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20 de maio de 2020

Noiva de um escocês perverso

Série Família McBride
Lady Maura O'Donnell jurou ao pai no leito de morte que recuperaria o Círculo de Luz, uma relíquia celta encantada que trouxera prosperidade à família - até que foi roubada um século antes por um pirata famoso. 

Agora, o descendente do pirata, o duque de Gleneden, possui esse tesouro raro, e Maura daria qualquer coisa para recuperá-lo...
Alec McBride sabe quem ele teve. Lady Maura o levou a se casar com a experiência de uma sedutora nata, e agora ela pagará por sua traição. Ele a arrebatará, a tentará, a domesticará - até que ela deseje muito que nunca tenha ouvido falar do duque de Gleneden. Presos em seu jogo de vingança, Alec e Maura não percebem o que está acontecendo em seus corações - até que seja tarde demais.
O casamento deles pode ter sido uma farsa, mas não há nada mais verdadeiro que o desejo deles...

Capítulo Um

O dia começou como qualquer outro.
No entanto, por alguma vaga razão, Lady Maura O'Donnell refletia, algo parecia diferente naquele dia.
Quando a cortina da noite recuava, o amanhecer começou o seu despertar. Aconchegada no ninho quente de sua cama no Castelo McDonough, Maura assistia a luz rosa pálido pairar até onde seus olhos podiam ver; banindo as sombras e se tornando âmbar e rosa, finalmente derramando sobre a terra até que passou pelas cortinas abertas.
Ha! Quem disse que chovia na Irlanda mais do que em qualquer outro lugar do mundo nunca tinha vivido aqui, na orla norte da ilha!
Bem acordada agora, Lady Maura levantou-se da cama. Era meados de Junho, mas as manhãs ainda eram um pouco frias. Não havia tapete no chão, então ela puxou de volta os dedos dos pés ao sentir a madeira fria. Jen, a governanta tinha providenciado para que o grande tapete sob o dossel fosse levado para longe, um dia, enquanto Maura estava fora. Um perigo e uma relíquia, Jen declarou com um brilho nos olhos, desafiando Maura refutá-la quando ela gritou por sua ausência. Maura admitiu que Jen estava certa quando o tapete puído, perto da lareira, se incendiou e pegou fogo três vezes a sua altura, quer dizer, três vezes a altura do marido de Jen Murdoch, verdade seja dita.
Papai tinha lhe prometido outro na próxima vez que fizesse viagem para Dublin.
Maura não o lembrou. Era ela que mantinha os livros. Não havia fundos para tais extravagâncias como belos tapetes, tecidos à mão. O pessoal da casa tinha se tornado menor ao longo dos anos, à medida que mais salas do ventoso castelo eram fechadas. Agora era apenas o conde, ela mesma, Murdoch, e Jen, que residiam na zona principal do castelo. A mãe de Maura tinha morrido antes de ela ter seis anos; mal se lembrava dela.
Tremendo, ela finalmente enfrentou o chão frio e correu em direção ao lavatório. Uma tábua rangeu. Ela fez uma pausa e olhou para baixo, só para bater com um dedo do pé na borda da próxima. Parando, ela correu o outro dedo do pé ao longo da borda solta da tábua longa, carcomida. Enquanto lavava o rosto e, em seguida, penteava os cabelos e os amarrava de volta com um pedaço de fita, ela decidiu que teria que chamar Patrick, o Tolo, para repará-las antes que ela caísse de cara no chão. Seu pai sempre havia afirmado que Patrick, o Tolo, não existia uma alma no vale que o chamasse de outra forma, era o melhor carpinteiro no Condado de Donegal. E ele era, desde que utilizasse os seus serviços no início do dia, antes que ele tomasse demasiadas cervejas. E se ela adiasse o conserto, seu pai estaria perguntando se ela mesma tinha bebido com Patrick, o Tolo.
Um suspiro melancólico escapou. Tanto quanto ela desejava que houvesse fundos para ver o castelo restaurado à sua antiga glória. Oh, como Papai ficaria feliz... Mas ela sabia que nunca seria assim. Pouco a pouco, tornou-se necessário começar a vender itens de valor. Eles ainda não eram pobres, mas ela temia que algum dia chegassem a...
Não. Não. Ela não devia pensar assim. Ela tinha que acreditar que dias melhores estavam para vir.
Noutras partes do castelo, o ritual da manhã também já tinha começado. Maura ouviu as botas de seu pai atravessar o chão de seu quarto, no fim do corredor. Deslizando em suas anáguas e vestido, ela ouviu os passos pesados de Murdoch na escada. Mais rangidos lá fora do que ela podia contar, ela decidiu.
A pesada porta abriu e fechou. Outro rangido. Maura reprimiu um suspiro e se virou. Como sempre, o tempo de Jen era impecável.
A mulher mais baixa fez uma reverência, tanto quanto sua forma corpulenta permitia.
— Bom dia para você, Milady.
— Milady? O quê? — Maura brincou. — Que crime cometi para perder suas boas graças?
A mulher mais velha balançou a cabeça. Levou um bom momento antes dela levantar a cabeça. Maura olhou. Seus olhos pareciam muito brilhantes. Ela estava...
— Jen. Jen, o que é isso? Por que essas lágrimas? — Maura agarrou-lhe as mãos e puxou-a para o seu quarto. — Jen, me diga! O que há de errado?
— Nada está errado. — Jen falou fortemente, em seguida, seu tom de voz vacilou. — É só que... bem, você é uma Lady, Maura, a mais bonita de todas.
Maura ainda estava atordoada, surpresa com as lágrimas que Jen não conseguia esconder, a instabilidade em seu tom de voz, que ela não conseguia controlar. Ela vasculhou sua mente, mas não se lembrava de alguma vez ter visto Jen chorar antes. Nem mesmo quando os seus dois filhos tinham partido para a América e ela e Murdoch sabiam que, provavelmente, não os iam ver novamente.
— Jen.








Série Família McBride
1- A Paixão Secreta de Simon Blackwell
2- A Sedução de uma dama desconhecida
3- Noiva de um escocês perverso
Série concluída


12 de maio de 2020

A Sedução de uma dama desconhecida

Série Família McBride
Sedução é um assunto sobre o qual Fionna Hawkes não sabe nada. 

Então, quando ela encontra um estranho sexy em uma rua iluminada pela lua, seu primeiro instinto é se defender contra seu sombrio e belo pretendente. Mas deixar de lado a suspeita e se permitir apaixonar por Lorde Aidan McBride traz um perigo ainda maior. Em seus olhos, ela vislumbra uma paixão poderosa que ela deseja alcançar. Em seus braços, ela sofre com o segredo que ela deseja guardar. Um segredo que poderia custar-lhe o seu sustento - e a sua vida. Aidan nunca pôde resistir a um mistério, especialmente um tão hipnotizante quanto a adorável senhorita Hawkes! Puxando-a para o abrigo de seu abraço, ele não descansará até que ele a convença a revelar tudo. Enfrentando o perigo que persegue Fionna a cada passo, Aidan está determinado a defendê-la - e tão determinado a reivindicá-la como sua.

Capítulo Um

Londres, janeiro 1852
—Sua Graça — entoou Carlton, o mordomo de luvas brancas impecavelmente vestido. —Seu irmão, Lorde Aidan.
Aidan McBride entrou na sala de visitas de seu irmão e, sem mais delongas, baixou o corpo comprido sobre as almofadas macias e fofas da poltrona que ficava em frente à lareira crepitante. Ele se inclinou para frente, esfregando as mãos para aquecê-las.
Apoiado na cadeira ao lado, com o jornal na mão, Alec McBride levantou uma sobrancelha escura.
—Brandy?—perguntou Alec sem levantar os olhos da leitura. —Ou uísque?
Aidan certamente não recusaria. Seu irmão Alec tinha uma boa seleção de ambos, incluindo uma invejável - e extensa - adega de vinhos. Ah, sim, seu irmão tinha um gosto requintado - e caro - quando se tratava de bebidas alcóolicas. E sendo meio escoceses, sempre havia uísque. Gleneden, na verdade, até ostentava sua própria destilaria. Alec McBride, duque de Gleneden, podia pagar por seus prazeres.
—Brandy, — disse Aidan, —exatamente o que necessito.
Carlton retornou em pouco tempo com um decantador generosamente cheio e dois copos finamente gravados no centro de uma bandeja de prata reluzente. O mordomo despejou medidas perfeitamente compatíveis em cada um, depois se retirou com uma reverência. Aidan se inclinou para frente e pegou o copo mais próximo. Sua postura era perfeitamente ereta, cortesia de seu rigoroso treinamento militar e de seus dias como coronel no Regimento Real das Terras Altas.
Mas aqueles dias se foram. Agora ele era mais uma vez um cidadão comum, a caminho de fazer sua própria fortuna transportando tabaco e algodão da América, rum do Caribe, em algum lugar a oeste da Inglaterra. Ele não consideraria o comércio de chá. Deus sabia que ele não queria mais nada com a Índia.
Os olhos azuis pálidos de seu irmão finalmente se fixaram nele. Aidan observou enquanto Alec fechava o jornal e o colocava sobre a mesa – com relutância, Aidan decidiu. —Bem, bem— ele disse ligeiramente, — parece que eu o interrompi em um momento bastante inoportuno. Você prefere que eu vá embora?
—Não há necessidade. Você já está aqui, não está?
—Bem, você pareceu bastante absorto em seu material de leitura - o que é isso? Ah, A CRÔNICA MENSAL. Mas que artigo você estava lendo que o mantém tão fascinado? — Curioso, Aidan pegou o periódico que seu irmão tinha colocado sobre a mesa, mas não conseguiu fechar, como se marcasse seu lugar - como se não quisesse esquecê-lo.
Suas sobrancelhas se elevaram. 
—Que diabo! 








Série Família McBride
1- A Paixão Secreta de Simon Blackwell
2- A Sedução de uma dama desconhecida
3- Noiva de um escocês perverso
Série concluída


13 de maio de 2012

A Paixão secreta de Simon Blackwell

Série Família McBride
Um cruel capricho do destino destroçou a vida de Simon Blackwell, e desde então vive em seu refúgio nos paramos, afastado do mundo, com a determinação de negar suas emoções. 

Mas uma noite, em uma viagem a Londres, ocorre o inconcebível: uma embriagadora mulher acorda nele sensações das que já se acreditava curado… se equivocava. 
Annabel não sabe nada da profunda dor que aflige Simon, mas um beijo irresistível a leva a um casamento com um homem que ela pouco conhece, um homem que sabe ocultar muito bem seu passado, e pelo qual ela sente uma intensa paixão. 
Mas Simon não se atreve a amar de novo e Annabel deve encontrar a forma para que ele abra seu coração e se arrisque a voltar a sentir o mais glorioso de todos os sentimentos. Poderá conseguir? 

Comentários: Livro Maravilhoso! É daqueles difíceis de esquecer. Pelo menos para mim, que adoro uma história densa, com heróis sofridos e heroínas destemidas e que ao final o amor redime tudo divinamente. 
Ah, lendo esse livro, fiquei sobressaltada por vários sentimentos, sofri com o Simon, e como o herói é atormentado! 
A perda que ele teve é irreparável, mas não a sua felicidade. Na medida em que a trama avança, percebi que a autora concentrou a primeira parte do livro nos segredos e sofrimento de Simon. 
Cheguei a pensar que a parte dramática se sobreporia ao romance. No entanto, na segunda parte do livro, a reviravolta é deliciosa, maravilhosa, mágica. 
Simon se casa com Anne de uma forma inesperada, contudo a heroína desconhece o passado de seu marido. A rapidez do casamento não a choca tanto quanto a proposta de Simon de ficarem casados por um ano apenas na aparência. Ah, eu fiquei com uma raiva momentânea, mas não depois de conhecer aos poucos os segredos de Simon... e são muitos, não para o leitor, que vai captando sutilmente os fatos, mas para Anne. 
Felizmente a heroína é fantástica, dessas que fala o que pensa e não se acovarda de forma alguma. 
Ela decide salvar seu casamento e o faz de forma esplêndida. Muita tensão sexual, moldada com uma narrativa sensual e a autora consegue fazer com que as cenas e os lugares se formem em nossa mente de uma forma única. 
Adoro a sua escrita, romântica e carregada de um sutil erotismo de parar a respiração. 
Amei. Essa série promete. 

Capítulo Um 

Aparentemente tia Letícia requer minha presença na celebração de seu septuagésimo aniversário. 
Ela e eu somos os únicos que restamos da família de minha mãe. Embora deteste Londres no verão — na realidade, detesto-a em qualquer época do ano—, sinto-me obrigado a agradá-la. Partirei pela manhã. 

Simon Blackwell 

Londres, 1848 
Lady Annabel McBride diminuiu o passo. Acompanhada de sua prima Caroline e dos dois filhos pequenos desta, cruzavam a pé o Hyde Park em direção oeste. 
—Senhor, devo dar medo — lamentou Caro— O calor se faz verdadeiramente insuportável em julho, não crê, Annie? Anne olhou para Caro por debaixo da aba de seu chapéu. 
No céu, o sol deslumbrava com seus raios. 
Não era nem meio-dia. Mesmo assim, Anne podia sentir as gotas de suor caindo pelas costas. 
O vestido de seda listrado era o adequado para um dia de passeio, o corpete ajustado e preso com fitas e laços. 
É óbvio, mamãe tinha se ocupado disto. 
Mas debaixo, as numerosas camadas de babados e saias presas com o espartilho a faziam se sentir como um preso preparado para ser jogado a um navio e transportado por mar para um lugar longínquo. 
Caro, pelo contrário, e apesar de seus protestos, parecia fresca como uma rosa em que era, sem dúvida, a manhã mais calorosa do verão. 
Como Caro conservava a sua esbelta silhueta depois de dois partos seguidos era um mistério que provocava inveja e comentários entre as damas da alta sociedade. Afinal, ter uma cintura diminuta era uma das coisas mais cobiçadas nesses dias. 
Anne, é óbvio, sabia que tinha muito a ver com Isabella e o pequeno John, de três e dois anos respectivamente, que nem sequer tinham um ano de diferença. 
Os dois se pareciam com Caro, com seu cabelo dourado, seus olhos de um azul escuro e as mesmas covinhas nas faces. 
A família os chamava de Izzie e Jack, adjetivos como vivazes e impetuosos ficavam pequenos para descreverem seus temperamentos. 
Se a isto se acrescentasse uma tendência marcadamente travessa —assim como a necessidade própria da idade de explorar cada canto e cada fresta do mundo circundante— poderia entender o porquê Caro não podia parar quieta nem um momento estando com eles. 
A maioria das vezes suas travessuras obrigavam Anne a morder os lábios para não rir, já que de outra forma os pequenos se sentiriam inclinados a repetir o que tanta graça causou aos mais velhos.
 —Ai, prima!

Série Família McBride
1 - A Paixão Secreta de Simon Blackwell
2- A Sedução de uma dama desconhecida
3- Noiva de um escocês perverso
Série concluída

30 de abril de 2012

Um Coração Puro


O destino lhe enviou um bandido com a alma negra... Ou um amante com o coração mais puro? 

Seu nome é seu único crime, e mesmo assim lady Gillian deve refugiar-se em uma humilde cabana na tormentosa costa da Cornualia para ocultar-se de um rei que busca matá-la por causa da traição de seu pai. 
Agora o destino envia a Gillian o remédio para sua solidão: um belo estranho vítima de um naufrágio que é lançado a terra pela maré e que requer a atenção da amável dama para curar seu corpo machucado e seu espírito atormentado. 
Só lembra de seu nome: Gareth. Mesmo assim sabe que encontrou o paraíso em companhia dessa deliciosa beleza: suas carícias são um doce êxtase e seu sorriso lhe enfraquece a alma. 
Mas ao retornar suas lembranças pouco a pouco, também recorda a tarefa encomendada pelo Rei. 
Se falhar, seu filho perecerá inevitavelmente. 
Mas como poderá enganar Gillian, cujo amor apaixonado acendeu no coração de Gareth uma chama que nenhuma ordem de nenhum Rei vingativo pode extinguir?

Comentário revisora Ana Julia: O livro é bom, desde o inicio te prende, mas como as meninas disseram a mocinha chega a ser irritante pela teimosa desconfiança pelo mocinho, chega a ser verdadeiramente chato... Mas vale a pena ler o livro, o amor dele por ela é muito bom de se ler. 

Capítulo Um Inglaterra 

Princípios de outubro, 1215 
— Diga-me. Que novidades têm de Ellis de Westerbrook? A ordem imperiosa provinha de Juan, rei da Inglaterra, o mais novo da prole do Demônio, como tinha chegado a conhecer os filhos rebeldes de Enrique II, já que sempre estiveram em desacordo com seu pai… e entre eles mesmos. 
Gilbert de Lincoln espremeu a boina entre as mãos e levantou o olhar para o rosto de barba negra de seu rei. Igual a muitos outros habitantes da Inglaterra, ele também estava farto da cobiça do monarca; queixas descontentes se ouviam em todo o país. 
Muitos dos barões de Juan estavam indignados ante as exigências incessantes de restabelecer seu tesouro… Disso, e da chamada às armas para que Juan pudesse continuar sua luta por recuperar as terras ao outro lado do canal da Normandia e as províncias de Angevin. 
Juan tinha assinado a Carta Magna a princípios do verão. Não obstante, ainda se negava a dar uma lição de humildade. 
A discórdia com seus barões continuou até inflamar-se. De fato, vários estavam tão furiosos e tão decididos a obter que desaparecesse que tinham urdido um complô para assassiná-lo. 
Esse complô se malogrou seriamente. 
A flecha que lançou ao rei Juan, a quem tinham enrolado para que se afastasse de sua partida de caça, não deu no alvo quando no último momento, o cavalo do rei se assustou. 
Em troca, a flecha atingiu um dos guardas reais que tinha saído em busca de seu rei errante. 
O perpetrador fugiu entrando no bosque, já que era especialmente denso. Várias semanas mais tarde, antes que por fim o apanhassem e encarcerassem… Era Ellis, lorde Westerbrook. 
Embora também houvesse outro… Antes de exalar o último suspiro, o guarda ferido havia dito com voz entrecortada que havia dois agressores. 
Imediatamente, os homens do rei levaram Juan muito, muito longe por medo de que fizessem outra tentativa. 
E foi devido a esta tentativa de assassinar o rei que Gilbert de Lincoln tinha pegado seu cavalo e cavalgado de maneira amalucada pelo bosque, o lodo e a escuridão quase dois dias para alcançar seu rei. 
Estava empapado até os ossos pela interminável garoa, impregnado até o centro de seu ser. 
A capa gotejava em atoleiros sobre os juncos esparramados debaixo de suas botas. 
Gilbert não desfrutava das notícias que estava por dar. Temia profundamente que em breve o humor do rei seria tão horrível como o tempo de fora. 
—Sim, Majestade. Trago notícias de Ellis. 
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13 de setembro de 2011

Alana, A Bruxa



Inglaterra, 1066

A bruxa e o guerreiro...

Filha ilegítima do lorde da Fortaleza de Brynwald, Alana foi criada na floresta, reverenciada e temida como a curandeira do vilarejo.
Alana resiste como pode aos brutais invasores normandos e corajosamente enfrenta seu líder, Merrick de Normandia, porém logo se vê à mercê do poderoso guerreiro, que faz dela sua prisioneira...
Orgulhoso e possessivo, Merrick reluta em reconhecer a crescente atração que sente pela atrevida Alana, mas por mais que ela tente escapar ou o desafie com palavras cortantes e um comportamento indiferente, ele sempre consegue trazê-la de volta aos seus braços.
Pouco a pouco, a disputa e o rancor se transformam em uma paixão incontrolável, e quando a traição e a intriga levam Alana a ser capturada por malvados saqueadores dinamarqueses, Merrick sabe que fará o possível e o impossível para salvar e resgatar a dona do seu coração...

Capítulo Um

Tudo ao redor havia enegrecido. Parecia ainda mais negro que as profundezas do inferno. Sombras disformes se moviam a esmo e tentavam agarrá-la com longos dedos agourentos.
Ela sentiu... alguma coisa. Algo demoníaco.
Uma nítida sensação de perigo, tão pesada e espessa quanto as sombras, pairava no ar.
O vento soprava sua fúria.
Raios cruzavam o céu, labaredas de luzes avermelhadas.
O trovão reverberou, fazendo o solo estremecer sob os pés dela.
Gigantescas poças de sangue emergiam na terra. O ar estava empestado com o forte odor de sangue coagulado e destruição.
Desesperada, ela corria. Seu coração batia freneticamente.
Passos a perseguiam.
Corria às cegas, cercada pela escuridão, dominada pelo perigo.
Sombras monstruosas a espreitavam. O espectro da morte perscrutava. Aproximava-se tanto que ela mal conse¬guia respirar...
Mas de repente emergiu um vulto.
Das sombras eles vieram... Homem e animal. Cavaleiro e corcel.
De espada em punho e coberto pela armadura, ele galopava sobre o grande cavalo negro. Não tinha rosto, uma vez que seus traços se escondiam atrás do elmo.
No céu, os raios luminosos maculavam a negritude; era como se o homem se fundisse à prata.
Lentamente ele ergueu o elmo.
Em choque, ela prendeu a respiração.
A pálida expressão do cavaleiro mostrou-se tão fria quanto gelo.
Atingiu-a tal qual uma punhalada. Então, vagarosamente ele ergueu a espada.
A arma, apontada para o céu, rasgou o ar em direção ao peito dela...
— Alana! Por Deus, menina, o que você tem? Se não parar de gritar, certamente vai despertar sua falecida mãe!
A voz masculina soou familiar. Agoniada, Alana de Brynwald, ao emergir da escuridão, virou-se para aquele som.
Acordou trêmula, engolindo a vontade de emitir mais um berro de pavor.
Por um instante, viu-se desorientada, com o rosto sobre a enxerga de palha e a manta fina de lã cobrindo-lhe o corpo até o queixo.
Aos poucos, percebeu os sons e as imagens de seu entorno.
A realidade se instalava. Somente então o terror começou a dissipar.
Lá estava ela na pequena cabana onde passara a infância e se tornara mulher.
A luz tépida penetrava pela única janela, permitindo-lhe enxergar o rosto do homem de barba gri¬salha a seu lado.
Alana soltou um suspiro trêmulo. Nenhuma espada lhe cravava o peito.
Nenhum cavaleiro negro pretendia matá-la. Estava viva... viva.
Mas o sonho pavoroso havia se repetido.
Aubrey mudou de posição e gemeu ao sentir dor.
Sob a lã puída de sua túnica, os ombros ossudos arqueavam.
Os cabelos eram tão cinzentos quanto a barba.
As linhas profundas que definiam o rosto envelhecido condiziam com o olhar preocupado.
— Você me assustou, menina. Escutei seus berros de minha cabana.
Alana nada disse.
Jogou a manta de lado e se ajoelhou sobre a terra úmida.
Ainda especulativo, Aubrey a observava.
Alana jogou para trás os cabelos longos e tão dourados quanto ouro.
Havia aprendido a não mencionar esses sonhos estranhos que a assombravam na calada da noite.
Ela se tornara motivo de escárnio e chacotas dos aldeões, que não perdiam oportunidade de ridicularizá-la.
Mas Aubrey não era como os outros aldeões.
Mesmo agora, apesar da idade avançada, todos o consideravam o melhor curtidor de peles do sul de Humber.
E, de fato, com a morte de sua mãe, Edwyna, Alana amava o bom homem mais que a própria irmã.
Tal qual Edwyna, Aubrey não escarnecia as estranhas visões que a perseguiam desde a infância.
Quase tudo havia acontecido.
Porém, algo a impedia de falar livremente a respeito. Como poderia contar a ele?
Ciente de que Aubrey ainda a observava, Alana abaixou o olhar.
Já havia tido sonhos tanto durante o dia quanto à noite.
Com desconhecidos. Com os aldeões.
Mas nunca sonhara consigo mesma. E sabia que jamais temera pela própria vida...

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4 de novembro de 2010

Noite de Lua











Quando James St. Bride, se inteira que sua amante cigana ficou grávida decide abandoná-la.

Esta, despeitada, lhe lança uma maldição: o único filho que o Conde gerará em toda sua vida será o que ela leva em seu ventre.
E, efetivamente, a maldição se cumpre.

Anos mais tarde, com o falecimento do antigo Conde, Dominic St. Bride, o filho meio cigano de James e seu único herdeiro, chega a Ravenwood disposto a ocupar o posto que, por direito, lhe pertence.
Dominic é um homem torturado, quem segundo rumores que é um vagabundo e um mulherengo contumaz.
Mas a verdade é que está acostumado a sentir a hostilidade das pessoas e não sabe realmente qual é seu lugar: se com a aristocracia ou com o povo de sua mãe.
Faz um tempo, o pai de Olivia Sherwood foi assassinado por um cigano e sua irmã ficou cega no incidente.
Agora, ela é a responsável pela família e, embora esteja empregada em Ravenwood como criada, necessita mais dinheiro para poder manter sua família.
Dominic e Olivia se encontraram pela primeira vez quando a carruagem do Conde está a ponto de atropelar uma mulher.
Nesse primeiro encontro as faíscas saltam, e quando Dominic se inteira da precária situação de Olivia, lhe oferece um novo posto em Ravenwood: o de sua secretária.
A partir deste momento ambos se submergirão em uma feroz paixão que ameaça destruí-los... ou fazê-los felizes para sempre.

Capítulo Um

Ravenwood Hall, 1821.

—É cigano, já sabe, Olivia. -Estavam lhe dando uma cotovelada nas costelas. -Um cigano do diabo. O cigano.
Em sua mente, Olivia começou a chamá-lo assim dede o primeiro dia que começou a trabalhar em Ravenwood Hall. Não havia dúvida de que outras pessoas da casa também o faziam, porque isso é o que era. O filho bastardo do velho conde... O cigano.
Dominic St. Bride.
Olivia sorriu educadamente, pegando ou pão dormido que constituía sua comida. Como homem de Deus, seu querido pai -que Deus o guardasse em sua glória -sempre considerou a fofoca como um pecado de extrema gravidade.
Sem dúvida seu pai a teria repreendido inclusive somente por escutar.
Mesmo assim, Olivia não podia evitar. Bem sabia Deus que não albergava nenhum afeto pelos ciganos, de maneira nenhuma, não depois do que aconteceu a seu pai, e enquanto isso não podia evitar.
Sentia uma enorme curiosidade pelo novo senhor de Ravenwood.
Franklin, o mordomo, levantou suas espessas sobrancelhas cinzas.
—Lanston, o mordomo da casa de Londres, já sabe, disse que é dos que passam horas meditando melancolicamente. E que dorme com a janela aberta, inclusive em pleno inverno.
—Vá, será um patrão cruel, sem dúvida. -Esse comentário procedia da senhora Thompson, a confeiteira. A seus olhos, costumava a ser indulgente com aquilo no que ela sobressaía. Tinha a barriga tão redonda quanto o traseiro, mas Olivia ouviu Franklin dizer que não havia melhor confeiteira fora de Londres.
Charlotte, uma moça jovem que acabava de chegar da Irlanda, se benzeu. Seus suaves olhos castanhos estavam abertos como pratos.
—Não se diferencia em nada do outro, do velho conde -interveio outro fazendo uma careta. -Oxalá tivesse ficado em Londres!
Franklin negou com a cabeça.
—Ainda não posso acreditar que o velho conde não tivesse mais filhos. Imagina? Três esposas e todas estéreis.
—Talvez a culpa fosse dele, e não de suas esposas. Nunca te ocorreu pensar nisso? -Desta vez era o cozinheiro quem falava.
—Afeiçoou-se muito ao vinho em seus últimos anos...
—Seus últimos anos? Caramba, a última década, atrever-me-ia a dizer! Mildred, que era prima de cavalariço mais velho de Londres, disse que começou a levantar o copo desde o dia em que foi tirar o menino da mãe cigana.
Franklin assentiu.
—Dizem que quase não podia olhar o moço. Bom, até que não o testamento foi lido, ninguém sabia que o legitimou anos antes.
—Assim foi -disse o jardineiro. -Até que não enterrou sua última esposa não se decidiu a procurar o moço. Mas o conde tinha que legitimar o pequeno da cigana, porque, se não, quem herdaria? Além do cigano, seu único parente de sangue era uma prima longínqua, e era quase tão velha quanto ele.
—De todas as formas o título nunca teria passado a ela. Além disso -disse Glória, uma das criadas de cima, -o velho conde não lhe professava um particular afeto.
—O velho conde não tinha um particular afeto por ninguém!

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6 de junho de 2010

O Conquistador



Alana de Brynwald, uma camponesa selvagem e impetuosa, filha bastarda de um lorde saxão assassinado, resiste com valentia aos brutais invasores normandos, mas teme ao misterioso espectro que assedia seus sonhos. 

Agora, Merrick da Normandía está diante dela.Ele é o amo e ela é a cativa. 
Mas Merrick não pode cantar vitória, até que ela compartilhe sua paixão... E seu amor.
Merrick da Normandía deveria se afastar da bela saxã, que o quer morto.
Entretanto, o fogo sensual de Alana o atrai e acende sua alma de guerreiro.Ele é o amo e ela, a cativa. 
No entanto, Merrick não pode considerar sua vitória completa até que a orgulhosa saxã compartilhe sua paixão e o aceite como o amo e senhor de seu coração.

Capítulo Um


Inglaterra, 1066

Tudo ao redor se encontrava na escuridão, uma escuridão como ela nunca tinha visto. Mais escuro que o poço mais profundo do inferno. As sombras se moviam e ameaçavam, corriam para trás e para frente, dentro e fora, como se tentassem capturá-la com dedos ansiosos, ambiciosos...Podia pressentir algo... Algo mau.
Um sentimento de perigo que ameaçava por toda parte, tão forte, grande e evidente como as sombras.
O vento soprava com fúria, com lamentos e uivos. Um raio retumbou no céu, um esplendor de luz dilaceradora. Um trovão rugiu na terra, fazendo tremer o chão debaixo de seus pés.
Enormes poças de sangue manchavam a terra. O ar estava impregnado com o fedor nauseabundo de sangue e destruição.Então, correu.
Os batimentos do coração rugiam em seus ouvidos, por cima do chiado do vento. Passos golpeavam a terra atrás dela.Corria às cegas, assediada pela escuridão. Acossada pelo perigo. Por todas essas sombras horríveis que rondavam em toda a parte.
O espectro da morte ameaçava de perto, ao alcance da mão.
Pressionava, asfixiava de tal maneira que mal podia respirar...Entretanto, de repente, apareceu diante dela uma sombra imensa.
Saindo da sombra... Homem e besta. Um cavalheiro e seu cavalo.
Estava montado sobre um grande corcel negro, em sua soberba armadura.



19 de junho de 2009

A Esposa Perfeita

Série Sterling
Devon Saint James, filha bastarda de uma perceptora, sobrevive como pode no escuro e fedorento bairro de Saint Gilles. 
Uma noite é assaltada por dois criminosos que deixam o seu corpo nas ruas frias e sujas da cidade.
Mas o destino quer que naquela mesma noite, Sebastian Sterling, Marquês de Thurston, vá até ao bairro à procura do seu irmão rebelde, e pela localização das tabuletas e bordeis, depara no seu caminho com o corpo da jovem moribunda.
Quando Devon recobra a consciencia desperta em um quente e confortavel quarto, debaixo do atento olhar do homem mais bonito que alguma vez imaginara.

Prólogo

Inglaterra, 1794

Sebastian Lloyd William Sterling estava deitado na cama.
Com os olhos muito abertos e um nó frio e apertado no estomago, olhava para as sombras que havia na parede do seu quarto. Não tinha nenhuma intenção de dormir, por mais que fechasse os olhos com força quando Nana entrou por um momento antes para ver conciliara o sono.
Sempre que a sua mãe e o seu pai discutiam, o sono negava-se a aparecer.
A janela de Sebastian estava aberta, o dia havia sido quente para finais de Setembro, e o seu quarto situava-se diretamente em cima dos posentos da sua mãe. Através da noite, através da escuridão, chegavam-lhe as suas vozes.
Claro que não era a primeira vez que os ouvia discutir.
Esse ano fora particularmente sangrento, não só em Londres, durante a época do isolamento, mas aqui em Thurston Hall. Acontecia sobretudo quando tinham convidados porque a marquesa adorava entretê-los. Naquele momento discutiam acerca das suas infidelidades, da sua natureza frívola e alegre.
As observações provinham do seu pai, William Sterling, marquês de Thurston, que não era um homem muito inclinado a esquecer as coisas que lhe desagradavam. Muito pelo contrario, preferia impor castigos e criticar. Desde que Sebastian raciocinava, não se lembrava de uma só vez em que o pai lhe dirigira palavras de reconhecimento; nem a ele nem a ninguém.
Quando Sebastian foi para a cama, sabia que a discussão dessa noite seria inevitável. Havia esperado tensamente pelo momento em que começasse, visto que os pais deram uma festa na sua casa de campo nesse fim de semana e o último convidado havia saído há algum tempo.
Mas a dessa noite foi uma das piores. Sebastian tapou as orelhas com as mãos, tentando afastar o som que não cessava. O seu pai discursava retoricamente, e gritava e amaldiçoava. A mãe queixava-se, defendia as suas razões, e gritava.
Ele não podia detê-los. Ninguém podia. Quando discutiam, os empregados desciam as escadas nas pontas dos pés e mantinham-se à distancia.
Por fim, ouviu-se uma porta batendo no andar de baixo, e a casa ficou de repente em silencio.
Sebastian sabia que o pai se retiraria para o escritório com uma garrafa de genebra. Ai!, teria um humor de cão pela manhã, já podia ver aqueles olhos vermelhos e inchados que o olhavam com a testa franzida, uma visão que o fazia temer a chegada do novo dia. As lições de leitura estavam programadas para o dia seguinte, e o marquês sempre assistia nesse horário quando residiam na residência de Hall.
Embora estivesse habituado aos seus comentários e
as duras acusações, sem sombra de dúvida a manhã seguinte seria mais torturante do que o normal. O rapaz suspirou. Também teria que manter o seu irmão mais novo, Justin, afastado. Ele sabia contornar o mau humor do seu pai, mas Justin não.
Na escuridão, o pequeno ficou deitado sem mover um músculo, sem fazer um ruído. Ficou assim um bom tempo e, finalmente, saltou da cama e cruzou o corredor.
Tinha o hábito de fazer uma visita aos seus irmãos quando os pais discutiam, para se assegurar de que estavam bem. A razão, desconhecia-a. Talvez fosse por ser o mais velho e, portanto, era seu o dever de cuidar deles.
Saiu furtivamente para o corredor. Nana estaria dormindo, sem dúvida (ouvira os roncos que chegavam do seu quarto). Uma vez dera uma bronca quando o descobriu na biblioteca no meio da noite. Ao contrário das outras crianças, Sebastian não temia a escuridão. Muito pelo contário, a noite era uma oportunidade para desfrutar da solidão que raramente encontrava durante o dia. Sem tutores, sem Nana a vigiá-lo, sem criados que controlassem os seus passos.


Série Sterling
1 - A Esposa Perfeita
2 - Um Noivo Perfeito
3 - Um Herói Perfeito
Série Concluída

Um Noivo Perfeito

Série Sterling

Orgulhoso da sua reputação de malandro, Justin Sterling está destindo a ser o primeiro a deitar-se com «a Inalcançável» - a debutante mais apetitosa da temporada - e ganhar a aposta da qual todo o mundo fala. 
Contudo, nunca esperou que a feiticeira em questão fosse Arabella Templeton, a que uma vez lhe roubou o coração e que ainda o possuía. Agora, o admirável desavergonhado terá que lhe provar a ela que as suas intenções são honoraveis… enquanto salvaguarda a sua fama de malandro em Londres. Arabella só se casará por amor... e não precisa que o seu adversário de infância aja como seu auto nomeado guardião! 
Embora o arrogente malandro pareça ser sincero, ela é muito consciente do seu historial como libertino e não cairá nas redes do seu considerável encanto e magnifica aparência.
Pois seria uma autentica loucura que Arabella ignorasse a voz da razão que lhe sussurra constantemente «tem cuidado!» e, no seu lugar, ouvisse o seu coração traiçoeiro que não pára de insistir no que Justin Sterling lhe poderia fazer sentir...

Prólogo

Sempre soube que era um canalha. Apesar das crianças da família Sterling terem todos o mesmo parentesco e terem crescido na mesma casa, eram, sem duvida nenhuma, muito diferentes.
O irmão mais velho, Sebastian, era o responsável: resoluto e formal, estudioso e atento, até mesmo orgulhoso.
A sua irmã mais nova, Juliana, era carinhosa, a vitalidade da natureza.
Quanto a Justin...
Justin era o retrato vivo da sua mãe. Sim, era como a sua mãe, não só fisicamente (ele tinha herdado a clareza dos seus olhos, que brilhavam como a mais pura esmeralda; feições requintas e equilibradas, o belo cabelo escuro, mas... Bem, ele tinha herdado outras coisas também. Na verdade, ele estava convencido de que tinha herdado tudo.
Ainda me lembro daqueles primeiros anos após a fuga da sua mãe com o seu amante. Embora ele soubesse que a sua mãe tinha tido muitos amantes. Evidentemente, esta é uma daquelas coisas que ninguém fala abertamente, mas que se falam em voz tão baixa, em sussurros.
E sem ser um sobredotado, Justin era uma criança inteligente capaz de reparar em qualquer palavra sussurrada pelos criados, naqueles olhos que lastimavam como os três jovens tinham sido abandonados pela Marquesa e deixados à mercê de seu pai, um homem que dava a impressão de estar em desacordo com o mundo em torno dele.
Afinal, o seu pai não gostava dele. Não gostava de Sebastian. Nem sequer gostava da doce Juliana, a quem todos adoravam. E sobretudo, não gostava de Justin, o sempre irreverente Justin.
Os seus professores referiam-se a ele como uma causa perdida.
Carecia de disciplina e consideravam-no prejudicial, distraído e rebelde. Incapaz de sobressair nas suas aulas, como o fazia Sebastian.
Desde a mais tenra idade, soube que era uma sorte que Sebastian tivesse nascido antes dele. Justin sabia que não teria acarretado com dignidade o título de marquês de Thurston. De alguma forma, sempre fazia coisas que não devia. Pensava em coisas que não devia, dizia o que era melhor não dizer… especialmente diante do pai. Nunca estava de acordo com ele.
Não conseguia ficar quieto durante hora no mesmo sítio. Retorcia-se na sua cadeira. Olhava pela janela e desejava de todo o coração estar em qualquer outro sítio.
Justin detestou os estudos desde o primeiro dia em que se juntou ao seu irmão na aula. Um dia decidiu simplesmente que já tinha feito o suficiente.
Depois do almoço, saiu da aula sem dizer a ninguém. Devia saber que o seu professor, o senhor Rutherford, diria imediatamente ao seu pai. Provavelmente, fê-lo porque sabia que o faria.
O que nunca imaginou é que o seu pai deixaria as suas funções para o ir procurar. Para um rapaz de oito anos, era muito divertido ver como toda a gente saia para o procurar. Empoleirado no alto de uma árvore do jardim. Justin via os criados a correr pelos estábulos e pelos cantos dos domínios de Thurston Hall. Riu ao ver o pai a passar uma e outra vez junto à árvore. Até que, de repente, o pai parou… e olhou para cima.
Pelo brilhar do seu olhar, ficou claro que o marquês não aprovava o comportamento do seu filho


Série Sterling
1 - Uma Esposa Perfeita
2 - Um Noivo Perfeito
3 - Um Herói Perfeito
Série Concluída

Um Herói Perfeito

Série Sterling

Desde que foi cruelmente deixada no altar com a idade de vinte e dois anos, Lady Julianna Sterling resolveu não ter nada a ver com os homens. Então fica chocada ao descobrir que tem sentimentos indesejados pelo pior da raça - um ladrão de estrada perigoso e insuportavelmente bonito que atacou seu cocheiro e a levou cativa. Pior ainda, sua ira justa rapidamente se transforma em decepção quando o foragido irresistível a liberta. O visconde Dane Graville sabe que não deveria ter revelado seu rosto para a encantadora Lady Julianna - pois ele comprometeu a missão secreta que assumiu para a Coroa sob o disfarce do notório Magpie. Agora seus caminhos estão se cruzando mais uma vez, e Dane sofre para provar novamente a doçura de seu beijo. Mas deve resistir ao que seu coração exige, pois sua paixão só pode levar a perigos além da imaginação.

Prólogo

Londres, 1814

Os murmúrios tinham começado a circular na igreja. Algo ia mal… muito mal. Apenas momentos antes, estava convencida de que não podia existir um dia mais perfeito…
O dia de seu casamento.
Na abóbada, os raios de sol iluminavam as vidraças da igreja de Saint George, situada na Hannover Square, alagando o interior da nave de uma luz efêmera e radiante.
Era um sinal. Assim tinha decidido a senhorita Julianna Sterling ao descer da carruagem e aproximar-se da igreja. Durante muito tempo, uma nuvem havia coberto a vida dos Sterling. Por isso, que tivesse saído um dia tão maravilhoso devia ser um símbolo da vida que lhe esperava, um bom agouro. Estava segura de que em um dia tão glorioso e dourado como esse, tudo tinha que sair à perfeição. Sua união com Thomas Markham seria abençoada como nenhuma outra.
E depois de alguns momentos de espera… estava começando a sentir os primeiros indícios de pânico. Thomas já deveria ter chegado.
Onde estava?
Uma mão lhe tocou o ombro. Julianna levantou o olhar e se encontrou com os olhos cinzas de seu irmão mais velho. Se Sebastian se precaveu do murmúrio que provinha dos convidados, parecia preferir ignorá-los.
—Parece uma princesa —disse com voz rouca.
Julianna se esforçou em sorrir. Usava um vestido de seda fina, cor rosa pálido —seu favorito— coberto de cetim prateado. Sapatos rosa combinando, cobriam seus pés. As mangas eram de encaixe fino de Bruxelas e a prega do vestido tinha sido coberta com bordados de casulos de rosa brancos, engalanados aqui e lá de linho prateado. Mas possivelmente o elemento mais assombroso do conjunto fosse o comprido e elegante véu que caía por suas costas e arrastava pelo chão.
—Sinto-me como se fosse —admitiu brandamente— muito obrigado, senhor. Não posso negar que você também está espetacular.
—E eu o que? —perguntou outra voz, neste caso a de seu irmão Justin—, acaso não mereço o mesmo elogio?
Julianna enrugou o nariz.
—Desesperado é o que está —replicou— se necessitar que seja sua irmã que o adule.
—Descarada! —burlou-se Justin.
Rodeada de seus morenos e bonitos irmãos, Julianna deslizou suas delicadas mãos, cobertas com luvas de encaixe, pelo oco das mangas. Durante vinte e três anos, Sebastian e Justin a tinham protegido em tudo o que tinham podido, e não é que ela o tivesse querido ou necessitado, motivo pelo que os amava ainda mais.
Justin elevou uma sobrancelha e se dirigiu a Sebastian.
—Dado que normalmente é a mãe a que se encarrega de preparar a sua filha para a noite de núpcias, espero que tenha ensinado a nossa irmã tudo o que… como posso dizer forma delicada… precisa saber…
—Na realidade, pedi a Sebastian que deixasse a ti essa honra, Justin. Além do mais, consta-me que é um homem de grande experiência, não é verdade?
Eram estranhas as ocasiões em que se podia ver Justin incomodado. Julianna desfrutou do momento.
—Além disso —seguiu com voz melosa—, não preciso. Embora não seja uma mulher de grandes conhecimentos, estou muito orgulhosa de minha imaginação, por não falar do fato de que me fiz uma viciada em escutar detrás das portas quando era pequena e lhes contavam suas conquistas. Pode-se dizer que aprendi o bastante, assim não acredito que vá escandalizar me neste ponto.
Sebastian se endireitou.
—Que demônios está dizendo…?
—Julianna! —exclamou Justin—. Agora, deixa que te diga…
—Deixem de me olhar com essa cara de reprovação. —Pareciam tão escandalizados que não pôde conter uma gargalhada. Não podia imaginar-se que seria a última vez que riria esse dia.
Enquanto seus irmãos continuavam admoestando-a, deu uma olhada à nave da igreja. Desde que era uma menina, Julianna tinha sonhado casar-se na igreja de Saint George, construída há quase cem anos e onde se casou o filho do Rei, o príncipe Augusto. Graças a Sebastian, o sonho se realizava. Foi ele quem insistiu que o casamento tivesse lugar em Saint George.
Julianna não se opôs. Não era só um sonho de menina. Sabia que, para Sebastian, era também um símbolo de prosperidade e êxito. Tinham tido que percorrer um longo caminho para que a sociedade voltasse a admitir o nome dos Sterling. Depois da morte de seu pai, tinha sido Sebastian o encarregado de restaurar a respeitabilidade de seu sobrenome.
Os bancos de ambos os lados do corredor estavam cheios de gente. Julianna notou então que algumas cabeças começavam a girar-se e olhar o percurso que ia de onde eles estavam de pé junto à porta até a fronte do altar…


Série Sterling
1 - A Esposa Perfeita
2 - Um Noivo Perfeito
3 - Um Herói Perfeito
Série Concluída

26 de março de 2009

O Malvado


Uma vingança é concretizada em um sequestro...

Pouco antes de fazer seus votos como freira, Meredith Munro é sequetrada do convento de Connyridge por um homem que parece odiá-la. 

Camerom MacKay, é o último do que alguma vez foi um clã, arde de necessidade de concretizar uma vin gança contra o clã Munro, a quem culpa pelo assassinato de seu pai e de seus seis irmãos.
Como filha única e herdeira do ruivo, Angus Munro, Meredith é a ferramenta perfeita para executar a vingança.
“Me dê um filho e eu a libertarei” Os MacKays precisam de um herdeiro para que o clã sobreviva... E que melhor que o menino seja prociado por um MacKay e a filha de seu pior inimigo? Cameron deseja que Meredith lhe devolva algo do muito que Munro lhe tirou.
Mas Cameron se vê surpreendido pela resistência que encontra nesta mulher miúda e reticentemente fica deslumbrado por sua beleza e valentia. O captor logo fica cativado por sua prisioneira. E juntos, Cameron e Meredith deverão curar as feridas de dois clãs envoltos em uma briga sangrenta por séculos.
Um impacto que pode mudar a vida de todos ... Meredith e Cameron se atraem e se repelem continuamente. Cameron lhe proporá um pacto: se Meredith lhe der um filho, ele não se vingará do pai dela e ela será livre depois de dar a luz. Um pacto tentador, que cessaria mais derramamentos de sangue entre os dois clãs,mas poderá Meredith cumprir um pacto no lugar que mais teme no mundo: a cama de um homem? 


Ambos os protagonistas são complexos e guardam segredos que vão se revelando ao longo de um argumento super entretido e sensual.

Capítulo Um

1200 - Escócia
- Não tenha medo.
As palavras entraram em seus ouvidos, de repente, frias como um lago em meio de um congelamento invernal. Ouvindo-as, Meredith Munro sentiu um calafrio que comoveu as profundidades de sua alma ... um calafrio que ela nunca tinha conhecido antes.
Seu rosário escorregou para o piso . Não tenha medo, a voz havia dito.
OH Deus, mas ela tinha medo! De fato, estava aterrorizada, pois dentro de sua cela havia três homens, duas figuras gigantescas que tinha visto de lampejo.E a mão do terceiro agora apertava sua boca.
Os homens não tinham nada que fazer ali, no Convento de Connyridge. O Padre Marcus era o único homem que vinha, para a dar missa e para ouvir as transgressões das freiras e das poucas noviças que residiam dentro daquelas antigas paredes de pedra.
Sua mente girou desorientada. Ai Deus, estava em sendo posta de pé ! Ela tinha estado de joelhos rezando ao lado da cama. Quem a levantava ... tinha uma mão imensa. Cobriu-lhe o nariz e metade da boca para que ela mal pudesse respirar.Tudo o que ela poderia ouvir era o batimento do coração de seu sangue em seus ouvidos .
O medo se estendia com cada pulsação de seu coração, um medo alimentado pela certeza horrenda de que estes homens tinham intenção de machucá-la. Uma dúzia de perguntas vieram a sua mente. Onde estava a Madre Gwynn? E a irmã Amélia? Como era possível que tivessem invadido estas paredes sagradas? Havia três deles ... três! Ninguém tinha ouvido um som? Um pensamento horrível passou por sua mente. Possivelmente os outros não tinham ouvido nada , pois já estavam mortos!
Não. Não! Não poderia pensar dessa maneira , pois não poderia suportá-lo!
Para lhe recordar o que acontecia, o braço rodeou sua cintura e a apertou muito ligeiramente.
A respiração quente se sentia em seu ouvido.
-Uma palavra de advertência - veio o sussurro masculino novamente. -Não grite, e não lhe faremos mal, prometo. Entende ?
Seu tom quase era agradável, mas Meredith sentiu que essa não era sua intenção.
Gritar, ela pensou fracamente. A sacudida e o terror a mantiveram imóvel. Ser agradável ... A idéia foi ridícula! Os músculos de sua garganta estavam tão contraídos, que nenhum som poderia ter saído embora ela fizesse a tentativa