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6 de novembro de 2011

Orgulho Saxão







Coração de Leão comanda a Segunda Cruzada e a Inglaterra sangra entre intrigas e lutas feudais.

Normandos e saxões disputam o controle e o rei Ricardo concede a seu mais fiel servidor, Wulkan, o senhorio de Kellinword e a mão de uma dama saxã, com a ordem de rapidamente unificar e pacificar o território.

Nessa tarefa, empenhará sua ilusão e a busca de uma paz que não encontrou guerreando.

Sua prometida, lady Jacqueline de Lynch, entretanto, jurou vingar a morte de seus pais e não submeter-se a nenhum normando.
Escapa para não se transformar em sua esposa, mas o destino a arrastará para Kellinword definitivamente…

Comentario da revisora Sandra Martino : Ele um normando guerreiro, valente, com muito "apetite", que precisa se casar e assumir terras a mando do rei...
Ela uma saxã que odeia normandos, guerreira a sua maneira,que foge de um casamento com um normando designado pelo rei...
Na fuga para escapar do normando ela vai parar justo em suas mãos...
Será que o destino conseguirá unir essas duas vidas tão contrárias?

Capítulo Um

Inglaterra, ano 1194

A segunda expedição militar contra os sarracenos tinha fracassado.
Luis VII, rei da França, e Conrado III da Alemanha tinham sitiado sem êxito a cidade de Damasco.
O Papa Gregório VIII ordenou uma terceira cruzada, prometendo benefícios espirituais e terrestres aos combatentes.
Federico I da Alemanha, Felipe Augusto da França e Ricardo I da Inglaterra, conhecido como Coração de Leão, contaram com o apoio de Isaac II, imperador do Oriente.
A empreitada se iniciou sob um manto de bons presságios, mas Isaac faltou com sua palavra, Federico morreu e as divergências entre os reis da França e Inglaterra fizeram fracassar a cruzada.
Ricardo Coração de Leão retornou a Inglaterra a tempo de solidificar seus feudos, enforcar alguns infiéis como castigo e encontrar—se com alguns nobres.
Depois, partiu de novo para suas propriedades em território francês, e a Inglaterra voltou a ficar, uma vez mais, órfã de rei.
Um sentimento de frustração invadiu o coração do cavaleiro, que, montado sobre um garanhão de pelagem escura e poderosas patas, atravessava as campinas inglesas seguido de um grupo de homens armados.
Não lhe doía tanto ser abandonado por seu rei, mas sim a negativa de Ricardo em acompanhá—lo em sua missão, mas as ordens do monarca tinham sido claras e concisas:
—Desejo pacificar meu reino —disse —A vida entre normandos e saxões parece ter chegado a um contínuo desencontro.
Quero ser o soberano de todos, não o amado rei de uns e o odiado usurpador de outros. E você vai me ajudar.
De nada serviram seus protestos, e agora, pensar em se encarregar do extenso feudo de Kellinword, cujo senhor tinha morrido em batalha sem deixar herdeiros, preocupava—o. Pelo que sabia, o território era grande.
Abrangia ao menos cinco povoados, doze aldeias e uma grande quantidade de terras de pastoreio, lavoura e bosques.
O anterior senhor de Kellinword ganhou fama pelo castelo que, pedra a pedra, levantou com esforço e com incursões em territórios vizinhos.
Estes últimos lhe permitiram ampliar suas propriedades e proporcionar a suas arcas dinheiro suficiente para pagar os trabalhadores.
Agora, as ameias desafiavam o céu azul da Inglaterra.
Wulkan não era homem de sentar e se saciar de vinho e manjares.
Jamais conheceu casa fixa, e a idéia de ter que se encarregar de tanta gente o incomodava.
Sabia que teve um pai e uma mãe em alguma parte, talvez irmãos e irmãs, mas não lembrava deles.
De vez em quando, ao dormir, ecoava em sua cabeça uma melodia que relacionava sempre com uma mulher formosa e jovem que acariciava seu rosto e o balançava em seus braços.
Se aquela mulher foi sua mãe, jamais soube.