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28 de janeiro de 2020

Uma Esposa Pirata para Mim

Série Instrutoras

Caitlin MacLean, da Escócia, tem o orgulho de anunciar sua graduação na The Distinguished Academy of Governesses. 

Ela é especializada nas artes femininas de governar uma casa, arrombar fechaduras e derrubar ditadores implacáveis e, espera conseguir uma posição em que possa utilizar essas habilidades. Nenhuma pessoa arrojada, pirata desleal ou sem fé, nem antigos amantes precisam procurar seus serviços. Capitão do navio (e príncipe disfarçado) Taran Tamson, por coincidência, precisa do melhor arrombador da terra; ele quer que a beleza descuidada de cabelos ruivos recupere os papéis que o ajudarão a deixar para trás suas fanfarrices e a reconquistar seu reino na ilha de Cenorina. Então ele garante à dama que ele honrará seu pedido por um relacionamento apropriado e casto pelo tempo que ela desejar, então usará todas as suas artimanhas sensuais para ter certeza de que ela deseje apenas uma coisa 
— ele ...

Capítulo Um

Poole, Dorset, Inglaterra, 1843
Em toda a sua vida degenerada, ele vira apenas uma mulher que andava assim — como um grande gato andando de um lado para o outro, esticando as pernas num passo lento de pantera, que fazia um homem se virar e olhar e, se perguntar, fascinado, como seria separar aquelas pernas e cavalgar.
Ela iria arranhar? Ou ela ronronaria?
Como todos os outros marinheiros do bar, ele se virou para vê-la passar, com uma sacola florida presa nos dedos estreitos. Viu o cabelo ruivo, enfiado firmemente num coque, a figura alta e ágil com cintura fina e seios altos e, os olhos verdes e lúcidos que não oscilavam nem para a direita nem para a esquerda, mas olhavam diretamente para Cleary, o dono do taverna.
E ele sabia que ela iria arranhar. E ronronar.
Que diabo a senhorita Caitlin MacLean estava fazendo à noite no mergulho mais violento das docas de Poole?
O silêncio atacou Cate quando ela atravessou o piso irregular de madeira, ignorando os olhares masculinos agressivos. Ela estava acostumada a atenção. Não se podia ter vinte e cinco anos, um metro e oitenta e dois de altura e ser abençoada com cabelo vermelho, sem saber que quando alguém entrava em uma sala de estranhos, um silêncio cairia, seguido por uma enxurrada de sussurros.
Ela nunca prestou atenção. E não ia ser agora.
Ela manteve o olhar fixo no homem grande, maltratado e de meia-idade atrás do bar. Ele ficou polindo um copo com uma toalha imunda, olhando para ela com a boca aberta. O cheiro de odor corporal, cerveja e charutos a assaltou. Velas baratas fumegavam em seus candelabros em paredes escurecidas por cinzas. Colocando as mãos na prancha surrada que era o bar, ela se inclinou para frente e, em um tom baixo, perguntou: — Você é o Sr. Cleary?
Seus olhos de porquinho se estreitaram. Ele a examinou da cabeça aos pés.
— Sim, esse sou eu. — Ele se inclinou na direção dela até que seu nariz bulboso e com veias vermelhas quase encontrou o dela. — Quem diabos é você?
Ela o encontrou. Ela ajustou a pesada mala de viagem em seu aperto. — Eu sou a senhorita Cate MacLean e, vou alugar um quarto para a noite.
Ele balançou de volta em seus calcanhares. — Não.
Surpreendida, ela piscou para ele. — Não?
— Saia daqui. Eu não hospedo prostitutas no meu taverna.— Ela não pôde evitar. Ela riu. — Não seja ridículo, meu bom homem. Eu certamente não sou uma prostituta! A menos que prostitutas tenham se vestido com bombazina preta. — Bombazina preta que abotoou todo o caminho até a garganta dela, ela poderia acrescentar. — Você está me esperando. Eu sou... — Ela olhou ao redor. Todos os olhos estavam fixos nela. Com uma voz alta para alcançar os ouvidos do Sr. Cleary, ela disse: — O Sr. Throckmorton me enviou.
Ele congelou. Ele lançou um olhar por cima do ombro dela. Como se recebesse um comando, ele assentiu. Ela queria olhar para trás, para ver quem o dirigia, mas ele voltou sua atenção para ela. — Suba as escadas, a última câmara à sua esquerda. Tranque a porta, não abra até que o Capitão apareça.
— O cocheiro do cabriolé precisa de ajuda para trazer meu baú para o taverna. Por favor, mande um homem para ajudá-lo.
— Um baú? — Se possível, o Sr. Cleary parecia ainda mais atordoado do que quando ela identificou seu patrocinador. — Você trouxe um baú?
— Sim, e é pesado.
— Um baú? — Sim!









Série Instrutoras
1 - Aquela Noite Escandalosa
2 - Entregue
3 - Comprometida
4 - Seduzida
5 - Em Meus Sonhos
6 - Entre Seus Braços
7 - Provocação de te Amar
7.5 - O Terceiro Pretendente
8 - Minha Bela Sedutora
9 - Na Cama com o Duque
10- Capturada por um Principe
11- Uma Esposa Pirata para Mim
Série concluída




27 de janeiro de 2020

Capturada por um Príncipe

Série Instrutoras
A adorável Victoria Cardiff é muito orgulhosa, muito severa, muito segura de que a Inglaterra é o único lugar civilizado do mundo.

Ela está prestes a descobrir que tem razão. Apenas Victoria sabe a verdade sobre o impetuoso, dissoluto, perigoso - Know Lawrence - que ele é um príncipe renegado conspirando para tomar o controle do país dele. Para garantir o silêncio dela, Saber sequestra Victoria e a arrasta para seu castelo nas profundezas do bosque. Ali eles escondem a verdade sobre o passado deles: um baile reluzente, palavras iradas, um beijo apaixonado. Ele promete vencer suas reservas... mas logo descobre que uma governanta inglesa não é tão facilmente seduzida...
Entre a persuasão e a paixão, eles percebem que somente juntos podem derrotar os inimigos que estão determinados a destruí-los. Mas Saber descobrirá, tarde demais, que o coração de uma mulher é um tesouro mais precioso do que qualquer reino?

Capítulo Um

Inglaterra, 1837
―Então, Grimsborough, este é o seu pequeno bastardo.
Know, com onze anos de idade ficou parado no espesso tapete no meio da grande sala, na grande mansão inglesa. Ele encarou a alta e elegante mulher mais velha, com a boca pequena e o cabelo amarelo pálido, que se atreveu a insultá-lo. Em sua língua nativa, ele disse:
— Na Moricadia eu mato pessoas que me chamam por apelidos.
— O quê? — perguntou a mulher. — Grimsborough, o que ele disse?
Uma figura sombria atrás da mesa de madeira grande e polida não levantou os olhos de sua escrita.
Cinco meninas finamente vestidas, com idades de cinco a doze anos, se alinharam junto à lareira, e uma delas, a magricela do meio, disse em um tom aterrorizado:
— Ele é tão sujo.
— E magro — disse outra.
Know mudou sua atenção para elas. Garotas inglesas bobas.
Elas o encaravam como se ele fosse um urso dançarino treinado, e quando ele as olhou fixamente, pequenos olhos castanhos se encheram de lágrimas. Ela colocou o dedo em sua boca e deslizou atrás das saias de suas irmãs.
— Vejam, ele está cansado. — A mais velha falou com autoridade. — Ele está balançando em seus pés.
Em seguida, em uníssono, as quatro meninas mais velhas sorriram para ele. Gentilmente, como se nada feio ou brutal alguma vez houvesse tocado suas vidas.
Know as odiava. Ele odiava a senhora, odiava os servos uniformizados sempre atentos, odiava todos. Acima de tudo, ele odiava o homem mau no comando, o homem atrás da mesa, aquele que ele sabia que tinha que ser o Visconde... e seu pai. Novamente em sua língua nativa, Know cuspiu:
— Garotas inglesas estúpidas.
— O que ele disse? — A senhora inglesa zombeteira olhou entre Know e o Visconde. — O que ele quis dizer?
Pela primeira vez o homem falou:
— Traga-o para mim.
Dois dos servos absurdamente vestidos agarraram os braços de Know e o impulsionaram ao redor da mesa para enfrentar o homem.
Grimsborough fez um gesto para o candelabro ser trazido mais perto, e quando a luz atingiu seu rosto, Know pensou que ele parecia com a mulher mais velha. Não em suas feições, que eram afiadas e fortes, mas na elevação de seu queixo aristocrático e na curva desdenhosa da boca dele.
A senhora inglesa respirou fortemente. Porque, apesar de Know não perceber isso, ele e Grimsborough eram iguais também.
Grimsborough examinou a criança magra, suja, cansada como se ela fosse um inseto esmagado sob o sapato dele. Então ele estendeu a mão pálida, dedos longos e deu um tapa no rosto de Know com a palma da mão aberta.
O som de carne contra carne ecoou como um tiro.
Know caiu para o lado.
Uma das meninas engasgou. Outra choramingou.
A mulher sorriu de satisfação.
E Know atirou-se para Grimsborough com os punhos balançando.
Os servos o pegaram, e o arrastaram para trás.
O homem desdenhoso acenou para ele vir para frente outra vez.
Os servos não o deixaram ir desta vez.
Grimsborough colocou seu nariz estreito e nobre tão perto que quase tocou o de Know e seu tom profundo e ameaçador gerou um calafrio de medo ao longo da coluna de Saber.
— Escute aqui, rapaz. Você não é nada. Nada. Meu filho bastardo de uma estrangeira, e se eu tivesse tido outro filho, seus pés sujos nunca iriam manchar o chão da minha casa. Mas Deus em sua infinita sabedoria me abençoou com nada neste casamento além de filhas. — Ele olhou para as meninas, vestidas tão coloridas, tão doces na sua inocência, e ele as desprezava. — Cinco filhas. Então você vai viver aqui até você estar apto a ser enviado para a escola. E nunca mais vai falar com seus superiores dessa forma insolente.
Know sacudiu a cabeça, deu de ombros e fez um gesto impotente.
— Não finja comigo, rapaz. Sua mãe falava inglês. Cada servo que trabalha em seu país fala inglês. Assim como você.
Know não teve a coragem de praguejar para Grimsborough, mas ele falou em Moricardianoos quando disse:
— Inglês é para os ignorantes.
Know nem sequer viu o golpe chegando, mas virou a cabeça para o lado e tocou sua orelha.
— Nunca mais me deixe ouvir você falar essa língua bárbara novamente — a voz de Grimsborough nunca se elevava.
Know levantou o queixo.
— Eu te odeio — ele disse em claro e simples inglês.
— Eu te odeio, senhor — Grimsborough disse com uma precisão arrepiante.
O olhar de Know estava cheio de asco.
— Diga!








Série Instrutoras
1 - Aquela Noite Escandalosa
2 - Entregue
3 - Comprometida
4 - Seduzida
5 - Em Meus Sonhos
6 - Entre Seus Braços
7 - Provocação de te Amar
7.5 - O Terceiro Pretendente
8 - Minha Bela Sedutora
9 - Na Cama com o Duque
10- Capturada por um Principe
11- Uma Esposa Pirata para Mim
Série concluída



24 de janeiro de 2020

Na Cama com o Duque

Série Instrutoras
A recatada dama de companhia Emma Chegwidden evita desafiar as regras da sociedade. 

Até a noite em que ela corre diretamente para os braços do sedutor Reaper — um homem que cavalga nas sombras da noite através dos campos e esconde sua identidade por trás de uma máscara. Seu objetivo é a justiça… ou será a vingança? Só uma coisa é certa: nada o impedirá de atingir seu propósito sombrio.
Michael Durant, herdeiro perdido há muito do duque de Nevitt, tem contas a acertar. Cínico, perigoso e implacável, Michael é o último homem na terra que a sensível Emma deve desafiar. Mas alguns desafios são tentadores demais para se resistir… e algumas paixões fortes demais para serem ignoradas. Em breve, Michael descobre em Emma, a mulher que sempre desejou: uma mulher cuja beleza e coragem alcançam sua alma torturada. E ele vai desafiar qualquer coisa, até mesmo o próprio destino, para reivindicá-la…

Capítulo Um

Moricadia, 1849

A orquestra com quatro instrumentos parou de tocar, e, com uma precisão excelente, o Comandante Cloutier pronunciou-se de forma a chamar a atenção de todos os convidados ao alcance da sua voz.
— Você já ouviu falar, Lady Lettice, do fantasma que cavalga durante a noite?
Ele, com toda a certeza, chamou a atenção do cavalheiro inglês Michael Durant, herdeiro do duque de Nevitt. Havia pouco para lhe interessar no baile exclusivo de Lorde e Lady Thibault. Era um clone exato de cada baile inglês que ele já havia frequentado, e, de fato, de cada baile prussiano, cada baile francês, cada baile veneziano… Ele fizera o Grand Tour e descobrira que os ricos imitavam uns aos outros até ao tédio.
Agora, esta noite, os músicos tocavam, os convidados dançavam, a comida estava requintada e a sala de jogos estava cheia. O príncipe Sandre e seus capangas circulavam, emprestando uma aura de realeza à reunião.
Mas sobre relatórios úteis, não havia nada… até agora. E agora, Michael sabia, apenas porque Cloutier não compreendia a seriedade de sua gafe. Ele não havia entendido, que na manhã seguinte, seria expulso para longe de Moricadia, viajando de volta para a França, enquanto amaldiçoava sua queda para a fofoca.
Claramente interessado, Michael aproximou-se, de modo a ficar mais perto do grupo de pretendentes em torno de Lady Lettice Surtees.
— Um fantasma? — Lady Lettice soltou um pequeno grito estridente digno de alarme de uma jovem. — Não! Por favor, diga-me, o que esse fantasma faz? —Antes que Cloutier pudesse responder, ela virou-se para sua criada, uma garota de uns vinte anos, e disse: — Faça-se útil, menina! Abane-me! Dançar com tantos admiradores é bastante fatigante.
A garota — uma pobre coitada oprimida, com uma touca de renda presa sobre os cabelos castanhos sem brilho — assentiu em silêncio. Da grande bolsa que usava presa à cintura, retirou um leque de marfim e renda, ocupou seu lugar ao lado direito de Lady Lettice e abanou sua ríspida senhora que estava corada e suada.
Lady Lettice reclamou: — Está demasiado calor aqui. Você não concorda que está quente aqui, Lorde Escobar?
Escobar debruçou-se sobre o seu cotovelo esquerdo. — De fato, você está certa, señorita, está uma noite de verão excepcionalmente quente.
Era um elogio deveras grosseiro chamar Lady Lettice de ”señorita”, ela era uma viúva, com quarenta e poucos anos, já exibindo algumas papadas que atormentariam sua velhice. Mas seus peitos eram impressionantes e exibiam-se com imodéstia no seu corpete decotado e drapeado, e sua cintura, era minúscula, devido ao esforço dos cordões do seu espartilho, apertados o suficiente para impedir sua respiração e tornar a dança, como ela havia dito, fatigante.
Nada daquilo importava realmente, porque Lady Lettice era rica, e a meia dúzia de homens ao seu redor, sabia disso. Eles disputavam posicionar-se ao lado de sua cadeira dourada, oferecendo taças de champanhe gelado, amplos sorrisos mostrando os dentes e, nas suas costas, examinavam as debutantes alinhadas ao longo da parede, garotas mais bonitas e mais jovens, mas sem as riquezas necessárias para fazer uma boa combinação.
— Então, Cloutier, conte-me sobre esse fantasma.








Série Instrutoras
1 - Aquela Noite Escandalosa
2 - Entregue
3 - Comprometida
4 - Seduzida
5 - Em Meus Sonhos
6 - Entre Seus Braços
7 - Provocação de te Amar
7.5 - O Terceiro Pretendente
8 - Minha Bela Sedutora
9 - Na Cama com o Duque
10- Capturada por um Principe
11- Uma Esposa Pirata para Mim
Série concluída


15 de maio de 2019

Escandalosa Novamente

Série Troca de Identidade
Madeline de Lacy, a duquesa de Magnus, orgulha-se de ser uma das jovens mais sensatas da Inglaterra, e não pode acreditar que, no jogo de cartas, seu nobre pai perdeu todo o seu patrimônio - e ela! - para um estranho.

Em uma missão para salvar a fortuna de sua família, ela muda de lugar com sua prima e companheira, enviando a mantenedora Eleanor para confrontar o homem que ganhou a mão de Madeline.
Agora, Madeline está livre para entrar na casa de um notório jogador e finge ser mansa e humilde. Ela não é naturalmente nenhuma dessas coisas, ela simplesmente está decidida a recuperar a fortuna de sua família. Quando ela acha que as coisas não podem piorar, ela conhece Gabriel Ansell, o conde de Campion.
Quatro anos atrás, Madeline estava noiva de Gabriel e adorava seus beijos arrogantes. Agora, ser forçada a se casar com um homem que ela não conhece empalidece em comparação com a provação de encarar Gabriel novamente, o homem que a traiu - Gabriel, o único homem que ela amou.

Capítulo um

Suffolk de 1806
— Agora, Madeline, eu percebo que você acabou de chegar em casa de sua excursão no exterior e precisa descansar, mas receio que não seja possível.
Madeline de Lacy, a marquesa de Sheridan, a futura duquesa de Magnus, mordeu o primeiro bife inglês digno, que ela tinha tido em quase quatro anos, mastigou, engoliu e sorriu beatificamente através da mesa de café da manhã ensolarada no penhasco, para o inglês de bochechas vermelhas de buldogue. — E porque disto, papai?
— Eu apostei você em um jogo de pôquer e eu perdi.
Ela o encarou. Colocando a faca e o garfo cuidadosamente ao lado do prato, ela olhou para o lacaio estupefato, congelado no lugar quando ele se inclinou para derramar em sua xícara seu café da manhã. — Isso basta, Heaton. Coloque a garrafa no aparador. Vamos chamá-lo se precisarmos de você. —Quando Heaton saiu, ela olhou para seu pai e repetiu, pois queria ter certeza que havia entendido direito. — Você me apostou em um jogo de azar e perdeu.
Ele não parou de comer batendo os talheres no prato. — Não adianta tentar suavizar o golpe, eu costumo dizer. Não com você, minha querida. Menina resistente, sensível. Orgulho-me de você, sempre disse isso.
Usando dessa famosa sensibilidade, ela disse, — Talvez você possa me dar os detalhes desta aposta extraordinária.
— Tive a má sorte de apostar sem saber que ele já havia ganhado uma partida, o que reduziu minhas chances.
Madeline respirou fundo. — Não, papai. Quero dizer, por que você me apostou em um jogo como este?
— Bem, meu oponente sugeriu isso.
— E quem seria ele...?
— O Sr. Knight.
— E porque o senhor concordou...?
— Eu tinha acabado de perder nossa fortuna e todas as nossas propriedades. Você era a única coisa que me restava.
Incrível como ele conseguiu dizer isso de forma tão racional. — Então, em uma maré de azar, o senhor perdeu tudo que tinha, incluindo sua única filha?
— Sim. Na hora me pareceu uma aposta sábia.
Ela arqueou as sobrancelhas. Após a morte de sua mãe, dezessete anos atrás, quando Madeline tinha cinco anos, sua vida tinha mudado drasticamente, de filha mimada e protegida por sua mãe, a ter que lidar com os desastres frequentes orquestrados pelo seu amado pai. Até o momento em que ela tinha doze anos, ela já sabia como dirigir uma casa, como planejar uma festa e como lidar com cada tipo de desastre social.
Ela não estava preparada para isso. No entanto, seu batimento cardíaco permaneceu calmo, sua testa sem rugas, as mãos relaxadas no colo. Ela tinha enfrentado catástrofes de proporções olímpicas antes — quase todas resultado do desrespeito descuidado de seu pai. Ela não perderia a compostura agora. — Como assim?
— Pelo menos, se ele ganhasse você teria a garantia de ter nossas propriedades sob seu controle, ou pelo menos sob o controle de seu marido. — Magnus mastigou pensativamente. — É quase o mesmo que oferecer as propriedades como seu dote.
— Exceto que, se as propriedades houvessem sido oferecidas como um dote, eu teria a vantagem de conhecer o meu marido e concordar com a oferta. —Parecia um ponto que seu pai admitiria, embora tivesse pouca esperança disso.
— Você tem um ponto, mas realmente, qual diferença faria se você conhece o cara? Você já esteve comprometida uma vez. Você o amava. E isso acabou sendo um desastre! Qual era seu nome? De cabelos castanhos e com aqueles malditos olhos perturbadores. — Olhando para o decorado teto pintado com querubins dourados, Magnus coçou o queixo. — Ele era cem vezes mais adequado do que esse Sr. Knight, mas você o abandonou, pelo menos deu esse motivo pra deixar Londres, sem palavras. — Ele engasgou. — Até então, não sabia que você poderia perder o seu temperamento. Qual era o seu nome mesmo?
Uma rachadura apareceu em sua tranquilidade; as mãos em punhos. — Gabriel Ansell, o conde de Campion.
— É isso mesmo. Bom Deus, eu nunca vou esquecer. Magnífica na sua ira!








Série Troca de Identidade
1-Escandalosa Novamente
2- Um Beijo Seu
Série concluída




21 de abril de 2019

O Terceiro Pretendente

Série Instrutoras

Setembro de 1847

Harry Chamberlain, Conde de Granville - um dos bandidos mais charmosos que já tivemos o prazer de conhecer. Um homem corajoso, forte, no entanto terno e muito sexy.







Capítulo Um

Wildbriar Inn, na costa de Dorset, Inglaterra
Inclinando-se sobre a grade alta da varanda, Harry Chamberlain olhou para baixo, para o arbusto florido que cercava seu chalé à beira-mar e perguntou:
— Jovenzinha, o que você está fazendo aí embaixo?
A garota vacilou, parou de rastejar pela coleção de musgo, terra e flores cor-de-rosa desbotadas, e virou um rosto sujo para o dele.
— Shh — Ela olhou para trás, como se alguém estivesse rastejando atrás dela —. Estou tentando evitar um dos meus pretendentes.
Harry olhou atrás dela também. Ninguém estava lá.
— Você pode ver ele? — ela perguntou.
— Não há uma alma à vista — Um homem inteligente a teria deixado ir embora, Harry estava de férias, um período livre que ele precisava desesperadamente, e ele tinha jurado evitar problemas a todo custo. Agora, uma menina de talvez dezoito anos, vestida com um modesto vestido florido azul, veio rastejando pelos arbustos, armada com nada mais do que uma história ridícula, e ele ficou tentado a ajudar. Tentado por causa de um rosto magro e bronzeado, grandes olhos castanhos, uma boca beijável, um gorro azul torto e, desse ângulo, o melhor par de seios que ele já tivera a sorte de contemplar.
Tal indisciplina em seu próprio caráter o surpreendeu. Na verdade, ele era Edmund Kennard Henry Chamberlain, conde de Granville, dono de uma grande propriedade em Somerset, e por causa do peso de suas responsabilidades ali, e das responsabilidades adicionais que assumira, tendia a cumprir seu dever sem capricho. 
De fato, foi esse traço que o colocou, oito anos atrás, servindo a Inglaterra em vários países e posições. Agora ele olhava para uma mulher com intenção de alguma bobagem e descobriu em si mesmo o desejo de descobrir mais sobre ela. Talvez ele finalmente tivesse relaxado da tensão de seu último emprego. Ou talvez ela fosse o relaxamento que ele procurava.
Com uma voz trêmula, ela implorou: — Por favor, senhor, se ele aparecer, não diga a ele que estou aqui.
— Eu não sonharia em interferir.
— Oh, obrigada! 








18 de abril de 2019

Aquela Noite Escandalosa

Série Instrutoras
Uma temporada desastrosa. Uma simples estátua começou o escândalo.

Uma dama escondida
Uma inocente senhorita inglesa concebeu-a, as mãos deslizando pelo barro, delineando cada músculo definido e tendão, criando uma escultura do homem que ela adorava. Quando a imagem foi exposta, junto com o afeto secreto da Senhorita Jane Higgenbothem por Lorde Blackburn, o desprezo satisfeito da sociedade a enviou de volta para o interior em desgraça. Um cavalheiro revelado . Agora, uma década depois, ela está de volta a Londres, como acompanhante de sua bela sobrinha. Mas para Blackburn, o involuntário modelo de Jane, a calma reticente solteirona ainda é uma provocação. Uma vez ela fez o arrogante libertino motivo de riso: então por que ele está tentado a reviver um caso que quase começou há muito tempo, em uma noite escandalosa?


Capítulo Um

— Esperemos que ninguém se lembre do escândalo. — Eleazer Morant olhou para baixo, para o nariz trêmulo e de coelho, para a cunhada. — Eu não vou ter o bom nome de minha filha contaminado pela tintura de sua desgraça.
Já vestida com suas roupas de viagem marrons fora de moda, a senhorita Jane Higgenbothem sentou-se ereta na cadeira dura. Ela era, ela sabia, a imagem de dignidade e tranquilidade. Ela trabalhou duro para conseguir essa imagem, apenas para momentos como esses. Eleazer não a tinha convocado para esta sala de estar mal iluminada só para lamentar novamente sobre esse escândalo antigo, ela tinha certeza. Então, por que ela estava aqui?
Em tons bem modulados, ela respondeu: Eu não posso imaginar porque a cidade estará interessada em qualquer coisa que aconteceu há muito tempo. Eles estão sempre em algum novo boato.
— Exceto que esse escândalo aconteceu com Lorde Blackburn.
Ela baixou o olhar para as mãos enluvadas. A carruagem estava esperando. Adorna estava esperando. Londres estava esperando.
E Eleazer se moveu. — Lorde Blackburn é um dos homens mais ricos da Inglaterra. Ele define a sociedade. Tudo o que ele faz é copiado. — Seus dedos ficaram brancos quando ele segurou as costas de uma cadeira antiquada de espaldar alto. — Apesar de tudo isso, eu entendo que alguns ainda o chamam de 'Nebuloso”.
Jane estremeceu. — Meu comportamento tem sido exemplar desde o meu retorno de Londres — ela respondeu com firmeza.
— Você ainda desenha — Eleazer disse em um tom geralmente reservado para acusações de prostituição.
— Todas as senhoras desenham.
— Sua habilidade te trai.
— Vou tentar fazer pior.
— Não seja atrevida, senhorita. Aqueles retratos que você faz são bem contundentes, como você bem sabe.
Seus retratos não eram nada mais do que esboços rápidos, impressões que Jane reunia das pessoas ao seu redor. Mas Eleazer tinha visto uma vez um que ela tinha feito dele, e ele reconheceu a parcimônia brilhando em seus olhos. Ele não havia esquecido... nem perdoado.
Abrindo o livro gordo de contas em sua mão, ele sacudiu para ela. 
— Ainda não acredito que financiei essa sua época mal gerada. Não era meu dever faze-lo, mas fiz isso com a insistência de minha querida Melba. Como eu disse a ela, nada de bom pode vir disso. — Suas unhas arranharam a capa de couro. 
— Eu estava correto, como de costume. Nada de bom veio disso. Ela ouviu esse refrão muitas vezes. Onze anos atrás, ele pagou por suas roupas e alugou uma casa em uma parte da moda Londres. E como ela o pagou? Com desastre. Mas ele não tinha feito nada por ela. Ele fez isso por Melba. 
Para Melba, sua irmã e sua esposa, a quem ele reverenciara com toda a paixão do seu coração mesquinho. Jane também fizera isso por Melba. Por sua linda irmã mais velha. Mesmo com a idade de dezoito anos, Jane sabia que ela era inadequada para a sociedade, mas Melba havia descartado seus argumentos. 
— Querida, você deve se casar. O que mais há para uma dama fazer?








26 de fevereiro de 2018

A Princesa Descalça

Trilogia Princesas Perdidas
Era uma vez, num reino distante, um plano de vingança que deu errado e se transformou numa paixão arrebatadora...

A vida no exílio ensinou a princesa Amy a abominar injustiças, e na pitoresca ilha de Summerwind, ela encontra a injustiça personificada no poderoso e incrivelmente atraente Jermyn Edmondson, o marquês de Northcliff. 
Como o marquês se apoderou do meio de vida dos habitantes da ilha, Amy decide se apoderar dele. Ela rapta o arrogante nobre, o acorrenta no porão e pede um resgate para libertá-lo. É um plano simples, destinado a ter êxito, pois certamente o tio de Jermyn pagará o resgate. 
Só que o tio de Jermyn quer mais é que alguém se livre de seu sobrinho para que ele herde o título e a fortuna. E manter o enfurecido, malicioso e sedutor Jermyn acorrentado no porão mostra-se um desafio ao controle de Amy... e à sua virtude...

Capítulo Um

Devon, Inglaterra, 1810
Se Jermyn Edmondson, o marquês de Northcliff, soubes­se que estava prestes a ser sequestrado, não teria saído para um passeio.
Ou talvez saísse. Precisava de alguma emoção na vida.
A barreira cinzenta da bruma se arrastava pelo oceano verde encapelado e cobria a ilha de Summerwind. Bem abai­xo de seus pés, as ondas estouravam com espumosa malevolência contra as rochas na base do penhasco. O vento pen­teava-lhe os cabelos e erguia o pesado sobretudo desabotoado como as asas negras de uma ave marinha. O sal picava-lhe as narinas, e leves borrifos cobriam-lhe a face. Tudo ali, naquele canto de Devon, era selvagem, puro e livre. Menos ele.
Estava atado àquele lugar. E morto de tédio.
Com desgosto, desviou os olhos do cenário com suas ondas imutáveis, enfadonhas, massacrantes, e manquitolou rumo ao jardim onde os açafrões da primavera começavam a apon­tar os brotos pelo solo nu.
Suas propriedades não contavam com nada que pudesse entreter um homem de seus interesses. Só bailes caipiras animavam as noites, lotados de senhores rurais sem ceri­mônias, debutantes de risos nervosos e mamães tímidas à caça de um título para as filhas.
Na verdade, Jermyn concluíra que havia chegado a hora de se casar. Efetivamente, pedira ao tio Harrison que apre­sentasse uma lista da safra atual de debutantes e sugerisse uma noiva adequada. Porém não tomaria como companheira de uma vida uma garota que julgasse uma caminhada bu­cólica como divertimento.
O acidente de carruagem que ele sofrerá dois meses antes havia cortado categoricamente suas atividades, e os dias eram intermináveis, silenciosos, preenchidos com longos passeios ao ar livre. E com leitura.
Jermyn olhou para o livro em sua mão. Meu Deus, estava tão enfadado de ler... Tinha até mesmo começado a ler em latim, o que não fazia havia treze anos. Não, desde que o pai morrera.
Fora o orgulho que o havia obrigado a partir às pressas de Londres. Ele detestava ser o centro de enjoativas aten­ções enquanto se recuperava. E quando o tio tinha sugerido a abadia de Summerwind como um retiro, Jermyn julgara a ideia digna de consideração.
Agora, pensava diferente.
No gazebo, sentou-se numa cadeira de vime e esfregou a coxa machucada. Ele sofrerá uma fratura feia no acidente, e aquele médico do interior a quem havia chamado duas noi­tes antes lhe dissera, com seu sotaque ignorante de Devon:
— O melhor remédio é tempo e exercício. Caminhe até sua perna se cansar, mas não exagere. Ande por onde seja seguro e plano. Se escorregar e machucar esse osso recém-emendado, ficará com uma lesão permanente.
No dia anterior, Jermyn enveredara pela trilha íngreme dos penhascos rumo à praia, e caíra por causa da fraqueza da perna. Mal tinha conseguido rastejar de volta até o solar. A dor o fizera chamar o médico de novo, e Jermyn não havia ficado nada feliz em ouvir que só deveria caminhar pela varanda, como uma matrona ou uma criança.
Abriu o livro e mergulhou na narrativa de Tom Jones, e as aventuras jocosas de Fielding o prenderam contra a von­tade. Assustou-se quando alguém disse:
— Senhor?
Uma criada encontrava-se de pé à entrada, com um copo numa bandeja, e, diante do gesto dele, aproximou-se.
Jermyn percebeu três coisas. Ele nunca a vira antes. O vestido azul era surrado, e a cruz de prata em torno do pescoço da criada era excepcionalmente elegante. E ela o fitava nos olhos sem deferência ao empurrar a bebida em sua direção.
Jermyn não pegou o copo de imediato. Em vez disso, notou a pele bem tratada da moça, tão diferente da tez queimada de sol das criadas locais. Os olhos eram de um tom incomum de verde, como o mar na iminência de uma tempestade. Os cabelos eram louros, penteados para cima. Ainda não devia ter vinte anos, e era bonita, tão bonita que Jermyn se sur­preendeu que nenhum lavrador pela redondeza não a tivesse desposado. Contudo a expressão nos olhos daquela mulher era severa, quase austera.
Talvez isso explicasse sua condição de solteira.
Sem permissão, ela falou:
— Senhor, precisa beber. Eu trouxe isto o caminho todo até aqui para o senhor.
Meio aborrecido, meio divertido, Jermyn disse:
— Não mandei que fosse trazido.
— É vinho — a criada explicou.
Era uma moça corajosa. Talvez receasse problemas se ele não aceitasse a bebida mandada pelo mordomo.
— Está bem. Aceitarei. — Ele ergueu o copo, enquanto ela continuou a encará-lo, esperando, ansiosa, que Jermyn tomasse um gole. Num tom ríspido, ele emendou: — Isso é tudo.
A criada saltou como se assustada. Lançou-lhe um olhar de soslaio, abaixou-se numa graciosa mesura e recuou, o olhar ainda no copo.
E, naquele olhar, ele julgou ter visto de relance um lam­pejo de amargo ressentimento.
Então, com um jogar da cabeça, ela correu pelo jardim.
Interessante... 








Trilogia Princesas Perdidas

1 - Uma Noite Encantada
2 - A Princesa Descalça
3 - A Princesa Raptada
Trilogia Concluída

27 de novembro de 2015

Minha Bela Sedutora

Série Instrutoras 
Caroline Ritter namoradeira e debutante desgraçada, que desamparada e desesperada, assume uma posição ensinando Jude Durant,  o Conde de Huntington, como apanhar uma esposa, e descobre que às vezes o professor se torna aluno em uma improvável sedução.


Capítulo Um

A Distinta Academia de Instrutoras Londres, 1849. 
 A Senhorita Caroline Ritter apertou um punhado de sua úmida e gasta saia. “Eu preciso procurar um método para me sustentar”. Adorna, Lady Bucknell, proprietária da Distinta Academia de Instrutoras, colocou a mão em sua mesa e olhou fixamente para a jovem sentada diante dela. Lá fora, a chuva de Março açoitava as janelas, a neve ocasional lembrava que o inverno ainda não tinha diminuído em Londres.
Mais forte a senhorita Ritter disse “Em outras palavras, eu preciso de um emprego”. Imobilizando-a com seu olhar direto, Adorna perguntou,
“Quais são suas habilidades Senhorita Ritter?”. A Senhorita Ritter hesitou um momento. Adorna tentou tornar mais fácil para ela
“O que você faz melhor?”.
“Flertar”, ela disse prontamente. Adorna acreditou nela. Ela tinha visto muitas jovens buscarem seus estudos na Distinta Academia de Instrutoras, todas elas necessitando de assistência, mas ela nunca sentiu uma afinidade como sentia agora com a senhorita Caroline Ritter.
 Aquela jovem era bonita. Sua pela suavemente bronzeada lembrou a história repetida dos Ritters – que quatrocentos anos atrás o Sr. Ritter trouxe para casa uma noiva de alguma localidade exótica, e desde então as mulheres da família tinham sido sedutoras que levavam os homens a perdição.
A senhorita Ritter certamente seguiu a regra. Ela era alta, quase desengonçada, com longos braços e dedos delgados, ela ainda se movia com uma graça que agradava aos olhos. Seus seios altos e sua cintura fina naturalmente chamariam a atenção de qualquer homem, e a sua voz, baixa e quente, davam a impressão de interesse e gentileza
Ela tinha recolhido seu cabelo liso e castanho em um coque severo na base do seu pescoço, mas alguns fios tinham escapado do seu confinamento, e as mechas ruivas encaixavam em seu rosto marcante como um pôr do sol no verão. Seu queixo largo dava a impressão de desafio, e seus cílios e sobrancelhas escuras decoravam seus sonolentos olhos verdes azulados fortalecendo a impressão de uma beleza incomum e delicada.
 Adorna nunca tinha visto um rosto tão belo até aquele dia, trinta anos atrás, quando ela se contemplou em um espelho e percebeu que ela era um diamante de primeira grandeza. No entanto, o tempo tinha alterado o seu rosto, então agora a senhorita
Caroline Ritter poderia com certeza ser considerada a mais linda mulher da Inglaterra. Inclinando-se para trás na cadeira, Adorna disse em voz alta o que estava pensando. 
"Eu me lembro de você. Três anos atrás você era um furor." 
“E eu ouvi sobre você”. Caroline olhou diretamente para Adorna. “Você foi a debutante mais famosa do seu tempo”. Em retribuição, Adorna permitiu que um leve sorriso cruzasse seus lábios. 
“Eu era”.

Série Instrutoras
1 - Aquela Noite Escandalosa
2 - Entregue
3 - Comprometida
4 - Seduzida
5 - Em Meus Sonhos
6 - Entre Seus Braços
7 - Provocação de te Amar
7.5 - O Terceiro Pretendente
8 - Minha Bela Sedutora
9 - Na Cama com o Duque
10- Capturada por um Principe
11- Uma Esposa Pirata para Mim
Série concluída

19 de agosto de 2012

Uma Noite Encantada

Trilogia Princesas Perdidas

Clarice e sua irmã mais nova Amy são princesas. Porém, percorrem toda a Grã-Bretanha, de povoado em povoado, como fugitivas.
Sobrevivem vendendo cremes e esperando o momento adequado para retornarem ao pequeno reino dos Pirineus, onde a revolução acabou com suas vidas de conto de fadas.
Com o tempo, as duas jovens aprenderam a se defender tanto das adversidades como das atenções indesejadas dos homens.
Mas todas as defesas de Clarice parecem sucumbir quando conhece Robert MacKenzie, conde de Hepburn.
Em seus olhos, a princesa reconhece a promessa de um amor para o qual não foi preparada em sua infância no palácio... mas suspeita que aquele homem bonito e silencioso guarda dentro de si, em relação a ela, um plano inconfessável.
Arrastada até o castelo de Robert transforma-se em um peão no jogo que o conde está planejando há muito tempo.
Mas, às vezes, até um peão pode decidir uma partida.

Comentário revisora Marilda: Livrinho com situações inusitadas: mocinha princesa que vende cremes; mocinho que procura vingança, porém, o alvo não é a mocinha, ela é apenas o instrumento para alcançá-la; uma cena de amor com vinte folhas.
Personagens secundários muito interessantes. Leitura agradável.
Gostei e recomendo. Divirtam-se!

Capítulo Um

Escócia, 1808
O vale era dele, o povoado era dele, no entanto, aquela mulher entrou montada em seu cavalo na praça central de Freya Crags como se lhe pertencesse.
Robert MacKenzie, conde de Hepburn, olhou com o cenho franzido a desconhecida que cruzava galopando a ponte de pedra e abria caminho entre a buliçosa multidão.
Era hora das compras e havia tendas de lona marrons instaladas por toda a praça.
O burburinho de centenas de vozes oferecendo suas mercadorias por todo o lugar, mas a desconhecida se destacava entre a multidão, sobressaía-se sobre todas as pessoas, montada num rebelde garanhão de dois anos.
O cavalo castanho trotava com determinação, como se levá-la lhe produzisse orgulho, e apenas a categoria da montaria já era suficiente para que as pessoas girassem a cabeça.
A dama sentada na sela atraía ainda mais atenção, primeiro olhares fugazes, em seguida, escrutínios persistentes.
Robert olhou ao seu redor, ao pequeno círculo de homens velhos reunidos ao sol diante do botequim. Estavam com suas enrugadas bocas abertas enquanto olhavam embevecidos, esquecidos da mesa e do tabuleiro de xadrez que estavam diante deles.
Em torno deles, o som dos regateios entre compradores e vendedores se transformou em um zumbido de especulações enquanto todos os olhares se voltavam em direção à desconhecida.
O traje de montar de lã negra a cobria até o pescoço, preservando a ilusão de decoro e acentuando cada curva de sua magra figura.
Usava um alto chapéu negro de aba larga e um véu da mesma cor que flutuava para trás.
As mangas tinham punhos vermelhos combinando com o lenço que rodeava seu pescoço, e esses pequenos detalhes de cor viva propiciavam um agradável impacto à primeira vista.
Tinha seios generosos, cintura estreita, brilhantes botas negras e um rosto…

Trilogia Princesas Perdidas
1 - Uma Noite Encantada
2 - A Princesa Descalça
3 - A Princesa Raptada
Trilogia Concluída

4 de dezembro de 2011

Paixão na Abadia

Série Cavaleiros


Ela o conheceu quando era uma jovem de quinze anos e se apaixonou por ele.

Reencontraram-se treze anos mais tarde, no meio de uma guerra. 
Sir Hugh estava ferido e Edlyn como uma herborista faria de tudo para curá-lo, até mesmo pedir ajuda para fadas e duendes.
Agora que estava curado Hugh queria casar com ela, mas será que depois de dois casamentos ruins ela ainda iria se arriscar?
Apesar de estar desterrada e ter perdido tudo, vivendo de favor numa abadia, precisava pensar nos filhos e não os queria junto de um guerreiro, apesar do pai deles ter sido um.
Dessa vez ela não seria vencida, seus filhos não seriam guerreiros, seriam monges e ficariam vivos e sadios.
Mesmo que Hugh dissesse que iria conquistá-la e que sairia triunfante desse embate, ela não se entregaria.

Comentário de Leitura Final Ana Júlia: Deixo meu comentário com uma pequena discrição dos pensamentos de nossa mocinha que explica bem como foi o livro: “Claro que não entendia.
Vivia em seu mundo masculino como a encarnação do êxito, e nesse mundo, as emoções não tinham lugar. Por mais que Edlyn falasse durante uma semana, até que não experimentasse a dor de ver alguém que amava em perigo, ele jamais entenderia.”

Capítulo Um

Inglaterra medieval Wessex, primavera de 1265.
Quando Edlyn se inclinou para colocar a chave na fechadura, a porta rangeu em suas dobradiças.
Confusa, fixou o olhar na abertura que aumentara, ao redor da fechadura, a madeira estava estilhaçada, e o estrago passara despercebido graças à meia luz do amanhecer.
Alguém invadira o dispensário.
Antes que pudesse tomar uma decisão, um braço lhe rodeou o pescoço.
Ficou apertada contra um suado corpo masculino e esperneou, enlouquecida.
Algo tocou sua bochecha e, com a lateral do olho, distinguiu o brilho do aço.
Uma adaga. — Se gritar, eu vou cortar seu pescoço da garganta até as tripas.
Embora falasse o francês normando dos nobres ingleses, sua dicção vulgar e sua tosca gramática o faziam quase ininteligível.
Mas a moça entendeu perfeitamente bem e usando o tom tranquilizador que tinha aperfeiçoado atendendo a doentes e feridos, respondeu:
— Posso garantir meu silêncio. O braço do homem apertou mais. Ergueu-a até que os pés de Edlyn ficaram pendurados, e a pressão sobre a traqueia a sufocava.
 — Sim, uma mulher sempre é capaz de mentir para salvar-se. — Então ele sacudiu Edlyn um pouco e afrouxou a pressão. — Mas você não deve me trair se souber o que é melhor para você.
A mulher respirou fundo, e percorreu com o olhar o interior do jardim de ervas rodeado de muros e o dispensário.
Necessitava de alguma das religiosas. Até mesmo a prioresa, lady Blanche, seria bem-vinda.
O sol mal saíra, e as freiras ainda estavam na oração matinal.
Em seguida, tomariam o café da manhã e só então sairiam para cumprir suas respectivas tarefas no refeitório, na enfermaria e nas hortas.
A sobrevivência de Edlyn dependia de sua própria rapidez mental...
Como sempre.


Série Cavaleiros
1 - Amor no Castelo
2 - Paixão na Abadia
Série concluída

20 de novembro de 2011

Castelos No Ar

Série My First

As fortalezas mais resistentes...

Filha única de um poderoso latifundiário, lady Juliana de Lofts é uma mulher em um mundo de homens: governa suas terras, administra os benefícios e conhece qualquer um que pise e habite em seus domínios.  Viúva e órfã é ela quem dirige, sem necessidade de um homem que a submeta e a menospreze.
Mas esta aparente fortaleza não é mais que um refúgio para sua mente torturada por um passado doloroso.
No momento, as muralhas de seu castelo a custodiam, embora o doce toque de um enigmático cavalheiro podem dobrar suas defesas....se render às carícias.
Desde o dia em que o rei a ofereceu como esposa, Raymond de Avraché se perguntou como seria lady Juliana.
Já pôde comprovar que se trata de uma mulher de caráter, ousada e insolente até o ponto de desobedecer à ordem do monarca.
Mas, uma vez em frente a ela, a dor e despeito sentidos em frente ao altar se tornam em ternura ante a têmpera e a beleza desta valente dama.
Ela desconhece sua verdadeira identidade, por isso deverá ser precavido.
Se deseja tomar de assalto as muralhas de seu quarto, quão segredos alberga em seu interior não devem ver a luz.

Comentário da revisora Ana Catarina: Gostei muito do livro.
Bem legal, sem muitas emoções, um casal amadurecido, para os padrões medievais.
Engraçado, romântico, recomendo.
Num primeiro momento tive vontade de matar os pais do mocinho, e depois tive vontade de matar o próprio, oh molóide!

Capítulo Um

Inglaterra, 1166.
Ela tinha a dentição completa.
Raymond suspirou aliviado. Estava envolta em muitas capas de roupa para ver algo mais, e resistia com todas as forças de seu miúdo corpo, mas seus dentes brilhavam fracamente atrás de uns lábios arroxeados pelo frio e ao entrechocar emitiam um forte toque de castanholas.
Isso significava que era bastante jovem para ter filhos, que sua saúde era razoavelmente boa e que era capaz de lhe esquentar a cama.
Tentou subi-la a seu cavalo, mas ela se revolveu em seus braços, caiu no caminho ao bosque e se afastou com dificuldade com um desespero que ele respeitou.
Que respeitou, mas ignorou.
Havia muito em jogo para prestar atenção aos temores de uma mulher.
Ela caminhava torpemente sobre a neve que cobria o chão.
Ele a agarrou envolvendo-a com sua capa e a segurou com tanta força que em vão ela agitou mãos e pés.
Custou-lhe muito subi-la de barriga para baixo junto à sela do cavalo e montou antes que ela recuperasse o fôlego.
— Tranquila lady Juliana, tranquila — a acalmou ele, lhe dando uns tapinhas nas costas ao tempo que esporeava o cavalo.
Apesar de seu consolo ela lutou com chutes tentando soltar-se.
Raymond não entendia sua contínua resistência, porque tinha tudo contra; nem entendia o impulso que o levava a tentar consolá-la como se fosse um pássaro selvagem que pudesse atrair para sua mão.
Talvez tenha despertado sua compaixão o fato de que não gritasse.
Ela não tinha emitido som algum desde que ele apareceu entre as árvores, unicamente o tinha enfrentado em silêncio e com determinação.
Embora possivelmente não pudesse dizer nada.

Série My First
1 - Uma Chama no Horizonte
2 - Castelos no Ar
Série Concluída