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24 de novembro de 2012

O Anjo Malvado


Há cinco anos Elizabeth Alcester se sentiu atraída por Ivan Tramore, um rapaz das cavalariças... 

Cinco longos anos se passaram desde que seu mundo desabou. 
Agora, sem dinheiro e desesperada, encontra-se a mercê de um cruel desconhecido, um homem que jurou fazê-la sua e cujas ardentes carícias despertam os mais sombrios desejos de Elizabeth... 
Tramore retornou para seu lar vitorioso –o bastardo não desejado tornou-se Lorde Ivan, décimo primeiro Marquês de Powerscourt e transformou-se no homem mais poderoso de Londres. 
Nenhuma mulher conseguiu dominá-lo, mas... com Lissa em seus braços toda a sua sede de vingança explodirá repentinamente em uma febre de paixão. 

Comentário revisora Ana Catarina: Adorei o livro. Recomendo para quem gosta de regência, bem florzinha e nada hot. Se preparem porque o mocinho é um anjo malvadíssimo. 
Mas a mocinha até merecia muito mais, porque ela é mimada, egoísta, orgulhosa (para mim o pior defeito). Boa leitura! 

Capítulo Um 

Se tinha que colocar essa jaqueta curta, cor castanha avermelhada uma vez mais, sem dúvida choraria. 
Lissa Alcester voltou seus olhos azuis em direção à odiosa jaqueta que estava dobrada sobre a cama.
Estendeu o braço para tomá-la, mas logo, abruptamente, retirou-o, como se realmente fosse lhe fazer dano voltar a colocar esse objeto. 
Em uma época, tinha sido extraordinariamente fina. 
De um custoso bombasí francês, a confecção da jaqueta tinha sido deliciosa. 
Claro que a tinham presenteado em uma época em que as palavras "custoso" e "delicioso" não tinham um autêntico significado para ela. 
Quando o luxo tinha dominado sua vida a tal ponto, ela não o tinha notado e muito menos tinha imaginado que algum dia teria que viver sem ele. 
Agora Lissa quase nem recordava quando essa jaqueta ficou curta. 
Mas suspeitava que fazia muito tempo atrás, a julgar pelas marcas que tinham deixado às costuras do busto, de tanto as alargar. 
O passar do tempo também se evidenciava no pescoço gasto e na renda negra, feita a máquina, que tinha agregado a este para dissimular o uso. 
Para que o insulto fosse até mais grave, as mangas ficavam curtas e a cintura, embora ainda ficava bem, levantava tanto por trás, que Lissa a passava voltando-se e controlando que a camisa não saísse por debaixo da jaqueta. 
Lissa se voltou, desolada. Levantou um pouco seu ânimo ao recordar o motivo pelo que ela e Evvie sairiam essa manhã. 
Sem dúvida, a correspondência da tia avó Sophie teria chegado a Bishop Mercantile. 
E talvez este mês, como tantos meses anteriores nos que tinham necessitado algo, receberiam um pouco mais. 
O suficiente para comprar uma jaqueta curta nova, pensou. 
—Lissa! Vem ver! Fiz bem? —Escutou a voz de sua irmã que a chamava da sala de recepção. 
Sem mais deliberações, Lissa colocou a gasta jaqueta sobre a camisa e prendeu seus botões alargados até o extremo de sua ponta na parte dianteira. Logo desceu pela estreita escada da casa. 
A irmã mais jovem de Lissa, Evelyn Grace, estava sentada em um gasto sofá azul, frente à lareira de pedra. 
Quando Lissa entrou, sua irmã sorriu com doçura.
Evvie levantou a vista, mas seu olhar nunca encontrou o dela. Era óbvia sua cegueira. 
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