Os padrinhos de Cordélia Brandenburg organizavam seu casamento com um homem a quem nunca havia visto.
Um matrimônio que a levaria para Versalhes, longe das rígidas normas da casa onde passou sua infância. Como presente de noivado, ganhou um bracelete com um pequeno sapatinho de cristal como pingente. Muito adequado a seu futuro conto de fadas.
Mas Cordélia, jovem, espirituosa e completamente adorável, não demorará em encontrar problemas. Descobrirá horrorizada que seu marido é um tirano totalmente insuportável, que não se deterá frente a nada para satisfazer seus retorcidos desejos. No caminho, indo ao encontro de seu futuro marido, Cordélia irá acompanhada do sensual, galante e de olhar dourado, visconde Leo Kierston. Para ela será amor à primeira vista, mas Leo a vê como uma menina mimada.
Capítulo Um
O cortejo de carruagens douradas levadas por cavalos adornados com capas coloridas e com penachos de plumas, e o séquito de oficiais resplandecentes em seus uniformes azuis e dourado de Versalhes, atravessou as portas douradas do palácio e se deteve no centro da grande praça.
— Olha essas duas carruagens! — exclamou uma moça loira perigosamente inclinada numa janela, dirigindo-se à sua companheira que estava ao seu lado. — Elas vão me acompanhar à França, qual prefere Cordélia, a vermelha ou a azul?
— Não vejo muita diferença, — respondeu lady Cordélia. — Mas é ridículo. Lá vem o marquês de Dufort, entrando na cidade como se tivesse feito toda a viagem da França, quando ele saiu de Viena há apenas uma hora.
— É o protocolo, – respondeu escandalizada a arquiduquesa Maria Antônia, – Assim deve acontecer. O embaixador francês deve entrar em Viena como se viesse de Versalhes. Deve pedir, formalmente, minha mão à minha mãe em nome do delfim da França. Logo, me casarei por procuração antes de viajar à França.
— Qualquer um diria que não estavas comprometida com o delfim faz três anos, — fez constar Cordélia. — Grande confusão se armaria caso a imperatriz negasse o pedido ao embaixador, — disse risonha e maliciosa, mas a sua companheira pareceu não achar graça nenhuma.
— Não seja absurda, Cordélia. Não permitirei tanta impertinência quando for rainha da França, – disse franzindo o nariz.
— Tendo em conta que seu futuro esposo tem apenas dezesseis anos, suponho que terás que esperar um pouco antes de converter-se em rainha, — contradisse Cordélia, completamente indiferente à irritação de sua amiga “real”.
— Oh, bah! É uma desmancha prazeres. Quando me converter em delfina, serei a Senhora mais importante e popular de Versalhes, – Toinette se envolveu em um torvelinho de seda carmesim, enquanto fazia girar o aro de sua armação. Com um gesto exuberante, começou a dançar pelo quarto executando impecavelmente os passos de um minueto com seus pés calçados em delicadas sapatilhas.
Cordélia lhe lançou um rápido olhar por cima do ombro, mas voltou a olhar a cena muito mais interessante que se desenrolava no pátio abaixo. Toinette era uma bailarina de talento e não desperdiçava jamais uma oportunidade de mostrar.
— Olha! Quem será? — murmurou Cordélia com um repentino toque de interesse na voz.
— Quem? Onde? — Toinette voltou rapidamente à janela, afastou Cordélia para um lado, criando um forte contraste ao contrapor sua cabeleira dourada com a de sua amiga, negra como azeviche.
— Ali! Está desmontando do garanhão branco. Um Lipizzaner acredito.
— Sim, deve ser. Olhe que linhas, — as duas moças eram apaixonadas amazonas e por um momento, o cavalo lhes interessou mais que o ginete.
O homem tirou as luvas e olhou ao redor. Era alto, delgado, vestia um traje escuro de montar e uma capa curta com borda vermelha, solta nos ombros. Como se tivesse se dado conta de ser observado, ergueu os olhos até a fachada de cor creme do palácio. Deu um passo atrás e voltou a olhar, protegendo os olhos do sol com a mão.
— Entra, — disse a arquiduquesa. — Nos viu.
— E o que tem?
Mas Cordélia, jovem, espirituosa e completamente adorável, não demorará em encontrar problemas. Descobrirá horrorizada que seu marido é um tirano totalmente insuportável, que não se deterá frente a nada para satisfazer seus retorcidos desejos. No caminho, indo ao encontro de seu futuro marido, Cordélia irá acompanhada do sensual, galante e de olhar dourado, visconde Leo Kierston. Para ela será amor à primeira vista, mas Leo a vê como uma menina mimada.
Capítulo Um
O cortejo de carruagens douradas levadas por cavalos adornados com capas coloridas e com penachos de plumas, e o séquito de oficiais resplandecentes em seus uniformes azuis e dourado de Versalhes, atravessou as portas douradas do palácio e se deteve no centro da grande praça.
— Olha essas duas carruagens! — exclamou uma moça loira perigosamente inclinada numa janela, dirigindo-se à sua companheira que estava ao seu lado. — Elas vão me acompanhar à França, qual prefere Cordélia, a vermelha ou a azul?
— Não vejo muita diferença, — respondeu lady Cordélia. — Mas é ridículo. Lá vem o marquês de Dufort, entrando na cidade como se tivesse feito toda a viagem da França, quando ele saiu de Viena há apenas uma hora.
— É o protocolo, – respondeu escandalizada a arquiduquesa Maria Antônia, – Assim deve acontecer. O embaixador francês deve entrar em Viena como se viesse de Versalhes. Deve pedir, formalmente, minha mão à minha mãe em nome do delfim da França. Logo, me casarei por procuração antes de viajar à França.
— Qualquer um diria que não estavas comprometida com o delfim faz três anos, — fez constar Cordélia. — Grande confusão se armaria caso a imperatriz negasse o pedido ao embaixador, — disse risonha e maliciosa, mas a sua companheira pareceu não achar graça nenhuma.
— Não seja absurda, Cordélia. Não permitirei tanta impertinência quando for rainha da França, – disse franzindo o nariz.
— Tendo em conta que seu futuro esposo tem apenas dezesseis anos, suponho que terás que esperar um pouco antes de converter-se em rainha, — contradisse Cordélia, completamente indiferente à irritação de sua amiga “real”.
— Oh, bah! É uma desmancha prazeres. Quando me converter em delfina, serei a Senhora mais importante e popular de Versalhes, – Toinette se envolveu em um torvelinho de seda carmesim, enquanto fazia girar o aro de sua armação. Com um gesto exuberante, começou a dançar pelo quarto executando impecavelmente os passos de um minueto com seus pés calçados em delicadas sapatilhas.
Cordélia lhe lançou um rápido olhar por cima do ombro, mas voltou a olhar a cena muito mais interessante que se desenrolava no pátio abaixo. Toinette era uma bailarina de talento e não desperdiçava jamais uma oportunidade de mostrar.
— Olha! Quem será? — murmurou Cordélia com um repentino toque de interesse na voz.
— Quem? Onde? — Toinette voltou rapidamente à janela, afastou Cordélia para um lado, criando um forte contraste ao contrapor sua cabeleira dourada com a de sua amiga, negra como azeviche.
— Ali! Está desmontando do garanhão branco. Um Lipizzaner acredito.
— Sim, deve ser. Olhe que linhas, — as duas moças eram apaixonadas amazonas e por um momento, o cavalo lhes interessou mais que o ginete.
O homem tirou as luvas e olhou ao redor. Era alto, delgado, vestia um traje escuro de montar e uma capa curta com borda vermelha, solta nos ombros. Como se tivesse se dado conta de ser observado, ergueu os olhos até a fachada de cor creme do palácio. Deu um passo atrás e voltou a olhar, protegendo os olhos do sol com a mão.
— Entra, — disse a arquiduquesa. — Nos viu.
— E o que tem?
Série Bracelete Mágico
1- O Sapatinho de Cristal
2- A Rosa de Prata
3- O Cisne Esmeralda
Série concluída
1- O Sapatinho de Cristal
2- A Rosa de Prata
3- O Cisne Esmeralda
Série concluída