Série Nobres Apaixonados
John Parker-Roth não acredita que para ser feliz precise se casar.
Ele prefere se dedicar aos seus jardins e plantações, se bem que, se algum dia encontrar uma mulher que compartilhe a mesma paixão que ele tem pelas plantas, uma moça decente, inteligente, sensata, talvez até reconsidere a ideia.
Certamente, a moça que acabou de cair em seu colo não serve, pois é óbvio que ela não possui nenhuma dessas qualidades.
Ainda assim, Margaret Peterson tem alguns pontos a seu favor.
Para começar, ela é encantadora como uma autêntica rosa inglesa, adquire um delicioso tom rosado quando fica ruborizada e não esta totalmente vestida.
Seus lábios tentadores parecem implorar por um beijo...
O quê? Será que Meg está realmente pedindo que ele a beije? Talvez se ela não se movesse assim... Oh Deus.
Ele não pode ignorar a súbita visão em tê-la em sua cama.
Mas ele não deve. O quê? Será que Meg está realmente pedindo para beijá-la?
Bem, bem, bem. John Parker-Roth é um cavalheiro acima de tudo.
E não pode recusar o pedido de uma dama…
Capítulo Um
O visconde Bennington beijava terrivelmente mal. Meg teve que reprimir um suspiro.
Que lástima. Ela estava disposta a passar por cima suas crescentes entradas, seu nariz largo e sua frequente petulância, mas isto era demais.
Como poderia se casar com um homem cujos lábios pareciam duas lesmas gordas?
Nesse momento deslizavam deixando um rastro úmido sobre sua face em direção a sua orelha direita. Teria que riscá-lo de sua lista de potenciais pretendentes.
Ainda assim, ele tinha uma das maiores coleções de plantas da Inglaterra. E ela adoraria com toda sua alma ter acesso diário a toda essa riqueza botânica.
As lesmas mudaram de curso e agora se dirigiam para seu queixo.
Quanta importância podia ter a maneira de beijar?
Afinal de contas, apenas uma pequena parte da vida de casados estava dedicada as artes amorosas.
E era possível que o visconde Bennington tivesse uma ou duas amantes. Só viria em sua procura para conceber um herdeiro.
E uma vez que tivesse cumprido essa tarefa, ele a deixaria em paz. Poderia fazer isso.
Não seria a primeira mulher a sofrer com as atividades próprias do leito nupcial, ficaria deitada, quieta e pensando no futuro da pátria.
Poderia passar o tempo catalogando mentalmente os extensos jardins de Bennington. Seus lábios se dirigiram para um lugar atrás de sua orelha. Ia precisar de um lenço para secar o rosto quando ele terminasse de beijá-la.
Inspirou fundo, mas parou quando seus pulmões estavam apenas pela metade.
Ele exalava um odor, um fedor que era bastante acentuado nesse pequeno espaço.
Felizmente, ele era apenas uns centímetros mais alto que ela, assim não foi obrigada a ter o nariz enterrado em seu colete.
E teria que ter uma conversa com seu criado sobre o estado de suas roupas.
Via-se uma fina linha de sujeira na gola da camisa e no lenço. Agggg!
Ele acabava de colocar a língua em sua orelha. Isso foi demais.
Mesmo se fosse o proprietário do Jardim do Éden, ela teria que retirá-lo de sua lista de possíveis maridos.
—Milorde! — empurrou-lhe o peito magro.
—Sim? — sua boca caiu para a base de seu pescoço e se fixou ali como uma sanguessuga.
—Lorde Bennington, por favor. — voltou a empurrá-lo. Nenhum dos outros homens com os quais esteve entre os arbustos foi insistente assim
— Acredito que deveria parar… Eh!
As mãos dele baixou até seus quadris e puxou uma de suas coxas.
Ela podia sentir uma ultrajante protuberância em suas calças.
Empurrou-o com mais força, mas era como se estivesse empurrando um muro de pedra.
Quem diria que um homem tão baixo e magro poderia ser imóvel?
—Milorde, está me fazendo sentir desconfortável.
Ele pressionou a protuberância com mais força contra ela.
—E você está me fazendo sentir incômodo, querida. — sua voz soava estranhamente rouca. Sua boca voltou a entrar em contato com sua pele e mordeu seu ombro.
—Ai! Pare. Esse homem era um visconde. Um cavalheiro.
Não seria capaz de fazer nada indigno no jardim de lorde Palmerson, a poucos metros do salão de baile cheio de gente, certo?
Mas ele não parou. Agora estava lambendo o lugar que tinha mordido. Asqueroso.
—Milorde, me leve de volta a lady Beatrice neste mesmo instante!
Ele grunhiu e sua boca voltou para sua garganta.
Deveria gritar? Alguém poderia ouvi-la, apesar da música?
Se esperava o silêncio entre duas peças…
Talvez outro casal também tivesse escolhido passear aproveitando o ar fresco da noite e pudessem ir em sua ajuda.
Lorde Bennington acariciou-lhe a orelha.
—Não se assuste, senhorita Peterson. Minhas intenções são totalmente corretas.
—Corretas? Eu…
Série Nobres Apaixonados
1 - O Duque Apaixonado
2 - O Barão Apaixonado
2.5 - O Lorde Apaixonado
3 - O Marquês Apaixonado
4 - O Conde Apaixonado
5 - O Visconde Apaixonado
6 - O Cavalheiro Exposto
6.5 - Príncipe Apaixonado
7 - O Rei Apaixonado
Série Concluída