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20 de outubro de 2018

O Coração de uma Dama

O maior tesouro que um cavalheiro deve desejar é, sem
dúvida, o coração de uma dama.

Lady Sarah sempre foi apaixonada pelo melhor amigo de
seu irmão. Por isso, quando é apenas uma jovenzinha, ela
penetra em seu dormitório, na casa de campo de seus pais, e
lhe declara seu amor. Matthew Bonham, marquês de Rochdale,
foge no dia seguinte, preocupado com o interesse que
despertou, sem querer, no coração da irmã, de seu amigo.
Depois de quatro anos fora da Inglaterra, Matthew retorna
e encontra-se com Sarah, que já não é a jovezinha debutante
que caia de amores por ele. Além disso, por culpa de um malentendido propiciado por ele, Sarah será obrigada a casar-se… ou existirá alguma maneira de que ela se livre de um
casamento sem amor?

Capítulo Um 

Londres, 1817 
Lady Sarah Danvers estava mais que chateada, estava furiosa! 
Tanto que estava com as bochechas vermelhas de segurar a vontade de gritar algum esconjuro, pouco feminino. O problema era que sua mãe não acreditara em seu malestar quando ela fingiu uma doença, ou, talvez, a única coisa que preocupasse a duquesa viúva, era que sua filha perdesse outra noite da temporada, idêntica à anterior, e, portanto, suas possibilidades de encontrar um marido esse ano diminuíssem. 
Como se ela estivesse disposta a casar-se com qualquer um. 
Sua mãe ainda não havia compreendido suas intenções, depois dela rechaçar os cuidados de dez pretendentes? 
Fosse como fosse, sua tática fracassara e ali estava ela, outra vez, em um dos bailes mais abarrotados da temporada, quando teria preferido estar em sua casa ou, senão, o mais longe possível de certo marquês prepotente, antipático e terrivelmente atraente que rondava pelo salão, e que havia retornado para sua vida, no momento menos oportuno. 
Por isso estava há duas semanas em alerta, para não tropeçar nele, praticamente desde que ele retornara a Inglaterra, depois de sua longa viagem pelo continente, e, para isto, ela tivera que fingir mais enxaquecas do que havia sofrido em toda sua vida. Inclusive tivera que renunciar aos seus passeios a cavalo pelo Hyde Park, convencida como estava de que, se saísse com Desdémona para cavalgar, fosse o cedo que fosse, o encontraria lá. 
Espreitando-a, disposto a fazê-la lembrar da vergonha que passara. 
Por outro lado, sua tática de evasão conseguira bem pouco: somente que sua mãe contemplasse a ideia de mandar chamar o médico da família, para que certificasse que ela estava fingindo e, assim, continuar arrastando-a de baile em baile, à caça do marido perfeito ou, mais concretamente, pelo que ela considerasse que devia ser um modelo de virtudes e que se resumia em duas máximas: rico e com título.