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4 de dezembro de 2011

Paixão na Abadia

Série Cavaleiros


Ela o conheceu quando era uma jovem de quinze anos e se apaixonou por ele.

Reencontraram-se treze anos mais tarde, no meio de uma guerra. 
Sir Hugh estava ferido e Edlyn como uma herborista faria de tudo para curá-lo, até mesmo pedir ajuda para fadas e duendes.
Agora que estava curado Hugh queria casar com ela, mas será que depois de dois casamentos ruins ela ainda iria se arriscar?
Apesar de estar desterrada e ter perdido tudo, vivendo de favor numa abadia, precisava pensar nos filhos e não os queria junto de um guerreiro, apesar do pai deles ter sido um.
Dessa vez ela não seria vencida, seus filhos não seriam guerreiros, seriam monges e ficariam vivos e sadios.
Mesmo que Hugh dissesse que iria conquistá-la e que sairia triunfante desse embate, ela não se entregaria.

Comentário de Leitura Final Ana Júlia: Deixo meu comentário com uma pequena discrição dos pensamentos de nossa mocinha que explica bem como foi o livro: “Claro que não entendia.
Vivia em seu mundo masculino como a encarnação do êxito, e nesse mundo, as emoções não tinham lugar. Por mais que Edlyn falasse durante uma semana, até que não experimentasse a dor de ver alguém que amava em perigo, ele jamais entenderia.”

Capítulo Um

Inglaterra medieval Wessex, primavera de 1265.
Quando Edlyn se inclinou para colocar a chave na fechadura, a porta rangeu em suas dobradiças.
Confusa, fixou o olhar na abertura que aumentara, ao redor da fechadura, a madeira estava estilhaçada, e o estrago passara despercebido graças à meia luz do amanhecer.
Alguém invadira o dispensário.
Antes que pudesse tomar uma decisão, um braço lhe rodeou o pescoço.
Ficou apertada contra um suado corpo masculino e esperneou, enlouquecida.
Algo tocou sua bochecha e, com a lateral do olho, distinguiu o brilho do aço.
Uma adaga. — Se gritar, eu vou cortar seu pescoço da garganta até as tripas.
Embora falasse o francês normando dos nobres ingleses, sua dicção vulgar e sua tosca gramática o faziam quase ininteligível.
Mas a moça entendeu perfeitamente bem e usando o tom tranquilizador que tinha aperfeiçoado atendendo a doentes e feridos, respondeu:
— Posso garantir meu silêncio. O braço do homem apertou mais. Ergueu-a até que os pés de Edlyn ficaram pendurados, e a pressão sobre a traqueia a sufocava.
 — Sim, uma mulher sempre é capaz de mentir para salvar-se. — Então ele sacudiu Edlyn um pouco e afrouxou a pressão. — Mas você não deve me trair se souber o que é melhor para você.
A mulher respirou fundo, e percorreu com o olhar o interior do jardim de ervas rodeado de muros e o dispensário.
Necessitava de alguma das religiosas. Até mesmo a prioresa, lady Blanche, seria bem-vinda.
O sol mal saíra, e as freiras ainda estavam na oração matinal.
Em seguida, tomariam o café da manhã e só então sairiam para cumprir suas respectivas tarefas no refeitório, na enfermaria e nas hortas.
A sobrevivência de Edlyn dependia de sua própria rapidez mental...
Como sempre.


Série Cavaleiros
1 - Amor no Castelo
2 - Paixão na Abadia
Série concluída