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14 de janeiro de 2011

O Senhor dos Lobos

Trilogia Viking

No século IX Melisande, uma indômita condessa gaulesa, deve contrair casamento com Conar MacAuliffe, um viking chegado da Escócia e conhecido como Senhor dos Lobos.

Melisande sente imediatamente uma irresistível atração pelo belo escocês, mas fiel a sua natureza rebelde se mostra distante e esquiva.
Entretanto, quando Conar parte para a guerra, a saudade se apropria dela.
Mais tarde as adversidades e um inimigo comum unirão para sempre o casal.

Revisora Ana Claudia
Adorei o livro, apesar da mocinha mimada, egocêntrica e algumas vezes muito chata, vale à pena ler, pois o mocinho compensa os defeitos dela. Mesmo sendo um feroz guerreiro ele também é paciente e carinhoso e além de tudo tem pegada. As cenas hot não são muitas, mas são muuuuiiito quentes.

Revisora Ana Paula G.
Só uma palavra: AMEI!!!!!!!!!!!!

Capítulo Um

Primavera do ano 885
Costa da França

— Melisande! Melisande! Seus navios chegaram!
Ao escutar estas palavras, Melisande, que tinha estado andando de um lado a outro em uma atividade febril, ficou paralisada no meio de seu quarto da torre, imersa repentinamente em muitos temores e esperanças.
Nunca tinha acreditado que ele retornaria!
Mas ao ouvir Marie do Tresse que anunciava a chegada dele aos gritos do passadiço de madeira, frente à porta aberta da torre, não lhe cabia dúvida de que vinha cumprir a promessa de recuperar o que era dele.
Olhou um momento a cara ansiosa de Marie, soltou a cota de malha delicadamente esculpida que levava na mão, atravessou com precipitação a sala e correu pelo passadiço do muro de pedra para esquadrinhar o mar por cima do passadiço.
Sim, em efeito, dirigia-se para a costa.
Tinha vindo pela primeira vez em um dia como aquele. Parecia que tinha passado tanto tempo! Será que ia surpreendê-la sempre na adversidade? Sempre tinha que se perguntar se vinha em seu resgate ou para liquidá-la por completo.
Dessa vez não havia dúvida: tinha vindo pelo que considerava dele.
Sentiu frio e calor. Tocou a face com o dorso da mão, e notou o rosto ardendo e a mão gelada.
“Meu deus! — pensou — Vem para cá! Vem para cá!” estremeceu. Parecia que tinha transcorrido muito tempo desde a ultima vez que o viu! Como se não tivesse o bastante com mil dinamarqueses sob as ordens do aborrecido Geoffrey, às portas de seu castelo! E agora ele! Depois de tanto tempo. Talvez tivesse esquecido a maioria das coisas que tinham ocorrido.
E talvez recordasse tudo!
Que situação tão grotesca! Os dinamarqueses não lhe inspiravam nem a metade do medo que o infundia ele!
Não. Medo não.
Sim! Tinha medo! Medo por tudo o que tinha feito.
E medo pelo que sua chegada significava.
Já estava muito perto. Podia ver seu navio, via a ele!
Era uma nave extraordinária, com uma enorme escultura de proa em forma de dragão, que ele comandava da mesma forma que muitos anos atrás, quando o viu pela primeira vez.
Calçava as mesmas botas, apoiava um pé no leme e levava os fortes braços cruzados sobre o peito musculoso.
Atrás dele se agitava, sacudida com força pelo vento marinho, uma capa vermelha, fechada no ombro com um antigo broche gravado com símbolos celtas. O vento alvoroçava também seu cabelo abundante e loiro como o sol.
Ainda não podia ver seus olhos, mas tampouco precisava vê-los; conhecia-os muito bem.
Sim. Recordava sua cor, um azul assombroso e penetrante. Azul do céu, azul marinho, mais profundo que o cobalto, mais resplandecente que uma safira. Olhos que ao olhá-la a transpassavam e despiam sua alma.
— Então não ia vir?


Trilogia Viking
1 - Rendição Dourada
2 - A Mulher do Viking
3 - O Senhor dos Lobos
Trilogia Concluída