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9 de fevereiro de 2010

O Feitiço de Grey

Série Pine C. Highlander
Uma beleza com caráter, um audaz escocês e a tentação de uma carícia...

Depois de um acidente de avião, a brilhante cientista Grace Sutter se vê apanhada em uma gelada cúpula do Maine, isolada com o outro único passageiro sobrevivente: Greylen MacKeage, um atraente guerreiro medieval que atravessou o tempo em busca da mulher destinada a ser seu amor.
Obrigado a enfrentar juntos uma paisagem áspera e glacial, nenhum dos dois espera a violenta paixão que explode entre eles.
Mas Grace não está acostumada que o coração mande em sua vida...
E Greylen só parece disposto a aceitar uma rendição em toda regra.

Prólogo

Terras Altas de Escócia, ano 1200 D.C
O dia era realmente infernal para levar a cabo um feitiço.
O sol se aproximava de seu pico, e a luz, implacável e cegadora, refletia-se na ressecada paisagem em forma de sufocantes ondas de calor.
De vez em quando uma árida brisa levantava algum redemoinho de pó, o único movimento que se apreciava no vale abaixo.
Até os pássaros se negavam a afastar-se da sombra protetora que oferecia o sedento bosque de carvalhos.
Devagar, apoiando-se com força em seu velho bastão de cerejeira, Pendaär ia subindo laboriosamente para o topo do penhasco.
Em silêncio, o velho mago se amaldiçoava por ter vestido com o traje cerimonioso completo, porque mais de uma vez a túnica enganchava a uma moita e a cada passo tinha que parar para soltá-la.Pelos pregos de Cristo, como estava cansado!
Pendaär se deteve e se apoiou em uma rocha arredondada para recuperar o fôlego; enquanto separava da cara o comprido cabelo branco, já úmido de suor, olhou o caminho que tinha percorrido e ver se por acaso via algum rastro dos MacKeage.
Graças às estrelas, não demoraria para ir-se daquele lugar esquecido da mão de Deus.
Estava farto desta época áspera onde imperava a contínua luta pela sobrevivência; uma época cheia de guerras sem sentido entre homens arrogantes que combatiam pelo poder e a posição. Sim, estava desejando descobrir as comodidades de um mundo muito mais moderno.
Puxou a túnica e sacudiu o pó de baixo, amaldiçoando uma vez mais os corpos celestes pela ocorrência de adotar um perfeito alinhamento em um dia tão horroroso.
Mas Greylen MacKeage, latifundiário de seu clã, estava a ponto de começar uma viagem da mais singular, e Pendaär estava decidido a ter um bom lugar na despedida.
Ansioso por ocupar seu lugar, o cansado mago deu por terminado seu recesso e continuou subindo a colina.
Ao chegar por fim ao topo se acomodou sobre um afloramento de granito, elevou a face para o sol e deixou que a cálida brisa lhe agitasse o cabelo e lhe refrescasse o pescoço.
Quando por fim pôde respirar sem ofegos, colocou o rugoso bastão de cerejeira no colo e começou a acariciar os nós da madeira; ao mesmo tempo foi repetindo devagar as palavras de seu feitiço, concentrando-se em recitá-las de forma correta.
Trinta e um anos de consciencioso trabalho iam culminar naquele dia. Trinta e um anos de velar e de preocupar-se pelo forte, e freqüentemente briguento, laird do clã MacKeage, ao fim dariam fruto.
O sol quase tinha chegado a seu pico, os corpos celestes se alinhavam...
E Greylen MacKeage chegava tarde.
Ao Pendaär não surpreendia; aquele menino já se atrasou suas boas duas semanas na hora de nascer... E agora corria o perigo de perder até o destino que as estrelas lhe tinham prometido trinta e dois anos antes, a noite em que foi concebido, é que Greylen MacKeage levava a semente do sucessor de Pendaär.
Entretanto, o casal de Greylen tinha que nascer na América do Norte de finais do Século XX.
E a tarefa de reuni-los estava custando ao velho mago um sem-fim de ataques de frustração. Certamente seria mais fácil se soubesse quem era a mulher... Porque esse era o problema.
Os que mandam tinham um senso de humor cruel e, às vezes, até algo perverso; ao Pendaär não concederam saber a identidade das duas pessoas que engendrariam seu herdeiro, e sim só de uma, o homem ou a mulher.
Escolheu o feitiço que mostrou Greylen MacKeage...E depois se passou os primeiros trinta e um anos da vida de Greylen tentando mantê-lo vivo. Não foi fácil.
Os MacKeage eram um clã pequeno, mas poderoso, que parecia ter mais inimigos que quase todos os outros.
Sempre estavam em guerra com uma ou outra tribo, e seu impetuoso e jovem laird insistia em acudir primeiro à batalha.
Mas naquele momento de quem Pendaär queria saber mais coisas era da mulher.
Seria formosa? Seria inteligente? Teria o ânimo e a coragem precisos para estar à altura de um homem como Greylen MacKeage?
Certamente, em sua condição de metade do casal mágico, contaria com todo o necessário para dar a luz a um mago, não?
Essas preocupações o tinham deixado muitas noites sem dormir.
Inclusive chegou a visitar uma vez as montanhas do noroeste do Maine, depois de adiantar-se oito séculos no tempo, com a esperança de reconhecer aquela mulher.
Mas o feitiço que a protegia estava selado, e sua magia não podia abri-lo.Só a encontraria o homem destinado a possuí-la; a sua maneira e a seu modo, só Greylen MacKeage reclamaria à mulher que os antigos tinham eleito por companheira.
Quer dizer, se é que o laird apareceria de uma vez.
Quase uma hora mais tarde, Greylen e três de seus guerreiros dobraram a curva do caminho cheio de buracos e apareceram por fim.Eram toda uma visão.
Cavalgavam em silêncio, em fila, montados sobre fortes cavalos de guerra que controlavam sem aparente esforço.
Iam sujos e possivelmente um pouco cansados da comprida viagem, mas pareciam haver feito o trajeto sem contratempos.
Pendaär se levantou com esforço. Tinha chegado o momento.
Então enrolou para trás as mangas da túnica, assinalou com seu bastão ao céu e fechou os olhos enquanto começava a murmurar o feitiço que convocaria os poderes da natureza.
De repente, um grito de combate atravessou o ar.
Ao ouvi-lo, Greylen MacKeage deteve seu cavalo e desembainhou a espada; uns guerreiros abandonavam o refúgio das árvores e aproximavam rapidamente.
Caíram sobre Greylen e seu pequeno grupo de viajantes dispostos para a batalha: Levavam pinturas de guerra e avançaram com as espadas em alto.
Eram os MacBain, aqueles bastardos amantes das emboscadas.


Série Pine C. Highlander
1 - O Feitiço de Grey
2 - Amando o Highlander
3 - O Casamento do Highlander
4 - Tentar a um Highlander
5 - Só com um Highlander
6 - Segredos de Highlander
7 - O Natal de Highlander
8 - Highlander for the Holidays