto de atropelar uma mulher.
Nesse primeiro encontro as faíscas saltam, e quando Dominic se inteira da precária situação de Olivia, lhe oferece um novo posto em Ravenwood: o de sua secretária.
A partir deste momento ambos se submergirão em uma feroz paixão que ameaça destruí-los... ou fazê-los felizes para sempre.

Capítulo Um

Ravenwood Hall, 1821.

—É cigano, já sabe, Olivia. -Estavam lhe dando uma cotovelada nas costelas. -Um cigano do diabo. O cigano.
Em sua mente, Olivia começou a chamá-lo assim dede o primeiro dia que começou a trabalhar em Ravenwood Hall. Não havia dúvida de que outras pessoas da casa também o faziam, porque isso é o que era. O filho bastardo do velho conde... O cigano.
Dominic St. Bride.
Olivia sorriu educadamente, pegando ou pão dormido que constituía sua comida. Como homem de Deus, seu querido pai -que Deus o guardasse em sua glória -sempre considerou a fofoca como um pecado de extrema gravidade.
Sem dúvida seu pai a teria repreendido inclusive somente por escutar.
Mesmo assim, Olivia não podia evitar. Bem sabia Deus que não albergava nenhum afeto pelos ciganos, de maneira nenhuma, não depois do que aconteceu a seu pai, e enquanto isso não podia evitar.
Sentia uma enorme curiosidade pelo novo senhor de Ravenwood.
Franklin, o mordomo, levantou suas espessas sobrancelhas cinzas.
—Lanston, o mordomo da casa de Londres, já sabe, disse que é dos que passam horas meditando melancolicamente. E que dorme com a janela aberta, inclusive em pleno inverno.
—Vá, será um patrão cruel, sem dúvida. -Esse comentário procedia da senhora Thompson, a confeiteira. A seus olhos, costumava a ser indulgente com aquilo no que ela sobressaía. Tinha a barriga tão redonda quanto o traseiro, mas Olivia ouviu Franklin dizer que não havia melhor confeiteira fora de Londres.
Charlotte, uma moça jovem que acabava de chegar da Irlanda, se benzeu. Seus suaves olhos castanhos estavam abertos como pratos.
—Não se diferencia em nada do outro, do velho conde -interveio outro fazendo uma careta. -Oxalá tivesse ficado em Londres!
Franklin negou com a cabeça.
—Ainda não posso acreditar que o velho conde não tivesse mais filhos. Imagina? Três esposas e todas estéreis.
—Talvez a culpa fosse dele, e não de suas esposas. Nunca te ocorreu pensar nisso? -Desta vez era o cozinheiro quem falava.
—Afeiçoou-se muito ao vinho em seus últimos anos...
—Seus últimos anos? Caramba, a última década, atrever-me-ia a dizer! Mildred, que era prima de cavalariço mais velho de Londres, disse que começou a levantar o copo desde o dia em que foi tirar o menino da mãe cigana.
Franklin assentiu.
—Dizem que quase não podia olhar o moço. Bom, até que não o testamento foi lido, ninguém sabia que o legitimou anos antes.
—Assim foi -disse o jardineiro. -Até que não enterrou sua última esposa não se decidiu a procurar o moço. Mas o conde tinha que legitimar o pequeno da cigana, porque, se não, quem herdaria? Além do cigano, seu único parente de sangue era uma prima longínqua, e era quase tão velha quanto ele.
—De todas as formas o título nunca teria passado a ela. Além disso -disse Glória, uma das criadas de cima, -o velho conde não lhe professava um particular afeto.
—O velho conde não tinha um particular afeto por ninguém!

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