Trilogia Aincourt
Ela não esperava amar novamente…
Mas o destino tinha outros planos!
Embora casados há sete anos, Rachel e Michael jamais formaram um casal.
Marcada pelo arrependimento de um tolo ato de rebeldia, Rachel está certa de que não é digna dele. Afinal, tentara fugir dois dias antes do matrimônio. Michael, por sua vez, sofre com a indiferença da esposa.
Ele a deseja com todas as forças, mas sua insegurança o impede de se aproximar de Rachel.
Ao longo de anos de solidão, Michael construiu uma vida secreta como investigador.
Rachel sequer desconfiava das bizarras atividades de seu marido, pois dava como certo que ele tinha uma amante.
Até que um dia Michael se envolveu em um caso de assassinato.
E ele estava tão perto de descobrir a verdade que acabou por colocar Rachel em perigo.
Agora, Michael terá de salvar o amor de sua vida.
E provar para ela que ninguém jamais a amaria como ele a ama…
Capítulo Um
Rachel recostou-se nos suaves encostos aveludados do assento da carruagem e suprimiu um suspiro.
Deu uma olhada em Gabriela, que estava enroscada num canto do assento, dormindo.
Ela invejava o sono fácil da juventude da menina. Não tinha conseguido dormir, apesar do ruído surdo e monótono da carruagem.
Não conseguia se livrar do estranho sentimento de tédio, até mesmo de tristeza, que a atormentara desde a sua partida de Westhampton na manhã anterior.
Quando Michael a colocou na carruagem, teve um nítido impulso de se virar e dizer que decidira retardar a viagem por mais alguns dias.
Porém, é claro, isto foi impossível. Já adiara três dias além do que planejara.
Tinha de devolver Gabriela a seus guardiões; eles a esperavam em Darkwater.
Um grito do lado de fora da carruagem despertou Rachel de seu devaneio, e ela levantou um dos cantos da cortina para olhar para fora.
Não conseguiu ver nada a não ser a penumbra da noite, com os galhos das árvores próximas proporcionando uma forma mais escura em contraste com o acinzentado. Houve então um grito do cocheiro, e a carruagem seguiu adiante dando guinadas.
No momento seguinte, Rachel ouviu o repentino disparo de uma arma. Largou a cortina, arfando.
A voz do cocheiro soou, gritando com os cavalos, e a carruagem fez um movimento brusco e sacolejou até parar. Rachel agarrou o arco de couro ao lado do assento e segurou firme.
À sua frente, Gabriela soltou um grito de surpresa enquanto tombava ao chão sem-cerimônias.
A menina escalou seu caminho de volta para o assento e se virou para olhar, com os olhos escancarados, para Rachel.
— O que foi? — Gabriela sussurrou. — O que aconteceu?
— Não sei. — Rachel tentou não deixar o medo transparecer. Não podia pensar numa boa razão para o som da arma de fogo ou do cocheiro puxando os animais para parar.
O que veio à sua mente foram ladrões de estrada, embora parecesse bizarro encontrá-los a esta distância de Londres. Ouviu vozes e virou-se para a porta. Seus dedos se enroscavam na palma da mão.
Ela seria corajosa, pensou, lembrando-se de que agora tinha Gabriela para cuidar, e tentou imaginar o que sua formidável cunhada Miranda faria — ou sua amiga Jessica, com sua coragem de filha de soldado.
Mas não pôde conter um breve e desesperado desejo de que Michael tivesse decidido acompanhá-las a Darkwater.
A porta se abriu, e uma figura vestida de preto entrou. Rachel lutou para manter a expressão neutra.
Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída
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29 de julho de 2012
12 de março de 2012
O Castelo das Sombras
Trilogia Aincourt
Após perder a esposa, Caroline Aincourt, e a filha, a pequena Alana, em um trágico acidente às vésperas do Natal, Richard torna-se um homem solitário e amargo.
Em profundo estado depressivo, Richard parte para seu castelo no campo.
Mas, com a chegada de Jessica Maitland e Gabriela Carstairs, seus dias de autocomiseração estão contados. Pouco antes de morrer, o general Streathern, tio-avô de Gabriela, ordenou que a menina ficasse sob a custódia de Richard, que a protegeria do lorde de Vesey, seu sobrinho-neto interessado em roubar a herança da prima.
Com a missão de entregar a menina sã e salva para Richard, Jessica parte para o castelo do duque, afastando Gabriela de um ambiente nefasto.
Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída
Após perder a esposa, Caroline Aincourt, e a filha, a pequena Alana, em um trágico acidente às vésperas do Natal, Richard torna-se um homem solitário e amargo.
Em profundo estado depressivo, Richard parte para seu castelo no campo.
Mas, com a chegada de Jessica Maitland e Gabriela Carstairs, seus dias de autocomiseração estão contados. Pouco antes de morrer, o general Streathern, tio-avô de Gabriela, ordenou que a menina ficasse sob a custódia de Richard, que a protegeria do lorde de Vesey, seu sobrinho-neto interessado em roubar a herança da prima.
Com a missão de entregar a menina sã e salva para Richard, Jessica parte para o castelo do duque, afastando Gabriela de um ambiente nefasto.
Richard não tem intenção de ser responsável por uma órfã, mesmo porque isso o faz lembrar a filha. Mas, ele se sente cada vez mais atraído por Jessica, tornando-se vulnerável à insistência dela para que proteja a menina. Com a chegada de lorde Vesey ao castelo,a situação fica mais complicada.
Decide então reivindicar a guarda de Gabriela, o que coloca Richard em uma posição desconfortável, e para complicar , uma pessoa aparece morta. Agora, Richard e Jessica unem forças para descobrir o assassino, e também tentam... resistir à paixão incontrolável que surge entre eles!
Capítulo Um
Lady Leona Vesey ficava bonita quando chorava. E estava fazendo isso agora... copiosamente. Rios de lágrimas jorravam de seus olhos e escorriam pelo rosto enquanto segurava a mão enrugada do velho homem deitado na cama.
— Ah, tio, por favor, não morra — disse ela com voz de lamentação, os lábios trêmulos.
Jessica Maitland, que estava do outro lado da cama do general Streathern, perto da sobrinha-neta dele, Gabriela, olhava fixamente para lady Vesey com desprezo. Achava que o desempenho dela era digno de um palco. Jessica tinha de admitir que Leona ficava encantadora quando chorava, um talento que Jessica suspeitava que ela passara anos aperfeiçoando. Soubera que lágrimas funcionavam muito bem com os homens. Jessica detestava lágrima, e quando não conseguia segurá-las, as liberava na solidão e na calma de seu quarto.
Claro, Jessica, uma mulher extremamente justa, tinha de admitir que lady Leona Vesey também era bonita quando não estava chorando. Era uma das belezas reinantes em Londres há alguns anos — embora fosse considerada escandalosa demais para freqüentar as melhores casas — e, se estava chegando aos últimos anos desse reinado, o brilho dourado da luz de velas no quarto escuro escondia qualquer efeito que o tempo e a vida desregrada lhe haviam causado.
Lady Vesey era opulenta, ombros delicados e seios saindo pelo decote cavado do vestido, mais adequado como traje de noite do que para visitar um velho parente doente. A pele era macia e tinha o tom do mel, complementando os cachos dourados presos no topo da cabeça e os olhos redondos cas-tanho-claros. Fazia Jessica lembrar-se de uma gata manhosa e mimada, embora se transformasse em algo parecido com uma leoa quando ficava furiosa, como ontem, quando dera um tapa em uma empregada desajeitada que derramara chá em seu vestido.
Naquele momento, Jessica quis dar um tapa em Leona, mas, sendo apenas a governanta da casa do general, manteve a boca bem fechada. Embora, em épocas normais, Jessica mantivesse a casa funcionando com eficiência, Leona não estava acima dela apenas na condição social, mas, por ser esposa do sobrinho-neto do general, também tinha algum parentesco. Desde o momento em que ela e lorde Vesey entraram na casa, Leona assumira o controle, tratando Jessica como empregada.
— Ah, tio — dizia Leona agora, enxugando as lágrimas com o lenço de renda. — Por favor, fale comigo. Fico destruída ao vê-lo dessa maneira.Jessica sentiu Gabriela ficar tensa a seu lado, e sabia no que a menina estava pensando: que o general não tinha nenhuma relação real com lady Vesey, sendo tio-avô do marido dela, e que lady Vesey podia estar tudo menos destruída ao ver o general deitado naquela cama, prestes a morrer.
Decide então reivindicar a guarda de Gabriela, o que coloca Richard em uma posição desconfortável, e para complicar , uma pessoa aparece morta. Agora, Richard e Jessica unem forças para descobrir o assassino, e também tentam... resistir à paixão incontrolável que surge entre eles!
Capítulo Um
Lady Leona Vesey ficava bonita quando chorava. E estava fazendo isso agora... copiosamente. Rios de lágrimas jorravam de seus olhos e escorriam pelo rosto enquanto segurava a mão enrugada do velho homem deitado na cama.
— Ah, tio, por favor, não morra — disse ela com voz de lamentação, os lábios trêmulos.
Jessica Maitland, que estava do outro lado da cama do general Streathern, perto da sobrinha-neta dele, Gabriela, olhava fixamente para lady Vesey com desprezo. Achava que o desempenho dela era digno de um palco. Jessica tinha de admitir que Leona ficava encantadora quando chorava, um talento que Jessica suspeitava que ela passara anos aperfeiçoando. Soubera que lágrimas funcionavam muito bem com os homens. Jessica detestava lágrima, e quando não conseguia segurá-las, as liberava na solidão e na calma de seu quarto.
Claro, Jessica, uma mulher extremamente justa, tinha de admitir que lady Leona Vesey também era bonita quando não estava chorando. Era uma das belezas reinantes em Londres há alguns anos — embora fosse considerada escandalosa demais para freqüentar as melhores casas — e, se estava chegando aos últimos anos desse reinado, o brilho dourado da luz de velas no quarto escuro escondia qualquer efeito que o tempo e a vida desregrada lhe haviam causado.
Lady Vesey era opulenta, ombros delicados e seios saindo pelo decote cavado do vestido, mais adequado como traje de noite do que para visitar um velho parente doente. A pele era macia e tinha o tom do mel, complementando os cachos dourados presos no topo da cabeça e os olhos redondos cas-tanho-claros. Fazia Jessica lembrar-se de uma gata manhosa e mimada, embora se transformasse em algo parecido com uma leoa quando ficava furiosa, como ontem, quando dera um tapa em uma empregada desajeitada que derramara chá em seu vestido.
Naquele momento, Jessica quis dar um tapa em Leona, mas, sendo apenas a governanta da casa do general, manteve a boca bem fechada. Embora, em épocas normais, Jessica mantivesse a casa funcionando com eficiência, Leona não estava acima dela apenas na condição social, mas, por ser esposa do sobrinho-neto do general, também tinha algum parentesco. Desde o momento em que ela e lorde Vesey entraram na casa, Leona assumira o controle, tratando Jessica como empregada.
— Ah, tio — dizia Leona agora, enxugando as lágrimas com o lenço de renda. — Por favor, fale comigo. Fico destruída ao vê-lo dessa maneira.Jessica sentiu Gabriela ficar tensa a seu lado, e sabia no que a menina estava pensando: que o general não tinha nenhuma relação real com lady Vesey, sendo tio-avô do marido dela, e que lady Vesey podia estar tudo menos destruída ao ver o general deitado naquela cama, prestes a morrer.
Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída
11 de março de 2012
A Mansão Dos Segredos
Trilogia Aincourt
Há várias gerações, terras e títulos de nobreza foram concedidos à família Aincourt pela sua lealdade ao rei.
A antiga abadia Darkwater, no entanto, veio com uma maldição: nenhum Aincourt que a possuísse conheceria a felicidade.
Devin Aincourt, conde de Ravenscar, era um verdadeiro libertino.
Ele se comprazia em gastar todo o dinheiro herdado e ignorar a administração de suas terras.
Até o dia em que sua mãe implorou para que ele recuperasse a fortuna e o nome da família se casando com Miranda, uma rica herdeira americana.
No entanto, Devin não imaginava que esta estrangeira decidida e autêntica tivesse os próprios planos: tornar suas terras rentáveis outra vez, arrancar o conde das garras da amante e conquistar seu coração — mesmo que ela tivesse de enfrentar a maldição rogada sobre os Aincourt há várias gerações...
Capítulo Um
Ela tentava alcançá-lo, os braços esticados, os olhos arregalados e suplicantes, a boca contorcida em um esgar fatal. ]
Estava pálida, a pele alva exibindo um tom acinzentado, a água encobrindo sua pele e roupas. Algas marinhas enroscavam-se em seu dorso, parecendo puxá-la para baixo em águas turbulentas.
— Dev! Ajude-me! Salve-me! — Suas palavras agudas ecoaram pela escuridão.
Ele inclinava-se para resgatá-la, mas suas mãos estavam a alguns centímetros das dela, e não conseguia deslocar-se para a frente.
Esticava cada fibra de seu corpo, mas ela continuava de maneira frustrante fora de alcance.
Ela afundava nas águas escuras, os olhos se fechando.
— Não! — gritou ele, tentando resgatá-la em vão. — Não! Deixe-me ajudá-la!
Os olhos de Devin abriram-se bruscamente, a princípio desorientados, mas, aos poucos, adquirindo compreensão. Sonhara mais uma vez com ela.
— Deus! — tremeu, sentindo um calafrio, e olhou em volta.
Demorou um instante para que percebesse onde estava. Cedera ao sono sentado em uma cadeira do quarto, vestido apenas com o robe-de-chambre.
Uma garrafa de brandy e uma taça bojuda graciosamente inclinada repousavam na mesinha ao lado da poltrona.
Ele serviu-se da bebida, as mãos tremendo de tal forma que a garrafa batia na borda da taça, produzindo um som agudo.
Sorveu rapidamente um bom gole, aquecendo-se ao sentir o líquido ardente descer pela garganta e explodir no estômago.
Passou a mão pelos cabelos negros e densos e bebeu outro gole.
— Por que você não me contou? — murmurou ele. — Eu teria ajudado. Ele ainda sentia frio, apesar da ajuda do brandy.
Levantou-se e caminhou até a cama, um andar levemente instável.
Quanto teria bebido ontem à noite? Não conseguia lembrar-se.
Obviamente, fora o suficiente para fazê-lo dormir sentado e não percorrer os poucos passos que o separavam da cama.
Não era para se espantar, pensou, que tivesse tido pesadelos.
Trilogia Aincourt
1 - A Mansão dos Segredos
2 - O Castelo das Sombras
3 - A Casa das Máscaras
Trilogia Concluída
Há várias gerações, terras e títulos de nobreza foram concedidos à família Aincourt pela sua lealdade ao rei.
A antiga abadia Darkwater, no entanto, veio com uma maldição: nenhum Aincourt que a possuísse conheceria a felicidade.
Devin Aincourt, conde de Ravenscar, era um verdadeiro libertino.
Ele se comprazia em gastar todo o dinheiro herdado e ignorar a administração de suas terras.
Até o dia em que sua mãe implorou para que ele recuperasse a fortuna e o nome da família se casando com Miranda, uma rica herdeira americana.
No entanto, Devin não imaginava que esta estrangeira decidida e autêntica tivesse os próprios planos: tornar suas terras rentáveis outra vez, arrancar o conde das garras da amante e conquistar seu coração — mesmo que ela tivesse de enfrentar a maldição rogada sobre os Aincourt há várias gerações...
Capítulo Um
Ela tentava alcançá-lo, os braços esticados, os olhos arregalados e suplicantes, a boca contorcida em um esgar fatal. ]
Estava pálida, a pele alva exibindo um tom acinzentado, a água encobrindo sua pele e roupas. Algas marinhas enroscavam-se em seu dorso, parecendo puxá-la para baixo em águas turbulentas.
— Dev! Ajude-me! Salve-me! — Suas palavras agudas ecoaram pela escuridão.
Ele inclinava-se para resgatá-la, mas suas mãos estavam a alguns centímetros das dela, e não conseguia deslocar-se para a frente.
Esticava cada fibra de seu corpo, mas ela continuava de maneira frustrante fora de alcance.
Ela afundava nas águas escuras, os olhos se fechando.
— Não! — gritou ele, tentando resgatá-la em vão. — Não! Deixe-me ajudá-la!
Os olhos de Devin abriram-se bruscamente, a princípio desorientados, mas, aos poucos, adquirindo compreensão. Sonhara mais uma vez com ela.
— Deus! — tremeu, sentindo um calafrio, e olhou em volta.
Demorou um instante para que percebesse onde estava. Cedera ao sono sentado em uma cadeira do quarto, vestido apenas com o robe-de-chambre.
Uma garrafa de brandy e uma taça bojuda graciosamente inclinada repousavam na mesinha ao lado da poltrona.
Ele serviu-se da bebida, as mãos tremendo de tal forma que a garrafa batia na borda da taça, produzindo um som agudo.
Sorveu rapidamente um bom gole, aquecendo-se ao sentir o líquido ardente descer pela garganta e explodir no estômago.
Passou a mão pelos cabelos negros e densos e bebeu outro gole.
— Por que você não me contou? — murmurou ele. — Eu teria ajudado. Ele ainda sentia frio, apesar da ajuda do brandy.
Levantou-se e caminhou até a cama, um andar levemente instável.
Quanto teria bebido ontem à noite? Não conseguia lembrar-se.
Obviamente, fora o suficiente para fazê-lo dormir sentado e não percorrer os poucos passos que o separavam da cama.
Não era para se espantar, pensou, que tivesse tido pesadelos.
Trilogia Aincourt
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