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11 de junho de 2010

O Romance da Rosa

Série Rose
O cavaleiro Armand D'Avigny iria lembrar-se de Alexandria de Fontaine sempre que aspirasse o perfume de rosas.. e levaria para as cruzadas a lembrança da bela jovem que lhe salvou a vida. 
Agora, ao contemplar novamente o rosto encantado jurou que nunca se afastaria do lado de sua doce amada.
O coração de Alexa bateu mais forte ao reconhecer os olhos verdes de seu salvador. Mas, durante a fuga para a liberdade, soube que jamais poderia se entregar ao amor de Armand D'Avigny, porque o transformaria em vítima do inimigo que a estava perseguindo. Enquanto Pierre de Villiers, seu impiedoso raptor, vivesse, Alexa de Fontaine nunca seria 1 mulher livre para amar!

Capítulo Um

Setembro de 1242
Um raio de sol iluminou as pedras cobertas da limo das cavalariças, atraindo um olhar curioso de Armand. Ele continuava a pensar naquela cons¬trução como sendo de seu pai, esquecendo-se sempre que agora todo o feudo pertencia a seu irmão Guillaume.
Armand jamais compreendera a pressa de seu pai em legar todos os bens e o título de senhor de Avigny a Guillaume. Nos últimos três anos, essa decisão demons¬trara ser ainda mais incompreensível.
A pesada porta de madeira fechou-se com um estalido seco mas Armand continuou a escovar seu cavalo apesar de ouvir os passos leves e a risada sensual, característica da cunhada. Ele cerrou os maxilares, controlando o im¬pulso de raiva.
— O que quer de mim agora, Margrethe? — perguntou ele, sem virar para trás.
Ele fora completamente idiota e imprudente ao dis¬pensar o escudeiro a fim de tratar pessoalmente de seu cavalo. Passara três anos aperfeiçoando as táticas ideais para fugir da sensual Margrethe e, aparentemente, ainda tinha muito a aprender.
— Não sei como você pode ter dúvidas a esse respeito, querido...
Armand a viu se aproximar com passos lentos e um sorriso malicioso nos lábios cheios e, irritado por ter sido interrompido, voltou a se concentrar no trabalho, igno¬rando a presença dela. Era uma esperança muito tênue mas talvez sua grosseria ofendesse Margrethe.
Enquanto se aproximava da baia, Margrethe examinou o cunhado da cabeça aos pés e soltou um suspiro de antecipação. Esperava há muito tempo por esse momento e nada a impediria de realizar seu maior desejo.
Os ombros largos e os quadris estreitos de Armand revelavam uma juventude dedicada aos exercícios físicos. Ele era um dos cavaleiros mais famosos do reino e manejava a espada com uma perícia rara. Sem a menor dú¬vida, os dois irmãos não tinham nada em comum e Mar¬grethe desejava com desespero aquele jovem viril que não se deixava conquistar.
Antecipando os prazeres que descobriria sobre a palha dourada das cavalariças naquela tarde, Margrethe avançou, aproximando-se demais do cavalo que Armand con¬tinuava a escovar.
Tiberias relinchou, recuando subitamente. Forçado a se encostar ainda mais de encontro às pedras da baia, Armand praguejou em voz alta. Quantas vezes ele repetira àquela idiota que seu cavalo reagia mal à proximidade de qualquer mulher?
Com gestos deliberadamente lentos, Armand tentou acalmar o animal. Tiberias virou a cabeça e os olhos negros pareciam pedir desculpas ao seu dono.
— Quantas vezes já lhe pedi para manter uma prudente distância de Tiberias, madame? — Armand não disfarçava a raiva e seus olhos verdes brilhavam como esmeraldas na penumbra da cocheira. — Como pode perceber, ele não gosta de mulheres.
— Ora... que tolice...


Série Rose
1 - O Romance de Rosa
2 - A Feiticeira
3 - Insensatez
Série Concluída