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12 de janeiro de 2010

Série Família Fairfax

1 - O AMOR TEM SEU PREÇO


Inglaterra, 1159

Enfeitiçados pela paixão!


Bela e impulsiva, Martine jura nunca se apaixonar depois que sua mãe morreu com o coração partido.
Apesar disso, ela cede aos apelos do irmão e concorda em deixar Paris para ir ao encontro de um homem desconhecido... um possível pretendente... na enevoada costa da Inglaterra.
Forte e bonito, Thorne Falconer também jurou nunca se apaixonar.
Nascido na pobreza, a única coisa que lhe interessa é o que separa os ricos dos pobres: terras. Ao arranjar a união de Martine com um nobre inglês, ele receberá uma propriedade como recompensa.
Ele, porém, não contava com a irresistível atração que sentiria por Martine e com a fascinação dela por ele.
E enquanto ambos lutam para negar o desejo mútuo, acabam sendo arrebatados por uma paixão tão avassaladora que passa por cima de tudo, menos do imenso amor que os consome.

Capítulo Um

Agosto de 1159, Costa da Normandia
Martine de Rouen observava uma gaivota sobrevoar o alvorecer através do canal.
A ave passou por sobre diversos navios no porto de Fécamp como se tentasse escolher o melhor local para pousar.
Por fim, escolha feita, desceu num gracioso espiral e pousou no gradil do Lady's Slipper bem ao seu lado enquanto trinta remadores moviam lentamente a embarcação mercante para longe da doca.
— É um bom presságio, milady — o capitão do barco disse e sorriu. — Uma bênção para seu casamento com o filho do barão Godfrey. — O inglês imenso, praticamente desdentado, tinha o rosto coberto de furúnculos, e se comunicava em francês, num sotaque gutural desagradável.
Martine deixara de acreditar em augúrios aos dez anos, especialmente os bons.
Por que tentar se enganar esperando pelo melhor quando a lógica predizia o pior? Estava indo à Inglaterra, para se casar com Edmond de Harford, um homem que nunca tinha visto.
O fato a enchia com tamanho terror que nenhum presságio seria capaz de atenuar.
Sentindo a presença reconfortante do irmão às costas, virou-se e o encarou.
Rainulf a fitou e em seguida voltou-se para o inglês, retribuindo o sorriso.
— Um bom presságio? Por que diz isso?
O homem apontou para a pequena visitante na grade ao lado de Martine.
— Essa é uma ave inglesa, padre... milorde. — Ele franziu o cenho, desconcertado.
Martine sabia que o homem devia estar pesando a situação e tentando decidir qual a melhor forma de se dirigir a um padre que era filho de um barão normando, e parente da própria rainha Eleanor.
— Pode me chamar de padre — Rainulf prontificou. — Minha devoção a Deus suplanta até mesmo a que tenho por minha prima. — Fez um gesto para a ave. — Então acredita que nossa amiguinha aqui, tenha voado desde a Inglaterra só por nossa causa?
— Sim, senhor... padre. É um bom sinal. — Ele sorriu para Martine.— A pobrezinha voou desde a Inglaterra para encontrá-la, milady, a fim de acompanhá-la até sir Edmond. Se a senhora oferecer migalhas de pão, é possível que ela fique conosco até chegarmos ao porto amanhã. Isso fará com que seu casamento seja uma união de amor e garantirá muitos herdeiros.
União de amor? Martine estremeceu ante tal conceito.
Quando criança testemunhara uma união de amor reivindicar a vontade, a razão e, por fim, a vida da mãe.
Tendo de escolher entre o convento e o casamento, optara pelo último, mas não consentiria o amor. Jamais cederia, não importando quantos presságios houvessem.
O capitão a observava à espera de uma reação.
Todos os ingleses partilham de suas idéias primitivas. Se sir Edmond for assim, não vejo necessidade de uma gaivota me dizer que esse casamento está fadado ao fracasso.



2 - AMOR PAGÃO





Inglaterra, 1160

O invencível poder do amor...
A jovem Constance era praticamente uma escrava, à espera de ser possuída pelo implacável sir Roger Foliot, lorde de um vilarejo inglês.

Ele, porém, não contava com a capacidade de Constance de escapar ao seu jugo, sob a proteção de Rainulf Fairfax, padre e catedrático de Oxford.
Apesar de levar a sério seu voto de celibato e castidade, Rainulf não ficou indiferente à beleza e à inteligência de Constance, desde o primeiro instante em que a viu.
Antigo soldado das Cruzadas, ele tinha experiência com lutas e batalhas, mas não estava preparado para o intenso conflito de paixão prestes a eclodir entre ambos.
Arrebatada por um amor proibido, Constance desejava o honrado e íntegro Rainulf bem mais do que apenas como seu professor.
E então, os dois se depararam com uma nova lição sobre o sentimento do amor: sua força... suas consequências... e o indescritível e precioso êxtase de compartilhar um futuro... juntos!

Capítulo Um

Oxford, março de 1161.
— Como tem passado, padre? Rainulf de Rouen, também conhecido como Rainulf Fairfax, doutor em Lógica e Teologia, mestre emérito na Universidade de Oxford e ordenado padre, levantou a cabeça e desviou-se de uma caneca de cer¬veja arremessada em sua direção.
— Mas... o que se passa?
— É Victor, padre — disse Thomas.
O estudante de cabelos claros apontou o fundo da taverna, onde Victor de Aeskirche subia ao tampo de uma mesa, incentivado por amigos desordeiros.
— Ele não pretendia atingi-lo. Está discutindo com Burnell, o proprietário.
Rainulf voltou-se para o dono do bar, um brutamontes que no balcão, trajando um avental engordurado, servia bebidas e bolinhos de carne, e agora erguia na mão um grande porrete de madeira.
Ele não se envolveria numa altercação, ainda mais quando Burnell tinha a fama de ser uma pessoa cruel.
Havia batido selvagemente em diversos estudantes, desde que se instalara em Oxford, alguns anos antes. Corriam rumores de que era ele o responsável pela morte de um aluno, encontrado agonizante numa viela.
Apesar de seus defeitos, Victor não merecia igual destino.
— Abaixe isso, Burnell — pediu Rainulf amável -mente.
— Não é de sua conta, padre — o taverneiro grunhiu. — Já disse àquele rapaz para não vir mais aqui, mas ele me desafiou, junto com seus amigos beberrões. — Agora o homem segurava o bastão com ambas as mãos. — E só assim que vão me obedecer.
— Ele tem medo de nós — declarou Victor aos de¬mais ocupantes da mesa. — E sabem por quê?
Rainulf cocou a cabeça, admitindo que Victor, com seu temperamento explosivo, exercia enorme influência sobre os outros jovens. Melhor seria usá-la para aplainar a discórdia entre os estudantes de Oxford e o dono do bar, mas optara por enfrentar o homem.


Série Família Fairfax
1 - O Amor tem seu Preço
2 - Amor Pagão
Série Concluída