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11 de março de 2011

O Milagre Do Coração


A proposta de casamento do viúvo Gar Lundstrom dera a Leah a oportunidade de começar uma vida nova cuidando de duas crianças adoráveis.

No entanto, o que aconteceria com sua recém-conquistada felicidade quando o atraente fazendeiro descobrisse o terrível segredo que a obrigara a fugir do passado?
Uma mãe dedicada e carinhosa para seus filhos era tudo o que Gar procurava quando tomara Leah Gunderson como esposa.
Mas Leah iluminou sua existência triste e solitária e o fez ansiar por libertá-la dos medos que a atormentavam.
Só assim ambos poderiam recomeçar e construir uma vida sem temores, e com muito amor...

Capítulo Um

Kirby Falls, Minnesota
Janeiro, 1892
— Uma pena que além de tão bo­nito também seja um homem proibido!
— Bonnie Nielsen lançou um olhar demorado na direção do alvo de seu interesse.
— Lembre-se de que ele é casado, Bonnie — comen­tou Leah, calculando mentalmente o valor de sua con­ta, antes de abrir a bolsinha a procura das moedas e dar uma rápida olhada no cavalheiro em questão.
Ele estava parado próximo ao grupo que se reunia em torno do fogão do armazém geral. Os braços tinham sido cruzados na altura do peito e os lábios cerrados formavam uma linha dura, mas, ainda assim, a figura máscula destacava-se entre os presentes.
Diante da leve reprimenda de Leah, as bochechas de Bonnie foram cobertas pelo rubor. Com um suspiro, a moça olhou para a freguesa do armazém.
— Bem, os mais bonitos são sempre casados, não? Isso é uma pena! — Suas mãos trabalhavam rapida­mente para embrulhar as poucas mercadorias que Leah acabava de comprar. — Você nunca olha para os homens com admiração, minha cara? — inquiriu, aceitando as moedas que lhe eram entregues.
— Não, para mim basta ter de lavar a roupa deles todos os dias.
Por que deveria admirá-los se já tenho muito trabalho para cuidar das coisas dos distintos cavalheiros da cidade?
—. tornou, espirituosa, pegando o pacote que lhe era entregue e dirigindo um rápido olhar ao grupo de homens que riam de algum gracejo secreto que um deles proferira.
Como sempre, seus olhos se detiveram por mais tem­po do que o necessário na figura alta e enigmática de Garlam Lundstrom.
Ele era essencialmente um fruto proibido.
Sim, maravilhoso, mas proibido.
Bonnie tinha razão, Gar era bonito, muito bonito, com cabelos claros que não escureciam nem mesmo no inverno, como acon­tecia com os dela própria.
Os olhos, então, eram de um azul intenso que contrastava com cílios e sobran­celhas escuras como as noites sem luar.
Aliás, estas também eram mais um enigma na figura silenciosa do belo sr. Lundstrom. Sendo loiro, os cílios e sobran­celhas deveriam ser claros como os cabelos, não? Mas talvez os pêlos do peito e da…
Leah fechou os olhos consternada com a natureza dos pensamentos que invadiam sua mente.
Ora, talvez estivesse passando muitas noites sozinhas e muitas horas falando consigo mesma para quebrar o silêncio da solidão que a envolvia num abraço impiedoso, o que, às vezes, roubava-lhe o ar e a torturava.
Nessas ocasiões, até conseguia banir a imagem de Gar Lundstrom de seus pensamentos, mas, como ago­ra, ao tê-lo a poucos metros de si, era mais difícil fazê-lo.
De qualquer forma, de que adiantava se torturar com tais sentimentos e emoções!?
O homem era casado.
Sim, casado com Hulda Lundstrom, a mulher que ele escolhera para esposa.