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2 de janeiro de 2012
O Capitão Fracasso
O jovem e arruinado barão de Sigognac se consome nas ruínas do seu castelo na Gasconha.
Aproveitando a passagem de uma trupe de comediantes que segue para Paris, ele decide acompanhá-los em busca de aventuras.
A morte inesperada de um dos integrantes causa um sério problema para o grupo.
Sigognac, então assume seu lugar sob o pseudônimo de Capitão Fracasso.
Quando Isabelle, uma linda jovem de passado misterioso, atrai a atenção do duque de Vallombreuse, e se torna inoportuno, Sigognac parte em defesa da honra da donzela.
Capítulo Um
Nas encostas de uma despida colina entre Dax e Mont-de-Marsan elevava-se, no reinado de Luís XIII, um grande solar de feitio bastante comum na Gasconha.
Duas torres redondas dominavam a construção de pedra, acobertada por um espesso tapete de hera.
O passante que avistasse de longe seu perfil verde e cinzento poderia julgar o local muito apropriado para servir de habitação a um fidalgo de província.
Sua opinião, no entanto, não permaneceria a mesma à medida que se aproximasse do solar, mergulhado num lastimável estado de abandono e velhice.
O caminho que, partindo da estrada, conduzia à construção fora invadido por ervas e arbustos selvagens de todo tipo.
A pesada porta de entrada, atravessada por fendas e rachaduras, era encimada por um brasão de armas quase apagado.
Os vidros de inúmeras janelas estavam quebrados, assim como uma grande quantidade de telhas, o que permitia ao vento e à chuva entrarem e saírem do solar como se estivessem em sua própria casa.
Ninhos de andorinha fechavam algumas chaminés e pousavam também no parapeito de uma ou outra janela desmantelada.
Empurrando a porta — cujos gonzos gemeriam como uma alma danada a caminho do inferno —, nosso viajante se acharia sob uma espécie de abóbada ogival ainda mais antiga que o resto do castelo.
No alto do teto reproduzia-se o mesmo brasão visto sobre a porta, desta vez mais nítido: três cegonhas de ouro num campo azul, na certa o emblema da família.
Dessa espécie de pátio ou entrada partiam várias portas, dando para diversos aposentos.
Se nosso viajante continuasse a andar em linha reta, passaria por um outro pátio e chegaria finalmente ao jardim, para o qual desceria através dos degraus partidos e cobertos de limo de uma miserável escada.
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