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29 de janeiro de 2016

Homem de preto

Série Collins Creek



Eles passaram a noite juntos... Em uma prisão no Texas.

Eles se conheceram em circunstâncias estranhas, mas, antes do amanhecer, o xerife Brace Caulfield sabia que Sarah Murphy cabia-lhe em todos os sentidos. 
Esta mulher incrível estava tão determinada a salvar seu sobrinho que estava colocando sua vida em perigo... E a única maneira de protege-  la seria casar com ela.
Suas estrelas deviam ter guiado Sarah Murphy para seguir seu cunhado para Benning, Texas.
 Foi lá que ela conheceu o xerife Brace Caulfield, um homem impressionante e atraente, decidido a protegê-la...

Capítulo Um

Benning, Texas 10 de abril de 1901
Brace Caulfield sacou seu revólver e apontou para o alvo que estava sob uma árvore, em uma clareira ao norte do povoado. Iluminada pelos raios da lua que se infiltrava entre as nuvens, completamente imóvel, a figura vestia uma camisa clara e umas calças escuras que se moldavam a sua esbelta silhueta como uma luva.
Os longos cabelos escuros delatavam seu sexo. Isto e também a estreita cintura e cadeiras arredondadas.
—Posso ver sua estrela. Adiante, xerife, dispare —disse ela—. Quer que avance uns passos e lhe facilite o trabalho?
Brace baixou a arma e murmurou enquanto voltava a embainhá- La.
—Venha até aqui, senhora —disse com dureza.
A mulher obedeceu lentamente. Talvez, pensou Brace, para demonstrar que tinha o controle sobre seus movimentos. Caminhando cuidadosamente pela colina e olhando onde pisava, aproximou- se e se deteve a uns metros.
— Quem é você? —perguntou ele. Sua voz era forte e seu tom, estridente. Jamais havia apontado uma mulher, e se sentia furioso contra aquela desconhecida que o havia obrigado a fazê-lo.
—Não precisa saber —respondeu ela—. Não permanecerei aqui mais tempo do que leve a recuperar meu cavalo e montar.
—Que estava fazendo na cidade, saindo pela porta de trás do hotel?
A havia visto sair e pensara que era um homem. Mas agora podia ver as proeminentes curvas femininas sob a camisa clara. Uma mulher totalmente formada, não a menina por quem a havia tomado uns momentos antes.
—Nada ilegal —disse ela—. Só estava procurando a alguém.
—Quase todo mundo usa a porta principal — replicou ele.
—O homem que estava procurando não quer ser visto. E eu sabia que se abandonasse o hotel o faria pela porta dos fundos.
Brace apoiou a mão na cintura, sobre a pistola que descansava pesadamente contra sua perna, e olhou a mulher com olhos desconfiados.
—Estava procurando um homem —disse, em um tom ainda mais áspero e estridente.
Era uma afirmação, não uma pergunta, e a mulher se limitou a dar de ombros. Não parecia disposta a dar mais informação.
—A quem? —a pressionou ele, suavizando um pouco a voz, ao que, paradoxalmente, o fazia parecer mais ameaçador.
—Não creio que necessite saber —disse ela—. Se vai disparar, adiante. Se não, não tem nenhum motivo para impedir que eu monte em meu cavalo e saia da cidade.
—Deixou seu cavalo atrás quando saiu do hotel —sinalizou ele, tocando com um dedo a aba do chapéu. Com o mesmo dedo apontou à direita, onde as luzes dos locais se alinhavam à saída principal—. Está atado diante do armazém.
A mulher mordeu o lábio e olhou a direção apontada.
—Quem lhe disse?
—Meu ajudante. Pensei que voltaria pela égua, e deixei Jamie vigiando, esperando vê- La aparecer.
Ela se virou bruscamente e começou a andar.
—Então não convém deixa- lo esperar, não é verdade?
Ele pôs- se a andar atrás dela, perguntando- se como não havia reconhecido no instante que a figura dela havia seguido pela cidade que não era um homem. Agora que podia vê- La por trás, via que era impossível não perceber as diferenças.
A mulher caminhou pela calçada, junto aos comércios fechados e as portas oscilantes do saloon, de onde saía o barulho alto de música e vozes. O armazém estava às escuras, pois o dono havia horas se fora, e em frente estava atada a égua, encilhada e pronta para montar.
—Encontrou o homem? —perguntou Brace enquanto ela liberava a sua égua.
A mulher se voltou para ele com as rédeas nas mãos.
—Não. Se houvesse encontrado, haveria ouvido um disparo, xerife. O teria matado —com um rápido movimento estava sentada na sela.
Brace deu um longo passo até ela e agarrou as rédeas.
—Um momento, senhora. Não pode fazer uma declaração como esta e desaparecer.
—Não pode prender- me xerife —disse ela, mas não se moveu. Talvez temesse por em perigo a boca da égua se tentasse arrebatar-lhe as rédeas—. Não burlei nenhuma lei.
—A intenção é razão suficiente para que a interrogue.
Ela sacudiu a cabeça. A luz da lua se refletiu em seus escuros cabelos e sua pele reluziu como o marfim.
— Está tão necessitado assim de uma mulher? 
 
Série Collins Creek
1- Uma Oportunidade para Amar
2- Um Texano Sedutor
3- Irresistível sedução
4- Faltou dizer eu te amo
5- Homem de preto
6- Redenção
Série Concluída

17 de fevereiro de 2013

Série Irmãos Deveraux

1- Impulsivo Amor





Illinois e Louisiana, 1868

Roan Devereaux conseguia conquistar qualquer mulher rebelde com um olhar e um toque... Katherine Cassidy era um desafio e tanto: charmosa e arisca, mulher demais para a maioria dos homens... e exatamente o que ele precisava. 
Homens eram criaturas impulsivas, pensava Katherine, e Roan confirmara sua tese ao pedi-la em casamento. Uma idéia louca, mas não menos louca que o som de seu coração cantando “sim” em resposta!


2- O Sedutor



Nenhum Incêndio Florestal propagaria tanto calor aquela paixão repentina e voraz!

Sul dos Estados Unidos, 1869.
Shay Devereaux era um homem solitário, amargurado e sem esperanças, até que uma súplica feita em leito de morte, o enviara para os braços de Jenny Pennington, a única mulher capaz de restaurar-lhe a alma e o coração!
Embora a guerra a tivesse marcado de forma profunda e secreta, Jenny negava-se a se dar por vencida. Então, repentinamente, Shay Devereaux surgiu em sua vida, despertando sua feminilidade outra vez. 
Agora, será que este homem sem passado lhe traria um futuro repleto de amor?


3- Uma Proposta quase indecente



Como poderia casar-se e ir para a cama com ele sem uma única promessa de amor?

O agente incógnito Gage Morgan estava mais do que acostumado a lidar com delinqüentes, mas Lily Devereaux não, e necessitava de proteção. 
Será que Gage poderia deixá-la ir-se embora quando tivessem feito os seus votos, cumprindo assim o acordo matrimonial?
A música e os segredos eram os escudos com que Lily se protegia do mundo. Um grave problema tinha-a deixado arruinada e, por isso, era obrigada a ganhar a vida a cantar a bordo de um barco que percorria o rio. Mas esse era o menor dos seus problemas desde que o jogador Gage Morgan aparecera na sua vida



Série Irmãos Deveraux
1- Impulsivo Amor
2- O Sedutor
3- Uma Proposta quase indecente
Série Concluída

11 de março de 2011

De Menina A Mulher



Deixada pelo pai de seu filho, como Cassandra iria realizar seu grande sonho?

Quando o doutor McPherson pediu-a em casamento, mesmo sabendo que ela esperava um filho de outro homem, Cassandra Mitchum ficou atônita. Afinal, como poderia ser o tipo de mulher de que ele precisava - e merecia?
Phillippe McPherson sabia que Cassandra era a resposta a suas preces. Sua vida precisava de um toque feminino; e ela precisava de um homem que a protegesse. Parecia ser uma troca perfeita.
Mas quando o pai verdadeiro do filho de Cassandra retornou, Phillippe percebeu que "casamento" é uma coisa séria, mesmo que tenha sido realizado por conveniência.

Capítulo Um

Agosto, 1897
— Acho que vou morrer...
Se aqueles olhos não estivessem absolutamente cheios de lágrimas e aquela expressão tão infeliz, Phillippe McPherson poderia até ter achado o comentário engraçado.
Mas julgou melhor ajeitar os óculos e pigarrear, atento ao que fazia.
Com certeza, a mulher que se sentava na cadeira, diante de sua escrivaninha, estava em apuros.
Mas morrendo? Se a pele clara, os suaves olhos castanhos e os longos cabelos escuros e ondulados fossem alguma indicação de seu estado de saúde, poderia afirmar que ela se encontrava muito bem.
Era verdade que estava um tanto magra, mas não demais.
Ainda assim, sua cintura se mostrava um pouco mais grossa do que se poderia supor em sua silhueta esbelta, como numa sugestão de ganho de peso recente.
— Por que está tão preocupada? — ele quis saber, observando-a erguer a mão delicada para passá-Ia pelo rosto molhado.
Phillippe podia ver que a jovem parecia tensa demais e, de repente, a vontade de sorrir o abandonou.
Levantou-se, então, dando a volta na mesa e puxando outra cadeira para se acomodar mais próximo dela.
A garota ergueu o olhar para encará-Io, e seus lábios tremeram, como se estivesse na iminência de uma crise de choro convulsivo.
— Minha mãe morreu depois que sua barriga inchou — explicou ao médico, num sussurro, enquanto colocava a outra mão sobre o ventre. — Eu tinha seis anos, mas me lembro de como a pobrezinha foi emagrecendo à medida sua abdome crescia sem parar, até que, numa manhã, sem mais nem menos, parou de respirar.
O dr. McPherson conhecia muito bem o sofrimento quando o confrontava, e constatou que aquela moça precisava muito de conforto. Sua mão direita buscou a dela, apertando-a com gentileza.
— E você acredita que pode estar padecendo do mesmo mal — comentou, com incrível suavidade.
A mulher assentiu, e de imediato mais lágrimas passaram a escorrer por seu rosto meigo.
— Nao tenho me sentIdo muito bem de uns tempos para cá. Faz quase três meses que minha barriga vem crescendo sem parar.
Com toda a experiência que tinha, Phillippe sabia muito bem qual era o problema que afligia a mocinha.
— Há alguma possibilidade de que esteja aumentando sua família? — indagou, gentil.
Ela o encarou com os enormes olhos castanhos muito arregalados e negou com a cabeça.
— Pelo amor de Deus, não!

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O Milagre Do Coração


A proposta de casamento do viúvo Gar Lundstrom dera a Leah a oportunidade de começar uma vida nova cuidando de duas crianças adoráveis.

No entanto, o que aconteceria com sua recém-conquistada felicidade quando o atraente fazendeiro descobrisse o terrível segredo que a obrigara a fugir do passado?
Uma mãe dedicada e carinhosa para seus filhos era tudo o que Gar procurava quando tomara Leah Gunderson como esposa.
Mas Leah iluminou sua existência triste e solitária e o fez ansiar por libertá-la dos medos que a atormentavam.
Só assim ambos poderiam recomeçar e construir uma vida sem temores, e com muito amor...

Capítulo Um

Kirby Falls, Minnesota
Janeiro, 1892
— Uma pena que além de tão bo­nito também seja um homem proibido!
— Bonnie Nielsen lançou um olhar demorado na direção do alvo de seu interesse.
— Lembre-se de que ele é casado, Bonnie — comen­tou Leah, calculando mentalmente o valor de sua con­ta, antes de abrir a bolsinha a procura das moedas e dar uma rápida olhada no cavalheiro em questão.
Ele estava parado próximo ao grupo que se reunia em torno do fogão do armazém geral. Os braços tinham sido cruzados na altura do peito e os lábios cerrados formavam uma linha dura, mas, ainda assim, a figura máscula destacava-se entre os presentes.
Diante da leve reprimenda de Leah, as bochechas de Bonnie foram cobertas pelo rubor. Com um suspiro, a moça olhou para a freguesa do armazém.
— Bem, os mais bonitos são sempre casados, não? Isso é uma pena! — Suas mãos trabalhavam rapida­mente para embrulhar as poucas mercadorias que Leah acabava de comprar. — Você nunca olha para os homens com admiração, minha cara? — inquiriu, aceitando as moedas que lhe eram entregues.
— Não, para mim basta ter de lavar a roupa deles todos os dias.
Por que deveria admirá-los se já tenho muito trabalho para cuidar das coisas dos distintos cavalheiros da cidade?
—. tornou, espirituosa, pegando o pacote que lhe era entregue e dirigindo um rápido olhar ao grupo de homens que riam de algum gracejo secreto que um deles proferira.
Como sempre, seus olhos se detiveram por mais tem­po do que o necessário na figura alta e enigmática de Garlam Lundstrom.
Ele era essencialmente um fruto proibido.
Sim, maravilhoso, mas proibido.
Bonnie tinha razão, Gar era bonito, muito bonito, com cabelos claros que não escureciam nem mesmo no inverno, como acon­tecia com os dela própria.
Os olhos, então, eram de um azul intenso que contrastava com cílios e sobran­celhas escuras como as noites sem luar.
Aliás, estas também eram mais um enigma na figura silenciosa do belo sr. Lundstrom. Sendo loiro, os cílios e sobran­celhas deveriam ser claros como os cabelos, não? Mas talvez os pêlos do peito e da…
Leah fechou os olhos consternada com a natureza dos pensamentos que invadiam sua mente.
Ora, talvez estivesse passando muitas noites sozinhas e muitas horas falando consigo mesma para quebrar o silêncio da solidão que a envolvia num abraço impiedoso, o que, às vezes, roubava-lhe o ar e a torturava.
Nessas ocasiões, até conseguia banir a imagem de Gar Lundstrom de seus pensamentos, mas, como ago­ra, ao tê-lo a poucos metros de si, era mais difícil fazê-lo.
De qualquer forma, de que adiantava se torturar com tais sentimentos e emoções!?
O homem era casado.
Sim, casado com Hulda Lundstrom, a mulher que ele escolhera para esposa.

26 de dezembro de 2010

Dádiva De Amor

Série Edgewater

O único compromisso do xerife Walter Tanner era com a lei... Ate conhecer Angelena. 

Ela era uma cantora de saloon, linda, sedutora, um verdadeiro anjo... E estava grávida! 

A tímida beldade precisava desesperadamente de alguém que a protegesse... e Tanner estava convencido de que era o homem certo para aquela incumbência. 
Só faltava convencer Angelena! 
Embora soubesse o próprio nome e que a música era sua vida, Angelena não sabia de onde viera nem o que estava fazendo em Edgewood, no Texas. 
Com um bebê a caminho, a oferta de Tanner lhe parecia uma bênção divina, mas como permitir que o charmoso xerife se responsabilizasse por um passado que ela própria desconhecia? 

Capítulo Um 


Edgewood, Texas Agosto, 1897 

Agora ele entendia por que todos a chamavam de Anjo. Dos brilhantes cabelos dourados aos sapatos cor de prata, aquela mulher era a epítome de um ser divino. Mas o que ela fazia no palco do saloon Golden Slipper? Walter Tanner apoiou-se no balcão do bar, intrigado com o repentino silêncio enquanto o pianista dedilhava uma simples introdução. 
Observou a mesa repleta de espectadores e vários vaqueiros encostados à parede perto da porta. 
Chapéus tinham sido removidos como se a mulher fosse uma criatura merecedora de honrarias. 
Um homem pediu silêncio a outro quando este sussurrou algo. 
Um vaqueiro sorriu ao companheiro. Walter também sentia certa expectativa. 
Nas últimas semanas ouvira falar da nova cantora que Jason Stillwell havia contratado. Até aquela noite, não se permitira entrar no saloon para assistir ao espetáculo. 
Talvez porque duvidasse dos boatos. Ou então, porque seu cinismo não admitisse a imagem de um anjo no palco do Golden Slipper. 
Como xerife de Edgewood, Texas, precisava refrear a tentação de frequentar o saloon. 
Mesmo que não fosse o representante da lei, teria de evitar o lugar. Sendo filho de Nate Pender, Walter criara certa aversão ao mundo ébrio que o pai habitara. O pianista silenciou. 
A mulher ergueu o rosto e, fitando o ambiente esfumaçado, esboçou um leve sorriso. 
Em seguida, inspirou, movendo os seios sob o vestido azul, e soltou um suspiro suave dos lábios que fascinavam todos os homens. Walter reparou no decote modesto e mexeu-se, incomodado. 
De súbito, ela entreabriu os lábios, e uma melodia doce, tão pura a ponto de causar lágrimas, ecoou pelo recinto. 
Acompanhada pelos simples acordes do piano, a canção fluía pelo saloon, deixando os ouvintes imóveis. 
— O que acha? — Jason Stillwell sussurrou, rompendo a concentração de Walter. 
— Eles não a chamam de Anjo por nada. Walter olhou o homem atrás do balcão. 
— Garanto que está lhe custando muito dinheiro. Um rancheiro lançou um olhar raivoso a Walter. 
O pedido de silêncio possuía mérito. 
Ele escutou, ponderou e resolveu guardar seus comentários para mais tarde. 
Uma coisa era certa, a mulher sabia cantar. Angelena fechou os olhos, sentindo a profunda emoção que a invadia através da canção. Nunca atuara tão bem. 

Série Edgewater
1 - Um Bom Negócio
2 - Dádiva De Amor
3 - One Christmas Wish - não tem ebook

Um Bom Negócio

Série Edgewater

A ÚLTIMA COISA QUE ELE QUERIA ERA TRANSFORMAR SUA CASA EM UM LAR!

América do Norte, 1882.
O fazendeiro Gabriel Tanner estava decidido a cuidar de seu rebanho e permanecer solteiro para sempre. E, se fosse pelo maldito imposto para solteiros, teria sido assim. Mesmo que cada olhar que lançasse para Rosemary Gibson, filha do pastor, o advertisse de que ele não tinha a menor chance de continuar solteiro!
Os sonhos comuns da vida ― amor, um lar, filhos — sempre escapariam de Rosemary Gibson. Ou, ao menos era o que ela pensava. Até o dia em que o destino juntou o tentador Gabriel Tanner, duas crianças angelicais e a puritana filha de um pastor, formando assim uma família "instantânea" um tanto incomum...!

Capítulo Um

Das páginas do Edgewood Gazette... 6 de julho de 1882
Foi aprovado o uso do novo imposto para solteiros em nossa cidade. A menos que nossos cidadãos solteiros possam provar que propuseram casamento a, no mínimo, uma mulher solteira, durante o último ano, terão de pagar um imposto. O propósito de tal medida é promover o casamento entre nossos cidadãos. Todos os homens maiores de idade estão sujeitos à cobrança...

Edgewood, Texas, 25 de julho de 1882
Aquele seria, sem a menor sombra de dúvida, dia mais importante em sua vida. Rosemary Gibson examinou com atenção a imagem refletida no espelho, erguendo uma das mãos para ajeitar uma me­cha de cabelos que pendia sobre a orelha esquerda.
Esse fora o único sinal de vaidade feminina que ela se permitira exibir, além, é claro, do caracol pendente do outro lado de seu rosto. Exceto pelas duas pequenas indulgências, concluiu que exibia a imagem perfeita da mulher virtuosa, abstêmia e assídua frequentadora da igreja.
Com um pouco de sorte, tal imagem seria o bastante para atrair o homem que deveria chegar no trem da ma­nhã, que estaria na estação dentro de dez minutos. Er­gueu o pequeno relógio que levava na corrente presa ao pescoço, a fim de verificar as horas mais uma vez. Então, assentiu com determinação. Uma caminhada vigorosa fa­ria com que ela chegasse na estação no exato momento em que a locomotiva atravessasse os limites da cidade.
Saiu da casa pela porta da frente, atravessou o jardim com passos rápidos e, uma vez na rua, seguiu para o centro da cidade. A bainha da saia agitava-se pouco mais de um centímetro acima de seus sapatos, e ela franziu o cenho, ao perceber a fina camada de poeira que já cobria o couro negro. Justamente quando ela precisava desesperadamente causar uma boa impressão! Bem, cer­tas coisas não podiam ser evitadas.

Série Edgewater
1 - Um Bom Negócio
3 - One Christmas Wish - não tem ebook

27 de junho de 2010

A Fugitiva

Mentiria para proteger aquela mulher…mas tinha de fazer dela a sua esposa! 

Cassie Phillips não estava casada com Will Tolliver, por muito que ele dissesse isso a toda a gente. Obviamente, transformar-se na esposa de um homem tão respeitado e amável como ele seria um sonho tornado realidade. 
Contudo até um homem como Will a abandonaria quando soubesse porque fugia. 
Cassie era o tipo de rapariga que qualquer homem poderia apresentar à mãe e Will estava decidido a fazer precisamente isso. 
Todavia nunca imaginara que para a proteger tivesse de manter uma mentira que podia trazer-lhes muitos problemas. 
Sobretudo se não conseguisse convencer Cassie de que o melhor era casar-se mesmo com ele. 

Capítulo Um 

Norte do Texas, 1894 
O seu padrasto estendeu as mãos com os dedos abertos como se fossem garras, como se uns pêssegos maduros estivessem à espera de serem colhidos e acariciados. 
Mas o fogo ávido e ambicioso do seu olhar não observava nenhuma bandeja de fruta, mas os seios suaves e arredondados da jovem que havia no outro lado da divisão. 
— A tua mãe queria que eu cuidasse de ti, Cassie. Aguda e melosa, aquela voz fazia-lhe doer os ouvidos. 
A rapariga recuou outro passo para a porta. 
— Eu cuido de mim própria. Tentava enrolá-la, mas ela dera-se conta das suas intenções. 
Vira-o e ouvira-o elogiar a sua mãe sobre a sua beleza, até que conseguiu finalmente ficar com ela e maltratá-la durante três intermináveis anos. 
Mais um passo e a liberdade estaria ao seu alcance. Um pequeno movimento para a direita, deslizando o pé devagar junto ao monte de roupa sujae conseguiria desatar a correr. 
Quando alcançasse a porta, ele não conseguiria pará-la. 
Enquanto esperava que Cleta desse o seu último suspiro, bebera o suficiente para que os seus movimentos fossem trôpegos e a sua voz arrastada. 
— A tua mãe está quase fria. Temos de a enterrar, eu e tu. 
Levantou uma mão suja e passou-a pelo nariz. Cassie sentiu repugnância. 
Moveu o pé direito e depois o outro, já conseguia ver os desenhos que a luz do sol formava no chão da divisão ao lado. Com as mãos contra a parede que tinha atrás de si, procurou o puxador da porta. 
— Não penses que vais fugir, menina. Há umas coisas que temos de esclarecer. A tua mãe disse-me que precisas que cuidem de ti e quem melhor do que o teu padrasto para isso? 
Estendeu para ela a mesma mão com a qual limpara o nariz, as unhas sujas cravaram-se na sua carne e Cassie deu um salto. 
Tremendo, lançou-se para a outra divisão, pestanejando para se habituar à luz do sol depois da penumbra. Passara horas junto da cama, a cuidar da mulher que já não se parecia nada com a mãe que ela recordava. — Volta aqui, megera! Remus Chandler correu atrás dela, mostrando os dentes sujos de tabaco. 
Conseguiu apanhar a ponta do seu xaile e puxou-o com todas as suas forças. 
Era uma decisão simples e Cassie tomou-a sem perder tempo. 
Largou o xaile que a abrigara durante a noite e correu, passando junto à mesa sobre a qual estava o prato do pequeno-almoço de Remus junto ao do jantar da noite anterior. 
Perguntou-se se fora na noite anterior que encontrara a sua mãe aninhada na cama a ofegar, como se tivesse de aproveitar cada baforada de ar. 
Cleta murmurara-lhe umas instruções ao ouvido, umas palavras que a acautelavam contra a maldade do homem que era seu marido e que arruinara as vidas de mãe e filha. 
— Foge, filha. Foge de... Remus... 
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