Após perder a esposa, Caroline Aincourt, e a filha, a pequena Alana, em um trágico acidente às vésperas do Natal, Richard torna-se um homem solitário e amargo.
Em profundo estado depressivo, Richard parte para seu castelo no campo.
Mas, com a chegada de Jessica Maitland e Gabriela Carstairs, seus dias de autocomiseração estão contados. Pouco antes de morrer, o general Streathern, tio-avô de Gabriela, ordenou que a menina ficasse sob a custódia de Richard, que a protegeria do lorde de Vesey, seu sobrinho-neto interessado em roubar a herança da prima.
Com a missão de entregar a menina sã e salva para Richard, Jessica parte para o castelo do duque, afastando Gabriela de um ambiente nefasto.
Richard não tem intenção de ser responsável por uma órfã, mesmo porque isso o faz lembrar a filha. Mas, ele se sente cada vez mais atraído por Jessica, tornando-se vulnerável à insistência dela para que proteja a menina. Com a chegada de lorde Vesey ao castelo,a situação fica mais complicada.
Decide então reivindicar a guarda de Gabriela, o que coloca Richard em uma posição desconfortável, e para complicar , uma pessoa aparece morta. Agora, Richard e Jessica unem forças para descobrir o assassino, e também tentam... resistir à paixão incontrolável que surge entre eles!
Capítulo Um
Lady Leona Vesey ficava bonita quando chorava. E estava fazendo isso agora... copiosamente. Rios de lágrimas jorravam de seus olhos e escorriam pelo rosto enquanto segurava a mão enrugada do velho homem deitado na cama.
— Ah, tio, por favor, não morra — disse ela com voz de lamentação, os lábios trêmulos.
Jessica Maitland, que estava do outro lado da cama do general Streathern, perto da sobrinha-neta dele, Gabriela, olhava fixamente para lady Vesey com desprezo. Achava que o desempenho dela era digno de um palco. Jessica tinha de admitir que Leona ficava encantadora quando chorava, um talento que Jessica suspeitava que ela passara anos aperfeiçoando. Soubera que lágrimas funcionavam muito bem com os homens. Jessica detestava lágrima, e quando não conseguia segurá-las, as liberava na solidão e na calma de seu quarto.
Claro, Jessica, uma mulher extremamente justa, tinha de admitir que lady Leona Vesey também era bonita quando não estava chorando. Era uma das belezas reinantes em Londres há alguns anos — embora fosse considerada escandalosa demais para freqüentar as melhores casas — e, se estava chegando aos últimos anos desse reinado, o brilho dourado da luz de velas no quarto escuro escondia qualquer efeito que o tempo e a vida desregrada lhe haviam causado.
Lady Vesey era opulenta, ombros delicados e seios saindo pelo decote cavado do vestido, mais adequado como traje de noite do que para visitar um velho parente doente. A pele era macia e tinha o tom do mel, complementando os cachos dourados presos no topo da cabeça e os olhos redondos cas-tanho-claros. Fazia Jessica lembrar-se de uma gata manhosa e mimada, embora se transformasse em algo parecido com uma leoa quando ficava furiosa, como ontem, quando dera um tapa em uma empregada desajeitada que derramara chá em seu vestido.
Naquele momento, Jessica quis dar um tapa em Leona, mas, sendo apenas a governanta da casa do general, manteve a boca bem fechada. Embora, em épocas normais, Jessica mantivesse a casa funcionando com eficiência, Leona não estava acima dela apenas na condição social, mas, por ser esposa do sobrinho-neto do general, também tinha algum parentesco. Desde o momento em que ela e lorde Vesey entraram na casa, Leona assumira o controle, tratando Jessica como empregada.
— Ah, tio — dizia Leona agora, enxugando as lágrimas com o lenço de renda. — Por favor, fale comigo. Fico destruída ao vê-lo dessa maneira.Jessica sentiu Gabriela ficar tensa a seu lado, e sabia no que a menina estava pensando: que o general não tinha nenhuma relação real com lady Vesey, sendo tio-avô do marido dela, e que lady Vesey podia estar tudo menos destruída ao ver o general deitado naquela cama, prestes a morrer.
Decide então reivindicar a guarda de Gabriela, o que coloca Richard em uma posição desconfortável, e para complicar , uma pessoa aparece morta. Agora, Richard e Jessica unem forças para descobrir o assassino, e também tentam... resistir à paixão incontrolável que surge entre eles!
Capítulo Um
Lady Leona Vesey ficava bonita quando chorava. E estava fazendo isso agora... copiosamente. Rios de lágrimas jorravam de seus olhos e escorriam pelo rosto enquanto segurava a mão enrugada do velho homem deitado na cama.
— Ah, tio, por favor, não morra — disse ela com voz de lamentação, os lábios trêmulos.
Jessica Maitland, que estava do outro lado da cama do general Streathern, perto da sobrinha-neta dele, Gabriela, olhava fixamente para lady Vesey com desprezo. Achava que o desempenho dela era digno de um palco. Jessica tinha de admitir que Leona ficava encantadora quando chorava, um talento que Jessica suspeitava que ela passara anos aperfeiçoando. Soubera que lágrimas funcionavam muito bem com os homens. Jessica detestava lágrima, e quando não conseguia segurá-las, as liberava na solidão e na calma de seu quarto.
Claro, Jessica, uma mulher extremamente justa, tinha de admitir que lady Leona Vesey também era bonita quando não estava chorando. Era uma das belezas reinantes em Londres há alguns anos — embora fosse considerada escandalosa demais para freqüentar as melhores casas — e, se estava chegando aos últimos anos desse reinado, o brilho dourado da luz de velas no quarto escuro escondia qualquer efeito que o tempo e a vida desregrada lhe haviam causado.
Lady Vesey era opulenta, ombros delicados e seios saindo pelo decote cavado do vestido, mais adequado como traje de noite do que para visitar um velho parente doente. A pele era macia e tinha o tom do mel, complementando os cachos dourados presos no topo da cabeça e os olhos redondos cas-tanho-claros. Fazia Jessica lembrar-se de uma gata manhosa e mimada, embora se transformasse em algo parecido com uma leoa quando ficava furiosa, como ontem, quando dera um tapa em uma empregada desajeitada que derramara chá em seu vestido.
Naquele momento, Jessica quis dar um tapa em Leona, mas, sendo apenas a governanta da casa do general, manteve a boca bem fechada. Embora, em épocas normais, Jessica mantivesse a casa funcionando com eficiência, Leona não estava acima dela apenas na condição social, mas, por ser esposa do sobrinho-neto do general, também tinha algum parentesco. Desde o momento em que ela e lorde Vesey entraram na casa, Leona assumira o controle, tratando Jessica como empregada.
— Ah, tio — dizia Leona agora, enxugando as lágrimas com o lenço de renda. — Por favor, fale comigo. Fico destruída ao vê-lo dessa maneira.Jessica sentiu Gabriela ficar tensa a seu lado, e sabia no que a menina estava pensando: que o general não tinha nenhuma relação real com lady Vesey, sendo tio-avô do marido dela, e que lady Vesey podia estar tudo menos destruída ao ver o general deitado naquela cama, prestes a morrer.
Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída